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O sacrifício aos deuses de basã

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Ao todo havia cem machos no saguão do templo do fogo, os cem soldados do Reino de Basã, os descendentes dos ciganos que estavam esperando a sorte para travar a guerra. O cheiro de

Ao todo havia cem machos no saguão do templo do fogo, os cem soldados do Reino de Basã, os descendentes dos ciganos que estavam esperando a sorte para travar a guerra. O cheiro de homem empestava aquele lugar, era o cheiro da virilidade que vislumbrava uma virgem pequenina e chorosa passando entre os sacerdotes e os machos bradaram diante daquela coitada que seria sacrificada a ser arregaçada por cada um…

CAPÍTULO UM
DAMARINA

O que de pior poderia ocorrer com uma moça do Reino de Basã?
Damarina era apenas uma jovenzinha quando sentiu o sangue descer por suas pernas e o desespero se alastrar em seu coração, pois isso significava que ela seria sacrificada aos deuses pagãos daquele povo que viveu milênios atrás, era o costume que pelo menos uma filha que tinha acabado de ficar menstruada fosse entregue ao templo e nada importava a sua pouca idade, assim, o corpo de muitas moças eram expostos em praça pública denunciando a brutalidade com que eram tratadas.
Muito jovem, Damarina era quase uma criança, mas sabia que o pai tratava-se de um ignoriante e para ele o sacrifício era até um bom negócio, pois a mulher só dava gastos, era o que pensava aquele desgraçado que vivia na bebedeira e na perdição das prostitutas, um homem sem moral que enriqueceu comercializando produtos roubados e tinha péssima fama diante daquele povo, mas até aquele homem queria agradar aos deuses e daria a filha de bom grado ao templo da morte.
O orgulho daquele sujeito eram os sete filhos homens que não passavam de imprestáveis que viviam arranjando brigas e se espelhavam na figura paterna para viverem em puteiros e orgias que não acabavam mais, assim, a pobre Damarina era explorada por aqueles impuros de coração que a obrigavam a trabalhar dia e noite lavando suas roupas, cozinhando os seus alimentos e arrumando aquela casa desestruturada que só trazia tristeza para aquela menina que sentia o sangue descer pelas pernas, o sangue da impureza, o sangue que a levaria a morte!
O que Damarina poderia fazer? Ela escondeu o sangue como pôde, se comportou como se ainda fosse uma menina, mas o corpo a denunciava, pois com o passar dos meses os pequenos seios brotaram, o seu corpinho passou a ter curvas e até mesmo a sua boca passou a ficar mais vermelha e apetitosa.
Por fim, os irmãos perceberam que tinha uma mulher naquela casa e quando ela passava sentiam uma dor nos testículos que denunciavam que aquela jovenzinha já sangrava o suficiente para ser levada ao templo, tanto que viram os tecidos manchados de vermelho e a encurralaram no seu quarto para que revelasse a verdade, assim, a pobre Damarina estava cercada por sete marmanjos que olhavam para ela como se fosse um pedaço de carne, um objeto para ser usado e jogado fora.
Damarina ainda era muito pequenina, mal tinha acabado de entrar na puberdade e seus olhos do tom do mel lacrimejavam diante daqueles sete homens que eram os seus irmãos, mas também aqueles que a levariam a perdição, sem se importar se ela ainda brincava de bonecas ou se a sua aparência frágil não suportaria as dores do sacrifício.
– Então, a nossa irmãzinha está com medo de ser sacrificada…
– O nosso pai não vai gostar nada disso…
Damarida estava aterrorizada diante daqueles sete homens de olhar pecaminoso que sorriam para ela de forma sacana e sarcástica, parecia até que eles gostavam do seu desespero e uns chegavam a apertar o saco com gosto para ela que quase chorava de medo enquanto erguia a cabeça para olhar aqueles marmanjos barbados que herdaram a altura dos gigantes e a brutalidade dos ogros.
– Sabe como se livar do sacrifício, Damarina?
Esperançosa, a mocinha sorriu e achou que eles queriam ajudá-la, pois realmente tudo o que ela queria era ser salva e mesmo vivendo uma vida infeliz tinha esperanças de que um dia viveria feliz para sempre, mas logo percebeu que o mais velho e agressivo de todos tinha arrancado a túnica pela cabeça e arriado a roupa íntima fazendo com que algo monstuoso pulasse para fora, era algo muito feio e grandioso que crescia em sua direção.
– Não podem fazer isso! – ela chorava – Não! Não! Não!
Um por um arrancou a túnica e um por um ostentou o caralho para a irmãzinha que nada entendia o que estava acontecendo, mas tinha muito medo daquelas coisas duras que babavam, não era para ela estar vendo aquelas coisas, não podia ver os irmãos sem roupa, mas eles avançavam para ela e começaram a agarrá-la para apertar os seus seios sem piedade enquanto ela chorava desconsolada, pois muitas mãos percorriam o seu corpinho fazendo com que ela parecesse uma presa diante dos leões que a jogaram na cama e tentavam arrancar o seu vestido, mas ela gritava desesperadamente.
– O QUE ESTÃO FAZENDO?
O pai de Damarina mal conseguia ver a filha no meio de sete marmanjos descendente dos gigantes, mas ele estava vermelho de raiva diante da petulância de seus filhos que não só desrespeitavam a ele, mas também aos deuses…
– SÓ AS VIRGENS PODEM SER SACRIFICADAS, SEUS ANIMAIS!
O velho pai de Damarina arrancou a pobrezinha daqueles machos que queriam acasalar e mesmo sendo uns animais, respeitavam o pai e ficaram quietos diante dos esporros que não acabavam mais, porém quem levou um tapa na cara foi a pobrezinha por ter escondido a mesntruação e já estava sendo arrastada pelos cabelos.
– Será levada ao templo!
– Não, papai, por favor, eu não quero!
Damarina se debatia, esperneava, chorava, mas aquele velho tinha uma força indescritível e levava a pobre criança pelos cabelos, quase sendo arrastada pelas ruas do mercado que gargalhavam diante daquela cena, pois o Reino de Basã era um antro de pecado e atrocidade, um lugar indígno para qualquer ser com o mínimo de pureza no coração e por fim diante do templo foi jogada aquela pobre criança.
Uma mulher usava trajes vermelhos e uma tiara foleada a ouro para enfeitar os cabelos, era uma sacerdotisa que olhava para uma jovenzinha chorosa e toda machucada que de tão pequenina duvidou muito que já tivesse realmente descido o seu sangue. Quase debochadamente, aquela mulher perguntou ao pai de Damarina:
– Trata-se de uma virgem?
– Sim, senhora, nunca conheceu homem a minha filha!
– Nós saberemos se ela é virgem, mas que fique claro que as leis de Basã são muito claras, alguém que mente diante do templo é levado à morte!
– Sim, senhora, tenho conhecimento e eu garanto que minha filha nunca foi descabaçada, eu mesmo me garanti disso.
O pai de Damarina recebeu um saquinho contendo muitas moedas de bronze e foi aconselhado a acender um incenso para os deuses que o recompensariam por aquele sacrifício, muita riqueza estava destinada aquele homem! O que aconteceu com Damarina? Os guardas a levaram para dentro e guiados pela sacerdotisa entraram num quarto com cheiro de alfazema, onde outras sacerdotisas a receberam com toda a frieza e crueldade possível diante do seu pranto e desespero para o que lhe ia ocorrer.

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3 Comentários

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  • Responder Anônimo ID:gqblcepm0

    Continua

  • Responder A ID:8d5qf7lxic

    Continua achei top

  • Responder Anônimo ID:19f67ygzptvt

    esperando a continuação