# #

Novos Anjos Parte 11

4838 palavras | 9 |4.58
Por

Finalmente chegamos em casa, Arthur já conhecia o lugar mas Flávio ainda não. A pequena viagem do caminho foi suficiente pra acabar com todo o efeito dos salgadinhos e eu pessoalmente estava terrivelmente faminto, deve ser coisas da tal fase de crescimento. Minha tia estava ficando em casa pelas manhãs para dar instruções para a Dona Roseane, a senhora que começou a trabalhar lá em casa mas eu tinha certeza que logo ela voltaria a trabalhar o dia inteiro.

Nossa, seu condominio é muito grande- falou Flávio meio espantado.
Foi sorte a gente conseguir uma casa aqui- respondi- a minha tia que ajudou pra caramba. No fim de semana que vem você vai conhecer ela.
Vou? O que vai ter fim de semana que vem?
Aniversario de meu primo, eu convidei o Arthur, eu ia te chamar tambem depois de apresentar ele pra você.
Ih, mas é aniversário dele, ele não vai se incomodar de ficar chamando os seus amigos não?
Não se preocupa- falou Arthur antes de mim- cara o primo dele é muito gente boa, toda família do Paulo é.
Deixa de ser bobo Arthur- falei- assim eu fico envergonhado.
Pensei que você fosse um sem vergonha- gargalhou Flávio.
Muito engraçado Flávio, quer que eu conte pro Paulo daquele dia que voltamos da educação física?
Que dia? Perguntou desconfiado.
Naquele dia que você demorou porque foi tomar banho.
Nãoooo- pelo amor de Deus, que vergonha- cobriu o rosto.
Ei, todo mundo é amigo aqui- chamou atenção Arthur, vão ficar de segredinho?
Claro que não- disse Flávio- mas é vergonhoso.
Tem vergonha de uma punhetinha Flávio? Quantos anos você tem mesmo? Ri muito dele que ficou vermelho.
Ahhhh, Flávio, você fazendo isso no banheiro da escola?- Arthur segurou o riso.
Ah para, eu fico meio com vergonha sabia?
Não precisa ter Flávio, até parece que todo mundo da nossa idade não faz isso né?
Sério? Vocês também? Indagou Flávio.
Meu Deus que menino inocente- apontei pra ele- todo santo dia né?
Seus punheteiros safados- caçoou Arthur.
Falou o santinho né? Flávio deu um tapinha nas costas de Arthur.
Tá bom, tá bom, todo dia antes de ir pra escola, só assim eu acordo de verdade.

Esse caminho entre o portão de entrada até a minha casa tá demorando bastante, essa conversa me deixou meio desnorteado, agora com certeza vou passar o dia inteiro imaginando como deve ser o Arthur todo dia antes de ir pra escola com sua punhetinha maravilhosa, comecei a sentir que o meu pau estava querendo ficar duro, pra minha sorte chegamos na porta de casa.

Deixamos nossos sapatos do lado de fora e entramos, como sempre quando chego em casa parece que não tem ninguém, mas provavelmente devem estar todos na cozinha, que fica um pouco mais pra dentro de casa. Resolvi pedir pra subirmos primeiro até meu quarto mas no caminho encontrei meus tios descendo pela escada.

Boa tarde meninos- disse minha tia com um sorriso.
Chegamos agora tia- dei um beijo em sua mão e do meu tio- Esse aqui é o meu amigo Flávio, o Arthur vocês já conhecem.
Seja bem vindo Flávio- falou meu tio lhe estendendo a mão- fique a vontade tudo bem?
Você é o filho da coordenadora não é querido? Perguntou minha tia, conversamos naquele dia no hospital.
Sim senhora- respondeu Flávio visivelmente encabulado.
Pode ficar a vontade querido, aqui todos amigos são bem vindos, sinta-se em casa. Paulo eu e seu tio vamos sair agora voltar ao trabalho, mas vamos sair mais cedo pois o seu avô vem aqui mais tarde.
O vovô tá vindo- abri um largo sorriso- Que horas que ele chega?
Não sei exatamente, depende do horário que ele se desocupar- respondeu- Vamos sair para jantar com ele a noite.
Ah, eu queria muito que ele viesse cedo pra conhecer os meninos- falei empolgado- caras o vovô é o velhinho mais legal do mundo.
Vamos ver, mas agora precisamos ir- fiquem a vontade meninos, um beijo meu Anjo.
Até mais meninos- acenou meu tio- não façam muita bagunça.

Após as despedidas lavamos as mãos e fomos até a cozinha, meus primos estavam à mesa já almoçando, sempre fomos acostumados a almoçar na mesa. Apresentei Flávio para meus primos e foi aquela festa de risadas pra um lado e Flávio morrendo de vergonha pro outro, ao menos eu já sabia que o significado disso é que também se dariam bem. Quando eu contei que nossa reunião era um grupo de estudos meus primos caíram na gargalhada, obviamente ninguém vai acreditar que 3 pré adolescentes se juntam pra estudar, mas tudo bem, eu vou tentar com o máximo de minhas forças. O Luca como adora me encher a paciência logo veio dizer que estavámos montando um clube da punheta, ai esse assunto de novo eu realmente não sei quanto tempo vou aguentar mas pelo menos depois de meia hora o Flávio já estava bem mais à vontade, nem precisei falar do aniversário pro Luca, ele mesmo convidou o Flávio para vir.

Ei Flávio- ele disse- fim de semana que vem vai ser meu aniversário, nada demais só uma festinha simples que a minha mãe insiste em sempre fazer, você vem né?
Poxa, obrigado- respondeu meio acanhado- eu fico meio sem jeito, afinal acabamos de nos conhecer, mas obrigado mesmo.
Que nada cara, somos assim mesmo, olha, nos EUA era bem dificil fazer amigos sabe?
Ah, o Paulo me contou, vocês moraram vários anos lá né? Por isso que o Inglês dele é tão bom.
E só o Inglês- caçoou Filipe soltando gargalhadas de todos.
Muito engraçado né? Dei um beliscão fraco de brincadeira nele.

No meio de toda conversa acabamos limpando os pratos duas vezes, nem parece que lanchamos antes de sair da escola, modestia a parte minha tia cozinha muito bem, e com certeza esses dias todos que ficou pela manhã em casa foi para ensinar a Dona Roseane a fazer igual.

Ei pessoal que tal a gente continuar o papo lá na piscina? Chamou Luca- hoje não tem tarefas e ninguém vai sair né?
A tia Julia disse que o vovô vem daqui a pouco- falei. Tomara que ele venha cedo, quero apresentar meus amigos pra ele.
Vamos subindo então- chamei Arthur e Flávio- eu empresto umas roupas de banho pra vocês.

Entramos no meu quarto e mostrei todos os lugares para o Flávio, apontei uma gaveta onde eu guardava short e algumas sungas dizendo que podiam pegar qualquer uma.

Acho que esse tamanho te serve Arthur- entreguei uma sunga- pega qualquer uma também Flávio.
Sem querer te ofender acho que não estou preparado para vestir uma sunga que já teve o seu pinto dentro. Riu ironicamente.
Que? Deixa de ser besta menino, meu pinto é muito limpo e bem lavado- respondi.
Desculpa, eu não podia perder a piada- disse Flávio.
Ei vocês dois, o piadista do grupo sou eu- reclamou Arthur.
E a gente é o que? Perguntei
Sei lá, criem algum personagem aí pra vocês, haha.
Flávio pode ser o punheteiro- apontei
Você nunca vai esquecer essa história né?
Mas que história é essa hein? Perguntou Arthur, vocês acabaram não contando na outra hora.
Não tem grande história- falei- apenas que esse menino aí do seu lado tava se aliviando no banheiro da escola.
Ah, mas o que tem demais? Disse Arthur- Ele é praticamente dono da escola, pode fazer onde quiser. Nem é um lugar tão estranho assim.
Ah tá, então digam aí qual o lugar mais diferente que vocês já bateram punheta? Perguntou Flávio com voz marota.
Ah, essa eu respondo bem facinho- eu disse- Foi numa viagem que fizemos, foi no banheiro do avião, hahaha.
Seu safado, aposto que ficou de olho em alguma daquelas aeromoças gatas.

Fiquei vermelho de vergonha na hora e não consegui esconder, não foi a aeromoça que me chamou a atenção e sim um garoto lindo que sentou próximo, nesse momento me veio o pensamento, como o Flávio reagiria quando soubesse? Quer dizer, um dia ele ia acabar sabendo né? Ou será que a gente ia conseguir manter em segredo pra sempre? Seria certo manter segredo do nosso amigo? E pior ainda, como ele iria reagir? Ia continuar sendo nosso amigo? Uma enxurrada de pontos de interrogação invadiram a minha cabeça naquele breve instante, pra minha sorte antes mesmo que Flávio pudesse contestar o Luca apareceu na porta.

Ainda não se arrumaram? Vocês tão perdendo, a água tá supergelada, bora logo.

Depois dessa chamada rapidamente nos vestimos e fomos pra piscina, obviamente não consegui deixar de observar o corpo do Arthur só de sunga, ele era magrinho, mas mesmo assim tinha umas curvas tão lindas, e aquele voluminho? Não consegui deixar de notar por um único segundo, Flávio vestiu uma sunga mas acabou pedindo um short também que vestiu por cima, mas tudo bem, meu coração agora tava muito concentrado apenas no meu lindo Arthurzinho.

Nos divertimos, brincamos muito, jogamos água uns nos outros e fizemos muita bagunça na piscina, infelizmente não consegui apresentar meu avô para eles pois ele terminou por chegar naquele dia apenas as 19:00, mas foi um dia muito divertido e alegre, infelizmente a alegria não durou muitos dias, depois de um fim de semana normal e de dois dias de aula até que tranquilas chegou a quarta feira e uma péssima notícia.

Flávio, eu não acredito- falei quase gritando- você não vai na festa de aniversário do meu primo na sexta feira?
Poxa cara, me desculpa de verdade- respondeu triste- eu queria muito ir e que a gente ficasse junto mas é que surgiu esse compromisso de última hora que eu não posso recusar de jeito nenhum.
Tudo bem…eu acho- falei com voz de choro.
Me perdoa, é que eu vou ter que viajar com o meu pai, ele vai vir me pegar na sexta feira logo depois da aula, fazia um tempão que eu não ficava com ele e agora vou passar o final de semana lá na casa dele.
Certo, olha me desculpa, eu tô sendo egoista né? É seu pai, você deve ter muitas saudades dele.
Tudo certo cara, olha, prometo que eu vou compensar, que tal semana que vem a gente ir na minha casa?
Pode ser, esse grupo de estudo precisa começar a estudar né? Falei um pouco menos desanimado- senão vão começar a desconfiar que a gente só brinca.
Mas a gente só brinca né? Riu Flávio.
Olha as notas, hein? Não brinca com isso- falei- ah, o Arthur tá demorando né? 5 minutos pra começar a aula, vou lá fora dar uma olhada.

Nem precisei sair, acabei de falar e o Arthur chegou, e tava com uma cara bem escrota, meu Deus, parecia até que tinha chorado, será que aconteceu alguma coisa ruim de novo? Fiquei 3 segundos quase em pânico até que ele chegou e nos cumprimentou. Bom sinal, da última vez ele nem isso fez, será que é coisa da minha cabeça?

Ei Arthur- chamou Flávio- tudo bem com você? Tá com uma cara de quem não dormiu direito.
Não dormi mesmo, passei a noite toda tossindo, só fui melhorar de manhã, acho que não dormi nem duas horas, se muito.

Ah, então foi uma gripe, fiquei aliviado, quer dizer…ainda era ruim ele estar doente e mesmo assim vir para a escola, mas dos males o menor, pelo menos não foi nada grave.

Tá doendo a garganta? Ofereci uma menta para o Arthur.
Obrigado, tá doendo um pouco sim, vai aliviar… Paulo… eu tenho algo pra te falar…

Pronto, lá vem alguma bomba, tenho certeza e pra melhorar ainda mais a onda de azar a professora entrou na sala naquele momento, o que quer que o Arthur fosse me contar teria que esperar até o intervalo. É inútil perder tempo explicando o quão demorado, entediante e angustiante foram essas 3 primeiras aulas onde os professores apenas massacravam a gente com matéria sem dar tempo nem de olhar para os lados, mas finalmente o intervalo chegou.

Vou lá na cantina pegar um lanche antes que fique muito grande a fila, tão afim de alguma coisa? Perguntou Flávio.
Não, valeu- respondi- a gente se encontra já já no pátio lá perto da quadra, ok?

Me voltei mais preocupado do que nunca para o Arthur que guardava suas coisas na mochila.

Então… falei indo pra perto dele- você ia me falar alguma coisa, tá tudo bem em casa?
Bem… tá sim- ele falou triste.
E por que essa cara? Aconteceu alguma coisa? Você sabe que pode me falar tudo, sempre.
Desculpa Paulo- falou choroso- aconteceu algo sim, não foi nada grave, juro, mas sei que você vai ficar triste.
Fala logo menino, tô ficando nervoso- coloquei a mão no peito.
É que… eu não vou poder ir pro aniversário do seu primo.
O quê? Me espantei, você também não vai poder ir?
Também? Perguntou espantado. O Flávio não vai?
Não… ele tem que passar o fim de semana na casa do pai dele, mas que droga- solucei quase iniciando um choro.
Me desculpa, é que meus pais e minha vó vão ter que viajar alguns dias, e eu vou ter que ir junto porque não tem com quem eu ficar, vamos ficar uma semana fora.
Uma semana? E vai perder as aulas? Retruquei
Pois é, a minha mãe também não gostou de saber, mas não tem jeito.
Poxa, então… não consegui mais falar e baixei a cabeça tentando inutilmente engolir o choro.
Não chora Paulinho, por favor. Me perdoa.
Eu sei, eu sei, não é sua culpa, desculpa mas eu não consigo evitar, eu sou tão egoísta, foi a mesma coisa com o Flávio.

Eu estava terrivelmente triste e sem conseguir pensar direito, mas no meio daquela angustia toda me veio uma ideia, enxuguei as lágrimas e olhei fixamente para o Arthur.

Eu tive uma ideia, se eu falar você promete que vai tentar?
Que ideia? Interrogou Arthur.
E se você ficar lá em casa? Assim você não perde aula nenhuma e ainda vai poder ir na festa.
Sério Paulo? Será que eu posso mesmo?
Claro que pode- falei animado com mina própria ideia- você viu que os meus tios adoraram você- duvido que eles vão negar algo assim.
Mas tem os meus pais também né? Nunca dormi na casa dos outros antes, tenho medo que meu pai fique bravo. Lembra o que aconteceu só porque eu usei roupas suas?
Mas ele parou de beber né? Você mesmo comentou outro dia que ele tá bem melhor, além do mais se precisar eu peço pros meus tios falarem com seus pais, afinal de contas perder uma semana de aula não seria legal.
Tá bom, vou falar com eles, acho que vai ser até bom assim economizam passagem pra mim, o dinheiro anda curto esses últimos tempos.
Jura? Jura? Minha cara de choro sumiu completamente e virou de alegria- Dei um abraço nele.

Diferente das aulas passadas o restante do dia foi maravilhoso, até fui na lousa resolver uma questão de matemática na última aula, eu estava feliz demais, finalmente ia ficar sozinho com o Arthur, o que ia acontecer? O céu é o limite.

Para resumir toda a história logo a sexta-feira chegou, a mãe do Arthur ficou muito feliz por ele não ter que perder a semana de aula e até vi ela comentando com minha tia a mesma questão que o Arthur disse sobre economizar o dinheiro de uma passagem. Logo no final da aula nos restou nos despedirmos do Flávio.

Poxa Flávio, ainda tô triste que você não vai poder ir hoje em casa- falei lhe dando a mão.
Pois é, mas prometo que a gente dá uma festa qualquer dia desses lá em casa- respondeu sorrindo.
Tchau Flávio- Arthur lhe deu um abraço- a gente se vê na segunda.

Alguns minutos depois Luca chegou pra vir nos buscar, ele estava feliz demais, chegou dirigindo o carro novo que ganhou de presente, agora ele que iria sempre me buscar na escola, assim chegariamos mais cedo para o almoço, a van escolar geralmente demorava bastante até me deixar em casa.

E aí meninos? Prontos pra ir pra casa? Perguntou
Eu vim com uma mochila extra que o Paulo me emprestou pra levar minhas roupas.
Vai ser legal ter você em casa esses dias Arthur, vê se bota um pouco de juizo nesse cabecinha oca, aqui- apontou pra mim.
Ei, por que eu sou sem juizo? Reclamei.
Tô te zoando seu tonto, vamos, entrem aí, sente o cheirinho de carro novo.
Tá todo bobão com o carro novo né? Cutuquei ele.
Tá vendo só como ele me trata Arthur? Venho buscar de carro na porta da escola e sou recebido assim- fingiu cara de choro.
Hahaha- Arthur gargalhou- ah, obrigado por me convidar pro seu aniversário. Aliás, parabéns, desculpa por esquecer.
Obrigado, você já é de casa Arthur, agora vamos logo que eu ainda tenho que comprar umas roupas pra hoje a noite.

A tarde transcorreu bem tranquila e normal, almoçamos, tomamos banho de piscina e depois o Arthur me convenceu a adiantar as tarefas da escola, bem, isso seria melhor do que ter que fazer no fim de semana, pensei. Quando percebemos já era quase 19:00 e meu avô estava chegando.

Meninos, hora de tomar banho e se arrumar- chamou minha tia- Paulo seu avô chegou então se apresse.
Arthur, pode tomar banho aqui no meu banheiro, eu vou lá no quarto do Luca, separa logo uma roupa pra você.

Logo nos aprontamos e pude descer e ver meu avô, fiquei muito feliz, meu avô é daqueles velhinhos fantásticos, eu simplesmente adoro ele, é um poço de sabedoria como ele mesmo diz quando tem que dar alguma bronca, não, na verdade ele nunca dá bronca de verdade, ele é um vovôzinho totalmente da paz. Ao lado dele minha vó, na verdade ela não é realmente minha vó já que a mãe da minha mãe é outra pessoa, é uma longa história que um dia eu provavelmente terei de contar, mas ela é uma pessoa adorável e sempre me tratou como neto de verdade, fora que é uma cozinheira de mão cheia, se minha tia cozinha tão bem é por causa dela, ela ama cozinhar, pra ter uma ideia quase metade das comidinhas da festa ela quem fez e trouxe.

Vô, vó- gritei ainda na escada- eu tava com muita saudades.
Aí está você meu netinho atrasado, já chegamos faz mais de meia hora, sabia? Falou em tom de brincadeira me abraçando
Boa noite querido- disse minha vó. E quem é esse rapaz tão bonitinho aí junto com você?
Ah, esse é meu amigo, o Arthur, falei entusiasmado- Estudamos na mesma sala.
Muito prazer em conhecer o Sr, e a Sra- cumprimentou Arthur encabulado.
Ele é assim mesmo vô, fica todo envergonhado mas logo tá de boa com todos.
“ De boa”? Meus Deus mais uma daquelas frases da garotada que não entendemos? Riu minha vó.
Quer dizer que logo ele tá normal vó.
Muito bem- disse minha vó- vou ajudar sua tia na cozinha, seu avô quer falar com e seus primos agora.
Tá bom- respondi- vamos lá Arthur.
Mas não é particular? Susurrou no meu ouvido.
Nah, não é não, eu acho que já sei o que é. O meu avô sempre compra presentinhos pra gente dar pro aniversariante da vez.
Ah, poxa, e agora que eu vi que não tenho nada pra dar de presente- lamentou-se
Deixa de ser bobo, o que importa é sua presença aqui. Vamos lá no carro do vovô.

Como já era o costume na nossa família meu avô comprou um monte de presentes para que a gente desse pro Luca, aproveitei que tinham alguns a mais e entreguei para o Arthur.

Olha, você pode dar esse aqui pra ele- falei.
Desculpa, eu fico tão sem jeito.
Não esquenta com isso não, olha cada um dá o que tem, eu já disse o Luca tá superfeliz que você veio. Vamos lá dar um abraço nele, ele já deve ter se aprontado.

No final das contas a festa transcorreu bem rápida, o Luca ficou bem envergonhado na hora dos parabéns porque realmente tava igualzinho uma festa de criança, o bolo então era todo colorido e cheio de chocolatinho, mas ele sabia que a Tia Julia fazia questão de festejar os aniversários, ainda mais esse em que ele fazia 18 anos. Tinha muito docinho e salgadinho com refrigerante e bolo, Pedro e Filipe passaram mal de tanto comer docinho, o meu avô diz que são duas formigas de tanto que gostam de doces. Fora isso quase nenhuma pessoa da nossa idade, só alguns amigos da escola dos meninos.
Na verdade aquela festinha era mesmo mais pra agradar minha tia, logo mais tarde da noite o Luca ia sair com os amigos dele pra irem numa boate curtir coisas de adultos que eram agora, eu pessoalmente estava feliz por ainda ser pré adolescente.
Ao final parece que as despedidas duraram mais tempo do que a própria festa, meus avós demoraram horrores até chegarem no carro de tanto que abraçavam todo mundo, finalmente chegou a vez do Luca se despedir, a minha tia estava estava um misto de aborrecida e conformada por ver o Luca saindo a noite, deu mil recomendações, fez prometer que se bebesse não ia dirigir e ainda enfiou um pacote de preservativos na mochila dele, quase que ele enterra a cabeça no chão de tanta vergonha, hahaha.
Finalmente todos saíram e nos recolhemos aos quartos , já passava das 23:00.

Eu tô morto- falei olhando pro Arthur- Te juro que amanhã só acordo meio dia.
Nem tô tão cansado. Nossa o seu avô é super gente fina, viu?
Eu percebi que você e ele não paravam de conversar, o que foi que tanto tagarelavam?
Ele me contou um monte de histórias, lá do tempo que ele viajava pra todo lugar e aprendeu a pilotar avião.
Ah, eu tinha esquecido de contar, meu avô foi piloto.
Pois é, nossa cada lugar bacana que ele deve ter visto.
Peraí que vou pegar meu pijama, vamos tomar banho, mesmo esquema, toma banho aí que eu vou no quarto do Luca.
Não tenho pijama- falou-
Pega um meu aí na gaveta, pode escolher.

Fomos tomar banho quase ao mesmo tempo, logo que a água começou a descer no meu corpo me veio a lembrança, agora vamos ficar sozinhos, o que vai acontecer? Não consegui deixar de pensar em como seria o Arthur naquele chuveiro comigo.
Logo terminei e voltei para o meu quarto, será que demorei muito? Eu pensei, vou flagrar o Arthur ainda se vestindo? O que eu vou dizer, mas logo que adentrei o quarto a cena que vi me fez cair na gargalhada, Arthur de pé na frente do espelho vestindo um pijama que era umas 3 vezes maior do que ele, as mangas iam quase até o meio de seus braços e a camisa batia em seus joelhos.

Hahaha, meu Deus o que é isso? Arthur, acho que você pegou um pijama do Luca que colocaram por engano aí nas minhas coisas, ai você tá muito engraçado.
Ah, muito obrigado pelas risadas- falou- eu tô igual um bobo mesmo.
Tá bom, olha, desculpa, pega esse outro aqui que é mais ou menos do seu tamanho- falei abrindo outra gaveta. Pode deixar esse aí em cima do móvel.

Arthur rapidamente tirou o pijama folgado ficando apenas de cueca, logo me senti hipnotizado por aquela visão, o corpo dele era tão perfeito, pra mim era tudo, eu estava com uma explosão de sensações, sentia o suor escorrer pela minha nuca junto com um arrepio incômodo mas ao mesmo tempo excitante, ele começou a vestir lentamente o novo pijama, senti meus lábios tremerem, queria falar mas não conseguia, era como se a cada segundo passado as minhas forças fossem sumindo, minhas pernas fraquejavam e eu estranhamente me senti tonto naquela hora, tentei dar um passo pra trás mas esbarrei no colchão que tinha sido preparado pro Arthur dormir, acabei tropeçando nele e caindo, pra minha sorte sobre o colchão, mas mesmo assim dando um belo susto em mim mesmo e no Arthur.

Paulo- gritou Arthur assustado- você se machucou?
Não foi nada, tô bem- falei meio desnorteado.
Aqui, pega minha mão- ele estendeu a mão me puxando para levantar.

Aquele tropeção foi realmente obra do destino, lá estava eu segurando a mão do Arthur que me puxou para perto de si, imediatamente nossos olhares se cruzaram, senti meu coração acelerando, como seu meus outros sentidos ficassem mais aguçados passei a perceber como era bom sentir o tato dele segurando a minha mão, e um cheiro gostoso de menino que ele exalava, não consegui me conter, nossos lábios ficaram mais e mais perto, até que a distância tornou-se mínima, logo eles se tocaram, pela terceira vez, mas dessa vez era diferente, não havia a menor possibilidade de alguém aparecer, toda a casa dormia. Senti o frescor intenso de seus lábios, sua boca macia se encaixava perfeitamente com a minha enquanto nossas línguas tentavam se encontrar de forma desajeitada.

E agora? Perguntei pausando o beijo.
Só deixa acontecer, você quer?
Quero, quero mais do que tudo nesse mundo- deitamos suavemente em minha cama enquanto voltamos a nos beijar.

Logo Arthur ficou por cima de mim encostando seu corpo no meu, ele deixou de beijar a minha boca e passou para meu pescoço, o que me fez estremecer, era isso que era tesão? Eu sentia lentamente meu pau ficando duro a medida que ele começava a beijar mais ainda meu corpo, lentamente ele tirou minha camisa e passou a lamber e beijar meu peito- awwwwnnn- eu gemi baixinho- onde foi que esse menino aprendeu todas essas coisas? Eu pensei, isso está bom demais. Sentamos na cama enquanto eu passei a retribuir os beijos no pescoço fazendo ele fazer ruídos que nem um filhotinho- ahhhhh- isso é tão bom- dizia- tirei lentamente sua camisa e o imitei beijando seu peito e fazendo ele tremer e apertar a minha mão. Logo senti sua outra mão apertando minha coxa, lentamente ele começou a puxar o short do meu pijama tentando colocar a mão lá dentro, coloquei a mão sobre a sua.

O que foi? Perguntou- quer que eu pare?
Não, não quero, m-mas… gaguejei- Tenho medo.
Não tenha, você confia em mim?
Sim, muito, muito mesmo.
Então relaxa.
Tá bom… voltamos a nos beijar suavemente enquanto senti sua mão deslizar para dentro de meu short.

Logo senti sua outra mão segurar na lateral de meu short e começar a puxá-lo lentamente, eu sentia um pouco de vergonha, meu Deus o que ele vai fazer agora? Eu pensava. É lógico, agora ele vai me ver como eu vi ao mundo, mas até que é justo, afinal de contas eu já havia visto ele nu e não o contrário.
Em poucos segundos meu short e minha cueca literalmente se descolaram do meu corpo, senti as mãos quentes do Arthur tocarem minha barriga.

Fecha os olhos- ele mandou.

Fechei os olhos e quase que imediatamente senti seus lábios tocarem minha barriga, sua saliva fazia sua boca deslizar em minha pele como se fosse o mais suave algodão, lentamente ele foi descendo até que uma sensação maravilhosa tomou conta de mim, ele sem fazer maiores rodeios colocou meu pinto dentro de sua boca. Ahhhhhhhh. Não consegui segurar o gemido. Senti meu pequeno pinto finalmente ficar com sua ereção máxima, meu corpo todo tremia parecendo prestes a explodir.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,58 de 24 votos)

Por # #
Comente e avalie para incentivar o autor

9 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Kanedaken ID:1ddaoqjp7v2b

    Minha nossa. Até a descrição do sexo é fofa e romântica. Nada melhor do que aproveitar o amor sem pressa. Essa história tá ficando linda demais, tal qual “o menino de olhos verdes”.

  • Responder Belém ID:1dt92i03j30c

    Pfv não demore pra postar o restante.

  • Responder Gozador ID:1et8ega813h0

    Delícia. Meu t3l3: B08654

  • Responder paulo cesar fã boy ID:3ij0y0lj6id

    o proximo capitulo promete, estou ansiosissimo para ler

  • Responder Angelman ID:g3ja3hhrj

    Gente que história maravilhosa, pelo amor de Deus não demora a postar não, você mata a gente de vontade

  • Responder xxx ID:1wm310m4

    poxa! que pena, li duas vezes, ansioso pelo proximo.

  • Responder Dayctor ID:1def7z38j45l

    s2 (:

  • Responder Lucas2203 ID:xlp08b0i

    Ah por favor não demora a continuação, ansioso

  • Responder greenbox amigobc ID:1epm94154gst

    Caro amigo,aqui é o Rafa eo Lucas estamos felizes que sai o capítulo 11 está perfeito em tudo na conjunção dos protagonista da história estamos felizes como diz o Matheus tio josé .
    greenbox está voltando de viagem com Matheus.
    Pois nosso maninhos estava doente e com ele está trazendo novidades de santa môn
    ica nos USA.