Novos Anjos Parte 12

Eu estava num momento único na minha vida naquele momento, me sentia nas nuvens com aquela boca pequena e macia lambendo e sugando o meu pinto com muita vontade, eu quase não conseguia segurar o ar em meus pulmões de tanto que eu me sentia extasiado com aquela situação, em alguns segundos até parecia um sonho.
Onde esse menino aprendeu a fazer isso? Eu pensava- parecia um bezerrinho mamando, eu só conseguia gemer baixinho me preocupando em não fazer barulho demais que despertasse a atenção de alguém a essa hora da Noite. Ahwwww, isso é tão bom bebe, continua por favor…
E ele respondeu prontamente colocando todo meu pinto e sua boca e sugando freneticamente, senti como se todos os músculos do meu corpo de contraíssem ao mesmo tempo.

Ai Arthur, Arthur… eu gemia mais e mais- não para, continua, ahhh, eu vou gozar… logo senti o gozo saindo do meu pinto, ainda era em pouca quantidade e bem clarinho, mas o Arthur não desperdiçou uma gotinha sequer. Logo terminou de lamber a cabeça de meu pinto, soltei um gemidinho abafado e ele percebeu que era porque estava com muita sensibilidade depois de gozar, ele prontamente começou a subir a cabeça , beijou minha barriga, meu peito e chegou até minha boca me dando mais um beijo muito suave e saboroso, logo ele separou nossa bocas e começou a me encarar com um sorriso maroto já segurando uma risadinha.
O que foi? Perguntei já notando que ele ia falar alguma gracinha pois não perdia a oportunidade.
“Não para, não para”, a meu anjinho lindo, você andou assistindo filme pornô da década passada? Caiu na gargalhada.
Meu Deus Arthur- assim você me mata de vergonha.
Deixa de ser bobo, você já me conhece, sabe que eu não ia perder a piada, voltou a me beijar.
Vem cá- novamente soltei nossos lábios e fui fazendo ele deitar- Agora é a minha vez- fui colocando as mãos em seu short e baixando lentamente deixando seu pinto todo a mostra.

E como estava diferente da primeira vez que eu vi, estava rígido como um pedaço de metal, a cabeça que antes estava quase totalmente coberta pelo prepúcio agora estava totalmente a mostra e literalmente brilhava por estar melada com pré gozo. Resisti a tentação e resolvi imitar exatamente a mesma coisa que ele fez, alcancei novamente sua boca e passei a procurar sua língua, claro que achei rapidinho e comecei a sugar aquela língua macia bem devagar, sentir a saliva dele se misturando com a minha, os lábios finos dele tocando nos meus, eu estava tendo um prazer inacreditável e tudo o que eu mais queria era que ele sentisse igual.

Lentamente fui baixando, beijando agora sua bochecha e depois seu queixo totalmente liso e macio, desci mais até seu pescoço lambendo e beijando muito até chegar a sua nuca, senti ele se arrepiando todo e soltou um gemido alto- Aaaaahhhh, isso está tão bom- coloquei um dedinho em sua boca e mordi sua orelha sussurando baixinho- mais baixinho meu bebe, assim vai acordar todo mundo- O quarto dos seus tios não é lá do outro lado? Perguntou- É sim mas desse jeito você acorda até os vizinhos do outro quarteirão do condominio, sorri dando uma mordidinha eu sua orelha faznedo ele soltar um gemido mais alto ainda.

Resolvi continuar explorando seu corpo com minha boca do jeitinho carinhosos que ele me fez, queria retribuir todo aquele prazer, chupei levemente seu peito, seu mamilos e me deliciei com sua barriga fofa, talvez um pouco rápido demais, mas eu já não aguentava mais a ansiedade de poder finalmente encarar aquele pinto incrivel que estava agora no limite da distância de mim. Lentamente passei a lamber a cabecinha para sorver toda aquela babinha que escorria sobre ela. Aaaahhhhhh ele soltou um grito abafado e apertou forte meus cabelos- desculpa, mas isso foi tão bom, continua meu anjinho, você tá me levando até o ceu.
Não perdi tempo em sorrir da piadinha sem graça, coloquei rapidamente minha boca em volta de seu pênis ereto. Aaaaahhhh, ele soltou mais um gemido. Dessa vez não me importei mais, eu estava amando ouvir ele sentir todo esse prazer, confesso que comecei mesmo a lembrar de filmes que assisti no passado, sorvi e lambi todo seu pinto como se fosse um sorvete, com a diferença que ela bem macio e quentinho, desci e dei uma lambida em sua bolas e senti ele se arrepiar, sei que é um lugar muito sensível. Me concentrei de novo na cabecinha de seu pau, comecei a fazer movimentos circulares com a língua em toda sua glande e ele agora freneticamente passava a mão em meus ombros e minhas costas até onde alcançava, as vezes puxava meus cabelos também, não sentia dor alguma, era muito excitante, lambi com suavidade a lateral toda de seu pinto e logo coloquei ele logo de volta dentro de minha boca começando um vai em vem cada vez mais intenso e rápido.

Aaaah, anjinho, meu anjinho- ele gemeu- não aguento mais, vou gozar.

Não pensei duas vezes e coloquei seu pinto até onde pude dentro de minha boca esperando o que estava por vir, logo senti o primeiro jato de gozo em minha boca, e outro, e outro, era quentinho e tinha o sabor de menino que estava me enlouquecendo, assim como o meu ainda era bem ralo e foi isso que evitou que eu me engasgasse com a enorme quantidade, mesmo com apenas 12 anos era óbvio que a gozada de uma punheta era diferente de uma como essa, era muito mais abundante. Ahhhhhh, ele gemeu muito e eu logo subi e “abafei” seu gemido com um longo e profundo beijo. Ficamos nos abraçando e beijando profundamente mais uns 5 minutos, até que caímos exaustos lado a lado na cama.

Isso foi tão bom- falei- eu tô exausto.
Pois eu aguento uma segunda rodada, só recuperar o fôlego- deu um sorrisinho safado.
Estamos suados, vamos tomar um banho?
De novo? Acabamos de tomar banho.
Mas não juntos né? Sorri.
Agora gostei da ideia- levantou rapidamente me dando a mão para levantar também.

Entramos juntos no box e rapidamente liguei o chuveiro com água bem morna que caiu forte sobre nós, estávamos tão próximos num abraço trocando beijos e carinhos que a água bateu em nossos corpos ao mesmo tempo. Rapidamente girei o botão do chuveiro e uma água geladinha desceu em nossos corpos fazendo Arthur tremer- Ei, o que é isso? Perguntou num susto. – Tenho essa mania de ficar trocando a temperatura da água no banho, você gostou da refrescância da água geladinha? – Seu bobo- ele disse me beijando, você me assustou, que mania estranha.

Saímos do banheiro abraçadinhos cobertos pela mesma toalha, erámos tão pequenos que cabia perfeitamente uma só para os dois, o que era perfeito pra ficar bem pertinho do meu Arthur.
Lentamente comecei a enxugar suas costas, sendo logo retribuido com o mesmo, voltei para sua cabeça e lá deixei a toalha enquanto roubei um beijo, passei a toalha em todo seu corpo lhe deixando bem sequinho e não deixando de sentir cada parte e cada dobra daquele corpo macio de menino. Logo que ele fez o mesmo voltamos a nos beijar e deitamos na cama com ele sobre mim, logo ele passou pro meu pescoço e chegou na minha orelha dando leves mordidinhas que me deixaram num tesão incrível, eu fazia carinho em sua pele macia enquanto gemia baixinho- aaaahwww, isso é tão bom. De repente ele sussurrou em meus ouvidos- Anjinho, deixa eu te comer?

Hã? O quê? Perguntei meio desnorteado sem entender direito devido ao tesão do momento.
Deixa eu te comer, prometo que faço bem devagar.
Sério? É que eu nunca fiz isso, nunca nem coloquei nada lá atrás, será que vai doer? Indaguei fazendo beicinho.
Prometo que não vou deixar doer, eu vou com todo carinho, se doer um pouquinho que seja eu prometo que paro na hora.
Peraí, eu tive uma ideia, lembrei de uma coisa- falei- me espera aqui que eu já volto- levantei e vesti o short do pijama.
Onde você vai? Perguntou.
Só me espera, volto bem rapidinho.

Abri devagar a porta do quarto e só por precaução olhei para os lados alguns segundos para ter certeza que não haveria nenhum problema. Aparentemente os barulhos que fizemos não devem ter acordado ninguém, pra minha sorte o quarto mais próximo era o do Luca que estava vazio e por mais sorte ainda era justamente lá que estava o que eu precisava.
Entrei devagar no quarto do meu primo, encostei a porta para ninguém notar que liguei a luz, rapidamente me dirigi até as gavetas do guarda roupas onde eu sabia que ele guardava algumas coisinhas mais pessoais que ninguém sabia pois estavam cobertas por roupas e bem no fundo da gaveta, procurei por alguns segundos tentando não bagunçar nada e logo achei o que precisava, um tubinho de gel lubrificante que eu já tinha visto o Luca esconder ali, quer dizer, esconder da minha tia provavelmente porque pra mim ele nunca guardava segredos, mas isso é história para um outro dia. Saí di quarto todo sorridente com o tubinho nas mãos e voltei para o Arthur, logo que entrei o vi sentado na minha cama peladinho tocando uma suave punheta.

Nossa, já está se preparando é? Sorri-
Como você demorou, eu já estava achando que ia me esquecer aqui- falou com cara de manha.
Seu bobo, é que eu tive que procurar com cuidado pra não fazer barulho lá no quarto do Luca, olha só, mostrei o tubinho.
Paulo, como você conseguiu isso? Se espantou
Acabei de falar seu bobo, nas coisas do Luca, acha que ele é santinho? Eu já sabia que ele tinha essas coisas, um dia te conto a história.
Tá bom, então vem, deita aqui e me dá esse tubinho.
Com todo prazer- lhe dei um beijo e me deitei já com a barriga pra baixo.

Ele rapidamente desceu em direção a minha bunda e deu um beijinho de cada lado, me fazendo tremer- relaxa meu anjinho, ele disse- confia em mim? Confio, confio muito- respondi.

Ele voltou a dar mais beijos em meu bumbum que logo viraram deliciosas lambidinhas, num momento sem aviso nenhum uma lambida veio bem em cima do meu cu, seguida de uma leve chupada, me balancei demais, na verdade quase dei um pulo, aaaaahhhhhhhhhhhh, dei um baixo mas longo gemido. Ele entendeu meu gemido de prazer como um sinal verde e continuou lambendo e chupando mais ainda meu cuzinho, juro que senti ele começar a pulsar. Depois de alguns maravilhosos minutos ele parou e vi ele rapidamente pegando o gel e colocando na ponta dos dedos direcionando ao meu buraquinho, passando em abundancia, dei alguns gritinhos- Ai, ai-

Desculpa anjinho, doeu? Perguntou preocupado.
Não seu bobo, é geladinho, pode continuar.

Ele continuou agora massageando meu cu com o dedo lambuzado com o gel, bem devagarinho senti seu dedo entrando não senti dor nenhuma, provavelmente graças ao gel já que meu cu era totalmente virgem. Logo veio o segundo dedo e a massagem começou a ficar mais excitante ainda, ele estava sendo muito cuidadoso deixando entrar bastante gel e fazendo movimentos circulares com os dedos chegando cada vez mais fundo. Não demorou pro terceiro dedo ser colocado depois de ele perceber toda a facilidade, dessa vez tremi um pouco, senti meu cu ficando mais abertinho, mas não chegou nem a ser dor e sim uma sensação de pressão por ter algo dentro de mim. Ele então parou e se aproximou de mim com seu pinto.

Pega aqui- ele puxou minha mão e colocou gel na ponta dos meus dedos- me ajuda a passar no meu pinto.

Sem perda de tempo lambuzei todo seu pauzinho que estava muito duro- vai pode ir, deixei o tubo do meu lado.
Ele voltou até minha bunda e logo senti ele colocar o pinto na entrada do meu cu e começou a forçar bem devagar, a sensação do corpo dele invadindo o meu era impressionante, ele continuou deitando sobre mim, senti que agora ele estava mais e mais dentro de mim, provavelmente a cabeça estava dentro, dei uma apertada com as duas mãos na colcha da cama e soltei um gemido abafado pelo travesseiro- aaahhhwww

Tá doendo? Ele perguntou
Não, nadinha, tá muito, muito bom continua por favor.

Com essa sinalização positiva ele continuou com mais força e rapidamente senti seu saco alcançar minha bunda, pronto, meu amor estava totalmente dentro de mim, continuei gemendo baixinho, aawwnnn.
Ele parou alguns segundos dentro de mim sem se mover, deitou totalmente em cima de mim e começou a lamber meu pescoço, me deixando arrepiado- continua, por favor, continua- eu disse

Ele meio desajeitado começou a tirar o pinto de dentro de mim, quando estava só com a cabecinha voltou a enfiar tudo com um pouco mais de força, soltei um grito alto que por sorte foi abafado pelo travesseiro- aaaaahhhh meu bebe, não para , vai continua, mais forte mais… e como ele soube aprender rápido, começou a tirar e colocar freneticamente, mordi os lábios e fechei os olhos, senti algumas lágrimas escorrendo dos meus olhos cerrados, nenhuma dor, só prazer, eram lágrimas de felicidade, finalmente eu tinha aquele menino totalmente comigo, sentia nossos corpos em fusão, naquele pequeno e singelo momento erámos um só, seu corpo estava dentro do meu e parecia que nada nunca iria quebrar essa união praticamente de almas.

Anjinho, eu vou gozar, deixa eu gozar dentro de você? Pediu quase sem ar.
Vai pode ir, quero ser seu agora- respondi deixando ele mais excitado ainda. No segundo seguinte uma torrente de gozo invadiu minha bunda, senti ficando incrivelmente quente e preenchido com toda aquela quantidade daquele precioso líquido do meu Arthur.

Logo ao terminar ele ficou alguns minutos deitado sobre mim, ficamos totalmente imóveis e em silêncio até que ele quebrou o gelo.

Anjinho? Está acordado? Perguntou
Estou sim- sussurrei- sabia que eu amei você me chamando de “ Anjinho”?
Awnnn, sério? E agora você me chama de Bebê?
Você não gostou?
Claro que gostei , vem cá- levantamos e ele me beijou- sua vez agora.
Você ainda aguenta? Perguntei- estou exausto e minha bunda ainda está cheinha com seu amor.
Hihihi, bobinho- ele riu- vem logo.

No final das contas fiquei feliz em ficar sempre como o segundo a fazer tudo, afinal ele me ensinou na prática como eu deveria fazer, logo eu estava beijando e chupando seu cuzinho exatamente do mesmo jeito, arrancando gemidos incessantes do meu amorzinho.
Sem perder mais nenhum segundo coloquei meu dedo cheinho de gel em seu buraquinho, nem perdi tempo pedindo para ele passar no meu pinto, eu mesmo fiz isso e depois de massagear um pouco mais com os dedos logo estava empurrando suavemente meu pinto para dentro de sua bundinha linda.

Tá doendo meu Bebê? Perguntei
Tá não- tá muito gostoso- respondeu- mete mais, coloca tudo, pode ir com força, tá tão bom, tão quentinho, continua.

Sem pensar muito mais repeti o mesmo movimento de Arthur anterior mente e numa vez só empurrei com força até sentir o som o meu saco batendo em sua bunda e lhe fazendo soltar um gemido que deve ter acordado o bairro inteiro- aaaaaahhhhhhhhwwww

Bebê, agora você acordou todo mundo, vamos torcer para que pensem que é um logo uivando pra lua ou um coiote perdido na cidade- rimos juntos. Sorte que lembrei de passar a chave na porta.

Comecei um vai e vem devagar em seu cuzinho, nossa, estava incrivelmente quente e apertado, apesar de tudo entrava e saia com muita facilidade, eu ia ter que me virar pra conseguir achar mais desse gel milagroso. Continuei colocando meu pinto dentro do Arthur que cada vez mais gemia, mas estava se segurando para não mais fazer barulhos excessivos, eu sentia seu corpo tremendo enquanto ele abafava os gemidos enfiando a cabeça no travesseiro. Não demorou muito e senti que ia gozar.

Arthur, ahhhh- gemi- desculpa eu não aguento mais, vou gozar…
vai então anjinho- falou- goza tudinho aí dentro, goza, vai.

Senti como se meu pinto ficasse inchado e logo percebi vários jatos saindo dele e inundando a bunda do Arthur por dentro, continuava bem ralo, quase que nem uma água, mas era abundante, até demais para uma segunda gozada em tão pouco tempo, mal consegui sair de cima dele, eu estava nas últimas das minhas energias, tentei ficar de pé e senti as pernas bambas.

Vem cá bebê- puxei ele e lhe beijei- você gostou?
Eu amei demais anjinho, foi tão…tão intenso.
Precisamos de um outro banho né? Estamos suados demais e temos que lavar aí atrás.
Mais uma vez? ASSIM A GENTE VAI DERRETER- falou meio assustado.
Deixa de ser bobo, temos que ao menos nos lavar, não vou conseguir dormir desse jeito.
Tá bom, então…vamos?
Banheiros separados dessas vez…ou você aguenta uma terceira?
É, acho que não mesmo, respondeu indo para meu banheiro.

Peguei o tubinho de gel de volta e levei para a gaveta do quarto de meu primo, torcendo pra ele ao menos demorar bastante pra perceber a óbvia diferença de quantidade de gel no tubo, mas sinceramente acho dificil ele lembrar ou mesmo que lembre sair perguntando por aí o motivo. Entrei no box do banheiro e deixei a água dessa vez bem gelada lavar meu corpo, foi um banho tão bom mas tão rápido que nem tem muito o que comentar, outras coisas importantes estavam por vir. Voltei ao meu quarto e me deparei com o Arthur já com o pijama colocado e mexendo no celular, me enxuguei bem rápido e me vesti também.

Posso deitar do seu ladinho? Perguntei-
Claro que pode- vem- ele chamou. Deitamos de barriga pra cima e ele segurou minha mão. Temos muita coisa pra falar não temos?
Se você quiser- respondi- por incrível que pareça o banho me fez perder o sono, que horas são?
Quase 2 horas da manhã, até pensei que fosse mais tarde.
É verdade, mas… parece que passou muito mais tempo- sorri apertando sua mão.
Paulo? Ele se virou pra mim- o que a gente fez foi errado?
Não sei- falei pensativo- quer dizer…acho que não, por que seria errado?
Somos homens, quer dizer…não completamente, somos meninos ainda, o certo não seria estarmos namorando meninas?
Será que existe certo ou errado no amor? Não fizemos nada de mal a ninguém.

Apesar daquelas minhas palavras tinha algo de muito importante que me preocupava em relação ao Arthur e era agora ou nunca, eu precisava dizer hoje ou me arrependeria pra sempre.

Arthur, vem cá- sentei na cama puxando ele pra sentar ao meu lado, tem uma coisa muito importante que eu quero falar com você.
Pode falar, sou todo seu- beijou minha bochecha.
O que você realmente sente de tudo isso que começou entre a gente? Não apenas de agora, desde aquele dia no hospital quando nos beijamos pela primeira vez.
Não sei se vou saber explicar exatamente- disse Arthur- eu já te achava muito legal antes, você é atencioso, gosta de conversar e é sempre gentil comigo e com os outros, já tinha uma amizade crescendo entre nós não é?
Sim, aí aconteceu tudo aquilo de você vir aqui em casa, do que aconteceu com seu pai e quando você acabou no hospital…
E você ficou ficou o tempo inteiro ao meu lado, mesmo antes quando eu fui teimoso e recusei ajuda você não desistiu de ficar ao meu lado e me ajudar.
Pois é… é aí que eu quero chegar- engasguei- desculpa, não sei como falar…comecei a chorar em seu ombro.
Ei, ei, o que foi? Perguntou preocupado enquanto passava as mãos em meus cabelos- por que isso de repente.
Eu te amo, te amo tanto- solucei- tenho medo do que vou falar e você se afastar de mim, tenho medo de te perder.
Mas por que me perderia? O que você poderia dizer que me afastaria? Você acabou de dizer que me ama. Eu também te amo sabia? Muito mesmo, vai me diz o que tá te incomodando tanto, se abre pra mim por favor.
Eu já não me abri o bastante pra você e seu pintinho hoje não- encarei ele enxugando as lágrimas e tentando dar um sorriso.
Nossa Paulo- que piada mais inapropriada e fora de hora- ele riu, você tá aprendendo isso comigo?
É acho que estou, tudo bem, vou tentar parar de ser chorão e ser mais objetivo, me dá colo?
Vem cá, deita aqui, ele colocou minha cabeça sobre sua barriga e me fez cafuné.
Obrigado- não é exatamente colo mas tá tão bom, fica assim comigo?
Claro que fico, fui eu quem chamou. Vai, pode falar- continuou com carinho.
É que…bem… eu pensei muito esses dias todos sabe? Sobre tudo, algumas vezes eu senti atração por meninas, as vezes por meninos, mas com você foi completamente diferente, não foi apenas uma atração sexual, eu juro, na verdade até pouco tempo atrás eu era um bobalhão em relação a qualquer assunto sobre sexo.
Eu também era, a maior parte das coisas eu aprendi nos últimos tempos, um dia desses eu te explico, mas continua.
Onde foi que eu parei mesmo? Engoli o restinho de choro- então eu depois de pensar muito cheguei a conclusão que estava amando você, mas é claro que não se pode amar sozinho, eu precisava que você também me amasse.
Mas eu te amo anjinho, assunto resolvido, cadê o problema aí? Perguntou curioso.
Aí que está, será que ama mesmo? O quanto você realmente pensou sobre isso em se influenciar com outras coisas?
Que outras coisas? Perguntou assustado- você tá dizendo que tem dúvidas do meu amor por você? Meu coração apertou quando vi seus olhos se encherem de água.
Nãoooo, não chora- comecei a me debulhar em lágrimas antes que ele o fizesse. Tá vendo só? Esse é meu medo, que um ou outro erro na forma de falar ou me expressar possa acabar gerando algum mal entendido terrível que vá acabar com tudo.
Tá certo- ele falou mais calmo- você tem toda razão, tenho que ouvir tudo até o final para não haver nenhum mal entendido, você ainda tem muito o que falar.
Tenta entender o ponto de vista que eu pensei- eu disse- toda a situação que você passou e eu estava lá, te dei todo o suporte que eu consegui, porque eu sentia que tinha que ficar ao seu lado, eu já gostava muito de você.
Eu também- acredita por favor-
Arthur, não estou duvidando, juro pela minha mãe-
Eu acredito, mas ainda não entendo qual é o ponto aqui.
Vou tentar ser mais objetivo então… você tem certeza que realmente me ama? Eu acredito sim em suas palavras, e sei que você as diz do fundo do coração, mas você tem certeza que isso é mesmo amor? Não é apenas gratidão que você tem por tudo que eu te fiz?
É isso que você pensa? Que não é amor? É gratidão?
Não, eu juro que não, acredita em mim- falei quase implorando, mas é que eu tenho medo, tenho muito medo que eu te faça sofrer.
Você vai me fazer sofrer? Como? Eu nunca estive tão feliz como hoje.
Pensa bem Arthur, você mesmo perguntou depois que acabamos se eu achava que a gente fez algo errado? Será que é justo eu te colocar nesse mundo? A gente vai sofrer muito cara, eu não quero te ver sofrer por minha causa.
Eu acho que finalmente tô entendendo onde você quer chegar, sim, eu sei que não é fácil, somos homens e acabamos de declarar amor um pelo outro, acabamos de fazer sexo, pra muita gente isso não é normal.
Tá vendo só? Não é que eu duvide do seu amor, eu não duvido, mas é preciso que você tenha muita certeza disso, porque é um caminho sem volta, é um caminho difícil.
Eu pensei sim nisso, juro.
Você sabe como são as coisas, por mais que a gente tente esconder, não vamos nos iludir, um dia alguém vai saber, todos vão saber e por mais qu hoje todos vejam e tratem a gente como dois garotos meio nerds que pensam e se comportam com maturidade de adultos, o dia que descobrirem vão nos julgar, e esquecer toda essa conversa de maturidade , vão nos tratar como as crianças que nós somos agora, e isso serão os mais compreensivos, muitos vão tratar a gente simplesmente como lixo.
Eu sei- respondeu meio cabisbaixo- agora me ouve um pouquinho por favor?
Claro, pode falar- apertei mais sua mão.
É muita coisa, vou tentar resumir ao máximo.
Tá bom- falei
Pelo que você já viu da minha família já notou que muita coisa não funciona lá muito bem né? Pra começo de conversa sempre fomos muito pobres, as coisas só melhoraram um pouco depois que o vovô morreu e minha avó deixou a gente construir a casa nos fundos da casa dela e passou a ajudar com a pensão que pagam do meu avô. Eu desde cedo percebi que o único jeito de melhorar as nossas condições seria estudando muito e conseguindo ser alguém na vida, por isso batalhei demais estudando pra conseguir a bolsa de estudos integral na escola.
Você é o menino mais inteligente que eu já vi na vida- beijei sua mão-
Obrigado Anjinho, mas então…continuando- Apesar de tudo entrei com muito receio naquela escola, eu sabia desde o começo que não bastava ser inteligente, sabia que ninguém alí no meio dos meninos e meninas ia dar bola pro menino pobre e magricela que nem merenda consegue comprar, quantas vezes saí da escola só com um dois biscoitos e um pedaço de fruta na barriga do café da manhã. Mas juro que nunca me lamentei.
Ah, meu bebê- o encarei com uma lágrima escorrendo.
Sim, mas aí apareceu você, e ficou comigo, nunca se importou pelo fato de eu ser aluno bolsista e o Flávio também, sempre vocês dividiam o lanche comigo sem se preocupar em ficar perguntando porque eu não tinha lanche, vocês sabiam o motivo, mas não falavam pra não me fazer eu me envergonhar.
Ser pobre não é vergonha Arthur- falei serio-
Eu sei que não é- mas ter a falta de tantas coisas enquanto se está rodeado de pessoas que tem tudo, doí muito. Mas continuando…aí veio você e o Flávio, o ele é um bom amigo, mas foi você de quem eu mais me aproximei, foi você que fez meu coração bater mais forte, bem antes de tudo o que aconteceu no hospital eu já sentia algo entre a gente.
Eu te amo- falei- não quero que você se machuque por um sentimento meu.
Então seu tonto- apertou mais forte ainda minha mão, você e importou comigo, você fez por mim sem querer saber que eu lhe daria algo em troca, você me acolheu e me amou pelo que eu sou, isso tudo fez o sentimento de amor crescer dentro de mim e aparecer naquele primeiro beijo, você diz que vai ser dificil? Eu sei que vai, se tivermos que batalhar, se tivermos que sofrer , se você me ama de verdade, vamos fazer tudo isso juntos, é a minha decisão.
Ah, Arthur- soltei sua mão da minha e lhe dei um abraço demorado e cheio de lágrimas- Arthur…fica comigo… não quero te perder, fica comigo por favor, eu te amo tanto.
Ei bobinho, para de chorar, ele me puxou pra sua frente e começou a enxugar minhas lágrimas com os dedos. Deita aqui abraçadinho comigo, deitamos e ele esticou o braço para o interruptor próximo e apagou as luzes.
Ei, agora estamos no escuro- falei
Shhh- ele disse baixinho no meu ouvido- agora é hora de dormir, fica aqui abraçadinho comigo, fecha os olhos- e começou a sussurrar em meu ouvido. Dorme anjinho, meu amor, nunca vou te deixar, sempre que você precisar estarei com você, não importa se for um dia bom ou um dia ruim, se te tratarem bem vou ficar feliz, se te tratarem mal vou brigar por você, se nosso amor é verdadeiro estaremos sempre juntos nos bons e mal momentos.
Que clichê -eu sorri baixinho e bocejei- mas é tão lindo mesmo assim.
Aprendi em algum livro velho que achei na biblioteca- me deu um beijinho na bochecha, agora dorme meu anjinho. Dorme e sonha com mais anjinhos que nem você. Logo ficamos em silêncio e adormecemos num pesado sono.

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