# # #

Sonhos Eróticos

549 palavras | 1 |4.60
Por

Tique-taque, tique-taque, tique-taque, tique-taque…

23:58.

Tique-taque, tique-taque, tique-taque, tique-taque…

00:00.

Dez anos. Sua mãe acorda com sorriso no rosto, prepara o café com este sorriso e a desperta com este mesmo sorriso. Leva-a à escola e em seguida compra alguns brinquedos.

  — linda Antonella. Agora terá o brinquedo que sempre quis. — diz dona Felícia, embalando um objeto.

“A escola foi chata, as meninas não quiseram brincar hoje”. “Coma, que depois do almoço, tem uma surpresa”. “Ebaaa! Um livro”. “Nossa, Ella! Fico tão feliz que goste de ganhar um “brinquedo” assim”.

O livro é “Gerald’s Game”.

Depois do beijo de boa noite, Antonella acende seu abajur para ler o livro, contrariando as ordens de sua mãe. O papai, será que já chegou? Bocejos. Melhor ir dormir, amanhã vou ler. Ela se deita em sua cama. Como sempre, tira a calcinha, contrariando outra ordem.

A sala de aula está vazia. De pessoas, pelo menos. Apenas Antonella caminha no local, saindo de sua sala e entrando em outra. Observa as muitas lâmpadas no teto, simulando a luz do sol, porém não calorosas como esta. Ao abrir e sair em uma porta, ela encontra um corredor onde a única luz fria está no final dele. Chegando mais rápido do que uma caminhada ou corrida normais garantiriam em um corredor longo, a luz desaparece, revelando um espelho. Aproximando-se dele, ela se vê nua, com as mãos amarradas em uma corda que as puxam para cima, deixando só um pouco de seus cotovelos se dobrarem. Suas costas com pequenas marcas, a nádega direita com marcas menores ainda. Distanciando-se, vê agora uma grande janela. Respira pela boca, olha para trás e vê algo como o espaço, escuro e com muitas estrelas. Seus pés andam sozinhos até a janela.

  — tem alguma coisa errada.

Seu clone tem um corpo malhado. Braços, bunda e coxas maiores. Ela toca seu próprio traseiro e percebe a diferença.

  — sou eu, mas esse corpo é um pouco maior. — diz seu monólogo interno.

Uma chicotada.

  — ahh! — exclama o clone, com a voz falhando.

Mais duas chicotadas. A garota levanta e abaixa a cabeça, comprimindo o corpo e a face, sem lágrimas. Seu tronco infla e desinfla, num vai-e-vem. Depois de algumas chicotadas fortes, ela quase cai para trás, com a corda impedindo-a. Em seguida, tenta ficar de cócoras, sem sucesso. Antonella nota a ausência de pêlos pubianos em sua cópia e, ao abaixar um pouco sua saia, observa alguns. Com o rosto grudado na janela, com a respiração mais calma, feita pelo nariz, ela contempla. A calcinha que ela tirou antes de dormir está próxima à sua cópia.

  — quê?! Não! Isso é um sonho. — grita, embora o volume de sua voz não corresponda.

Do nada, ela está num iate, em um rio, no espaço. Olhando ao redor, pega impulso para um grito.

Abre os olhos e enxerga a parede no seu quarto escuro. Sente o vento do ventilador à sua bunda e buceta. Percebe sua saia sobre os joelhos e ao virar-se para o outro lado, flagra uma silhueta no lado de fora da janela. Parece usar um chapéu, como o chapéu do papai.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,60 de 10 votos)

Por # # #
Comente e avalie para incentivar o autor

1 comentário

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder @babisapeka ID:g3jgumoii

    Q safado