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O Homem Desviado

3212 palavras | 6 |4.18
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Imagine uma sociedade onde a homossexualidade é o padrão de comportamento normal e a heterossexualidade uma aberração, uma doença que pode ser curada.

Ele entrou no reservado do canto, longe dos homens que dançavam, onde o cheiro forte de almíscar e jasmim não impregnava tanto o ar. Uma luz elegante iluminou suavemente o local. Ele diminuiu seu brilho: diminuiu ao ponto de ter somente a luz azul do clube, filtrada através da cortina de miçangas, difundindo e desfocando as imagens pálidas refletidas nas paredes espelhadas.

“Pois não, senhor?”. O jovem garçom surgiu entre as miçangas e sorriu. Emoldurando um tronco dourado, seus músculos brilhantes pareciam mover-se de forma independente, como cobras imensas sob a pele nua.

“Uísque”, respondeu Jesse. Ele percebeu o sorriso fácil, o crescente conjunto de belos dentes brancos surgindo no rosto do jovem. Jesse desviou o olhar, tentando conter o fluxo de sangue que tomava sua face.

“Sim, senhor”, disse o jovem, deslizando seus dedos grossos e bronzeados sobre seu plexo solar, batucando-os levemente numa espécie de dança ondulada. Ele hesitou, ainda sorrindo, desta vez interrogativamente, com esperança, mostrando um sorriso tomado de admiração e desejo. “A Dança dos Dedos”, o símbolo de aceitação, parou: os dedos castanhos crispados raivosamente na sua mão. “Imediatamente, senhor.”

Jesse olhou-o afastar-se. Antes das miçangas se alinharem, viu o belo atleta abrir caminho imperiosamente através da multidão, afastando as mãos ansiosas dos homens das mesas, ignorando os muitos sinais de desejos direcionados a ele.

Isto não podia ter acontecido. Agora o rapaz está chateado. E se ele se indignar, ele pode começar a pensar, a imaginar coisas – e isto arruinaria tudo. Não. Isto deve ser corrigido.

Jesse pensou em Mina. A bela Mina. Era uma chance mínima. Mas tinha que dar certo!

“Seu uísque, senhor”, o jovem disse. Sua face parecia a de um grande cão triste. Seus lábios comprimidos em decepção.

Jesse procurou dinheiro em seu bolso. Começou a falar algo. Algo gentil.

“Já foi pago”, disse o garoto. Então fez uma careta de contrariedade, jogou um cartão sobre a mesa e saiu.

O cartão trazia o nome E.J. TWO HOBART gravado em tinta lilás. Jesse ouviu as miçangas da cortina estralarem.

“Oh, olá, espero que não se importe de eu ir invadindo assim, mas parece que você está sozinho.”

Era um homem pequeno, gordinho, careca. Sua face mostrava uma barba rala e seus olhinhos pareciam ansiosos, encapsulados em seus contornos arredondados. Ele estava nú até a cintura. Seu peito branco e liso descansava nas camadas da sua barriga. Suavemente, com mais elegância do que o jovem garçom havia feito, ele passou a ondular seus dedos curtos e gordos num ritmo sugestivo.

Jesse sorriu. “Obrigado pelo drinque”, ele disse. “Mas eu realmente estou esperando alguém.”

“Oh?”, disse o homem. “Alguém especial?”

“Muito especial”, Jesse disse suavemente, agora que as palavras vinham automaticamente. “Ele é meu noivo.”

“Entendo”, o homem franziu o cenho momentaneamente e então sorriu. “Bem, eu pensei com meus botões e disse: E.J. um bonitão como aquele dificilmente estaria disponível. Ok, tudo bem. Valeu a tentativa. Desculpe.”

“Sem problema algum”, disse Jesse. Os olhinhos predatórios permaneciam ansiosos, os dedinhos dançando freneticamente numa última tentativa. “Boa noite, Senhor Hobart.”

Veias azuis despontavam dos peitos brancos, quase femininos do homem. Jesse sentiu-se um pouco melhor neste momento: eram os de outro tipo, os que avançavam, os sem humor como o jovem garçom; estes eram os que o enojavam, os que o fazia sentir-se doente, os que lhe dava vontade de pegar uma faca e escavar uma feiúra abissal na sua própria face, suave e austera.

O homem virou-se e saiu movendo-se num rebolado sinuoso. O clube já estava bem cheio. Estava ficando tarde e as cabeças tomadas pelo álcool já tinham mandado longe as inibições de horas atrás.

Jesse tentou não olhar, mas já fazia tempo que ele havia desistido de lutar contra esta fascinação.

Então ele olhou os homens juntos. O casal no canto ao fundo, colado um ao outro, ondulando seus corpos sob seus pés firmados no chão, deslizando em ondas suaves ao som da música, suas línguas gentilmente socando o ar, sacudindo, como cobras rosas se encolhendo, se curvando, convidando, apenas fazendo breves contatos e depois recuando.

A “Dança das Línguas”…

O casal sentado no bar. Um, uma Besta; o outro um Caçador. A Besta, a mais velha com as bochechas dependuradas e atulhadas de pós e cremes, o perfume desprendendo do seu corpo como vapor. A Fera, jovem porém feio, a fúria evidente em seus olhos, a raiva ferida por ter que se contentar com uma Besta – de vez em quando olhava ao redor, molhando os lábios com vergonha. E estes dois que acabaram de entrar vestidos com o Uniforme de Mãe. Bronzeados, com grandes bigodes, orgulhosos da sua posição.

Jesse abriu as contas da cortina. Mina deve chegar logo. Ele só queria sair correndo dali, para o ar puro, para dentro do silêncio e da escuridão.

Não. Ele queria apenas Mina. Vê-la, tocá-la, ouvir o som melodioso da sua voz.

Duas mulheres entraram de braços dados. Besta e Caçadora, bêbadas. Foram paradas na porta. Foram xingadas, mandadas embora. O gerente passou reclamando pelo reservado de Jesse; perguntando porque queriam emporcalhar o Phallus com sua presença quando tinham seus próprios clubes para frequentar.

Jesse recolheu-se ao reservado. Já estava acostumado à luz fraca do ambiente, então fechou os olhos para sua imagem multiplicada nos espelhos. O som desorganizado da luxúria cresceu. A melodia embolada das vozes: roucas, fortes, efeminadas, finas. O lugar estava lotado agora. As Orgias começariam logo, quando então os casais se jogariam para os cubículos. Ele odiava aquele lugar. Porém mesmo perto do momento da Orgia, você não foi descoberto aqui – e, afinal, que outro local havia para ir? – pensou. Lá fora, onde cada centímetro de calçada era patrulhado eletronicamente, cada palavra falada, cada momento gravado, catalogado, arquivado?

Maldito Knudosn! Maldito homenzinho! Graças a ele, ao Senador, Jesse era agora um criminoso. Antes, não era tão ruim; não tão ruim como é agora, pelo menos. Antes, você era ridicularizado, evitado e até demitido do emprego. Às vezes as crianças lhes jogavam pedras, mas pelo menos você não era caçado. Agora é um crime. Uma doença.

Ele lembrou quando Knudson tomou o poder. Foi um dos primeiros discursos divulgados do homenzinho. Na verdade foi a plataforma que deu a ele a maioria dos votos.

“O vício tem aumentado na nossa cidade! Nos cantos escuros de cada Unidade a perversão desabrocha como flores podres! Nossas crianças estão expostas ao seu fedor, e elas se perguntam – nossas crianças se perguntam – por que nada é feito para parar esta desgraça? Nós temos ignorado isto muito tempo! Chegou o momento da ação, e não de meras palavras! Os pervertidos que infestam nossa terra devem ser extirpados, eliminados completamente! São uma ameaça não apenas à moral pública mas também à sociedade como um todo! Esta gente doente deve ser curada e devolvidas à normalidade!”

“Esta doença que une homens e mulheres nestas horrorosas relações anormais e que levam a atos de retrocesso – retrocesso que nos levará – a não ser que sejam impedidos, e impedidos imediatamente! – que nos jogará inevitavelmente de volta ao status de animais primitivos! – isto deve ser considerado como doença! Esta praga é uma doença que deve ser vencida como foram vencidas as doenças do coração, o câncer, a poliomielite, a esquizofrenia, a paranóia, e tantas outras!”

O Senador das Mulheres aprovou a liderança de Knudson e emitiu um pronunciamento semelhante.

Logo surgiu um projeto de lei, que foi aprovado e a Lei entrou em vigor.

Jesse bebeu o uísque, lembrando-se dos Caçadores. Como as turbas frenéticas atravessaram a cidade, primeiro cantando, gritando, carregando cartazes com slogans : ”ACABEM COM OS HETEROS!”, “ MATEM OS DESVIADOS!”, “TORNE NOSSA CIDADE LIMPA NOVAMENTE!”. E como eles finalmente perderam o interesse depois que a novidade terminou. Mas, então, eles já tinham matado muitos, e enviado muitos outros mais para os hospitais…

Ele se lembrou das noites que passou correndo e se escondendo, da respiração seca e ofegante na sua garganta, do coração aos pulos. Ele teve sorte. Ele não parecia um hetero. Dizem que se pode conhecer um apenas pelo modo de caminhar. Jesse sabia como caminhar. Ele os enganara, ele teve sorte!

E agora ele era um criminoso. Ele, Jesse Four Martin, nada diferente dos demais, gerado no Tubo de Nascimento e na Estufa, educado na Escola de Caráter como todos os outros – era terrivelmente diferente.

E tinha acontecido – suas terríveis suspeitas se cristalizaram – logo no seu primeiro encontro. O homem era um Rocketeer, o que havia de melhor mesmo fora da classe de Caçadores. Sua mãe tinha arranjado tudo com cuidado, para que tudo desse certo.

Então houve a dança. E então o passeio no Guia Espaço. O grande homem colocou um braço sobre Jesse, e Jesse soube imediatamente. Ele teve certeza e isto lhe causou raiva e tristeza.

Ele se lembrou dos dias seguintes à sua descoberta: dias de dor, dias de perceber seu pecado, de descobrir desejos impuros, de cravar frustrações na alma.

Ele tentou achar um amigo nos Clubes dos Desviados que existiam na época, mas foi inútil. Havia algo de sensacional, uma bravura naquelas pessoas com as quais ele não conseguiu se identificar. A visão de homens e mulheres juntos chocaram alguns de seus conceitos que ele não conseguiria mudar e lhe causou nojo, mesmo partilhando dos seus desejos com os Desviados.

Então os Vice Esquadrões vieram e fecharam os clubes, e os héteros foram forçados a cair na clandestinidade. Ele nunca mais os procurou ou os viu. Ele ficou só.

As miçangas da cortina se chocaram.

“Jesse…” Ele se levantou num pulo. Era Mina. Ela usava uma camisa de homem solta, um chapéu velho que escondia seus cabelos dourados: seu rosto estava oculto pela sombra do chapéu. Através da camisa, o movimentar dos seus seios era fracamente notado. Ela sorriu, nervosa.

Jesse fechou as cortinas. Sem dizer uma palavra, ele colocou uma mão sobre a pela macia do ombro da garota, e deixou-a assim por um longo tempo.

“Mina…” Ela desviou o olhar. Ele trouxe o queixo dela para a frente e passou um dedo sobre seus lábios. Então pressionou seu corpo contra o dele, firmemente, acariciando seu pescoço, suas costas, beijando sua testa, seus olhos, sua boca. Eles se sentaram.

Eles procuraram palavras. A cortina se abriu.

“Cerveja”, disse Jesse, piscando para o garoto, que tentou se aproximar para ver quem era o amante daquele homem esbelto e bonito.

“Sim, senhor.”

O garoto olhou para Mina com firmeza, mas ela se virou e ele só pôde ver suas costas. 

Jesse prendeu a respiração. 

O rapaz sorriu desdenhosamente de um modo que dizia: “Você é um idiota – eu fui contratado por minha beleza. Veja meu peito, meus peitorais, meus braços fortes, meus lábios – por favor, onde já se viu um conjunto tão sensual? E você me troca por este saco de ossos.”

Jesse piscou de novo, deu de ombros sugestivamente e simulou a Dança dos Dedos: “Amanhã, meu amigo. Hoje estou comprometido. Não pude evitar. Amanhã.”

O barman sorriu e saiu. Em alguns momentos voltou com a cerveja. “Por conta da casa”, disse, para o alívio de Mina. 

Ela se virou apenas quando Jesse disse suavemente:

“Tá tudo bem. Ele já se foi.”

Jesse olhou para ela. Então esticou um braço e tirou seu chapéu. O cabelo loiro deslizou e cobriu a camisa áspera.

Ela pegou o chapéu de volta. “Não devemos”, disse. “Por favor, e se alguém entrar?”

“Ninguém vai entrar. Eu já disse.”

“Mas se acontece. Não sei, não gosto daqui. Aquele homem da porta – ele quase me reconheceu.”

“Mas isto não aconteceu…”

“Quase que sim. E se acontecer?”

“Esqueça. Mina, pelo amor de Deus. Não vamos discutir.”

Ela se acalmou. “Sinto muito, Jesse. É que apenas – este lugar me faz sentir…”

“O quê?”

“Suja!” ela disse desafiadoramente.

“Você não acredita nisto de verdade, não é?”

“Não. Eu não sei. Só quero estar a sós contigo”

“Você sabe que isto é impossível”, ele disse. “A idéia de Unidades separadas como casas não existe mais e o que temos hoje são apenas dormitórios gigantescos. Não existem mais parques nem estradas. Não há mais lugares para se esconder, como todos bem sabem graças ao Senador Knudosn, ao mirrado pináculo desta nova onda sociológica. Isto é tudo o que temos”, Jesse falou, correndo os olhos ironicamente pelo reservado com seus símbolos entalhados e quadros de astros da mídia, todos nús e maliciosos.

Ficaram em silêncio por um tempo, mãos entrelaçadas no tampo da mesa. Então a garota começou a chorar.

“Eu… eu não posso prosseguir desta maneira”, ela disse.

“Eu sei. É difícil. Mas o que mais podemos fazer?” Jesse tentou manter a esperança em sua voz.

“Talvez”, disse a garota, “devêssemos cair na clandestinidade como os demais.”

“E nos escondermos lá como ratos?” – disse Jesse.

“Nós estamos nos escondendo aqui”, disse Mina, “como ratos.”

“Além disto, Parker está se preparando para acabar com tudo. Eu sei, Mina – afinal eu trabalho no Domínio Central. Logo a clandestinidade desaparecerá.”

“Eu te amo”, disse a garota inclinando-se para a frente e abrindo os lábios para um beijo. “Jesse, eu o amo”. Ela fechou os olhos. “Oh, por que eles não nos deixam em paz? Por quê? Só porque somos uns desvia…”

“Mina! Eu já te disse – você nunca deve usar esta palavra. Isto não é verdade. Nós não somos desviados. Você tem que acreditar nisto. Há muitos anos era normal homens e mulheres se amarem. Eles se casavam e tinham filhos; era assim que as coisas eram. Você não se lembra de nada do que contei?”

A garota soluçou: “É claro que me lembro. Mas, querido, isto foi há tanto tempo…”

“Nem tanto assim! Onde eu trabalho – me escute – existem livros. Você sabe, eu te falei sobre eles? Eu os li, Mina. Eu compreendi o que as palavras significavam a partir de outros livros. Tudo é assim desde o início do uso da inseminação artificial – não tem nem quinhentos anos.”

“Sim querido” disse a garota, “Tenho certeza, querido.”

“Mina, pare com isto! Não somos aberrações, não importa o que digam. Eu não sei exatamente como tudo aconteceu – talvez, talvez as mulheres tenham se tornado totalmente idênticas aos homens – ou apenas simplesmente porque foi do jeito como passamos a nascer. Mas a questão, querida, é que todo o mundo foi como a gente é uma vez. Até mesmo agora, veja os animais.”

“Jesse! Não se atreva a nos comparar àqueles horrorosos cães, gatos e a todos os bichos nojentos!”

Jesse suspirou. Ele já tinha tentado muitas vezes dizer a ela, mostrar a ela. Mas ele sabia, na verdade, o que ela pensava.

Ela se sentia exatamente do modo como as autoridades diziam que ela era. Deus, talvez como todos eles pensavam sobre si próprios, todos os “desviados”, todos os “não normais”!

A mão da garota acariciou seu braço e o toque subitamente tornou-se repugnante para ele. Não espontâneo. Terrivelmente forçado.

Jesse sacudiu a cabeça. “Esqueça isto”, pensou. “Esqueça. Ela é uma mulher, você a ama e não há nada errado, nada errado, nada errado nisto… ou talvez eu seja a pessoa insana do passado, alguém que era insano porque não tinha certeza que não era insana, porque…. “

“Nojento!”

Era o homem gordinho, o conquistador sorridente E.J. Two Hobart.

Mas agora ele não estava sorrindo. Jesse deu um pulo e ficou na frente de Mina.

“O que você quer? Eu pensei ter-lhe dito…”

O homem sacou um disco metálico do bolso de seu calção. “Vice Pelotão, amigo”, ele disse. “Melhor sentar-se”. O disco apontava para o ventre de Jesse.

O homem abriu as cortinas e dois outros homens entraram, segurando discos semelhantes.

“Eu o tenho observado há algum tempo, meu senhor”, ele disse, “há algum tempo.”

“Veja”, disse Jesse, “não sei do que você está falando. Eu trabalho no Domínio Central e estou aqui para tratar de negócios com a Senhorita Smith.”

“Nós já sabemos tudo sobre seus tipos de negócios”, disse o homem.

“Está certo, vou dizer a verdade. Eu a forcei a vir aqui, eu…”

“O senhor não me escutou? Eu disse que venho o observando. A noite toda. Vamos agora!”

Um homem agarrou rudemente o braço de Mina; os outros dois começaram a empurrar Jesse pelo clube.

Cabeças se viraram. Os corpos homens emaranhados se afastaram com embaraço.

“Está tudo certo”, disse o homenzinho, sua pela branca reluzindo de transpiração. “Está tudo certo, camaradas. Voltem para o que for que estavam fazendo”.

Ele sorriu e intensificou seu aperto no braço de Jesse.

Mina não sorriu. Havia algo em seus olhos – levou um certo tempo para Jesse perceber o que era.

Então ele soube.

Ele soube o que ela veio lhe dizer naquela noite: que mesmo que eles não fossem capturados, ela se submeteria à Cura voluntariamente.

Sem mais preocupações, sem culpas. Sem mais encontros em espeluncas na madrugada, sentindo vergonha, sentido a sujeira…

Mina não correspondeu ao olhar de Jesse enquanto era levada para fora.

“Você ficará bem”, o gordo dizia.

Ele abriu a porta do camburão.

“Atualmente eles já têm tudo esquematizado: alguns dias de internação, umas sessões com os médicos, remoção de algumas glândulas, algumas injeções, alguns fios enrolados na sua cabeça, ligar a máquina e Voilá! Você vai ficar surpreso!”

O gordo oficial se aproximou.

Seus dedos gordurosos dançando rapidamente junto à face de Jesse.

“Vou te transformar num novo homem” – disse.

Então trancaram as portas, encerrando-os.

[Créditos: Escrito por Charles Beaumont, publicado na Revista Playboy de agosto de 1955 nos Estados Unidos. Livremente traduzido.]

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6 Comentários

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  • Responder Putão ID:81re1pczr9

    Mas que viadagem é essa seu baitola?

    Kkkkkkkkkkk

    • Vargas ID:on9667lqrc

      Você pode achar que é uma viagem mas aposto que não leu no rodapé que este texto não é um conto e um trecho de um artigo da Revista Playboy EUA . O único Baitola e ainda por cima burro é vc

  • Responder Zorro ID:gqblmke8k

    A nossa sociedade caminha para um desfecho assim, infelizmente…

    • Alex ID:xlohxxzi

      Essa interpretação diz muito ao seu respeito

  • Responder Sandrinho ID:gqblmkdv0

    Realmente… Chocado! 👏👏👏

  • Responder José ID:gqblmkdqk

    Forte. Um conto para refletirmos. Parabéns por trazer essa reflexão para este site.