Voltando pra casa, novidades nada boas me esperavam

Como diz o povo, tudo que é bom dura pouco, os dias voaram lá no Paraíso, fiz Beto feliz, ele me fez feliz tb e muito, agora conhecia meu danado lindo de verdade, entendia suas vontades, desejos, ia ser mais fácil pra mim lhe agradar, eu tava no lugar que ele sempre quis, meu Amor Mercador, depois de dez anos, tinha conseguido sua presa, que ele iria cuidar sempre e exigir o que lhe era devido, coisa que ele tanto prezava, obediência e respeito.
Saímos de lá no Domingo após o almoço, Dona Erminia chorava de dar dó, eu tb tinha gostado daqueles dois velhinhos, de Júnior e da família toda dele, tava quase chorando tb, Beto prometeu que voltaríamos ali ainda naquele ano.
Seu Júlio e Junior foram nos levar no trenzinho até o portinho, voltamos carregados de coisas, cachaça, garapa, doces feitos por Dona Ermínia e a esposa de Seu Júlio, volte logo me disse Júnior lá já na beira do rio, ele volta respondeu Beto por mim, ah, nem Beto, nem Júnior nem eu poderíamos imaginar os dias que viriam, em meus delírios o cavalo preto, gigante e xifrudo já não vinha correndo pelas matas e campos, eu já o via na contramão das ruas das cidades, galopando veloz entre carros, ônibus e caminhões, a desgraça tava chegando, cada vez mais perto, fechava os olhos e sentia o cheiro de enxofre no ar.
Atravessamos pra outra margem, tavam passando muitos carros naquele domingo, muitos perguntaram se queríamos carona, mas Beto já tinha combinado com Edvaldo de nos pegar ali, ficamos esperando sentados num tronco de árvore lá.
Fica triste não bebê, teu pai aqui te traz de novo disse ele, por mim já voltava amanhã eu falei, ele riu, meu lekinho bonito do Pai, tá doido pra mastigar grama de novo debaixo de mim né, mééé falei rindo, safado disse ele, chegar lá, tu vai ver a baba quando lavar a cueca que tou aqui, e não preciso falar de novo meu rapazinho, que faço contigo só interessa a nós, mais ninguém, eu sei Nego respondi.
Edvaldo chegou, dessa vez veio com Wantuil, danado tava só de schort branco e sem camisa, queimado de sol, bonitão todo.
Viemos tudo conversando até chegar em casa, umas duas hs depois, carro parou na porta, Luciano já veio abrir, só de schort branco também, lindo como sempre, me abraçou já na calçada com força, ah meu menino bom, falta que tu fez nesta casa mlk, vou te deixar ir mais não, sifudê Assis lhe falou Beto e entramos.
Cozinha tava uma barbaridade de bagunça, mas fui direto é ver meus peixinhos, Beto veio, vai arrumar nossas coisas das mochilas e das caixas safado, bixinhos vão sair dae não, depois dá um jeito nessa bagunça da cozinha e faz nossa janta, resto da casa deixa pra amanhã, mundo não acaba hj não.
Wantuil queria jogar pebolim, Beto foi com ele, o pai e Claudionor brincar lá, eu fiquei ajeitando as coisas na cozinha, Seu Aroeira e Luciano comigo, Preá disseram que tinha ido pra Leuzinha.
Nem fiz muita bagunça né Lek me disse Luciano, não respondi, nada que não se ajeite em uma horinha, tu deve é tar com saudades de comer teu cuscuz, eu ficava lá pensando nisso, tá com vontade de comer outras coisas tb falou Seu Aroeira entrando na conversa e me olhando esquisito, se entende com o lek Assis hj ainda continuou, terça é dia do Velho Aroeira brincar, relaxa Aroeira respondeu Luciano, com o mlk eu me entendo e muito bem.
Fiquei lá ajeitando as coisas, os dois foram lá pra fora, depois fui ajeitar nossa janta, fazer café, suco e tomando garapa à vontade, Beto veio, viu, isso esganadinho, toma mesmo, na hora da janta eu faço teu prato, tu que não coma tudo não pra ver o cipó chiar no teu lombo.
Acabei o rango, separei o que era pra lavar dia seguinte, o jogo continuava animado deles, cerveja rodando, Luciano me chamou pra ir lá fora um pouco, sentei lá com eles, tava escuro já, terça feira lek, vc vai num lugar com Aroeira logo depois do almoço, é aqui na rua mesmo, antes de Beto e eu chegar da oficina, tu já tá aqui de volta me falou Luciano, eita, fazer o que perguntei, Beto não vai deixar eu sair não, Beto não vai saber que tu saiu lek respondeu Luciano, é pro teu bem, confia em mim.
Beto apareceu na porta, que papo é esse de homem véio com o lek ae na surdina, posso saber perguntou, tamos falando do passeio respondeu Seu Aroeira, entra pra cá Lek, Beto mandou-me, antes de dormir nós tb tem conversinha na surdina, entrei, coloquei a janta na mesa depois, jantou todo mundo em casa hj, só Preá que não, não tinha chegado ainda.
Wantuil antes de ir embora insistiu, fui jogar umas com ele, bixo gostava de se mostrar, era jogando e o pintão balançando dentro do schort, passava a mão, um dia vai ser todo teu dizia, teu Pai de nada vai saber, meio doido esse bonitão pensava eu sem dizer nada, e meio tarado tb.
Foi todo mundo pras suas casas, tomei banho, fiquei vendo tv na sala, deitado no sofá, as vezes levantava, ficava um pouco na janela vendo o movimento de fim de domingo, Luciano tb deitado no outro sofá disse baixinho enquanto Beto tava no banho, saudade danada de ti lek, virei o rosto pra ele, sua mão segurava a tora grossa dentro de seu schort, tb tava respondi, mas não dessas coisas que tu tá não, amanhã à noitinha Beto vai resolver o assunto de Claudionor e Aroeira continuou Ele, temos umas duas hs prã tu matar essa saudade braba minha.meu lekinho, quero saber disso com ninguém não Luciano, disse à Ele, é meu rapazinho ele continuou, primeira vez tu tb não queria e gostou muito né, rebolou gostoso pro teu Luciano, se prepara, segunda vez sempre fico mais solto e mais exigente, nem adianta se segurar na janela ou nos móveis, num tranco eu te puxo, tu sabe disso.
Beto tava saindo do banheiro, ele puxou a manta do sofá pra cima do schort pra cobrir a danada dura, Beto foi pra cozinha, veio depois com um tijelão cheio de frutas picadas com açúcar por cima e três garfos dentro, sentou na ponta do sofá com meus pés no colo dele, come lek, jantou muito pouco hj, esse negócio de caldo de cana aqui vou encerrar de vez, toma muito, depois não come porra nenhuma, ê Beto falou Luciano, mal chegaram, já tá pentelhando o lek pow, fica de boa Assis lhe disse Beto, mlk esta semana aprendeu de vez quem manda nele, se falo prá comer é pra comer e bem, é pro bem dele, se não obedecer, cipós tão ae debaixo da cama pedindo uso, aiai Beto respondeu Luciano, joga esses cipó fora, tudo véio e seco já, viraram navalha, já te disse, é encostar no mlk e rasgar as carninhas dele, comigo aqui dentro, tu num vai fazer isso, Beto tava alisando meu pé, continuou alisando, sossega Assis, falou ele, tou só dando o alerta, meu lek conhece quem cuida dele, sabe como eu gosto das coisas e não vai dar um pio se isso acontecer, tu num vai ser perturbado não, estrago vc só vai ver no dia seguinte, tu que manda Beto, respondeu Luciano, tu machuca, se arrepende depois, tu sabe disso, deixa o lek no sossego, pra essas coisas Deus criou castigo, não surra, eu tava comendo frutinhas na bokinha que Beto colocava, nem tava ae pras conversa deles, comemos o tijelão nós três, acabou, escova os dentes e vai nanar lek, de manhã tua vagabundagem acabou, tem cuscuz cedinho pra fazer me disse Beto, dei boa noite ao Luciano, depois fui deitar, já já entro falou Beto, vou conversar uns particular com o Mano antes, deitei, nem liguei tv, já tava com sono.
Beto entrou no quarto, eu tava com os zóinhos quase fechando já, se deitou só de cueca, me conta bom menino, qual o assunto lá atrás com Aroeira e Assis, quero saber, estávamos falando lá do mato Nego, essas coisas eu disse, ê mlk, tu e essa teimosia, tu sabe, erro teu contado pela tua boca, perdôo, pela boca dos outros, te dou o que merece, direito meu.
Fiquei quieto pensando, ia contar como, aquele braço que tava ali acarinhando minha barriga, guentava me socando não, ele começou a roçar minha bunda, mostrando que tava durasso e portanto queria, chupando meu pescoço disse baixo, saudade de te catar aqui em nossa cama safado, eu já tinha aprendido, tinha que agradar meu Beto sempre, alisei o peito dele e me virei de bruços, ele tirou a cueca e meu schort, subiu no seu lek, mordiscou e chupou minha orelha, eu arrepiado falei, sou teu meu Nego, todo teu, ele já com a cabeça da danada babada entrou, suave, sem pressa, sabia que nada no mundo me tiraria dali debaixo dele enquanto ele não tivesse saciado e feliz.
Fiquei alisando meu homem todo, onde minha mão alcançava, eu chamegava ele, me abrindo pra ele, agasalhando, dando o conforto e prazer que ele merecia, ele agradecia gemendo, socando aquela delícia no que lhe pertencia, eu rebolava pra ele, debaixo daquele peso e calor, eu mostrava que era tudo dele ali, acontecesse o que acontecesse, eu era todo dele, quando o prazer dele chegou, com a piroca pulsando dentro de mim, soltando aquele líquido guardado nele pra mim, eu continuava rebolando sem parar, fiz bem minha obrigação de boa fêmea, naqueles dias terríveis que chegavam, lá onde eu estava, eu pensava só nele, nunca mais verei meu Beto dizia prá mim mesmo, mas deixei recordações boas praquele que mesmo longe seria sempre meu doce e amado Beto.
Dormi, dormimos felizes os dois, naquela serena noite que sem sabermos, era de despedida.

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