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Era segunda-feira… (Crônicas a Mais)

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Segunda-feira… Começando a semana. Mas o que fazer quando a gente só pensa em transar? Acompanhe meu dia e veja se eu consegui superar…

“Dentro de você há dois lobos: os dois querem conchinha e fuder nervoso.”
Cliquei duas vezes na tela do celular para curtir o meme que acabara de ver.
Não era uma má ideia. “A questão é: qual dos dois primeiro?”
Apertei “enviar” e publiquei o comentário.
Andando virtualmente pelas redes, saltei de memes para cantadas safadas para ilustrações sensuais.
O universo não estava ajudando. Sentia o nervosismo emanando do meu sexo na forma de um tímido tesão.
Era só outra segunda-feira qualquer numa semana aleatória num mês daqueles bem comuns, tipo, sei lá, abril.
Não sabia porque eu andava tão excitada, nunca me considerei uma pessoa safada ou sexual “demais”. Não que eu soubesse definir o que é uma pessoa safada, mas acho que pouca gente me definiria como safada.
Exceto, claro, os “boys” com quem eu costumava dormir. Talvez algumas garotas que passaram pela minha cama também.
Será que havia sido aquele olhar que recebi no metrô? Geralmente odeio receber cantadas e olhares na rua, mas dessa vez, por algum motivo, não consegui tirar meus olhos daquele homem.
Tipo, cara, daria pra fritar um ovo cozido no corpo daquele cara.
Antes que eu pudesse pensar mais sobre, minha mente já me traía: despi mentalmente o moço e já imaginava ele sem camisa, quebrando um ovo em seu abdômen.
Se controla, cara. Não são nem 9 da manhã. Não dá pra você conviver com esse tesão todo, estudar e trabalhar!
Nem tomei café hoje. Podia ter comido um ovo da barriga daquele cara mesmo. Aposto que ele tem mesmo um abdômen trincadinho.
Aonde eu estava mesmo?
Ah sim. Por que eu eu estou tão excitada hoje?
Será que teve a ver com minha manhã?
Nada de diferente…
Quer dizer, abri os olhos como qualquer manhã. Só que dessa vez acordei já molhada.
O que que será que sonhei?
Provavelmente sonhei que estava sentando alucinadamente, ou talvez deitada, com ele em cima de mim, metendo fundo e rebolando só para me enlouquecer.
Ai, tô excitada de novo. Não consigo nem contar uma história para mim mesma.
Como qualquer pessoa normal, se eu acordo excitada, eu bato uma, né?
Meu vibrador, fiel escudeiro, meu “Rivotril ” financiado pela Light, nunca me falha.
Antes mesmo de ver a luz do meu celular, os elétrons do vibrador já iluminavam meu quarto de cortinas fechadas.
E aí consegui curtir um pouco, sabe?
Fechei os olhos, me toquei bem devagarzinho. Esfreguei sem pressa, com calma, como se ainda tivesse sonhando…
Já tava gemendo baixinho, entrando no clima, quando meu alarme tocou. E para piorar, não era o meu primeiro alarme. Era o alarme “LEVANTA VOCÊ ESTÁ ATRASADA”, sabe? Aquele alarme que separar o limiar exato entre o atraso e a pontualidade.
Nem pude bater uma siririquinha.
Nem tomei café, mano.
Só tomei uma ducha, botei roupa e saí correndo.
O metrô chegou rápido, sorte. Mais sorte que isso só se eu sentasse na cara daquele gostoso do metrô-
Pera, que que eu tava falando mesmo?
Ah, tô com uma pilha de jobs.
Afinal, chegamos atrasadas, não é mesmo?
Foco.
Pega um café.
Ok, melhor.
Salvar, exportar. Uma arte pronta.
(Só falta vinte e cinco.)
Opa, rapidinho.
Até que tô me sentindo estranhamente criativa. Eu fico assim geralmente quando tô sem gozar por um tempo.
Nem no fim de semana deu.
No caso eu dei, e dei muito, mas aquele merda de pau grosso nem pra me fazer gozar, ein.
Sim, eu gostei de chupar ele. Sim, ele metia gostoso. Mas não, ele não me fez gozar. Lambeu por 3 minutos e já subiu querendo meter. Sem noção, cara.
E daí que a gente tava bêbado?
Eu fiz minha parte. No fim das contas, ele dormiu felizão. Eu? Só fiquei com tesão acumulado.
Foda.
Quando chegar em casa eu vou resolver isso.
Sozinha, né.
(Ok, já foi mais uma arte.)
Esse tesão criativo tá funcionando, ein?
Ah não. Ele, aqui?
Qualquer outro dia eu ficaria feliz pra ver aquela bundinha bonita naquela calça apertada. Ele gostava de usar camisa social até meio amarrotada, como quem acabou de transar e saiu com pressa. Um charme, né?
Mas, hoje? Hoje eu tô tentando manter meu foco.
Ai, ele tá vindo falar comigo…
“E aí, Rafa? Não te encontrei na copa quando cheguei.”
A gente sempre tomava um cafezinho juntos quando eu chegava no trabalho. Quer dizer: quando eu chegava no trabalho na hora certa.
“Me atrasei um pouco, Beto”
Não tirei os olhos da tela.
“E o fim de semana, como foi?”
Tadinho, gente. Deu um dó no coração. Mas eu sou uma pessoa de princípios. Tenho outras prioridades.
“Aí, Beto, não tô podendo falar muito agora. Tô meio atrapalhada, desculpa viu?”
“De boas, de boas. A gente vai almoçar naquele lugar, mesmo?”
“Ah, pode ser-”
Cara.
Que dia é hoje?
Você não marcou um almoço com aquele boy? O moreno de cachinhos?
Porra, é hoje.
“Ah não posso não, desculpa Beto”
Ele parecia um pouco decepcionado. Quem pode culpar ele?
Ah, sai fora. Não sou obrigada a nada não.
Lançou o tradicional “deboasdeboas” e foi pro seu cubículo com o resto dos programadores.
Vou ter que investir nele no futuro. Hoje não.
Ele é um gatinho afinal.
Se bem que hoje em dia eu sentaria em qualquer um que me desse bola, viu?
Tá, não é pra tanto.
Mas sei lá, semana começou e eu não gozo desde quarta-feira.
Aquela sim foi uma quarta de tirar o fôlego. Foi foda.
Fui dormir cansada, gemendo e respirando fundo.
A gente tava doido de tesão. Sentei por cima, de lado, cavalguei ele bem. Botei em dia todos meus treinamentos de academia.
Ele, sim, não me deixou na vontade. Tiago sabia como manter as coisas interessantes.
Me comeu por trás, meteu na minha boca, teve até aqueles tapinhas gostosos na bunda. Aquela gozada no pau dele foi… Nossa. Arrepiei só de lembrar.
Ah pronto, tô molhada.
Isso que dá ficar lembrando de foda passada.
Já foi, já foi. Agora tenho que pensar no futuro.
Ok, hora do almoço.
Pega o casaco, pega a bolsa.
“Espera aí!”
“Brigado por segurar o elevador, viu?”
Quem é esse aí? Nossa, gatinho.
Ai gente. Que olhar foi esse? Será que eu dei muito mole?
“Boa tarde.”
Ok, ele é do 9o andar. Só 3 abaixo do meu.
Ele é da Petrobras, então.
Nossa, essa calça dele fica até mais interessante que a do Beto.
Foco!
Cara, não acredito!
Não é que o moreno dos cachos desmarcou o almoço? Que filho da p-
Nada a ver. Vou ter que comer sozinha. Bem queria estar sendo comida pelo Beto-
Calma, pede um prato simples, come rápido e adianta o trabalho.
Ou come bem devagar, mete fundo, puxa meu cabelo, isso…
Gente, não consigo nem comer sem parar de pensar em fuder.
Ufa, academia tá vazia hoje.
Lookinho básico hoje: só um top preto e uma calça roxa.
Mesmo basicona continuo gostosa. Garanti a vitória do dia.
Prende o cabelo.
Corre pra esteira que a academia tá vazia. Aproveita.
10 minutinhos. Bota uma música pra acalmar.
Essa música é boa pra se pegar. Não, melhor trocar de música.
Série de hoje tem elevação pélvica depois.
Vou sofrer quando chegar lá.
Ai, tava precisando disso. Gastar energia mesmo.
Tô até com vontade de puxar um ferro hoje.
Olha ele que bonitinho, acha que eu só pego 10 kg.
“Pode deixar, querido, eu não preciso de ajuda não.”
Será que fui muito rude? Acho que não.
Ele nem tchum. Mesmo depois de eu humilhar ele no supino.
Enfim…
Gente, que mulher gata.
Ela não vem aqui muito não.
Olha lá, os cara já estão em cima dela.
Qual o próximo mesmo?
Agachamento.
Esse vai ser foda.
Não falei? Fiz duas séries e já tô com calor.
Sei lá, parece que eu agachou, meu corpo ativa modo safada.
Pior que isso tá me deixando excitada mesmo.
Pra acabar, umas barras.
Agarra na barra. Agora só puxar, subir meu corpinho só no braço.
Ok.
Tensiona bem o abdômen.
1.
2.
3.
4.
5.
Gente, eu gemi?
Ainda bem que ninguém tá por perto.
Só mais cinco, vai.
6.
7.
Mano, eu tô tremendo.
8.
9.
Ai, ai, aí.
Eu tô gozando?
Não, impossível.
Me dá um segundo.
Meu corpo todo deu uma sacudida.
Eu tô toda arrepiada, eletrizada. Ai gente que sensação gostosinha…
Cara. Sei lá, parece até que eu tive uma daquelas gozadas de leve, sabe?
Aquelas meio de susto, que você nem espera. Que doido.
Cabei já o treino.
Molhada, sim, mas só de suor. Tudo certo.
Só um banho agora.
Isso, água quentinha.
Hmmm, que gostoso.
Me lembra até aquela chupada debaixo da água quente no banheiro de casa.
Ele sabia mergulhar.
Não cheguei a gozar, quem que goza sendo chupada no banho?
Sei lá, eu que não.
Mas foi gostoso.
Eu apertei o pau dele bem.
Tava muito duro.
Rocei o pau na coxa.
Apertei o pau dele com minha bunda.
Ele ficou doido.
Quase dei pra ele no chuveiro.
E ele gozou na minha coxa.
A gente riu. Foda leve.
Me toquei de leve, que nem agora no chuveiro.
Cara, tô muito molhada.
Será que dá pra eu tocar uma agora?
Quer dizer, já tô tocando né.
Ai tá muito bom.
Chegou mais gente…
Ai, perdi meu sossego.
Parece que até virou bagunça agora.
Banho rápido.
Lava.
Fecha a água.
De volta ao trabalho.
Imagina se eu encontro o gostoso do 9o andar de novo.
Ele aperta o botão de emergência do elevador. A gente se pega sem nem se falar. Ele me mete sem nem tirar minha calcinha. Só levanta minha saia, põe minha bunda à mostra, e arrasta a calcinha pro lado. Entra devagar e depois pode meter à vontade-
Foda. Esse tesão não passa.
Claro que não encontrei ele.
Mas faz bem sonhar.
Beto saiu mais cedo hoje. Estranho.
Acabei o trampo.
Dá tempo de passar na livraria.
Caminho de casa.
Não tinha nada bom na livraria.
Nada de novo né.
Também não estou pra gastar à toa.
Cheio de livro pra ler em casa.
Falando em leitura, tenho que ler aquele artigo pra amanhã de noite.
Amanhã é o dia que sempre rola choppada.
Bem que podia sempre rolar chupada.
Cara, que piada merda, ein?
Era uma piada? Acho que era só vontade de fuder mesmo.
Comida tá pronta já.
Tempo passou rápido hoje.
Nem vi a hora passar em casa.
Juro que vou dormir cedo hoje. Nem vou sair. Vou ver uma série.
Dormir.
Qual episódio eu tava?
Oitavo mesmo. Tá acabando temporada já e esses personagens não se pegaram ainda. Tô melhor que eles, viu?
Se eu fosse ela, eu me jogava em cima dele.
Sei lá, falava que queria dar pra ele mesmo, foda-se.
Ok, no século dezenove ninguém era assim. Até onde eu sei…
Nossa, tô bocejando já.
Episódio acabou.
Que preguiça de levantar do sofá.
Será que dá tempo pra eu bater umazinha?
Quem vai ser o sortudo da vez?
Beto, né, ele bem podia me comer na mesa do escritório.
De noite, todo mundo saiu. Eu lá no prédio, fazendo a egípcia…
“Beto, você esqueceu de uma coisa…”
Ele vem e me dá um beijo daqueles de cinema. Só que não tô falando de beijo técnico, tô falando de beijo entregue mesmo, pra ninguém botar defeito.
Aí ele abre o botão da calça e fala: “Sim, algo que eu deveria ter feito há muito tempo”
Aperta minha bunda, morde meu pescoço.
“Me come!”
E aí eu que ia apertar aquela bunda gostosa dele.
E a gente ia perder a linha.
Destruir o lugar.
Transar em toda superfície possível.
Ia dar até em pé, na janela, pra qualquer um ver.
Ele metendo, apertando meu peito e minha bunda enquanto eu só gemia.
Ufa.
Pensar em putaria me deu um sono…
Vamos dormir.
Pijaminha. Aí que gostoso. Tô toda quentinha.
Bota alarme. Amanhã acordo no horário.
Vou ter que acabar minha fantasia outro dia. Prometo que vou gozar pra você, Beto. Só não hoje.
Afinal, nem queria gozar hoje…
11 de julho de 2022

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