anjos inocentes 20

Hoje era domingo, um novo começo para mim e para o Gustavo, minha mãe estava muito puta por eu e o Gustavo termos se beijado na festa na frente de todo mundo, os pais do Gustavo nem se fala, coitada da Giovana, sobrou até pra ela, pois ela foi falar para seu Luciano e dona patrícia que foi ela quem nos aconselhou, ai vocês sabe né …o bicho pegou pro lado dela, más agora já era, eu e o Gustavo estávamos felizes, agora nossos amigos sabiam, e com certeza todo mundo lá na minha escola e na escola do Gustavo já sabiam a esta altura, alguns dos nossos amigos que estavam na festa foram embora logo após o nosso beijo, fazer o que né …preconceito sempre vai existir, más eu não me importo com isso, eles não me fazem falta, depois de eu levar uma mega bronca da minha mãe, ela saiu, pois o seu Valter a esperava no portão da minha casa com um belo carro … vocês devem estar se perguntando né …quem é o Valter? …o Valter é o namorado da minha mãe, más se vocês quiserem saber mais dele vão ter que voltar um pouco no tempo, lá eu falo dele..
—bom dia meu anjinho lindo – eu disse o recebendo em minha casa.
—oi meu Guizinho fofo – ele disse e me deu um selinho.
—hum! que beijinho gostoso, eu quero mais – eu disse e o beijei apaixonadamente – entra logo, quero fazer um sexo bem gostoso com você.
—agora não – ele disse.
—não?
—quero passear com você lá na pracinha, hoje é domingo e eu quero curtir esse momento com você andando de mãos dadas lá.
Seguimos juntos de mãos dadas até chegarmos lá na pracinha, hoje o dia estava diferente, tinha um ar a mais de liberdade, a pracinha é o lugar preferido das pessoas, pois elas gostam de ir lá pra namorar, só ficar agarradinho e curtir os seus parceiros, agora seria o nosso lugar especial também, más só nos finais de semana. Por que durante a semana as pessoas trabalham e a pracinha fica um deserto, bom …hoje era domingo e estava cheio de gente lá, algumas pessoas que estavam ali nos olhavam curiosas, algumas davam rizadas más não ligavam, outras olhavam com desprezo, nos sentamos na grama próximo a um casal que namoravam, era um rapaz e um moça, eu me deitei na grama e coloquei minha cabeça no colo do Gustavo só curtindo o momento.
—que gostoso esse prazer de liberdade – eu disse o olhando nos olhos enquanto ele fazia um cafuné nos meus cabelos.
—é muito bom mesmo, eu me sinto livre.
—nossa vida vai ser diferente de agora em diante – eu disse a ele.
—está arrependido?
—com você ao meu lado, eu não me arrependo de nada.
—estou pensando como vai ser o nosso dia na escola amanhã – Gustavo disse se sentindo preocupado e ansioso.
—relaxa meu anjinho, vai dar tudo certo – eu disse lhe acalmando.
—queria muito estar lá com você – ele disse.
—e eu com você.
—vamos estar pensando um no outro, assim não sentiremos sozinhos – ele disse todo romântico.
—estou com muita vontade de te beijar agora – eu disse lhe fazendo charme.
—só se for um beijo com sabor de chocolate – ele disse rindo e me fazendo rir também lembrando do nosso ultimo beijo que tivemos com nossas bocas cheia de sorvete.
—bom, só faltou o sorvete né – eu disse ainda rindo.
— aqui para o meu casalzinho favorito – disse aquela mesma moça vendedora de sorvetes nos assustando surgindo do nada.
—meu deus moça, da onde você saiu que não te vimos – eu disse com minha mão no peito me recuperando do susto.
—eu só estava passando por aqui, e ouvi um pouco da conversa de vocês, toma um de chocolate pra você, e pra você loirinho toma esse daqui que tem sabor de anjo.
—nossa moça, você é vidente? Eu perguntei espantado.
—não meninos, como eu disse, eu ouvi um pouco da conversa de vocês, eu sou uma pessoa normal como as outras, agora deixa eu ir – ela disse rindo gentilmente e se afastando.
—espera moça, eu vou pagar – Gustavo disse a ela que se afastava.
—não precisa, é um presente meu para vocês.
—bom, agora acho que não falta mais – ele disse e deu uma mordida no seu sorvete e me beijou num beijo molhado e bem gelado.
—hum! que delicia, minha vez – eu disse mordendo o meu sorvete também e lhe beijando num beijo gostoso com sabor de chocolate.
Enquanto o sorvete acabava nosso beijo intenso e pegajoso ainda continuava, nossas salivas davam lugar ao sabor de chocolate com uma doce pitada de anjo.
—dá pra vocês fazerem essa sem-vergonhice em outro lugar? não estão vendo que tem pessoas de respeito aqui – disse aquele rapaz acompanhado de sua namorada.
—somos namorados – eu disse a ele que estava furioso.
—namorados! Vocês são dois pervertidos isso sim, aqui não é lugar pra vocês fazerem essas coisas, agora vão embora.
—não vamos embora – disse o Gustavo – se quiser vão vocês.
—o que foi que você disse seu viadinho – ele falou bravo e segurou o Gustavo pelo colarinho.
—deixa os meninos em paz amor – eles não estão fazendo nada de errado – disse a namorada dele falando assustada.
—SOLTA O MEU NAMORADO – eu disse alto chamando a atenção de algumas pessoas que passavam perto de nós e chutei forte a sua canela.
—AI CARALHO …SEU MOLEQUE FILHO DA PUTA…EU SÓ NÃO BATO EM VOCES PORQUE SÃO CRIANÇAS.
—vamos amor, já esta ficando feio, as pessoas estão nos olhando – disse a sua namorada o chamando fazendo ele se afastar de mim e do Gustavo.
—vocês estão bem meninos? – uma senhora aparentando ter mais ou menos uns cinquenta e poucos anos nos perguntou.
—estamos sim senhora, muito obrigado – eu disse a agradecendo pelo seu bom gesto de solidariedade.
—eu também tenho um filho que é gay, ele já é de maior e mora com o seu marido, eu fico muito triste que ainda existam pessoas preconceituosas como estas.
—é …infelizmente existe esses tipos de pessoas, poderia falar um pouco do seu filho – Gustavo pediu pra ela se sentindo surpreso e curioso.
—claro que sim, ele se chama márcio, hoje ele esta com vinte e oito anos e seu marido se chama rodrigo, ele tem vinte e nove anos, quando eles se conheceram eles tinham mais ou menos a idades que vocês aparentam terem, eles se apaixonaram e hoje são casados e moram juntos e são muito felizes, vendo vocês hoje aqui me fez voltar no tempo e me lembrar deles quando eram jovens assim como vocês.
—e como foi quando soube que ele era gay? – eu perguntei também curioso.
—bom, na verdade eu sempre soube, uma mãe sempre sabe o que se passa na cabeça dos seus filhos, más eu nunca disse nada, ai quando eles já estavam com quase dezoito anos eles se assumiram, foi o dia mais feliz deles e pra mim, menos pro meu finado marido, más com muitas conversas e discussões ele acabou aceitando.
—ficamos muito felizes que a senhora tenha compartilhado sua historia e do seu filho conosco, vai ser uma lição de vida pra mim e para o meu Guilherme – Gustavo disse se sentindo emotivo.
—eu também fico muito feliz senhora, é uma linda historia de amor que jamais vamos esquecer – eu também disse emotivo.
—a senhora teria algum conselhos a nos dar? – Gustavo pediu.
—sim meninos, o conselho que eu posso dar é que haja o que houver, se mantenham juntos, se vocês se amam tanto mesmos, o amor entre vocês vão superar qualquer desafio, conversem sempre com o seu parceiro para saberem o que ele sente e precisa, sempre busquem algo novo a se fazer para não deixar que esse amor não caia na rotina.
—muito obrigado mesmo, foi muito bom conversar com a senhora e felicidades ao seu filho e o marido dele – eu disse a ela.
—é senhora, eu também estou muito feliz, e muito obrigado pelo conselho – Gustavo a agradeceu.
—há que isso meninos, eu é que estou muito feliz em conhece-los, pra mim foi um prazer, espero os ver de-novos, más agora eu preciso ir embora, desejo muita felicidades a vocês dois – ela disse e foi nos deixando num estado sentimental muito bom.
—nossa, a historia desta senhora daria para escrever um livro – eu disse para o Gustavo pensando na linda historia de vida que ela nos contou.
—e por que você não escreve a nossa historia? – Gustavo me perguntou.
—eu escrever a nossa historia! Não consigo nem pensar em um nome, ainda mais escrever uma historia – eu disse rindo.
—pois eu já sei de um bom nome para a nossa historia.
—há é! E que nome seria esse para esta historia que ainda nem existe? Eu perguntei curioso para saber que nome era esse.
—hei! …nossa historia existe sim e nós já começamos a escreve-la …ela vai se chamar anjos inocentes,
—só se for só anjos, por que de inocentes não temos nada – eu disse e nós dois não se aguentamos e caimos rizada.
—será que rola mais um beijo? – Gustavo me pediu apos nossa crise de risos.
—e você não tem medo que apareça outro rapaz furioso para brigar com nós? – eu disse passando meus braços sobre seu pescoço.
—se aparecer nós damos uma surra nele, agora cala a boca e me beija de-novo – Gustavo disse já me abraçando também e colando sua boca na minha.
Iniciamos outro longo beijo intenso com gosto de amor ao ar livre, enquanto eu o beijava algumas as pessoas que estavam próximas a nós ficavam a nos admirar pela nossa coragem, outras nos olhavam com desprezo.
—estou louco para fazer aquele sexo bem gostoso com você – eu disse ao Gustavo ao encerrarmos o nosso beijo tão apaixonado.
—hum! deixa eu ver se adivinho, você quer transar aqui ao ar livre no meio de todas essas pessoas – Gustavo disse e caiu na rizada novamente.
—seu bobo, olha que eu tenho coragem viu – eu disse rindo junto com ele – vem, vamos logo lá pra minha casa antes que minha mãe chega com o namorado dela.
—há, eu esqueci, você agora tem um padrasto – ele disse achando graça enquanto caminhávamos rumo a minha casa.
—ele não é meu padrasto.
—claro que é, ele esta namorando sua mãe.
—é, más ele só vai se tornar meu padrasto de verdade a partir do momento que ele se casar com a minha mãe.
—e você quer que ele se case com sua mãe?
—se minha mãe quiser, eu apoio, ele me parece ser uma ótima pessoa, minha mãe e ele já se conhecem a um bom tempo, se ela está feliz eu me sinto feliz.

—HÁÁ, MÁS TODA HORA … tinha que ser o Thiago de-novo nos atrapalhando – eu disse para o Gustavo vendo ele sentado na porta da minha casa a medida que nos aproximávamos.
—acho que aconteceu alguma coisa Guilherme, ele parece triste.
—Thiago! O que aconteceu?
—é Thiago, o que foi que houve? – Gustavo também lhe perguntou preocupado.
—será que eu posso conversar com vocês? Estou precisando muito me desabafar com alguém, e vocês são meus melhores amigos – Thiago dizia muito triste enquanto as lagrimas corriam dos seus olhos.
—claro Thiago, não só pode como deve, vem vamos entrar – eu disse segurando o seu braço o guiando para dentro.
—vou pegar um copo de agua para você Thiago – Gustavo disse indo pegar enquanto eu e o Thiago se sentávamos na cadeira em volta da mesa.
—aqui Thiago, beba que vai te acalmar – Gustavo disse novamente lhe entregando o copo e se sentando com nós.
—está mais calmo Thiago? Eu lhe perguntei ao velo terminando de beber a agua e colocando o copo vazio em cima da mesa.
—sim, agora estou, muito obrigado.
—bem, então nos conte, o que foi que aconteceu que te deixou assim? Eu lhe perguntei ao perceber que ele se acalmou.
—é o Júlio, deu tudo errado entre mim e ele.
Nesse momento eu olhei para o Gustavo que olhava para mim de volta sem entender nada assim como eu.
—acho melhor nós falar pra ele que vimos Guilherme – Gustavo me disse.
—falar o que? – Thiago perguntou se sentindo confuso nos olhando.
—eu e o Gustavo vimos você beijando o Júlio na festa ontem Thiago, por isso estamos sem entender.
—vocês estavam espiando a gente?
—não, claro que não Thiago, foi por acaso, eu estava lá no fundo da chácara, o Gustavo me chamou lá para me dar o seu presente e para ficarmos um pouco a sós, ai ouvimos um barulho e quando fomos ver quem eram, vimos você beijando o Júlio, más foi só isso que vimos e logo saímos para vocês não nos verem.
—acontece que depois que eu beijei o Júlio, eu disse que eu gostava dele, más ele me rejeitou.
—como assim Thiago, nos explica melhor – Gustavo lhe pediu.
—então, eu vi o Júlio beijando a Bianca lá na festa ai……………….
—PERA AI THIAGO …ESPERA AI … você está dizendo que o Júlio beijou a Bianca? – eu lhe perguntei mais confuso do que já estava agora.
—quem é essa Bianca? – Gustavo perguntou coçando a cabeça.
—é uma menina que estuda na minha sala, aquela moreninha faladeira que estava lá na festa ontem – eu disse a ele.
—há sim, agora eu já sei quem é.
—…???…HÁ MEU DEUS …VOCE ESTA DIZENDO QUE O JULIO ESTA NAMORANDO A BIANCA THIAGO? –eu lhe perguntei espantado.
—sim, eles começaram a namorar.
—poxa Thiago, eu sinto muito por você – Gustavo disse triste e surpreso?
—é Thiago, eu também sinto muito por você, agora eu fiquei triste, queria tanto que vocês dois dessem certos, más sempre estaremos aqui pra você meu amigo, tenho certeza que você encontrar uma ótima pessoa que vai te fazer feliz e esquecer tudo isto, más por favor, continua, que foi que houve entre você e o Júlio, vai, fala pelo amor de deus, o que foi que aconteceu entre você e ele – eu dizia impaciente pra ele falar.
—calma gente, deixa eu falar.
—então fala logo Thiago – Gustavo lhe disse.
—então, eu vi o Júlio beijando a Bianca na festa, ai eu me senti muito triste e sai correndo de lá para o fundo da chácara, eu precisava ficar um pouco sozinho.
—vai continua – eu disse a ele.
—calma gente, vocês não me deixa falar…deixa eu continuar ….então, como eu estava dizendo…eu estava lá sozinho muito triste, ai o Júlio me encontrou, ele achou que eu gostava da Bianca, eu nunca poderia pensar que ele achasse isso de mim, ai eu o olhei nos seus olhos e lhe roubei um beijo.
—você beijou o Júlio de surpresa Thiago? Eu lhe perguntei com minhas mãos na boca sem acreditar nele.
—sim, eu não consegui resistir.
—Thiago do céu, você é louco – Gustavo disse tão surpreso quanto eu – e o que o Júlio fez? qual foi a reação dele?
—a principio ele gostou, más depois ele me rejeitou – Thiago disse muito triste.
—ele brigou com você? – Gustavo lhe perguntou.
—não, ele me empurrou e eu cai, más não foi culpa dele, foi só uma reação mesmo, más depois ele me pediu desculpa e me ajudou a me levantar.
—e o que mais aconteceu – eu lhe perguntei.
—ele disse que continuaria sendo meu amigo, más que não poderia me oferecer mais que a sua amizade pois ele estava começando um lance bom com a Bianca, ele disse também que gostava dela – o Thiago disse e seus olhos foram se enchendo de agua.
Neste momento o Thiago não se aguentou e começou a chorar, eu o abracei tentando lhe acalmar novamente, o Gustavo passava suas mãos em suas costas o consolando.
—porque …porque…. o Júlio não pode gostar de mim assim como eu gosto dele …Thiago dizia chorando muito em nossos braços.

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