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Meu sogro me descobriu

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Eu desde que me lembro fui gay. Adorava ver os homens pelados nas revistas e filmes pornôs que tinha chance de ver. Mas nunca tive coragem de fazer nada e nunca tive uma boa oportunidade também, pois era muito preso em casa: só saía de casa com meus pais ou algum adulto. E mesmo completando 18, as coisas não mudaram muito. E até podia sair com meus amigos, mas não pra muito longe, e não pra passar a noite. Sem falar que eu morria de medo de eles saberem que eu era gay e contarem para todo mundo: seria terrível pra mim na época.
Eu não era nenhum primor de beleza, mas pegava umas meninas de vez em quando, cheguei até a ter uns namoricos, mas nada muito extenso. Até que comecei a fazer curso Pré-vestibular: acho que eu tinha entre 18 e 19 anos.
Nesse Pré-vestibular, eu conheci a Vanessa e a gente começou a ficar. Não que eu quisesse muito, mas era um jeito de disfarçar a minha verdadeira sexualidade. Eu primeiro levava ela em casa e no caminho dava uns amassos. Não queria mais que isso, mas ela começou a dizer que gostava muito de mim e que poderíamos namorar. Eu tentei fugir, inventei mil desculpas, dizendo que eu não era um bom namorado pra ela, não trabalhava, namoro tirava muito tempo e que eu tava muito focado no Vestibular.
Só que não teve jeito, ela tanto insistiu que eu aceitei namorar. Agora eu teria que falar com os pais dela, levá-la na minha casa e conhecer minha família: tudo como manda o figurino. Não queria nada disso, eu queria era sentir uma rola gostosa, mas não tinha coragem e nem oportunidade de ter uma. Convenci-me de que namoraria um pouco com ela e depois terminaria, alegando que “ao menos eu tinha tentado”.
Conhecer os pais dela foi a coisa mais difícil que eu já tinha feito na vida, pois nunca tinha conhecido um sogro antes. Eles me convidaram para almoçar lá em um sábado. Cheguei lá e conhecia a mãe, o pai e a irmã menor. A mãe era loira de farmácia bonita e magra, o pai era um coroa normal: branco, por volta de uns 50 anos, cabelo ficando grisalho e uma grande barriga de chopp. A mãe era séria e o pai bem alegre e falante. Eram boa gente e agora eu tinha permissão de ir namorar em casa, mas em horários determinados e quando tivesse alguém na casa, pela moral e bons costumes.
Eu ficava em casa pensando em como tinha me metido naquela situação. Eu queria um homem, não uma mulher. Fui para o curso estudar e arrumei uma namorada. Eu estava numa situação que muita gente queria estar, mas eu não. Era patético.
Com o tempo fui adquirindo intimidade com a família e fui percebendo que o pai era um sujeito muito bacana mesmo, adorava contar piadas, bem safadas, inclusive, mas só quando não tinha nenhuma mulher perto. Além disso, eu passei a ser convidado a ir a lugares com a família: casamento de amigos, aniversários de parentes e até viagens em feriadões. Passei a adorar aquela família e percebi que seria muito triste quando eu tivesse que terminar.
Certo dia, porém, ele me ligou perguntando o que eu estava fazendo. Eu disse que estava estudando e ele disse que tava querendo espairecer, dar uma volta; mas não com a família e perguntou se eu aceitaria ir com ele: um programa só de homens. Eu aceitei.
Ele passou em casa e me pegou de carro. Estava falante como sempre, falando muita besteira. Perguntei onde iriamos e ele disse que era num lugar de relaxamento. Perguntei se era uma praia ou coisa assim e ele disse que eu logo iria saber.
Fomos até o centro da cidade e depois começamos a entrar numas ruas estranhas, que eu nunca tinha ido. Comecei a ficar assustado, achando que ele tava me falando num lugar louco. Tudo passava pela minha cabeça, até num puteiro, por mais louco que isso parecesse.
Chegamos a uma casa bem grande, mas que não tinha qualquer letreiro que indicasse que espécie de lugar era aquele. Descemos do carro, ele tocou a campainha e alguém abriu a porta. Entramos e vi uma pessoa em um balcão, com letreiro bem grande com o nome “Sauna”!
Me veio na cabeça sauna gay e gelei. Não era possível que meu sogro tivesse me trazido numa sauna gay, ele era gay também?
– Não é o que você tá pensando, seu safado, falou rindo.
– Eu?
– Achou que eu tinha te trazido numa sauna gay, é?
– Não, não, gaguejei.
– É uma sauna normal! Aqui no Brasil as pessoas não vão muito a saunas, mas na Europa isso é normal. Gosto de vir aqui de vez em quando, me relaxa…

Tinha se resolvido um problemas: não era uma sauna gay. Mas tinha outro: eu ia ficar pelado na frente de muita gente, provavelmente veria muito homem pelado e ficaria de pau duro e meu sogro perceberia. Eu tava em perigo, tinha que sair dali o mais rápido possível,

– Eu vou ter que ficar pelado?
– Por quê? Tá com vergonha de mostrar esse piruzão, é? _ e gargalhou_ Não precisa pode ficar de toalha mesmo.

Eu fiquei pensando em uma forma de sair dali, mas não me veio nada na cabeça.

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5 Comentários

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  • Responder Lélo ID:2ql03bbs8

    Na melhor parte do conto o autor corta simplesmente….pqp…assim é de broxar quem esta ledo,perdi meu tempo!

  • Responder Jairo ID:469cy0l3k0a

    Vcs tem mania d rotular caras de 50 anos coroas e barriga de chopp. Seu puto… mas o conto é bom.

  • Responder Rick ID:gsuj3o6ik

    Perdi. Um minuto da minha vida lendo isso. Está dando preguiça de entrar nesse site… Os melhores contos não tem continuidade e quando tem o escritor começa a viajar legal.

  • Responder REI ID:gp1f0i39z

    péssimo, mas muito ruim, inconclusivo

  • Responder Luciano ID:1dak1djim0

    Sinto muito más esse conto foi péssimo, fiquei na maior expectativa e quando o chegou o final do conto me frustei, pois não aconteceu nada.