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A nova realidade que mudou o mundo – parte 53: Férias infernal – aclimatação

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Férias infernal

(Nesse capítulo, vamos continuar com o festival, já que a história está acabando, e deve ter mais um ou dois capítulos no máximo. Então vamos mostrar as escravas que foram levadas das casas onde moram, para viver como as escravas menos sortudas, na vida pública.)

Quando os vários caminhões carregados de escravas brancas, jovens, e belas, todas assustadas e amedrontadas, perdidas, sem saber para onde estavam indo, pois geralmente os donos não se importam em informar para uma escrava o seu destino, foram adentrando a área rural, o grupo de escravas que haviam sido trocadas de forma momentânea, para passar uma semana nas mãos do estado, vivendo o que uma escrava pública viveria. Uma verdadeira féria infernal.
Ao perceber que os caminhões estavam parando, já com o calor das caçambas metálicas causando muito suor, as escravas se entreolhavam em silêncio, pois sabiam que algo ruim estava para acontecer. A maioria jovens escravas, garotas brancas, que nasceram na escravidão, e viveram a vida toda em uma casa, junto de seus donos, servindo aos seus prazeres mais obscuros. Tirando uma ou outra com dono mais sádico, a maioria tinha um local para dormir, comida, mesmo que em pouca quantidade ou variedade, e podiam sentir prazer em fazer sexo, ou chupar seus donos. Coisas que uma escrava pública não estava acostumada. E ao chegarem, quando a porta traseira daquelas caçambas se abriu, viram que estavam em um local ermo, rural, sem o barulho da cidade, e a frente delas, apenas dois galpões, barracões sem janela, com paredes de lajota sem reboco, e um telhado metálico, de zinco, baixo para os padrões urbanos.
Era perto das quatro da tarde, o calor estava forte, e a grama alta causava coceira nas pernas das escravas desacostumadas com a natureza. A terra quente queimava os pés descalços, e o Sol ardia nas costas e nos ombros. E o cheiro de suor tomava o lugar. Todas estavam com sede, e praticamente nenhuma tinha almoçado antes de ser buscada. Um verdadeiro mar de seios ao relento.
Várias filas foram formadas, e uma a uma, elas foram amordaçadas, algumas filas com mordaças aranha, com argolas e ganchos, outras com mordaças que imitavam um pênis dentro da boca, e outras com mordaças feitas de bola de sinuca. Depois todas foram amarradas pelos pulsos, presas por fitas hellermans, dessas conhecidas como enforca gato, que apertava a pele, e não tinha como estourar ou se soltar sem a ajuda de alguém. Do mesmo jeito que foi feito com as mordaças, não tinha um critério nas amarras, ficando algumas com as mãos para frente, outras com as mãos para trás, algumas com as mãos para trás e torcidas na altura das costas, e algumas menos sortudas, uma mão passava por trás de seu corpo, a outra pela frente, pelo meio das pernas, deixando-as penduradas em suas próprias mãos. Era uma cena caótica, pois elas não conseguiam ficar em linha. E para finalizar, todas ganharam pesos nos pés, que impedia elas de tentarem fugir.
Terminada a preparação, o Sol já estava baixo no horizonte, os mosquitos começavam a incomodar muito, principalmente para quem não podia usar as mãos para espantá-los, e nesse momento, a primeira fila foi levada para dentro do galpão, seguida pela segunda fila, terceira e assim por diante. Quando passavam pela estreita e única porta daquele lugar, era como se as escravas inexperientes com aquela situação, saíssem da vida para entrar no inferno. O lugar estava escuro, pois o Sol da tarde batia na parede contrária a porta, e já na entrada, uma viga de concreto de uns vinte centímetros servia de anteparado, uma barricada, uma soleira elevada. Esse degrau obrigava as escravas a levantarem o peso extra na perna, que faziam com sacrifício. E já no primeiro toque da sola dos pés no piso do galpão, era como se elas pisassem em uma gosma, que escorria por entre os dedos, causando asco nas garotas, que não conseguiam ver onde elas estavam pisando. O cheiro era podre, azedo e muito asqueroso. O som de ratos caminhando pelo telhado assustava, e os guardas as empurravam para dentro.
Depois de alguns minutos, todas estavam dentro daquelas paredes, e o local ficou apertado, elas não podiam se mexer, pois estavam muito apertadas, e cada escrava, em pé, tocava em várias outras, não tendo espaços vazios. Quando a porta se fechou, o breu tomou conta do lugar, e nada poderia ser visto. Apenas sentiam os corpos das suas companheiras tocando o seu, e algo que se mexia as vezes nos pés delas. O calor era insalubre, e sufocante, e naquele fim de tarde, já sem o Sol a pino, mas refletindo o calor acumulado o dia toda, deveria estar perto de uns quarenta graus, mas com uma sensação de que estavam dentro de um forno. O cheiro nojento, horrível, incomodava o nariz, e se misturava com o suor das escravas. A sede castigava, e muitas estavam famintas.
A noite veio como um véu, e com ela, o calor foi diminuindo, e mesmo que elas não tinham como saber se era dia ou noite, as novas hóspedes sabiam pela temperatura, que deveria ser de madrugada.
O breu silencioso, fúnebre daquele lugar, foi interrompido de forma abrupta, em plena madrugada, apenas para tornar a experiência das escravas ainda mais dramática. Pois as lâmpadas se acenderam sem nenhum aviso, apenas para que aqueles olhos dilatados, pudessem ver o quanto o lugar estava abarrotado de jovens, e puderam olhar para baixo, e ver que estavam pisando em restos de comida, sabe-se lá há quanto tempo estava apodrecida naquele lugar, tinham fezes, que deveriam ser das antigas moradoras, que agora estavam em algum outro lugar, e entre essa sujeira toda, moscas, larvas, restos de bichos, formando uma sopa nojenta. Depois de uns três minutos, as luzes voltaram a se apagar, mas não antes que algumas escravas vissem um sujo recipiente, um cocho, com água suja, que serviria para matar a sede das escravas. Mas tirando as sortudas que tinham mordaças aranha, que eram argolas que deixavam a língua e a boca aberta, as outras tinham anteparos na boca que impediam beber água. Além de fazer com que as escravas babassem bastante.
E assim elas ficaram por dois longos dias, fora a noite em que chegaram. Famintas, com sede, imundas e com nojo da sujeira, cansadas, elas acabavam por caírem sentadas naquela sopa imunda do chão, e quando não aguentavam mais segurar, foi ali que fizeram suas necessidades, deixando tudo ainda mais sujo.
Mas ao amanhecer do terceiro dia, a porta voltou a abrir, e guardas gritaram para que elas saíssem do galpão. E já na saída, cada escrava ao passar pela porta, recebiam jatos de mangueira, para limpá-las, e foram levadas ao gramado alto aonde chegaram dias antes. Em seguida todas tiveram suas mordaças retiradas, e cada uma delas ganhou um pote de comida. Uma mistura gosmenta, com cheiro forte, sem gosto, que dava pra ver que tinha arroz e feijão e alguns legumes, que nadavam em um creme esverdeado, azedo, que descia com muito sacrifício, só sendo engolida por causa da fome insuportável que estavam. Muitas tinham ânsias, outras tinham arrepios, mas todas comeram, não por prazer, mas pela condição que seus corpos estavam pela necessidade e fome.
Após o desjejum, começaria a verdadeira aventura no trabalho forçado. Mas isso vamos falar no próximo capítulo.

(Caso tenha algum tema dentro do enredo, ou curiosidade que queiram, aproveitem para pedir, pois logo devo finalizar tudo.)

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8 Comentários

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  • Responder Arrombado e alejado ID:46kphpc1d9a

    Deve ser maravilhoso torturar elas nesses lugares

  • Responder Urea ID:1dai7a7b0k

    Gostaria de mais cavalos fudendo essas putas

  • Responder Jairme despertador de cu ID:46kphpcdv99

    Só de pensar no calor, no fedor e no quanto elas suam dentro desse lugar. Deve ter um cheiro de buceta podre. Adorei muito

  • Responder Sandrinha ID:5ribdj849i

    As macacas vão passar por maldades?

  • Responder Kelly ID:1eesjmlb5lnx

    As brancas tendo vida de preta por um tempo. Adorei. Mas fala o que vai acontecer com as pretas nesse festival

  • Responder Janaína ID:1eoi2iqus2j0

    Pelas condições delas, dá até chamar de professoras do ensino fundamental

  • Responder Toba pelado ID:46kphpc1d9a

    O trabalho é importante, né. Bom sentir na pele o que acontece.

  • Responder Luka ID:46kphpcdv99

    Como são os hospitais nesse mundo?