# # #

O Diário de Tico – Dia 8

5302 palavras | 11 |4.74
Por

Um diário se tornou o melhor amigo de um menino de 12 anos.Mas ele não esperava que sua mãe lesse secretamente suas íntimas confissões e postasse aqui

Olá diário!

Vou direto ao assunto pq não sei até que horas vou poder escrever.

Eu sentei na escada da igreja junto com as outras crianças da igreja. Fiquei com as pernas bem juntinhas pra ninguém perceber minha calça rasgada.

Parecia que o padre ia falar para sempre. Já estava sentindo dor de ficar com as pernas juntas, mas tinha que resistir. Mas depois de um tempo comecei a sentir cãibras. Acabei esticando as pernas, mas fiquei segurando o buraco com as as mãos.

Uma mulher que tinha algum cargo na igreja me viu segurando a calça, se aproximou de mim e perguntou baixinho: “garotinho, você está querendo fazer xixi?”

Eu disse que não, então ela mandou eu “tirar a mão daí porque era feio”. Eu fiquei sem graça, e tirei a mão, juntando as pernas. Fiquei surpreso como o tom de voz e a expressão facial dela mudou tão rápido de uma frase pra outra. Parecia tão doce ao perguntar sobre o xixi e tão brava ao mandar eu tirar a mão!

Ela também xingou algumas meninas que estavam deixando a calcinha aparecer sob a saia. Realmente essa mulher era muito brava.

Mas enfim, a missa era muito chata pras crianças. A gente acabou ficando conversando baixinho entre a gente. Essa mulher às vezes percebia e fazia um gesto de silêncio para gente. Algumas vezes, só dela olhar, as crianças já ficavam quieta, parece que elas já conheciam a fama de brava dessa mulher.

Mas depois voltávamos a conversar. Ficar quase uma hora sentado para uma criança sem poder fazer nada era uma eternidade. O que eu fazia as vezes era ficar olhando pra Ana Clara! Ela estava na segunda fileira, de frente pra mim, e como ela prestava atenção no padre, eu podia ficar admirando a beleza dela.

Mas num certo momento eu olhei pra ela novamente e levei um susto, ela estava olhando pra mim e sorrindo silenciosamente. Fiz um gesto com as mãos querendo dizer que entendia do que ela ria. Então ela pegou uma bala Fino em formato de banana que a Bruna havia pedido tia guardar pra ela e me mostrou sorrindo ainda mais.

Continuei gesticulando que não entendia. E vi a mulher da igreja caminhando a passos largue na minha direção. Fiquei preocupado dela me xingar de novo. Ela se aproximou e fez um gesto pra eu ir até ela. Eu levantei e fui até ela. A mulher pediu pra eu mostrar quem era a minha mãe.

Eu apontei pra ela, morrendo de medo dela me xingar pra minha mãe. Ela chamou minha mãe e disse:

“desculpa te incomodar, senhora, mas a calça do seu filho rasgou e o piupiu está aparecendo. A igreja está montando o bazar na praça, posso levar seu filho pra ver se achamos outra calça pra ele?”

Senti alívio por não ter me xingado. Mas então essa mulher tinha visto, o que foi bem vergonhoso. Será que mais alguém me viu? Comecei a ficar preocupado. Novamente Ana Clara me mostrou a bala, aí minha ficha caiu. Senti meu rosto queimar na hora. A moça que eu gostava tinha visto meu pinto! Ainda bem que meu pinto era pequeno e não deve ter dado para der direito rsrs. Meus Deus, será que deu pra que meu pinto era pequeno?!

Ainda ouvi minha mãe dizendo que iria me levar. Mas a moça disse que o bazar ainda não estava aberto pro público, melhor se ela mesma fosse por trabalhar na igreja e conhecer as pessoas. Minha mãe concordou e voltou a sentar pra assistir a missa.

Fui seguindo a mulher e observando as pessoas na igreja pra ver se alguém estava olhando pra mim. Será que mais alguém tinha visto minha calça rasgada? Mas ninguém estava me observando, o que me deu um certo alívio. Acho que só essa mulher e a Ana Clara tinham percebido. Menos mal, mas tinha que ser justo a Ana Clara! Curioso que dessa mulher, não senti tanta vergonha, dela eu tenho mais é medo.

Saímos da igreja e fomos para a praça em frente. Fiquei surpreso com o tamanho do evento que a igreja estava montando. Eram várias barraquinhas, umas de roupas e coisas para o bazar, consegui ver os sapatos, cremes, perfumes e perucas que a Ana Clara doou, e algumas barracas de comida. E uns brinquedos, vi duas camas elásticas, piscina de bolinha, Touro mecânico e o mais legal que achei era um inflável de futebol no sabão. Mas ainda não tinha ninguém brincando, aliás ninguém visitando as barraquinhas, havia apenas algumas pessoas que estavam montando tudo. No fundo vi umas crianças brincando né ssas fontes que jogavam água pra cima, mas isso já era da praça e não do evento da igreja. Lembro que até comecei a sentir fome com os cheiros maravilhosos que viam da barraquinha.

“Qual o seu nome menino?”, perguntou a mulher brava.

“Tico”.

“Tico?! E isso lá é nome? Perguntei seu nome, não sou sua coleguinha pra gente te chamar por apelido”

“Marco Túlio”, respondi sem graça, me sentia muito inseguro perto dela. Não lido bem com pessoas nervosas assim.

“Marco Túlio me espere neste banco, vou conversar com a organizadora pra pegar uma calça pra você”.

Obedeci na mesma hora, mal conheci a mulher e já tinha pavor dela. Mas dessa vez lembrei de tomar cuidado de manter as pernas fechadas.

Observei ela conversando com uma freira. Acho que era a primeira freira que via na vida. Lembrei de um filme de terror com uma freira horrorosa e dei uma risadinha com a associação que minha mente fez. Mas a que estava na praça parecia um senhora boa. Vi a mulher brava apontando pra mim e a freira olhando. Fiquei um pouco constrangido. Então as duas mulheres começaram a caminhar na minha direção.

Juntei ainda mais as pernas e segurei nos meus joelhos, me sentia muito inseguro com a situação.
Ao se aproximarem, a mulher brava falou:

“Marco Túlio, afaste as pernas pra irmã Gecilda ver o rasgo”.

Precisei de uns segundos pra acreditar no que ela pediu pra eu fazer, e mais uns instantes pra criar coragem. Não queria de jeito nenhum deixar uma freira ver meu pinto, mas tinha muito medo da mulher brava.

“Vamos garoto, a irmã Gecilda está muito ocupada!”

Abri bem pouco as pernas, muito constrangido.

A mulher brava veio impaciente pegou nos meus joelhos e afastou cada um para um lado deixando o buraco tão arreganhado que meu pinto saltou para fora. Fiquei com tanta vergonha que não tive coragem de olhar pras duas mulheres que analisavam minha roupa rasgada. Fiquei olhando pra baixo, o que foi horrível também porque podia ver meu pinto saindo sem poder fazer nada.

Então ouvi pela primeira vez a voz da freira:

“Como a mãe dele não deu nenhum dinheiro pra comprar no bazar e temos poucas calças infantis, acho que dá pra ele continuar com essa, a missa já está até acabando”

“Mas irmã, como ele vai sentar no altar com tudo aparecendo assim?”

“Bem Magda (descobri o nome da bruxa!), o que posso fazer é dar uma zorbinha pra ele, elas só custam um real mesmo, nem fará falta pro projeto da igreja”

“Sim, isso já esconde o problema, muito obrigada irmã Gecilda!”.

Finalmente pude fechar minhas pernas! A freira voltou pra onde estava e a Magda, ou melhor Bruxa Magda, mandou eu acompanhá-la novamente.

Paramos numa barraquinha que tinha três caixas: uma de cueca, uma de calcinha e uma de meias. Estavam misturadas peças de adulto e criança, mas a grande maioria era infantil.

A Magda falou pra mulher que estava organizando as roupas:

“A irmã Gecilda me autorizou pegar uma cueca de doação para este rapaz.”

A mulher, que tinha uma idade entre a Ana Clara e minha mãe (mais próxima da Ana Clara) falou:

“Claro, pode pegar. Mas o que aconteceu com este rapazinho?”

Pra que fazer perguntas. Não podia só pegar a cueca e me dar?

Mas a Magda fez questão de explicar:

“Esse mocinho estava sentado no altar, na frente de toda a congregação com a calça rasgada e não vestia cueca”

Quase pude ver o vermelho do meu rosto refletido nos dentes brancos que a mulher exibia ao rir da situação:

“Minha nossa senhora, então vamos providenciar uma cuequinha urgente pra este rapazinho”

As duas começaram a procurar na caixa. Até que a bruxa achou uma ótima, era uma cueca box preta e perguntou se podia ser aquela.

Mas a mulher da barraca não deixou: “acho melhor deixar essa pra algum adolescente que for comprar porque temos poucos modelos assim. Como ele é menino ainda, pega uma infantil por ter várias”

Que raiva eu fiquei eu já era adolescente, mas se eu fosse explicar… Além do mais, era um real! A melhor veio questionar uma cueca de um real?!
E para piorar, ela me pega uma cueca do Ben 10!
Pior que eu curto Ben 10, mas não preciso usar cueca dele nesta idade né!

Mas parei de preocupar com isso, porque surgiu um problema maior!

A mulher da barraca falou como se fosse a coisa mais normal do mundo:

“Venha aqui no cantinho pra você experimentar!”

O cantinho que ela se referia era atrás da barraca, mas eu ficaria protegido de quem estava na praça, mas não de quem passava na rua.

“Não posso ir num banheiro?”

Achei justo meu questionamento considerando que eu não era um menino pequeno. Mas a Magda reagiu como se fosse eu absurdo eu ter falado aquilo:

“garoto eu estou te ajudando e você não quer colaborar. Temos que voltar pra missa agora, preciso ajudar na entrega das hóstias!”

Disse com voz ríspido e já pegando no meu ombro me direcionando pra trás da barraca. Apesar da vergonha, eu não era doido pra contrariá-la. As duas me acompanharam para piorar a situação. Fiquei de frente pra barraca, coberto da cintura pra baixo e de costa para as duas e para a rua. Tirei a calça e vesti a cueca. Era ridícula, mas serviu. Quando ia por a calça, a bruxa me pegou pelo ombro de novo e me virou de frente pra ela.

“Serviu?”

“Sim!”. Respondi bem objetivamente pra acabar logo com meu embarasso. Só queria por a calça e voltar pra igreja.

Mas a mulher ignorou a própria pergunta e minha resposta e foi verificar. Sem se importar com minha privacidade, pegou no elástico da cintura da cueca e puxou pra frente pra ver se estava apertando, deixando meu pinto exposto ao olhar das duas.

Finalmente ela deixou eu vestir a calça e voltamos. As crianças ainda estavam sentadas na escada. Mas eu sentei do lado da Ana Clara na segunda fileira. Eles estranharam eu ter voltado com a mesma calça, mas expliquei que ganhei uma cueca.

A Ana Clara riu e disse:

“Ah agora sim está de cuequinha né!”. Disse puxando o cós da minha calça pra frente e vendo minha cueca.

Fiquei todo desconsertado. De onde ela tirou que poderia fazer isso comigo? Nunca dei essa liberdade pra ela. Fiquei tão surpreso, que não esbocei nenhuma reação. Nem quando ela me zuou:

“huuuuuummmmmm… Cuequinha do Ben 10! Que gracinha!”

Além da vergonha, fiquei surpreso com o detalhe dela conhecer o Ben 10. Mas aí eu vi que além de ter o desenho do personagem estampado, ainda vinha escrito Ben 10 na cueca. E claro, tinha que ser branca e sliper, mais infantil, impossível!

Finalmente a missa acabou. Era mais de meio dia. Estava morrendo fome. O padre convidou os fiéis a visitarem a feira da igreja na pracinha. Estavam arrecadando dinheiro pra reformar o telhado da paróquia.

Então o povo, incluído minha família (que estranho chamar a família do André assim!) fomos também.

O Bernardo viu uma barraquinha vendendo batata frita com catupiry por cima e pediu o pai pra comprar. Eu também estava doido pra comer, mas tinha vergonha de pedir.

Mas o André não permitiu. Dizer que iríamos almoçar no restaurante por ser mais confortável pra mãe dele ficar.

A Bruna também insistiu pela batata. Até eu criei coragem e falei que também preferia a batata.
Eu amo batata frita e amo catupiry, já imaginava essa combinação perfeita na minha boca.

Então a Ana Clara disse:

“André, pode ir pro restaurante com a mãe e a Madalena. Eu fico aqui com os meninos e comemos a tal batata”.

Eu já falei que amo essa mulher?! Rsrsrs. O André concordou e separamos em dois grupos.

A Ana Clara achou uma mesa vazia e sentou. Eu sentei do lado dela. O Bernardo é a Bruna ocuparam as demais cadeiras.

Quando a batata chegou começamos a devorar. Ainda bem que a Ana Clara tinha pedido duas porções já que elas eram pequenas.

Eu mergulhava a batata no catupiry e mandava pra dentro. A Ana Clara também fez isso. Ela pegou uma batatinha deixou ela toda lambuzada de catupiry e falou pra mim, sorrindo:

“Tico, o seu já fica assim né?”.

Eu não entendi o que ela quis dizer, mas ela disse sorrindo e fazendo uma cara estranha, então fingi que entendi e disse que sim e rindo pra ela”.

Então o Bernardo perguntou:

“vocês estão falando do quê?”.

Adorei a pergunta, porque também não fazia ideia. Mas a Ana Clara apenas riu e disse que era conversa de gente mais velha. Eu me senti muito lisonjeado dela se referir assim de mim. Como ela riu, eu também.

O Bernardo até protestou:

“ei, o Tico é do meu tamanho!”

Mas a Ana Clara continuou falando em códigos:

“Mas o seu é assim (disse mostrando só uma batata sem nada em cima) e o do Tico é assim (disse mergulhando a batata no catupiry)”

“OLHA TEM PULA PULA”, disse a Bruna quase gritando de empolgação e mudando totalmente o rumo da conversa. Confesso que senti aliviado por não estar entendendo nada.

Depois que comemos, a Ana Clara comprou um ingresso pra Bruna ir na cama elástica e perguntou se agente queria ir também.

O Bernardo quis. Mas eu disse “não gosto, é coisa de criança”. Então apenas os dois foram no brinquedo. A Bruna pulava sem se importar do seu vestido estar levantando e mostrando sua calcinha pra todo mundo. A Ana Clara também não ligava. Aproveitei que fiquei sozinho com ela por um estante e joguei limpo, mesmo parecendo bobo:

“Eu não entendi muito bem a brincadeira da batata com catupiry”

Ela riu, pensou um pouquinho e disse:

“Estava te zuando bobo! Eu sei que aquilo que estava na sua calça não era xixi. Sei muito bem o que você fez com a Bruna pra sair esse “catupiry” do seu pintinho!”

Finalmente eu entendi. Fiquei tão espantando dela saber de tudo que nem disfarcei minha cara de pavor. Então ela falou:

“Aaahhhh, então é isso mesmo! Sabia! Quer dizer, eu desconfiava que era isso, agora você confirmou”

“Mas por favor, não conta nada pro pai dela! Eu imploro! Eu fui expulso da casa do meu tio por fazer essas coisas com a filha dele, não quero ser expulso de novo”. Disse suplicando e muito aflito, começando a chorar.

Minha reação foi tão forte que ela assustou e tentou me acalmar:

“Calma Tico, está tudo bem. Vou guardar esse segredo. Pode ficar tranqulo. Eu sei como os meninos são, já namorei alguns. É assim mesmo”

“você promete que guarda segredo?”

“Claro, já somos amigos, aliás você já é da família! Só quero uma coisa em troca!”

Fiquei com medo ao ouvir. O que ela queria? Mas qualquer coisa é melhor que eu ser expulso de novo, justo agora que minha mãe está tão feliz.

Então respondi:

“Combinado. Mas o que você quer?”

Ela riu, e falou:

“Calma Bala Fini! Depois eu te conto, mas vou te dar uma dica: eu também adoro batata frita com catupiry!”

“Ah, mas eu não sei cozinhar”

Ela deu uma gargalhada do meu comentário. De novo eu ri pra fingir que entendi e não parecer tão bobo.

Depois os irmãos queriam ir no touro mecânico. Novamente a Ana Clara pagou a entrada deles e perguntou se eu queria. Esse brinquedo não parecia infantil, aí eu fui.

A Bruna foi primeiro. Mas quem controlava o brinquedo foi devagar porque ela era menor. Com o Bernardo e eu foi um pouco mais forte. Consegui ficar 14 segundos. Mas quando caí, minha calça rasgou mais ainda na frente. Agora eu era grato aquela cueca ridícula. Mas ainda sim, fiquei constrangido porque a cueca era branca e a calça preta, então era fácil perceber que a calça estava rasgada na frente.

O André voltou minha mãe e a Gertrudes. A velha já queria ir embora. Mas a Ana Clara disse pra esperar mais um pouco por que ela levaria de volta pro bazar o que não for vendido nesse evento da igreja.

O Bernardo pediu ao pai pra gente brincar no futebol de sabão. Ele era o brinquedo mais legal, era um campo de futebol inflável e os dois times tentavam fazer gol, mas era muito difícil parar em pé porque a água com sabão era muito escorregadia.

O pai dele deixou, mas observou que alguns meninos brincavam de short e outros de cueca pra não molhar a roupa. Então o André mandou a gente brincar de cueca pra não molhar o banco do carro.

Na hora eu pensei do mico de ficar de cueca do Ben 10 na frente de tudo mundo, principalmente da Ana Clara. Mas o brinquedo era muito legal. Observei os meninos jogando short e ninguém envolta ficava prestando muita atenção. Então eu resolvi brincar. Tirei a calça e dei pra minha mãe segurar.

A Ana Clara riu e ficou me zuando:

“olha a cuequinha dele, gente”.

Eu fiquei sem graça, mas ao mesmo tempo eu gostava desse jeito brincalhão dela. E eu também não podia ficar implicando com ela porque ela sabia de um grande segredo que poderia complicar minha vida.

“Ih mas eu não estou com cueca”, disse o Bernardo.

Aí eu lembrei da barraquinha da cueca.

“Ali tem cueca e é só um real!”

Fomos lá e o André comprou uma pro filho. A do Bernardo era azul com estampa de um carro. O Bernardo perguntou onde ele poderia se trocar e o pai disse pra se trocar aqui mesmo rapidinho. O menino tirou a calça sem se importar de ficar com o pinto exposto na praça cheia de gente e vestiu a cueca. Fomos correndo pro futebol de sabão. A Bruna não quis ir nesse brinquedo. Vi ela tirando o vestido e indo brincar na fonte junto bom outras crianças.

Quando acabou o tempo do futebol de sabão fomos brincar na fonte também. O André disse que chama fonte interativa porque as pessoas podiam entrar nela pra brincar. Eram vários jatos de água sendo jogados pra cima e tinha luzes coloridas no chão que refletia as cores nas águas, era bem legal.

A Ana Clara estava de pé tirando fotos dela perto das fontes. Nos nos aproximamos dela e ela tirou fotos da gente. Ela viu na foto que minha cueca ficou muito transparente, e rindo, deu zoom no meu pinto. A parte que não estava coberta pela estava mostrava nitidamente meu pinto. Eles riram muito de mim e os três começaram a olhar pra minha cueca. Eu desgrudei o tecido do meu corpo pra disfarçar. Era toda hora grudava e a Ana Clara ou os meninos me zoavam. Eu tentava posicionar meu pinto atrás da estava do Ben 10, mas toda hora ele se movia. Acho que eles se acostumaram e pararam de ficar olhando, aí eu deixei pra lá.

Depois de um tempo o André chamou a gente pra ir embora porque a Gertrudes estava cansada. Saímos da água e ficamos no sol pra secar. A Ana Clara tirou umas fotos nossa. Depois vi ela apontando o celular pra minha cueca e fotografando rindo. Olhei pra baixo e vi meu pinto muito visível pelo tecido branco transparente. Fiquei com vergonha e novamente desgrudei a cueca do meu corpo.

Depois que secamos o corpo no sol, pelo menos o excesso d’água, o André mandou a gente tirar as roupas íntimas molhadas e vestir as roupas secas. O Bernardo e a Bruna tiraram ali mesmo a cueca e a calcinha e entregaram pro André. O pai entregou a calça e a blusa pro Bernardo vestir e foi ajudar a Bruna a pôr o vestido. O Bernardo era tão tranquilo quanto a nudez que ele começou vestindo a blusa ao invés da calça. Novamente a Bruna estava de vestido sem calcinha. Mas eu nem conseguia pensar besteira porque só faltava eu pra trocar e estava morrendo de vergonha.

Só me restou virar de costa pra eles, o que me deixou de frente pra estranhos, mas era menos pior, e tirar a cueca e vestir a calça.

Mas agora meu pinto saia pelo buraco rasgado. Então tive que ficar segurando na frente. Eles riram, mas já íamos pro carro mesmo, fazer o que, né.

Mas a Ana Clara ainda foi nas barraquinhas pegar os produtos que sobraram. Os sapatos e perfumes praticamente venderam tudo, sobrou mesmo foi as perucas. Ela juntou os produtos e fomos pro carro.

Agora os produtos da Ana Clara couberam em apenas uma sacola e minha mãe levou-os no banco da frente por ter mais espaço. Infelizmente agora a Bruna foi no colo da Ana Clara. Lamentei a chance de levá-la de vestido sem nada por baixo de novo. Apesar que agora a Ana Clara sabia do segredo, acho que seria muito arriscado.

Ainda tinha outra situação. Quando sentei, meu pinto ficou muito visível pelo rasgado da calça. O Bernardo foi o primeiro a ver e gritou rindo. Aí todos ficaram olhando. Coloquei a mão pra tampar. O problema era ficar assim por quase duas horas de estrada.

Aí a Ana Clara teve uma ideia. Era meio engraçada, tanto que ela propôs a solução rindo:

“Madalena, dentro dessa sacola tem umas perucas, pode pegar uma e dar pro Tico por no colo pra tampar esse pintinho”.

Todos riram, mas a ideia resolveria meu problema até chegarmos em casa. Minha mãe pegou uma peruca e me deu. Era pra menina, então o cabelo era mais cumpridinho, o que foi ótimo pra me cobrir. Embora a cena fosse tosca, parecia que tinha um cachorro castanho no meu colo.

Depois de muito chão, o André parou na casa da Ana Clara. Ela desceu, se despediu de nós e pegou a sacola com a minha mãe, que disse:

“Ah Ana Clara, toma a peruca que estava com o Tico”.

Mas a garota riu e disse:

“Pode ficar pra ele não posso vender uma peruca com cheiro de pintinho.

Todos riram. Fiquei sem graça, mas acabei rindo também. Se eu não entrar na onda da minha nova família, vou sofrer muito.

Chegamos em casa, e o André mandou nós três direto pro banho porque a gente brincou na água e ficamos muito tempo com o cabelo molhado “não quero nenhum menino adoecendo aqui”.

Assustei quando ele mandou nós três tomarmos banho juntos, não queria ficar pelado na frente da Bruna, mas por outro lado adoraria vê-la peladinha no banho. Até pensei em falar que não queria tomar banho com uma menina, mas já senti meu pinto ficando duro na calça rasgada, a peruca que estava me salvando.

Novamente o André nos mandou apressarmos pra não griparmos. Então fomos para o banheiro, eu fui o último a entrar e encostei a porta.

O Bernardo já foi tirando a roupa e ligando o chuveiro. A Bruna estava com dificuldade de tirar o vestido. A roupa estava na altura do peito, deixando a pererequinha à mostra já que estava sem calcinha. Então ofereci pra ajudá-la. Coloquei a peruca na pia, meu pinto duro saia pelo rasgo da calça. O Bernardo viu e começou a me zoar. Mas estava tão focado em ver a Bruna no banho que nem liguei. Desabotoei um botão nas costas dela e tirei o vestido. Ela foi peladinha pro chuveiro. Enquanto eu tirava a minha blusa, ela viu meu pinto duro saindo pelo buraco e achou muito engraçado. Fiquei constrangido, principalmente porque estava muito duro e a menina olhando, mas confesso que estava achando aquele momento muito excitante!

Finalmente tirei a calça e me juntei a eles no chuveiro. O Bernardo me zoou novamente por causa da ereção e pegou no meu pinto brincando. A Bruna riu muito, mas eu senti um prazer incrível. Não que eu fosse gay, é que meu pinto já estava latejando de tanta tesão, aí o menino vai e pega nele apertando bem na cabecinha.

A Bruna ficou curiosa e pegou no meu pinto também. Eu senti um prazer forte percorrendo todo meu corpo. Já não estava pensando racionalmente então passei a mão na pepeca dela.

“Ei!, disse a Bruna brava e assustada, dando um passo pra trás”

“Você pegou no meu, então posso pegar no seu”. Eu protestei.

Ela não respondeu. Foi pro chuveiro e começou a se lavar. Eu ainda estava morrendo de tesão, aqueles poucos segundos que passei a mão na menina foi muito gostoso!

O Bernardo também gostou de ter visto aquilo e seu pinto começou a ficar duro. Aí foi minha vez de vingar, peguei no pauzinho dele e zoei:

“ficou com o pinto duro também hein”

Eu disse rindo. O Bernardo também riu e depois a Bruna. Fiquei aliviado dela rir, quer dizer que não ficou com raiva.

A porta abriu. Era minha mãe que veio trazer nossas toalhas.

“O que é isso, vocês dois com esse pintinho duro hein! O que estão aprontando?”

Achei o tom de voz dela confuso, parecia uma mistura de xingo e brincadeira.

Minha mãe pegou o sabonete e começou a dar banho na Bruna. Vi ela passando a mão na perereca e dentro da bunda na menina pra lavar. E na hora de enxaguar, passou os dedos lá dentro de novo. Era impossível não ficar de pinto duro. Pelo menos pra mim, o do Bernardo já tinha ficado mole.

Depois ela pegou a toalha da Bruna secou a menina e a mandou ela se vestir no quarto. Depois minha mãe começou a dar banho no Bernardo. Fiquei de boca aberta quando vi ela pegando no pinto dele pra lavar, puxou a pelinha e esfregou a cabecinha. O menino deixou sem reclamar, apenas ficou rindo um pouco sem graça. Quando minha mãe passou a mão dentro da bunda dele pra lavar ele também riu.

Ela mandou ele se enxaguar e veio me dar banho. Eu não tinha vergonha dela, mas quando ela pegou no meu pinto pra lavar eu fiquei sem graça por ele estar duro. Ainda estava com muita tesão com toda aquela cena. E quando ela puxou a pelinha e esfregou minha cabecinha, não aguentei mais segurar, meu pinto atirou um jato forte de esperma na mão dela.

“Eh Tico, não tem jeito com você hein, oh idade difícil”, disse rindo.

Então ela foi puxando a pele do meu pinto pra frente e pra trás e segundos depois saiu outros jatinhos do meu leitinho. O Bernardo ficou olhando curioso e rindo. Ela pegou o sabonete e lavou meu pinto novamente, meu corpo todo arrepiou porque estava muito sensível. Mas finalmente ele ficou mole. Me enxaguou e mandou a gente esperar no tapete do lado de fora do banheiro enquanto ela puxava a água com o rodo.

Uma corrente de ar gelado entrou pela janela e veio abraçar nossos corpos molhados. Começamos a tremer de frio. Minha mãe viu a gente tremendo e ficou com o dó. Pegou as duas toalhas e enrolou a gente. A Bruna, já de camisola, estava passando e a minha mãe pediu ajuda dela. A minha mãe começou a me secar e a Bruna enxugava o Bernardo. Agora que ela estava vestida e o Bernardo e eu estávamos pelados, eu senti muita vergonha dela. Principalmente que o ar gelado fez meu pinto ficar muito encolhido. De repente a Bruna parecia tão adulta como minha mãe e o Bernardo e eu dois menininhos pequenos que ainda precisavam de ajuda pra tomar banho.

Depois minha mãe pegou as toalhas e pediu pra Bruna pendurá-las no varal. Ela nos levou para o quarto. Abriu a gaveta e pegou um short e uma blusa de pijama pro Bernardo. Enquanto o menino vestia, ela procurou um short pra mim.

“Ishi filho, estão todos sujos. A mamãe tem quer lavar roupa amanhã. Vou achar algo pra você vestir”

Ela saiu do quarto e voltou com uma blusa dela. A camisa era grande, de algodão branco, pareceria unissex de não fosse uma flor estampada no lado direito da roupa. Vesti a blusa e ficou parecendo uma camisola em mim, a blusa quase chegava nos meus joelhos.

A Bruna voltou e assustou:

“Tico porque você está vestido de camisola igual a mim?”

O Bernardo começou a rir.

“o Tico está de camisola! O Tico está de camisola”

Minha mãe xingou o menino e explicou pra Bruna que minhas roupas limpas acabaram.

Depois da janta, nós estávamos brincando na sala. Eles ainda me provocavam por causa da “camisola”, mas resolvi entrar na zoação e coloquei a peruca que a Ana Clara tinha me dado e comecei a falar como se fosse uma menina. Estávamos todos rindo.

Mas a senhora Gertrudes me viu, arregalou os olhos, ficou pálida com o susto e disse, num tom de voz que misturava espanto e euforia:

“AMANDA! FILHA! VOCÊ VOLTOU! A mamãe sentiu tanto a sua falta!

***
Obrigada por ter lido!
Se sentir vontade, dê um voto no conto e deixe um comentário.
Dizer o que gostou, fazer críticas construtivas e sugestões para esta ou outras histórias me incentivam a continuar escrevendo e me ajudam a melhorar!
Beijos,
Adoleta
[email protected]

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,74 de 19 votos)

Por # # #
Comente e avalie para incentivar o autor

11 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Roger ID:81rco5r6ij

    Acredito que deve ser difícil agradar a todos kk cada pessoa tem sua preferências e fetiches. Embora minhas situações preferidas sejam as de exibicionismo involuntário (ou até forçado) eu acho que um capítulo focado no Tico fazendo umas safadezas de leve com o Bernardo pode ser interessante (principalmente se o Tico ficar de calcinha de novo e o Bernardo aproveitar kkk). Sei q talvez muitos não gostem, mas mesmo não sendo uma das minhas situações mais desejadas acho q vale a pena.
    E só pra completar como eu disse antes minhas situações preferidas são as de nudez involuntária, por isso pra mim nada supera a Sara peladinha no vestiário masculino kkk A cena da foto então… Perfeita.

    • Adoleta ID:1dk2zj5x7uay

      Muito obrigada pelo comentário, Roger!

      Comentários como esses que citam o que gostou e não gostou nos contos me ajudam muito! Por isso sou muito grata por comentários como o seu, do Ada, do Seila, e de outros que não consigo citar de memória, mas que me ajudaram também com sugestões e feedbacks.

  • Responder Adoleta ID:1dk2zj5x7uay

    Olá, Ada!
    Obrigada por sempre acompanhar e comentar meus contos!
    Tenho muita estima por você!
    Sou grata por me alertar quanto a essência do Tico para não fugir do perfil do personagem.
    Irei tomar este cuidado. Contudo, a história está de estendendo bastante, então é natural que haja um desenvolvimento no arco do personagem, até mesmo pra não ficar muito repetitiva!

    Mais uma vez, abrigada pela fidelidade!

  • Responder ada ID:1d2uxqbos3ck

    Ola Adoleta
    Mais um conto maravilhoso. Só peço que não se afaste do seu caminho.
    O perfil do Tico desde o inicio é a vergonha de seu corpo e a maneira como sua mãe o trata.
    Por favor não altere seu perfil nos contos ( O tico jamais sentiu atração por meninos, no máximo comparou-se com eles) .
    No caso da escola de balé , procurou ver como o outro menino se portava no vestiário com as meninas.
    Seu sucesso se deve por não se igualar aos outros autores. Seu estilo é único.
    Por favor se mantenha fiel ao seu estilo.

  • Responder Felipe ID:1dbg3mps27q9

    haha cuequinha do Ben 10, muito bom.
    a coisa da batatinha foi uma ótima sacada também kkk.

    • Adoleta ID:1dk2zj5x7uay

      Obrigada, amigo!

  • Responder Notman ID:bemn9j5xik

    Mal posso esperar para o Tico pagar o favor para Ana Clara.

  • Responder Adoleta ID:1cz5vbwhk8nj

    Obrigada pelo comentário e pela sugestão.
    Vou atendê-la!

  • Responder Ronaldo ID:jsj4fnrxp3a

    Oi Adoleta, parabéns, seus contos são muito bons mas seria legal fazer o Tico se envolver em pegação com algum menino, talvez até num troca troca, até o próximo conto.

  • Responder Seila ID:2pdvucf38l

    Adoleta você se supera a cada capítulo, esse foi muito gostoso de ler. Infelizmente agora é apenas na próxima semana, adorei o final que o tico ficou usando apenas uma camisa longa da sua mae, mas eu ainda acho que é muito roupa kkkk. Agora so falta o Bernardo e a Bruna ficarem sem nada. Eu também adorei quando o Bernardo pegou no pinto do tico e o tico no dele, por favor você pode fazer um capítulo com eles se descobrindo mesmo que não seja esse o foco da história ou das suas histórias, eles estão na idade e na fase das descobertas, seria muito legal ler sobre isso.

    Um grande abraço de um grande fã seu

    • Adoleta ID:1cz5vbwhk8nj

      Obrigada pelo comentário!
      Estou atendendo algumas sugestões suas mas bem aos pouquinhos kkk De grão em grão eu chego lá kkkk
      Obrigada pela paciência e fidelidade! Kkkk