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O Negro corno 01

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Se não quiser virar corno não casa porque você vai virar corno um dia com você aceitando ou não. Eu fui obrigado a virar corno.

Tudo tem um porque nem sempre e o certo a fazer ou a ceita as condições impostas as pessoas.
Eu fui obrigado a virar corno e ficar calado porque não tinha oque fazer pra evitar isso comigo e não sabia como iria mudar a minha situação de corno.
Bom eu sou um negro que o povo chama de nego barrão.
Os meus pais e os meus avós foram escravos nós anos 10/20 /30 e 40 .
A minha mãe era filha da escravos em Minas gerais trabalhava nas lavoura de café como os pais do meu pai também.
O meu pai e dos anos 20 a minha mãe dos anos 30 pra 40 .
Os pais na minha mãe aconteceu o seguinte ele foi morto mas ninguém nunca falou o motivo dele ser morto e nem como ele foi morto,
A minha avó foi encontrada morta também muitas pessoas falaram que ela suicidou mais ninguém podia dizer nada ficou poriso mesmo.
A minha avó pôr parte de pai criou a minha mãe o meu pai já tinha os seus vinte anos e a minha mãe era criança tinha entre 09 pra 11 anos quando a mãe dela morreu.
O meu pai tinha quase vinte anos a mais que a minha mãe.
Como a minha avó criava e cuidava dela ela acabou aceitando o meu pai como marido isso era normal nesse tempo ninguém via nada de errado nisso.
Estudo isso era coisas que ninguém ouvia falar naquela época o meu pai mais a minha mãe tiveram um filho quando ela ainda não tinha nem 13 anos na época isso já era nós anos 50 .
Nós negros não era bem visto nas maioria das cidades poriso nós vivemos a maior parte do tempo nos matos.
Nós tínhamos um barraco de pau a pique no meio de uma serra onde ficamos muito tempo nesse lugar eu já nasci nós anos 60 .
O meu irmão era já bem rapazinho quando eu ainda tenho lembrança dele indo levar comida para o meu pai nas roça e me levava junto depois do almoço do meu pai eu voltava com as vasilhas e ele ficava ajudando o meu pai no início dos anos 70 ele adoeceu ficou muito ruim.
Os meus pais não tinha assesso a hospitais públicos era raízes muito chá com ervas benzimentos era que curava nós no mato.
Mais o meu irmão acabou falecendo eu lembro dos meus pais enterrado ele com a rede que ele dormia porque nem caixão tinha pra fazer o enterro dele ele foi enterrado pouco a frente no pé dessa serra onde morávamos.
Bom o meus pais não deixava eu ir pra lugar nenhum pra não ser humilhado porque não era difícil de nós ser tratado como animais naquele tempo.
Então escola nunca brinca com alguém nem pensa..
Ir na cidade isso que não acontecia mesmo.
Ir pra casa de alguém era coisa que nem se falava.
Com os anos o meu pai foi ficando muito doente fazendo com que nós fossemos Mora na cidade não sei como mais eles compraram uma casa na cidade hoje a casa e muito bem acentuada na cidade.
Hoje a nossa casa e no centro da cidade e tem um valor muito alto.
Pelo o tamanho do lote que dá quase cinco lotes no tamanho dos lotes de hoje em dia.
Já fizeram várias propostas pra comprar de nós mais nunca aceitamos nenhuma delas.
Na nossa ida pra cidade eu achei maravilhoso porque era sonho mora na cidade pra quem passou toda a sua vida no mato aquilo era maravilhoso pra mim.
Nossa casa não era boa naquele tempo porque tinha muitos problemas rachaduras nas paredes o telhado molhava toda casa dentro as portas era quase todas quebradas era horrível mas era melhor do que a casa de pau a pique.
Energia era uma coisa que só Rico tinha.
Era água de cisterna tirava no braço.
O meu pai ficou cego os olhos dele ficou todo branco hoje a gente sabe que era a tal catarata.
Mais não tinha tratamento pra pobre naquela época.
Então ele ficou cego.
Uma noite ele foi levanta correndo pra mixa pra ele não mixa na cama caiu e bateu a cabeça com tanta força no chão que chegou a rachar a cabeça dele a minha mãe me chamou pra ficar com ele até ela buscar ajuda pra ele nesse prazo ele morreu no meu colo sangrando muito eu vi ele tanto os seus últimos suspiro.
Bom nós não era de mostrar centímetros nós engolia o choro então as pessoas não podia vê nós chorando pra não mostrar fraqueza pra ninguém.
Quando ficávamos sozinhos nós chorava pra ninguém ver nós chorando.
As coisas era bruta naquele tempo.
Tinha gente que achava que nós não tiamos coração.
Nós tínhamos uma vida sofrida mas nunca faltou o pão na mesa era sagrado o frango e molho e a macarronada do domingo uma vez no mês tiamos a maionese sempre tiramos muita comida na mesa mais nós trabalhava muito pra não faltar.
Com a morte do meu pai nós não tinha mais a dispensar com remédio dele isso passou a sobra mais dinheiro pra nós.
Então a minha mãe arrumou a casa com esse dinheiro.
Não e porque eu estou chorando o dinheiro que gastava com o meu pai não.
Eu não via a minha mãe chorando mas ouvia ele chorando no quarto dela.
Bom apareceu um dia la em casa um povo envagelico chamando nós pra irmos para o culto na igreja deles era um povo simpático nós tratando muito bem então a minha mãe falou que iria la isso queria dizer que eu iria também.
Vamos no tal culto foi la que eu vi a Laura pela a primeira vez era uma neguinha miudinha mas muito sorridente cheia de vida os meus olhos brilharam na hora que viu ela.
Pra mim era parecia um anjo eu não tirava os olhos dele pra onde ela ia eu acompanhava ela.
O sorriso dela até aquele cabelo de bombril me deixava apaixonado nela.
Mais o melhor ainda estava pra vir foi quando ela foi até a minha mãe pra comprimenta ela e falou um Oi pra mim isso já era a entrada para o céu pra mim o mundo podia acabar que eu tinha certeza que iria entrar no céu.
Bom aí que eu figuei admirando ela durante o culto na hora de ir embora eu queria ver ela indo embora pra mim ver que lado da cidade ela morava.
Eu quase não dormi aquela noite pensando nela.
Nisso já fui procurar saber quando iria ter culto de novo.
Era só nós domingos.
Eu custei esperar a semana passa pra ir para o culto pra vê a Laura.
Ela sempre com um vestido branco cheio de rendas deixava ela muito mais linda.
Ela ajudava na igreja olhando as crianças ela sabia le e escrever isso já me jogou fora do círculo de amizade dela porque eu não sabia le não sabia escrever era mais burro que todo mundo junto não sabia falar não era ninguém ali.
O pastor deu uma bíblia pra mim e outra pra minha mãe.
Oque um analfabeto iria fazer com uma bíblia.
Mais eu não queria ficar pra trás achava que ela iria pensar que eu era muito inteligente era um homem sábio mas era só um teatro mesmo.
Mais a minha máscara não demorou pra cair.
A fama que colocaram que o tal preto e burro eu ajudei eu não sabia lê então o pastor mandava abrir a bíblia em genesis eu abria no meio ele mandava abrir em apocalipse eu abria no meio.
E ainda fechava o olho como se eu estivesse lendo mesmo.
Mais pra piorar as coisas eu achei um óculos que parecia um fundo de garrafa quando eu colocava ele na cara aí quem ficava cego era eu.
Fui para o culto e levei esse óculos pra fazer charme pra Laura com coisa que eu era gente muito importante.
Como eu estava fazendo a minha novela os meus teatro não observava que a Laura estava me olhando de longe e morrendo de rir de mim.
Eu com aquele óculos nem sabia pra que lado ficava o Alta.
Quando iria ver quem estava me olhando.
Quando terminava o culto eu tirava o óculos tinha que esperar a vista volta o normal pra mim sair dali pra disfarçar eu fazia de conta que estava orando até pode voltar o normal então eu saía da igreja pra quem não sabia do meu teatro achava que eu era o novo pastor da igreja.
A minha mãe cansou de mim chamar atenção poriso mas eu pelo jeito gostava de passar vergonha mesmo.
Como eu falei a minha máscara iria caí como caiu na hora que a podia ser todo mundo da igreja pra fazer isso comigo mas o destino tinha que me mandar justamente a Laura pra lê um capítulo sei oque era o pastor mandou ela ir e me mostrar uma parte da bíblia que era pra nós lê junto como a vergonha não bastava passar na igreja tinha que ser do lado da Laura.
Ela já foi chegando e falando que não era alí e abrindo a bíblia no lugar certo.
Eu já comecei a tremer a suar frio as pernas paralisou a boca não abria foi um horror para mim quando chegou a hora que era pra mim lê cadê o homem ?
Estava morto mas ainda não tinha caído a Laura pra piorar vendo a minha situação começou foi a rir isso era a minha destruição total ela olhava pra mim e ria e me falava baixinho lê e aqui.
Colocava o dedo eu com aquele óculos na cara mal via a mão dela então ela com calma comigo falou pra mim tirar o óculos talvez ficava melhor pra mim lê.
A minha vergonha era na igreja toda ai a minha mãe pra mim ajudar falar bem alto ele não sabe lê não.
Eu falei comigo mesmo nunca mais vou coloca os pés nessa igreja.
A Laura foi e léu a minha parte onde era pra mim lê.
Oque mais me matava era o jeito que ela me olhava e ria de mim.
Na hora que terminou o culto eu queria sumir dali a Laura vem atrás de mim João espera aí deixa eu falar com você uma parte de mim me mandava corre a outra falava que iria ser pior se correr.
Eu tinha deixado a minha mãe pra trás mista Laura chegou perto de mim e me falou que ela estava dando aulas para o pessoal da igreja que era uma vez na semana das seis as oito da noite.
Que eu poderia ir que seria muito bom pra mim nisso a minha mãe passa pra dar mais uma força e.raia comigo não sei porque aquela palhaçada porque você não falou que não sabia lê logo agora fica ali fazendo papel de burro tomando o tempo das pessoas.
Chega la em casa nós vamos conversar sobre isso.
Aí eu pergunto pra vocês tinha como ficar melhor ?
Foi aí que eu aprendi escrever algumas coisas a lê poriso eu escrevo muito errado porque não aprendi em uma sala de aula foi na igreja que eu aprendi alguma coisa sobre leitura.
A minha mãe quase me bateu em casa e me obrigou eu ir para igreja pra aprender a lê pra ver se eu parava de passar vergonha nela.
Olha aí onde eu tinha entrado mal sabia eu que isso iria me ajudar muito com a Laura foi aí que ela acabou gostando de mim nos acabamos firmando e até que com ajuda da igreja eu casei com ela pelo menos uma coisa de boa tinha que sair dali.
Bom eu com o tempo já estava indo bem com todo mundo da igreja,
Eles quase todos finais de semana saía para um encontro de jovens sempre era em fazenda sítio chácara mais isso acontecia umas duas vezes no mês no mínimo.
A Laura ia pra todos eles tinham uma Kombi velha que levava todo mundo além de algumas pessoas irem se carro próprio.
Mais sempre ia muito gente nesses encontros deles,
Um dia eu fui chamado pra ir nesse encontro deles era em um sítio bem grande era muito bonito o local.
Isso era em uma sexta chegamos já estava escurecendo então levaram nós homens para um local que antigamente era onde ficava os escravos.
E as meninas ficavam na casa juntos dos adultos.
Pelo jeito eles conheciam bem aqueles locais porque quase todos lugares eram assim desse jeito e sempre era do mesmo jeito os míninos ficava longe da casa e as meninas na casa eu estava com 17 anos nesse tempo a Laura tinha 14 anos.
Era bem Nova mais era muito querida por todos.
Eu não tinha malícia das coisas achava aquilo tudo normal mas nem todo mundo era igual eu.
Começou a rola um assunto que tinha alguma coisa errada naquilo porque nós levantava a noite de madrugada pra ir fazer xixi de fora escutava eles rindo na casa era as vozes das meninas misturado com as dos adultos.
Mais o estranho era que eles entrava pra dentro e logo ficava tudo em silêncio parecia que todo mundo tinha indo dormir mais depois de algum tempo eles levantava e começava a conversa a rir a falar muitas coisas entre eles.
Outra coisa que chamou a atenção da gente era que antes deles começa a brincadeira deles sempre ia alguém olha pra ver se nós estávamos dormindo ele abria a porta bem devagarinho olhava nos e saía de volta pra casa e fechava as portas e as brincadeiras deles começava.
Então veio a ideia de um dos meninos pra gente ficar de olho quando eles entrasse era pra nós ir olhar pra ver oque eles estavam fazendo depois nos voltava esperava eles olha nós e volta pra ir olhar pra observar as brincadeiras deles.
A casa era todas de janelas de madeira sempre tinha um buraco que dava pra ver dentro da casa.
Durante o dia disfarçamos e olhamos todas as janelas tiramos todas as coisas do caminho pra gente não fazer barulho quando fosse olha oque eles faziam.
Ficou tudo preparado para a noite eles juntavam nós dava alguns conselhos pra nós fazia um culto rápido dava janta pra nós e mandava nós irmos dormir porque no outro dia era cedo pra nós levantamos.
Nesses encontros sempre era a Laura mais umas amigas dela era umas cinco ou seis meninas.
Nós éramos uns três ou quatro meninos tinham mais uns dois casais e mais uns dois ou três homens adultos que era o motorista da Kombi mais uns outros pessoal que maioria eu não conhecia eles eram poucos adultos da igreja o resto era de fora da igreja.
Sempre nessas casas tinha muitos quatros na casa era de cinco pra lá.
Nós nós recolhemos assim que eles fecharam as portas nós corremos para de trás da casa estava muito escuro mas dava pra escutar eles conversando bem baixinho nós quartos e dava pra ver que era conversa de umas das meninas com alguém adulto ali com elas mais não dava pra ver nada la dentro da casa.
Nós tentamos de todas as formas possível mas não tinha como e chega la dentro.
O jeito era esperar eles acender as luzes pra olhamos de novo.
Nós recolhemos e esperando eles irem olhar nós então fugimos que estava dormindo pra esperar eles voltar porque sabíamos que eles não voltaria mais la aquela noite.
As amigas da Laura ia na igreja mais não ia sempre era muito difícil de ver elas ali na igreja e era todas da mesma idade dela entre 13 a 15 anos no máximo que elas tinham .

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