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Primeiro Amor pt1

2168 palavras | 4 |4.82
Por

Era difícil ser adolescente e gay em Portugal no final dos anos 90, havia sempre colegas de escola, desconhecidos, família a apontar o dedo e a insultar, ser chamado de paneleiro, gay, rabeta e outras coisas do género era normal, mas ao mesmo tempo havia muitos gays no armário, pois não tinham a coragem de se assumirem como tal.
Felizmente em minha casa não sofri disso. Vivia com o meu pai e com a minha irmã mais velha, a nossa mãe faleceu num acidente quando eu tinha 6 anos. O meu pai é muito à vontade com isso, sempre me apoiou. aliás como vim a saber mais ele é bissexual.
Eu e a minha irmã sempre fomos muito unidos, em muitas coisas ela foi a minha mãe, fomos sempre os parceiros de brincadeiras, acabei por brincar muito com as bonecas dela, com os brinquedos dela, faziamos uns teatrinhos em que eu vestia as roupas dela e ficava uma menininha, ela dizia que eu era a sua irmã, sempre levei isso com naturalidade. Brincava com os rapazes da rua, jogava à bola mais por não haver mais nada para fazer do que por gosto. Os anos passaram e eu entrei na adolescência com um jeito mais feminino, tinha uma preocupação com a imagem que os outros rapazes não tinham, gostava de escolher as roupas e o que combinava com o quê, as vezes vestia uma peça ou outra da minha irmã, umas calças ou uma camisola claramente femininos, a pressão da sociedade era que tinha que namorar com raparigas, mas eu não me sentia atraído por elas, mas sim por eles acabei por me tornar no amigo gay de algumas delas. Aos 13 anos chupei um caralho pela primeira vez, de um homem bem mais velho do que eu que vivia numa cidade perto e aos 14 o mesmo homem tirou a virgindade ao meu cu. Mas era apenas tesão, apenas sexo sem sentimento, sem amor, apesar de eles de todas as vezes que esteve comigo ter sido sempre carinhoso, sempre correto, mas eu sentia a falta de amor. Um dia as coisas mudaram, conheci o Mário.
Tinha 15 anos, na escola quase todos sabiam que eu era gay, eu não escondia pois o apoio de casa era o que me fazia andar sem medo de mostrar como era, como sou. Um dia a meio da manha tivemos sem aulas o resto do dia, começo a ir para a paragem do autocarro para ir para casa, ao passar por um prédio estão 5 rapazes num beco, um a fumar uma ganza, outros tabaco, todos com ar de bairro.
– Olha o paneleiro lá da escola.
– Txi Zé, tá fudido.
Ouvi-os a dizer, eu não tenho força, nem sei propriamente lutar contra um, quanto mais para me defender de 5, continuo o meu caminho sem ligar para eles.
– Oh Paneleiro anda cá.
Não reagi.
– Sim tu oh bixona estou a falar contigo, não além de paneleiro não és surdo pois não.
Um deles agarra-me de repente e puxa-me para o beco onde estão os outros 4.
– Então caralho? Não ouvias chamar?
E levo um chapadão na cara com as costas da mão, mesmo à padrasto como se costuma dizer, que até vou ao chão, com medo solto uma lágrima e com o medo fico sem incapaz de responder.
– Olha o panilas está a chorar.
– Dá-lhe caralho que ele até chora mas é de felicidade.
Um deles tira o caralho para fora das calças e abana-o mesmo à frente da minha cara, não chupo, não quero, estou a sentir-me humilhado por ser quem sou. Engraçado que hoje em dia isso dá-me tesão. Levo mais duas chapadas e forçam-me a chupar o caralho que estava à minha frente, o gajo mete o caralho na minha boca, caralho a saber a mijo, suor, falta de ser lavado mesmo.
– PAREM COM ESSA MERDA CARALHO! AGORA! Vocês estão fudidos, mas tão fudidos.
Olhei e vi o Mário, ele também anda na mesma escola que nós, tem 18 anos, já repetiu um ano ou dois, era alto com 1.85mt, forte pois alem de jogar futebol na escola também trabalhava na oficina do pai depois da aulas. Deu porrada a sério no que estava a forçar a chupar e nos dois que estavam mais perto, os outros dois conseguiram fugir. Eu meio em choque sentei-me no chão encostado a uma parede, desabei a chorar a pensar em tudo o que tinha acabado de acontecer. Quando dou por mim vejo os três que apanharam do Mário muito mal tratados a sair dali, um deles ficou com uma perna partida. O Mário senta-se ao meu lado enquanto eu recupero.
– Filhos da puta, estes putos só fazem merda, mas não te preocupes que já sabem o que acontece quando se metem com quem não devem, cobardes do caralho que só atacam quando estão em grupo. Estás bem Bruno?
Admirado fiquei por saber que ele sabia quem eu era, que sabia o meu nome.
– Sim, agora sim. Obrigado, muito obrigado.
Ele abraça-me.
– Está tudo bem agora. Já é seguro voltares para casa. Amanhã falamos na escola.
Vou para casa e fico a pensar mais no Mário do que no resto que aconteceu, ele sabia o meu nome, ele deu-me um abraço que aconchegou naquele momento.

No dia seguinte na escola, chego por voltas das 8:00, as aulas começavam às 8:30, o Mário também ele costuma chegar por essa hora, encontro-o na entrada.
– Bom dia.
– Bom dia, podemos falar um bocado?
– Claro que sim.
– Então vamos para um sitio com menos gente.
Fomos para trás de um dos pavilhões da escola, estava bastante curioso.
– Não sei como te dizer isto, nem como falar disto, falta-me a tua coragem.
– Humm? Não estou a perceber bem o que queres dizer.
– Ninguém sabe disto, mas eu gosto de ti.
– Tu o quê? Gostas de mim?
– Sim, é segredo, mas eu gosto de homens. E fiquei apanhado por ti. Por isso digo que ao seres assumido tens mais coragem do que eu.
Fico sem palavras.
– Bruno, queres namorar comigo?
Aproximo-me da boca do Mário e demos um beijo, o meu primeiro beijo apaixonado.
– Quero, sim quero namorar contigo.
Beijo-o novamente.
– Mas temos que ser discretos, pois se chega aos ouvidos do meu pai estou fudido, fico fora de casa.
Com a homofobia gigante e a falta de tolerância que havia naquela altura tudo tinha que ser feito muito às escondidas, felizmente que hoje os tempos são outros.
A minha vida mudou, eu estava apaixonado, os outros putos nunca mais se meteram comigo, na escola quando estavam outras pessoas falava com o Mário como se fossemos apenas amigos, quando estávamos sozinhos a coisa era diferente, bem diferente. Cada bocado ele era carinhoso comigo, bejava-me cada vez que tinha oportunidade.
3º dia de namoro, 5º feira havia greve de professores, dia sem aulas, dia de namorar a sério. Trago o Mário a minha casa, o meu pai estava a trabalhar e só volta pelas 19:00 a minha irmã a mesma coisa. Estou com tesão a mil é a minha primeira oportunidade de calmamente estar com o Mário, sem ninguém a atrapalhar. Mal ele entra em casa beijamo-no como nunca, com toda a privacidade podiamos foder pela primeira vez. Vamos para o meu quarto, eu começo a tirar a roupa.
– Tira a roupa Amor, quero foder.
– Humm também eu quero foder contigo.
Em menos de nada estávamos nus, que tesão de corpo e um caralho que me fez salivar, era maior do único que eu tinha conhecido até então. O Mário estava sentado na cama, ele é maior do que eu, dava para ele estar sentado e eu em pé conseguia beija-lo sem dificuldade, ele passa as mãos nas minhas costas, para no meu rabo.
– És todo depilado.
– A minha irmã trabalha num centro de estética e é claro que aproveito para mim.
– E a pele é tão macia, que tesão.
Apenas sorri para ele e voltei a beijar aqueles lábios carnudos.
Ele pelo contrario era peludo, para mim na dose certa, musculado e ar de macho que me derretia todo.
– Quero o teu caralho.
– Queres? Não sei se dou.
– Sim quero. Não queres que te chupe?
– Vais saber chupar?
– Só vais saber quando me deres a provar.
– Quero ver isso então.
– Humm deita na cama então meu amor.
O Mário deita-se com o caralho a apontar para o teto pronto para ser mamado por mim, começo lentamente a chupar, eu estava a saborear cada centímetro daquele caralho bom, 19 cm de caralho só para mim, meto na boca tudo o que consigo, quase que chega à base, provo as bolas, volto ao caralho, volto às bolas, chupo por uns 10 minutos já não sei ao certo, o Mário suspira e geme de prazer.
– Amor.
Foi a primeira vez que me chamou amor.
– Sim meu amor.
– Deita aqui.
– Que me vais fazer?
– Já vais ver.
Deito-me na cama, o Mário beija-me sinto a sua mão no meu corpo até agarrar no meu caralho que até é muito pequerno, tem 17cm, ele começa a bater-me uma punheta enquanto me beija, segundos depois a sua boca envolve o meu caralho, pela primeira vez sou chupado, gosto da sensação e hoje posso dizer que ele chupa muito bem, mas gosto mais de ser eu a chupar. Ele levanta as minhas perna no ar, vê o meu cu e percebe que já foi usado, ele enfia a língua no meu cu o que me faz gemer de tesão, isso sim eu gosto muito mais do que ter o caralho chupado,
– Isso é tão bom, ai caralho sim ahhh.
Ele chupa mais um bocado, está a preparar o meu cu para me foder de seguida. Ele para encosta o caralho na entrada do meu cu.
– Queres Amor?
– Muito, mete mete.
O caralho dele começa a entrar dentro de mim, sinto as bolas a encostar.
– Estas bem.
Quase num sussurro respondo que sim.
– Fode-me o cu.
– Fodo sim.
Sou fodido por ele por uns minutos, ele vem-se dentro de mim e beija-me apaixonadamente de seguida.
Ainda era de manhã, ainda tinha-mos o dia todo só para nós.
Vou tomar um banho e quando volto ao quarto o Mário lá continua, novamente com o caralho duro a apontar para cima, vou direito a ele e de 4 começo a chupar aquele caralho ainda com esperma depois de se ter vindo dentro de mim, ainda me soube melhor que ao inicio pois agora tinha sabor extra.
– Amor fode-me assim de 4. Eu gosto.
Ele sem demora ficou atrás de mim, deu umas lambidelas no meu cu e novamente tenho aquele bocado de carne a preencher o meu buraco faminto, ele agarra-me as ancas e começa a foder, dá-me umas palmadas no rabo.
– Aiii bruto
-Desculpa.
– Não… continua que é bom.
Desta vez a foda demorou mais tempo para meu prazer, eu gemia de tesão,o Mário fodia-me bem fundo até tirar para fora pronto para se vir.
– Vais te vir?
– Vou ahh vou-me vir.
– Dá-me na boca, quero o teu leitinho.
E ele deu. Tentei não desperdiçar uma gota e consegui.
Vamos até à cozinha comer alguma coisa, no fim o Mário deita-se de lado no sofá e liga a TV, deito-me à frente dele, como sou mais pequeno ficamos em conchinha, ele beija-me o pescoço sinto o caralho a crecer junto ao meu cu, dou uma ajeitada para enfiar novamente dentro, ele fica parado e eu vou mexendo lentamente, o Mário agarra no meu caralho bate-me uma punheta devagar enquanto me continua a beijar o pescoço, a cara, ocasionalmente viro a cara para lhe beijar, passou algum tempo desde que ele me começou a punheta e estou prestes a vir-me, digo ao Mário que me vou vir e levanto-me para vir noutro lado pois não quero sujar o sofá.
– Onde vais?
– Vou-me vir vou à casa.
– Não vais a lado nenhum.
Ele segura-me ajoelha-se e chupa-me até eu me vir na boca dele, fica de pé e beija-me partilhando comigo toda a minha esporra. No fim disse que me amava e eu, bem eu já estava completamente apaixonado.

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4 Comentários

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  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    Aqui no Brasil nao era diferente mas as pessoa lutaram, com muita teimosia conquistamos espaços

  • Responder Daniel ID:2dztbi68rb

    Queria encontrar um novinho passivo em Lisboa, mas é difícil.

  • Responder GordoCuXL ID:bt1he20b

    Sei bem o que passaste, passei pelo mesmo, pior porque a minha família nunca aceitou eu ser gay e ainda por cima passivo. Sem que se sente quando ia na rua e diziam, olha la vai o paneleiro, olha lá vai o maricas, lá vai o pega de marcha atrás… Sei bem o que eu sofri e chorei sozinho. O engraçado e que depois muitos deles foderam- me. E com a ideia maluca de como me fizeram eram machos… Deixem- me rir… Se gostas de cu de homem és tão gay como o que leva no cu. Pintei conto e chorei, chorei porque me identifiquei com cada letra do que escreveste, e sorri quando encontraste o amor. Não sei se continuas com ele, mas podes- te viver teu amor… Eu não pude viver o meu…ele acabou por se matar, devido aos comentários de que amava um paneleiro…eu.

    • Bruninho ID:2y8svr720c

      Todos nós passivos passámos por isso, subertudo nesses anos, hoje felizmente muita coisa mudou. Sim é verdade o macho ativo que pensa que por ser ele quem nos penetra que não é gay, mas alguns voltam novamente para nos foder. Eles que saiam do armário e vivam a vida mais felizes. O apoio da familia foi fundamental sobretudo do meu pai, que sempre esteve ao meu lado.
      O Mário foi o primeiro e depois de uns anos de separação, hoje é o meu marido.
      Lamento o fim trágico da pessoa que amavas. Nem consigo imaginar o sentimento de uma perda assim.