Linhas Cruzadas – Parte 10 Se sentindo Blasé

Dois meninos pré adolescentes com realidades opostas tem suas vidas cruzadas durante um dilema familiar, no que será que isso vai dar?

Acompanhe a série de contos na ordem cronológica 👉🏼👉🏼👉🏼👉🏼 /autor/netx/

… Saímos caminhando apressados
-Francisco precisamos conversar, falei
-Relaxa amanhã conversamos com calma, ele respondeu
Entramos no carro em silêncio e assim permanecemos até chegar em casa.
Enquanto entrávamos no prédio Fabinho estava aflito.
-Será que ele vai falar pra alguém?
-Não vai…
– Tivemos sorte que foi ele, conheço bem o Francisco, o considero como um irmão. Não te preocupa, amanhã vou conversar com ele e vai ficar tudo bem.
Eu estava aflito não pela situação com o Francisco, mas por ter sido tão inconsequente, o risco que eu havia nos colocado, que bobeira! Se fosse outro que não o Francisco a esta hora estaria com um problema delicado. Até mesmo se fosse o Igão pelo que conheço não ia ficar de boa, por mais que seja um amigo que eu goste e tenha intimidade ele é um tanto preconceituoso.
Dos meus amigos o Francisco é o mais tranquilo e mente aberta, ele e a Nat possuem uma cabeça acima da média.
Entramos em silêncio no elevador, chegamos e fomos em direção aos quartos, entramos no meu quarto demos um beijo de boa noite.
-Fica tranquilo vai ficar tudo bem. disse o acalmando
Deitei chateado comigo , não me conformo com a bobeira que dei…

Bom dia caros leitores, acordei ainda chateado, nem consegui tomar café direito.
Já estou na escola, cheguei e a Nat já estava na sua cadeira, estávamos conversando quando o Francisco chegou e me deu um tapinha no ombro. Estava próximo de começar a aula e não nos falamos.
As primeiras aulas não acabavam nunca. Quando tocou o sinal, fui em direção ao Francisco, fomos na cantina peguei uma cajuína e nos sentamos em um lugar no cantinho do pátio.
Comecei contar pra ele como tudo aconteceu, ele não falava nada só me ouvia com atenção.
-Cara e com tudo isso meu sentimento pela Nat não mudou um milímetro… continuei explicando.
-Você vai contar pra ela? me indagou Francisco
-Se não fosse nossos sentimentos eu até me abriria com ela. Vocês dois são diferenciados . O fato é que aconteceu repentinamente e muito rápido, além disso daqui a pouco o Fabinho vai embora e não sei no que vai dar. Nem eu consegui entender direito o que tá acontecendo entre a gente, quando me dei conta me ví apaixonado e pra piorar o tesão falou mais alto.
– Pera aí, vocês…? perguntou me olhando o Francisco
-Uhum, aconteceu numa tarde que ficamos sozinhos em casa.
– Minha nossa, é uma história emocionante mas eu não queria estar na tua pele, que situação!
– Pois é.
– Desculpa pela minha reação ontem, fiquei tão surpreso que me choquei.
-Até eu ando me chocando… nunca pensei em me apaixonar por um menino. Pior ficar dividido entre o que sinto por ele e pela Nat. Foi muito aflitivo quando me dei conta do que estava sentindo, ainda é mas tento não pensar, só tô deixando rolar.
-Imagino, você sabe que pode contar comigo né?
-Eu sei, e tá sendo um alívio me abrir.
Nisso o sinal tocou, fomos conversando a caminho da sala 🚶‍♂️🚶
– Eu estou chateado com minha inconsequência, se fosse outra pessoa que tivesse visto, olha o problema que estaria agora…
-Vocês precisam se cuidar . emendou Francisco
As duas últimas aulas passaram rápido e eu nem consegui me concentrar em nada, o sinal tocou dei um beijo na testa da Nat e fui em direção a portaria…
Chegando em casa fui a procura de Fabinho que estava junto com seu Osmar na copa.
Chamei ele pra irmos no meu quarto.
– Como foi? me indagou curioso
-Foi tudo bem, eu não esperava nada de diferente do Francisco, como te falei além de tê-lo como um irmão ele tem uma cabeça diferenciada.
-Ainda bem. disse Fabinho aliviado enquanto se aproximava de mim . Me deu um abraço apertado e voltou pra copa.
Fui tomar meu banho e almoçar, mamãe veio almoçar em casa hoje e ficou. Passou a tarde analisando processos no escritório em casa, eu e Fabinho seguimos nossas rotinas e em um momento que eu estava ajudando ele numa tarefa mamãe foi até nós, nos observou fez um carinho nas nossas cabeças e saiu.
Logo anoiteceu, eu continuo chateado comigo porém sereno.
Papai chegou e jantamos todos juntos, eu e Fabinho fomos assistir nossa série ele ficou com sono no meio e foi dormir. Ainda permanecí um tempo assistindo e vim deitar.
Estou aqui escrevendo, cá com meus pensamentos, amanhã já é sexta o tempo tá passando rápido demais!
Vou tentar dormir, boa noite caros leitores.

Novamente sextou, mas não estou tão animado, tô me sentindo estranho desde quarta a noite, e embora esteja evitando pensar tá cada vez mais perto de Fabinho ir embora. Mais uma semana terminando e a próxima será sua última aqui.
Melhor levantar e tomar uma ducha pra tentar me animar…
– Filho
-Tô no banho mãe , já tô indo
Dei de cara com Fabinho e seu Osmar no corredor, nos cumprimentamos tomamos café e segui pra escola.
Primeira aula matemática, depois aula com a Madá e nem isso me animou, o que estou sentindo não é exatamente uma tristeza, eu diria que estou me sentindo blasé, acho que é uma boa definição.
Chegou o intervalo, estou sentado conversando com a Nat e a Juliana.
-O que você tem, parece triste. indagou a Nat
– Sei lá tô meio borocochô, não é bem uma tristeza, acho que tô blasé
– Até nisso vocês são chiques, não ficam tristes ficam blasé… acho tão chique essa palavra disse a Juju, eu e a Nat rimos.
– Só você mesmo pra me fazer rir hoje , respondi
O Francisco chegou e se juntou a nós. Pouco depois o sinal tocou.
As duas últimas aulas se arrastavam, eu só queria ir pra casa dar um abraço em Fabinho e ficar quieto no meu quarto.
O sinal tocou , dei um selinho na Nat, Francisco passou por mim e nos demos tapinhas no ombro.
– Precisar me liga, disse o Francisco
– Pode deixar, valeu.
Cara tenho muita sorte de ter um amigo como ele.
Papai estava a minha espera, e fomos a caminho de casa.
– Tá quieto filho, comentou papai
– Uhum, acordei meio blasé hoje, mas tá tudo bem
Meu pai fez um movimento com a cabeça a inclinando pra um lado e pro outro e deu um risinho.
Quando chegamos em casa seu Osmar e Fabinho estavam na sala íntima assistindo o noticiário, seu Osmar estava tomando um chá de boldo. é bom pra tirar a agonia do fígado disse …
Fabinho me seguiu até meu quarto, encostei a porta nos beijamos e demos um abraço apertado.
Depois do almoço deitei um pouco e simplesmente apaguei, adormeci. Sentí algo no meu rosto, ao abrir os olhos dei de cara com Fabinho sentado na cama me olhando passando a mão no meu rosto.
-oi, falei sonolento
-Cidinha pediu pra te chamar pra comer alguma coisa
-Caramba que horas são.
– Quatro horas.
Me levantei e fomos pra copa. Depois fui fazer minhas atividades e quando dei por sí já tinha anoitecido, estava escrevendo quando papai abriu a porta e perguntou se eu estava bem.
– Tô sim pai, acabando de fazer uns deveres pra ficar logo livre no find.
– Por falar em find vamos dar uma volta de barco pelo rio amanhã a tarde? Quero levar o Osmar pra ver o encontro do Poty e do Parnaíba.
– Boa idéia, certeza que ele vai gostar.
Pra quem não conhece ou não sabe, Teresina é cortada por dois grandes rios, Poty que se encontra com o Parnaíba bem no centro da cidade, este por sua vez segue até o mar , a região do delta do Parnaíba onde o rio se encontra com o mar é um lugar ainda pouco explorado e de beleza ímpar.
Pouco tempo depois mamãe chegou e fomos jantar, eu e Fabinho iniciamos oficialmente nosso find jogando uma partida de Fifa e depois nos atracamos em uma bacia de pipoca enquanto assistíamos nossa série.
Estou me sentindo mais animado, e sem sono, Fabinho foi deitar, já são quase meia-noite.
Coloquei o fone e fiquei quieto ouvindo música, quase duas da manhã e o sono não vem. Vou para de mexer no telefone, até daqui a pouco.

Sabadou, levantei e estou á mesa tomando café, pra variar fui o último a acordar.
Quando terminei fiquei com Fabinho e seu Osmar na varanda. Papai e mamãe foram dar sua caminhada matinal de sábado. Quando voltaram papai deu a ideia de comermos um bom peixe na brasa. Nos arrumamos depois partimos pra um restaurante de peixes muito bom.
Em seguida fomos dar uma volta em um parque que fica em frente, apesar do calor estava agradável a sombra das árvores. Depois seguimos pra um ponto de onde partem barcos que fazem passeios pelos rios, o céu estava azul e ficamos passeando observando a paisagem até o pôr do sol que assistimos bem no ponto do encontro dos dois rios onde tem uma ilhota,seu Osmar estava maravilhado.
Um sábado e um pôr do sol memoráveis.
Seguimos pra casa e papai se animou em preparar um risoto de camarão pro jantar, ficou delicioso. Pra encerrar o dia novamente eu e Fabinho fomos assistir nossa série e amanhã tia Carina vai vir almoçar aqui em casa com o marido e minhas primas.
Já estava ficando tarde, meus pais e seu Osmar já haviam se recolhido Fabinho estava morrendo de sono quase dormindo no sofá.
-Psiu
– Hum?
-Vamos, você tá quase dormindo aí
Nos levantamos o puxei pro meu quarto e nos beijamos, ah como eu queria passar a noite agarradinho com ele…
Infelizmente não é possível, ele seguiu pro seu quarto e eu fui deitar cheio de tesão. Ainda batí uma punheta pra relaxar, gozei e adormeci.

Bom dia Domingo, hoje acordei animado.
Mamãe e papai já estavam na cozinha preparando o almoço pra receber tia Carina , Abraão e minhas primas Carla e Rafaela.
Mamãe estava preparando uma carne de panela no vinho tinto que o cheiro estava inexplicável…
Seu Osmar tomou seus remédios e voltou pro quarto.
Chamei Fabinho pro meu quarto tranquei a porta e nos beijamos segurei seu pinto por cima do short e ele o meu, fui deslizando minha mão pra dentro do seu short, como eu o queria! Baixei o short e me ajoelhei colocando-o na boca , sugava lentamente, Fabinho estava começando a ficar com a respiração pesada
– Filho vou me arrumar, daqui a pouco estão chegando.
disse minha mãe no corredor, o que fez com que a gente levasse um tremendo susto. Fabinho levantou o short desesperado eu ajeitei o pinto rápido tentando disfarçar minha ereção dentro do short enquanto respondia
– Tá bom mãe
Nos olhamos assustados girei a chave destrancando a porta e abri, mamãe já havia entrado no quarto dela, ufa!
Passado uns minutos e chegaram. Tia Carina nos trouxe a prova de um livro que ela vai lançar com as fotos dos seus principais projetos, uma coisa linda.
Papai e Abraão ficaram conversando na varanda tomando um uísque seu Osmar chegou e se juntou a eles, o tempo estava virando, longe podia se ver nuvens carregadas vindo .
– Vai desabar um toró daqueles disse seu, Osmar
– É bom que baixa um pouco esse calorão, emendou Abraão.
– Ainda bem que fomos ontem e aproveitamos aquele pôr do sol lindo, fizemos um passeio… papai contava animado sobre ontem.
Eu e Fabinho ficamos conversando com a Rafa , e não é que a danadinha ficou toda coisada pro lado dele haha.
A Carla sentou no sofá e comecei puxar assunto sobre os preparativos dela pro vestibular.
Logo mamãe e tia Carina nos chamaram á mesa e fomos todos almoçar.
O tempo passou rápido, estávamos rindo e conversando depois do almoço, ouvimos os vidros da varanda tremer , começou trovejar forte, vários trovões seguidos o céu escureceu e desabou um temporal diluviano, os raios faziam o céu piscar. Seu Osmar e Fabinho observavam o temporal encantados.
– Alegria do sertanejo é ver um aguaceiro desse, me lembro de meu pai quando o céu nublava corria com a enchada pra preparar a terra… começou papai a contar animado os causos de sua infância.
– Queira Deus que um pouquinho dessa chuva chegue por lá, dizia seu Osmar.
A tarde foi passando já eram quase dezessete horas quando foram embora, ainda chovia porém fraco. O tempo estava bem agradável, pode-se dizer até que frio pra os padrões Teresinense.
Seu Osmar se recolheu pra um cochilo. Mamãe e papai ficaram um tempo arrumando umas coisas na cozinha e logo foram pro quarto também.
Olhei pra Fabinho ele me entendeu só pelo olhar.
Fomos pro meu quarto continuar o que havíamos começado mais cedo.
Porta devidamente trancada, tive o cuidado de ligar o notebook e deixar um jogo aberto , ficava tocando a musiquinha do jogo na página de início, um bom artifício pra disfarçar hehe.
Fomos pro banheiro nos beijamos, as mãos bobas bolinando os pintos, baixei seu short e beijei seu pinto, dei uma lambidinha na glande o que o fez soltar um gemido.
Ele pediu pra fazer em mim, botou a boca e começou a sugar vigorosamente, caramba meu tesão ia ao pico quando ele fazia isso.
Voltamos a nos beijar enquanto batíamos mutuamente, fomos ficando ofegantes senti um jatinho quente espirrar do seu pinto no meu pulso. Ele aumentou o ritmo no meu nossas línguas grudadas e em fim eu gozei em sua mão.
Lavamos as mãos, levantamos os shorts,destrancamos a porta e ficamos sentados na cama, envolvi a mão em seu ombro.
– O que a gente vai fazer com isso quando você for embora?
-Eu não sei, só não quero te perder
– Não vai
Ficamos alí um tempo depois fomos pra sala.
A noite meus pais e seu Osmar apareceram e jantamos o que tinha sobrado do almoço, ficamos na sala vendo Fantástico, já passavam das vinte e três horas e nos recolhemos todos.
Assim terminou mais uma semana, na próxima sexta seu Osmar vai fazer sua última sessão de hemodiálise.
Eu não quero pensar como vai ser mas tá ficando cada vez mais difícil.
Boa noite melhor tentar dormir.💤

Continua…

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