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Tô Com Muita Pena do Arthur

1393 palavras | 4 |4.05
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Eu e Arthur somos namoradinhos desde criança. E dois anos atrás começamos a namorar de verdade. Eu amo demais ele. E ele não merecia o que fiz.

Oi. Meu nome é Sara. Tenho quinze anos. Vou contar aqui o que aconteceu que me faz perder o sono todas as noites e chorar muito.
Eu e meu namorado Arthur estamos um tempinho já namorando um pouquinho mais ousado. A gente só não tinha mesmo era penetração. Mas eu pegava fogo com a boca dele me engolindo viva por baixo. Eu precisava de muita força mesmo para não dar de uma vez pra ele. Mas a gente queria que nossa primeira vez de verdade fosse especial, na noite de núpcias. Por isso a gente se segurava um ao outro. E assim tem sido nós últimos tempos. Só que Domingo passado eu fiz uma burrada sem perdão. Não sei onde estava com a cabeça. Como eu pude ter sido tão barata e sem valor? Arthur estava pra vim aqui em casa me buscar pra gente ir no shopping, como quase todo Domingo. Mas ele de última hora disse que não ia mais vim, porque tinha quebrado um cano na cozinha e ele e seu Cláudio, meu sogro, ficaram de concertar. Eu estava pronta pra gente sair e não queria ficar em casa. Então chamei minha prima Lexia pra ir comigo. Mas ela ia sair com o novo ficante dela. Então decidi ir sozinha e chamei um Uber. E eu nunca tinha visto um garoto tão lindo. Não tinha reparado na foto dele no app. Acho que fui pega desprevenida. Foi meio assim, um impacto. Não, puta que pariu, ele era gato demais e tinha umas pernas que eu até perdi o ar. E aquele perfume! Ele puxou assunto e eu estava evitando falar porque estava muito nervosa e me sentindo incomodada com aquele calor que estava subindo com as coxas dele bem na minha frente. Por que tinha que estar de bermuda? Eu queria não olhar. Mas não conseguia. Eu não queria mais continuar ali. Então pedi pra me deixar ali mesmo no BK. Ele parou o carro e saiu, vindo abrir a minha porta. Quando eu me levantei e sai do carro, ele estava de frente pra mim. Muito perto. Eu fiquei sem ar e sem pernas. Então ele me entregou um cartão, dizendo que se precisasse podia ligar que faria o mesmo preço do aplicativo. Eu agradeci e segurei o cartão. Mas só queria sair logo de perto daquela coisa. Nossa! Nunca tinha ficado daquele jeito. Sai bem depressa e entrei no BK. Era só pra fugir dele mesmo. Ia chamar outro Uber. Mas ele entrou e foi no banheiro. Eu sentei bem nos canto e fingi que estava vendo no celular o que ia comer. Quando ele entrou no banheiro, eu aproveitei e me levantei pra sair dali. Só que sempre tem uma coisa quando a gente não precisa né. Uma amiga da escola me viu e me chamou. Foi o tempo de ir até ela e lá veio ele passando por mim. A Bruna quase infartou com ele, que passou me cumprimentando com os olhos. Ela comentou o quanto era um gato dos infernos. E perguntou se eu conhecia. Eu disse que era o Uber que me trouxe. Ela olhou desconfiada pra mim e perguntou se eu não ia comer nada, já que só entrei e já ia embora. Lá estava eu já enrascada sem culpa nenhuma. Então a Bruna insinuou que eu estava bem na situação e perguntou sobre o Arthur. Quando eu olho, o diabo está na fila me olhando com aqueles olhos lindos. A Bruna, nem esperou a minha resposta e meio que tirando conclusões, disse que nem meu viu e eu podia ficar tranquila. Aquela cara dela! Eu estava furiosa com tudo aquilo. Então me despedi dela e fui embora, aproveitando que ele estava na fila. Do lado de fora eu respirei fundo e pensei no óbvio, que a fama de estar traindo meu namorado com aquele gato dos infernos ia virar a fofoca da semana. E não ia importar a verdade. Tudo levava a crer que eu estava escondendo algo. E estava mesmo. Estava me escondendo daquela praga. E pra piorar, quase tive uma coisa quando ouviu a voz dele atrás de mim. Olhei pra mãos dele, apenas a chave do carro. Me perguntou se estava tudo bem. Eu olhei e lá estava a Bruna fazendo sinal de “vai que teu” pra mim, com sorriso de canto a canto. Deus dos infernos! Eu disse que estava bem. Mas eu estava com minhas pernas tremendo. E como tudo dava a entender que eu estava mesmo aprontando, comecei a pensar. Caraca! Levar fama sem culpa? Com certeza na cabeça da Bruna eu estava aprontando. E ela ia espalhar pra todo mundo. Fiquei meio aérea por um tempo. Quando voltei em mim, ele estava me perguntando se eu estava bem e se queria que me levasse de volta pra casa ou para algum outro lugar. Eu olhei para aquele corpo perfeito dele tão perto de mim e só balancei a cabeça. Não consegui falar. Então, disse “tá, me leva pra casa”. Então fui com ele de volta para o carro dele. No fundo eu sabia que tinha que fugir dele e de maneira nenhuma entrar de novo no carro dele. Aquilo seria encrenca das grandes. Eu sentia como se estivesse com febre. Faltava ar, pernas e aquele perfume dele estava me deixando maluca. Entrei no carro dele. E ela virou pra mim, com aquela cara dos infernos e perguntou se era pra me levar para casa. Mas ele deu entender que era para a casa dele. Eu disse, não. Disse que era pra levar para a minha casa. Deu ênfase ao minha. Ele deu um sorriso e disse que era o que tinha perguntado. Então começou a dirigir. Eu não estava prestando atenção no caminho. Mas não era o caminho que deveria fazer. Então eles foi entrando no estacionamento debaixo do viaduto. E parou. Eu perguntei o porque de postar ali. Ele chegou o banco dele pra trás e virou totalmente pra mim e Eu pensei em gritar. Ele disse pra eu relaxar, que eu estava muito tensa e que sabia o que estava provocando toda aquela tensão. E disse que tinha o remédio ideal para me curar. Eu disse pra ele parar com aquela conversa e que só queria ir embora. Mas eles veio se aproximando. Eu fiquei sem ação. O rosto dele tão perto. E eu trêmula daquele jeito. A mão quente dele no meu rosto. E aquela boca falando que eu não ouvia mais nada… Eu apenas fechei os olhos. Duas horas depois, quando ele me deixou na porta da minha casa, eu estava sem chão, sem pernas e sem a minha virgindade. Mas eu não senti raiva nem dele nem de mim. Era como se ele tivesse mesmo me curado. Eu estava acesa. Radiante. Mas ao mesmo tempo me sentindo meio dormente. O nome dele é Ângelo. As coisas que ele fez comigo naquele carro, ainda estavam pulsando na minha cabeça. Cada cena. Cada sensação. Ele não poupou nada de mim. Me tomou totalmente pra ele. Me fez mulher completa. E eu gostei. Eu gozei com vontade. E que orgasmo! Quando peguei meu celular no dia seguinte, tinha duas amigas perguntando sobre as novidades. A língua de tamanduá é foda! A ficha só foi cair de verdade na terça, quando o Arthur me beijou. Eu não sou a mesma. O Ângelo mexeu comigo. Não tem um dia que eu não penso em lugar pra ele. Não dei meu número. Que bom que não. Mas eu estou morrendo de pena do Arthur. Não sei como contar pra ele que não sou mais a menininha dele. E que não consigo continuar numa boa com ele depois do Ângelo. Ele é cinco anos mais velho que eu. Não é muito! De repente não era mesmo pra ficar com o Arthur. Amanhã eu vou terminar com ele. Não vou falar do Ângelo. Mas isso acaba amanhã.

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4 Comentários

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  • Responder Kayden kross ID:gnruj2dv2

    Faltou sexo ne, parece algo mais como os devaneios de virgem do que um conto d2 traição propriamente dito.

  • Responder Observador ID:1e9d6k06ucrb

    Vai acabar com o namorado por causa do comedor…
    Otario é o cara que ainda assume algo serio hj em dia

  • Responder Filho ID:funxtr6ij

    Piranha

  • Responder Lucas ID:g3ipy92zi

    Gozar e bom demais…podemos conversar???..lucasantonio.46 a outlook.com