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A tragédia do padre João

2065 palavras | 2 |3.62
Por

Eu havia acabado de terminar a missa, quando ela veio me procurar.
-Padre João, preciso da sua ajuda, é algo grave.
-Sim? Eu perguntei, fingindo interesse. Eu não tinha o menor interesse nos problemas dos fiéis, nem quando trabalhei no confessionário.
-É minha filha padre, ela está possuída pelo demônio.
-hm demônio sei..
-Eu não sei mais o que fazer, ela me não ouve mais, as pessoas não acreditam em mim.
-Diga exatamente o que ela está sentindo.
-Eu não sei explicar padre, ela está diferente, ela não parece minha filha mais, as vezes sinto que estou vivendo com uma desconhecida.
-A senhora já a levou a algum médico, um psicólogo talvez?
-Não padre, o senhor não entendeu, o problema dela não é na mente, é na alma, o demônio, o Satanás já a dominou.
Eu não entendia bem os planos de Satanás, ao invés de possuir um líder de um país com força bélica capaz de provocar uma guerra, ele ficava possuindo meninas do interior.
-Entendo, Satanás tem feito muito isso por aqui.
-Verdade? Ela perguntou
-Sim, semana passada Satanás estava possuindo Elizeu, que o fez trair sua esposa, e o caso mais recente acho que foi a possessão de Davi, Satanás o fez gastar todo o dinheiro no jogo do bixo
-Traição, jogos.. Tudo oque o diabo mais gosta, ela refletiu.
-Exatamente, e teve o Carlos que flagraram ele no motel com outro homem.
-certamente há o dedo de Satanás aí, homossexualismo onde já se viu, concerteza o senhor já viu a passagem na bíblia que condena todos os atos homossexuais.
-Sim, eu li.
Eu também havia lido a parte em que todas as mulheres deviam servir os homens, mas fiquei calado.
-E o que a senhora quer que eu faça?
-Não está claro? Ela estava incrédula.
-Quero que o senhor tire o demônio do corpo dela.
-Achei que fosse da alma, perguntei.
-Corpo, mente, alma, tanto faz eu só quero minha menina de volta.
Ela começou a chorar.
-Senhora, eu não sou nenhum exorcista, sou apenas o padre que faz a missa.
-Mas padre eu confio no senhor, tenho assistido suas missas à muitos anos, não posso confiar minha filha para qualquer um.
Creio que de fato eu era qualquer um, pois desde que eu a conhecia eu só lembrava de ter apenas dado bom dia para ela, e só quatro vezes, ou até menos.
-Tudo bem, vou ver o que posso fazer.
– oh meu Deus, muito obrigada Padre, o senhor é um homem de Deus.
-Sim, sim, agora me dê licença preciso ver alguns documentos.
-Oh padre, eu estarei contando com sua ajuda, meu marido estará lá, ele ficará muito feliz em recebê-lo, muito obrigada Padre. Ela dizia enquanto saía do meu escritório
-E mais uma coisinha padre..
Fechei a porta antes dela completar a frase.
Herege maldita, pensei.
Não posso deixar que saibam que estarei exorcizando alguém, não é meu posto, eu seria penalizado. Eu devia ter recusado, eu sei, mas a curiosidade, ah vocês me entendem.
Além do mais deveria ser alguma depressão severa(eu teria uma depressão morando com uma mulher dessa) ou início de esquizofrenia, depois que esses malditos cientistas saíram do buraco, Satanás tem estado cada vez mais inativo, agora que estão dando nomes aos seus feitos e tratando como se fossem coisas normais da vida, depressão, esquizofrenia, autismo… Ah Meu lorde, sinto raiva por essas heresias em teu nome. Tirei do pescoço a cruz invertida e coloquei em meus lábios, e comecei a orar baixinho para meu senhor. Espero que seja um demônio de fato, quero ver uns dos feitos de perto do meu Senhor.

Era um casebre velho, típico do interior, fui até a porta e quando levantei a mão para bater, a porta se abriu. Oh padre, estávamos esperando o senhor.
Eu estava parado ainda com a mão levantada.
Entre, entre.
Bom, com licença.
A casa era bem escura e rústica, tinha uma escada que levava ao segundo andar próximo da sala.
Bom, onde está a moça? Perguntei
Ah, ela está lá em cima com o pai, venha comigo
Subimos a escada, e a primeira coisa que ouvimos foi gemidos violentos, gritos assustadores, eram como se o demônio estivesse vendo o próprio Deus.
-Oque é isso, perguntei assustado.
-Eu lhe disse que era o demônio padre, ela me olhava com olhos também de medo.
Eu estava assustado, mas não deveria ter medo das coisas do meu Senhor, e continuamos subindo a escada.
Estávamos de frente com o quarto da moça, e a mulher começou a bater. Os gemidos cessaram imediatamente.
Meu coração disparava no peito, aquela porta abriria a qualquer momento. A porta abriu e de lá saiu um homem de aproximadamente 40 anos, completamente sem roupa, com exceção da cueca.
-Ah padre que bom que chegou.
Ele me abraçou.
-Eu não estava aguentando mais.
Eu comecei a empurrá-lo para se distanciar de mim, ele estava suado e pagajoso.
-Oh padre, já não sei mais oque fazer, ela quase acabou comigo dessa vez.
-Oque você estava fazendo lá dentro, perguntei.
-Ah padre, ela está possuída, ela estava me enfeitiçando, eu não resisti, esse maldito demônio, isso é obra dele, afinal só forças malignas para conseguirem me corromper.
-Hmm, concerteza sim. Eu disse enquanto tentava olhar para dentro do quarto.
-Meu marido padre, ele é um bom homem, mas ainda é apenas um homem, disse sua esposa com as lágrimas se formando no rosto.
-Sim, você está certa. Ele me largou, e foi abraçar sua esposa.
-Oh minha querida, que bom que você entende.
-Posso agora entrar no quarto?
-Sim padre, a mulher disse.
-Mas por favor tome cuidado.
-Um homem de Deus não tem nada a temer, minha senhora.
-Sim você está certo, peço desculpas.
Eu entrei no quarto, e pode enfim ver a moça, ela estava em pé, de frente para um espelho, era Um menina de uns 17 anos, usava um longo vestido branco, e seus cabelos estavam embaraçados.
-Olá padre, eu estava a sua espera.
Não foi a moça que falou, mas sim o reflexo do espelho.
-Quem é você?
-Acredito que a pergunta certa seja “Oque é você”, mas acredito que o senhor já tem suas ideias em sua cabeça.
-Sim, tenho.
-Feche a porta, ela pediu.
Por um instante fiquei tentado a não só não fechar a porta, como também sair correndo daquela casa, mas algo me iludia a ficar, assim não só fiquei, como também fechei a porta, eu havia feito tudo ao contrário.
-Tem sido bom aqui padre, eu diria que eles são bons pais.
-Oque você tem feito?
-Me divertindo um pouco, oque mais eu estaria fazendo?
-Você estava fazendo sexo com aquele homem?
-Não eu, e sim sua filha.
-É claro você está a possuindo.
-Existe um erro aí Padre João, eu não estou a possuindo, este é meu corpo. A quem este corpo pertencia anteriormente já está morta.
Aquilo me confundiu.
Como morta?
Ora padre, você não sabe oque é a morte, ele foi se juntar a Deus no céu, assim você entende melhor?
Ou quem sabe foi para o inferno, ela era jovem, mas já havia aprontado tanto. O demônio ria sarcasticamente.
-Então você matou a pessoa desse corpo, apenas para ficar se esfregando com o pai dela?
-Oque mais eu poderia fazer padre, era oque ele queria. Ele sentia tesao na filha, não só ele.
-Oque você quis dizer com isso?
-A mãe também, sim venho fazendo sexo com os dois todos os dias, de manhã, de tarde, de noite, quase a todo o momento.
É isso o que eles querem padre, eu não sou um incômodo.
-Se você não é um incômodo, porque então ela me chamou até aqui.
-Pobre padre, você não percebeu?
Ela sente um tesao infernal por você, sim, ela gostava de fazer sexo comigo transformado em sua filha, mas seus desejos também me transformavam em você, ela fazia sexo com você padre, bem aqui.
-Que loucura está dizendo?
Ah padre há tanto que não compreende, tive curiosidades de conhecer você, e confesso que minhas expectativas foram decepcionadas, vendo você agora.
Convenci ela a te trazer aqui, e mandei agirem como se estivessem em sofrimento por eu esta aqui.
Minha garganta estava fechada, eu mantive o silêncio.
Acho que merece saber ao menos o motivo de eu estar decepcionada com você, “padre”. Ela havia realçado a palavra padre em sua voz.
Ela sentou na cama com a leveza típica de uma jovem, era impossível sugerir que aquela moça era um demônio.
É porque você não é padre.
-Como não, eu sou padre desde quando era muito jovem, eu havia levantado a voz agora, mas eu já sabia oque ela quis dizer com isso.
-Ah padrezinho, ela dizia enquanto usava suas mãos para fazer cachos em seus cabelo.
Você escondeu muito bem todo esse tempo não é?
-Oque? Perguntei
A sua lealdade a Satanás.
Fiquei calado.
Ela começou a sorrir, só que desta vez não parecia um sorriso de uma moça, parecia um sorriso vindo dos infernos.
Um padre de Satanás, bom não é algo estranho, haviam muitos como você no passado, vários papas inclusive.
Não me leve a mal, só estou rindo porque fazia tempo em que nao me deparava com uma figura assim.
-Você ainda não me disse oque quer de mim.
Ela se levantou, não parecia humano.
-Eu sei todos os seus sentimentos ocultos padre, seus desejos reprimidos, só em olhar pra você eu já o desvendei completamente, só de olhar pra você, já sei quem são as pessoas que você ama, quem as que você odeia, seus medos, sua vida inteira.
Eu prendi a respiração enquanto ela se aproximava. Como eu disse, eu só quero me divertir.
Eu havia piscado, foi apenas uma piscada, e eu já não vi a moça de 17 anos na minha frente, agora eu via o Diácono Pedro, um rapaz de 22 anos que eu amava secretamente.
-Oi, padre João, ele falou. Era idêntico, a voz, as feições, até a forma de expressar, era ele, não poderia ser outro, eu não conseguia acreditar que era o demônio metamorfoseado, eu só conseguia pensar que o diácono Pedro estava aqui na minha frente.
-Oque está fazendo aqui Pedro? Perguntei nervoso.
-Eu só queria um momento a sós com você, padre João, eu sei oque sente por mim, achou que eu não repararia nos seus olhares profundos que jogava pra mim, também acha que não fiquei sabendo que ficava se masturbando diariamente enquanto pensava em mim?
-Do que está falando Pedro?, eu disse enquanto olhava pro chão, envergonhado.
-Nao precisa se preocupar padre, não precisa mais se retrair. Ele abria os abraços.
-Venha pra mim, eu sinto o mesmo por você.
-Verdade? perguntei esperançoso
Sim, desde que eu o vi pela primeira vez.
-Oh que bom, eu disse com um sorriso feliz no rosto.
Ele começou a tirar a roupa, tirando lentamente sua camisa, depois sua calça, enfim sua cueca.
Seu pênis era enorme.
-Era isso oque você queria padre?
-Sim, era isso.
-Quero que você deixe ele duro, venha.
-Eu fui sem pensar duas vezes, na verdade eu nem pensei, eu apenas fui.
Realizei tudo oque eu queria fazer com meu querido Pedro, chupei seu pênis até cansar minha boca, era tão grande que mesmo eu querendo engolir completamente, eu não consegui. Depois ele me penetrou na cama, não sei como fui capaz de aguentar, mas consegui tê-lo completamente dentro de mim, eu gemia alto, eu gemia furiosamente, como um demônio.

Tele: Limazo

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2 Comentários

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  • Responder Carlos ID:la70h9fqxvj

    top. te chamei no tele

  • Responder Saudades ID:1er1m6j012wv

    Muito bom