# #

Linhas cruzadas – Parte 1 Introdução

2441 palavras | 6 |4.73
Por

Dois meninos pré adolescentes com realidades opostas tem suas vidas cruzadas durante um dilema familiar, no que será que isso vai dar?

– Acorda Tiago. Vai perder a hora,falei pra não ficar acordado até tarde mas não adianta…
Fui abrindo os olhos lentamente enquanto a voz da minha mãe ecoava pelo quarto.
– Tá mãe já vou, me levanto quase se arrastando vou até o banheiro do meu quarto, jogo água no rosto, escovo os dentes, tiro a roupa entro rápido no chuveiro e me molho apenas pra despertar e me seco.
Volto ao quarto, visto o uniforme da escola arrumo o cabelo de qualquer jeito e vou até a sala, meu pai está tomando café tranquilamente, aliás ele é a pessoa mais calma e paciente que conheço na vida o oposto da minha mãe sempre acelerada, dizem que os opostos se atraem né, e muito da vida deles foram de opostos mas daqui a pouco eu conto isso.
– Anda Tiago! Além de se atrasar vai me atrasar também, tenho que chegar mais cedo no tribunal.
Engulo um copo de vitamina de banana e saio comendo um sanduíche, pegamos o elevador chegamos na garagem lá está seu Manoel em frente ao carro
– Bom dia Dr.a
-Bom dia Tiago, atrasado de novo?
– uhum respondi mastigando meu sanduíche
-Bom dia seu Manoel respondeu minha mãe, essa juventude viu, e quando vão ficando adolescentes nossa senhora! Emendou minha mãe.
Seu Manoel sorriu e partimos para mais um dia…

Olá, meu nome é Tiago tenho doze anos completarei treze em quatro meses, sou filho único, estudante do sétimo ano do ensino fundamental, moro em Teresina Capital do Piauí, filho de pais com origens bastante distintas; Permita-me contar um pouquinho das minhas origens e como cheguei até aqui.
Meu pai se chama Hildebrando. Nasceu no interior do Piauí, sertanejo filhos de agricultores, gente muito humilde e que lida com a seca e as dificuldades de plantar no solo árido do sertão. Meu pai vivia na roça junto com seis irmãos quatro mulheres e dois homens uma família de sete filhos!. Foi a escola pela primeira vez aos dez anos de idade a vida era muita dura, chegou a passar fome. Durante sua adolescência meus avós o enviaram pra casa de uns parentes aqui em Teresina, gente também muito humilde mas era uma chance dele tentar uma vida melhor.
Chegando aqui meu pai que só tinha estudado até a terceira série primária mas uma vontade enorme de vencer na vida foi construindo seu futuro, ele era bom em vender e vendia de tudo, frutas e verduras na feira, cloro, artigos de couro, pneus pra carro e moto… como ele costuma dizer rindo quando conta sua história, nessa vida só não vendi três coisas: a alma, ilícitos e o corpo.
Fez supletivo noturno por um programa de educação para jovens e adultos, concluiu os estudos e não parou, resolveu tentar fazer engenharia mecânica no Instituto federal do Piauí e conseguiu. Trabalhou como engenheiro mecânico mas ele queria mais, gostava mesmo era de fazer negócio era um vendedor nato, decidiu abrir uma pequena retífica automotiva começo difícil poucos recursos ponto ruim… mas foi prosperando devagarinho a retífica engrenou e com seu tino comercial foi dando origem a novos negócios, oficina de alinhamento e balanceamento automotivo, lojas de autopeças, lojas de pneus . Em fim ele prosperou e se tornou um empresário bem-sucedido nesse setor e bastante conhecido na cidade tendo inclusive ganhado vários prêmios de associações
comerciais.
Minha mãe se chama Gisele,nasceu no interior de São Paulo em São José do Rio Preto, filha de pai militar Coronel do exército e mãe descendente de usineiros, uma família de classe média alta/alta, realidade bem diferente da do meu pai.
Meu avô veio transferido pro Piauí quando minha mãe era adolescente ela tem uma irmã mais nova e um irmão mais velho. Aqui ela concluiu o ensino médio, entrou na faculdade de Direito, fez mestrado e lecionou durante alguns anos, nesse período conheceu meu pai e começaram namorar e casaram . Depois de casada resolveu entrar pra magistratura e conseguiu passar em um concorrido concurso pra juiz federal, atualmente atua como juíza de primeira instância no Tribunal Regional Federal do PI.
Três anos depois de casados meus pais me tiveram e aqui estou eu. Tenho muito orgulho deles e de tudo que eles construíram, apesar de muito jovem as vezes fico pensando se vou conseguir ser igual a eles. Eu sei que tenho uma vida muito privilegiada e não vou mentir, gosto de usufruir desses privilégios, quem não gosta de uma vida boa afinal? . Mas não vão pensando que eu sou um desses playboyzinhos metidos, nada disto. Tento ser simpático e educado com todo mundo,detesto gente arrogante.
Esforçado nos estudos embora odeie matemática, gosto de escrever e me expressar, adoro tecnologia sou conectado em tudo e ultimamente venho me interessando por coisas relacionadas a arquitetura e urbanismo, influência de minha tia materna caçula que é arquiteta,minha prima filha mais velha dela de dezessete anos tá se preparando pro vestibular de arquitetura, nós estávamos conversando dia desses e ela começou a me explicar sobre esses negócios de sustentabilidade, eficiência energética, automação e do tanto de tecnologia que existe na arquitetura atualmente, acabei me apaixonando pelo assunto. Eu sou bem aleatório sabe, quando me interesso por algum assunto fico pesquisando compulsivamente sobre um tempão até enjoar, meu pai diz que sou um grande curioso e que isso é bom. Tenho um pouco de dificuldade com organização o que enlouquece minha mãe, imagina uma filha de militar que virou juíza, resumindo minha mãe em duas palavras amorosa porém metódica. Tudo dela é muito organizado, estudado, planejado. Depois da família acho que o que ela mais ama na vida é o trabalho. Ela é muito aplicada no que faz, vive estudando,fazendo cursos, e lida até com perigo.
As vezes cai algumas coisas pesadas pra ela julgar, coisa de crime organizado ela não comenta muito pra não me assustar, mas lembro de uma época quando eu tinha uns seis anos a gente passou um tempo sendo acompanhados por “uns tios que cuidava da gente”, hoje eu sei que na verdade eram policiais que faziam nossa escolta, atualmente felizmente não está sendo necessário embora tenha o seu Manoel que é motorista/segurança dela, mais motorista que segurança ,ele é um senhor gordinho super simpático não sei se ele dá conta de lidar com bandido, pelo menos ele tem uma arma hehehe.
Outro fato sobre mim é que sou tagarela vocês já perceberam, eu gosto de contar histórias de fazer as pessoas viajar na imaginação, de transportá-las para lugares, sentirem emoções, minha professora de literatura e redação me ama e eu a amo, ela diz que eu levo jeito só preciso ter mais foco enquanto escrevo, mas é difícil sou um pouco hiperativo também.

A sirene me desperta dos meus pensamentos última aula de matemática estava mais chata que o habitual, não consegui prestar atenção em nada minha cabeça ficou o tempo todo viajando. Coloco meu material na mochila e vou saindo da sala
-Tiago espera aí, era o Ígor meu amigo
– Fala Igão
– Tenho umas novidades que descobri sobre a Leonara, Igor se pôs a falar enquanto caminhávamos em direção a portaria da escola. Leonara era uma menina do oitavo ano que ele estava apaixonado eu como bom amigo ouvia com interesse tudo que ele contava sobre ela, embora eu ache que as chances dele com ela sejam mínimas.
Por falar em meninas a Natália não veio hoje será que tá tudo bem com ela? Natália é minha amiga colorida senta na minha frente na escola. Eu acho ela bonita e inteligente, ela diz o mesmo de mim, já nos beijamos umas vezes mas a gente não se considera nem ficantes nem namorados .
Somos uma espécie de amigos com privilégios, o único privilégio por enquanto é do beijo, nunca passamos disso pelo menos na realidade, porque na minha imaginação, se as paredes do meu quarto falasse… ops tô vendo o carro do meu pai lá embaixo, todo dia esse congestionamento e confusão na porta da escola.
-Oi pai falei entrando no carro
Ele estava ao telefone só me deu um tapinha no ombro, ficamos um tempo parado enquanto ele conversava com alguém, parecia preocupado, tivemos que sair por causa da fila de carros na rua, ele disse que tornaria ligar mais tarde.
– Algum problema pai?
– Ah meu filho parece que um primo meu de segundo grau amigo de infância lá da roça tá com problema de saúde sério, não sei se você lembra dele o Osmar fomos na casa dele naquela vez que te levei na roça que era de seu avô, você ficou brincando com o filho dele que tem a mesma idade que você
– Acho que lembro, não é aquele que a esposa morreu?
– Esse mesmo
-E agora ele tá doente? Meu Deus!
– Parece que sim, fiquei sabendo hoje …
Uns três anos atrás eu então com 9 anos fui com meu pai no interiorzinho onde ele nasceu, ele me levou pra conhecer a roça que foi dos meus avós onde ele viveu até se mudar pra cá, e pude conhecer um monte de parentes dele. Pessoas humildes mas muito boas, algumas casas até hoje são feitas de taipa esse primo dele mesmo morava em uma casinha de taipa bem simples.
Meu pai fazia o que podia pra ajudar a família e o lugar onde nascera. Alguns dos meus tios e tias a medida que ele foi progredindo ele trazia pra cá pra estudar e trabalhar.
O irmão mais velho dele atualmente é responsável pela retífica, uma outra irmã é gerente financeira da rede de lojas de pneus, tenho alguns primos que também trabalham nas empresas e a escola rural da localidade, ele e minha mãe bancaram uma reforma,ficou uma escola bem decente e bonitinha . Meus avós paternos infelizmente já se foram mas ele nunca se desconectou de suas raízes.
No caminho pra casa resolvo mandar mensagem pra
Natália no whats 📲 Oi tudo bem? Senti sua falta.
Chegamos em casa, do hall do elevador já dava pra sentir um cheirinho bom de comida. O que será que a Flávia tá fazendo hoje ?
Abro a porta damos de cara com a Cidinha
– Oi Cidinha a cumprimento
-Chegaaamos Cidinha disse meu pai alongando o a.
– Meu Deus Cidinha o que a Flávia tá fazendo hoje que tá dando pra sentir o cheiro do hall
– Deve ser o pernil que ela tá assando

Cidinha e Flávia são nossos anjos do lar, Cidinha cuida da organização e limpeza e a Flávia da cozinha. A Cidinha trabalha com a gente desde que eu era bebê, já troquei muita fralda sua ela fala as vezes. Flávia faz uns três ou quatro anos que está com a gente, ela devia participar do Master Chef porque a mulher cozinha bem demais.
Vou tomar um banho porque esse calor de Teresina só câmara frigorífica pra dar conta , ar condicionado é pouco.
Tiro minha roupa ficando apenas de cueca, vou no banheiro fazer xixi , a parte interna na frente da cueca tava com um pouco de uma gosminha brilhosa, vou ter que lavar essa cueca, vergonha da Cidinha ver isso. De uns tempos pra cá venho tendo ereções muito frequentemente, acho que meu pinto passa mais da metade do dia duro inclusive quando estou dormindo, na escola acontece o tempo todo principalmente quando estou perto da Natália, e as vezes acontece da sair um pouco de líquido seminal ou até um pouco de sêmem e sujar a cueca. Nem mesmo as duas ou três punhetas diárias estão dando conta de escoar a produção kkkk.
Não faz muito tempo que a puberdade chegou pra mim, coisa de pouco mais de um ano, eu era meio gordinho e emagreci rápido e ganhei altura é o tal do estirão.
Ainda não tenho pêlos nas pernas nem nas axilas e nem no púbis e no saco, mas deve tá perto de começar crescer porque sinto uma coceira incontrolável no púbis as vezes, olhando bem na claridade já da pra ver que estão começando uns pelinhos ainda imperceptíveis, eu pretendo raspar quando crescerem, acho mais higiênico.
Já que estou aqui compartilhando essas intimidades vou aproveitar e ajudar meu corpo a liberar um pouco a produção de fluídos . Ligar o chuveiro sentir a água caindo relaxar, acariciar meu saco e meu pênis, tá sei que é infantil mas na real ainda chamo de pinto e alguns amigos também ainda chama assim, acho mais simpático que pau e pênis tudo bem que é o nome certo mas é tão formal parece vocabulário jurídico: vosso excelentíssimo pênis hahaha. Então voltando, acariciar meu pinto e bater uma boa punheta. É simpático e apropriado chamar assim, ele tem uns onze centímetros duro ainda tem um caminho até se tornar um galo.
Ponho a glande babada pra fora da pele embaixo do chuveiro sentindo a água cair, fazendo movimentos nela , depois seguro com a mão fechada e vou fazendo os movimentos começando suaves e aumentando gradativamente, e mais rápido mais rápido, forçando a pélvis humm 😋 que sensação boa, tá vindoo, auu gozei!
Nada mau pra uma rapidinha antes do almoço . Termino me seco vou até o quarto e me dou uma conferida pelado no espelho com o pinto já murcho. Sou um típico pré-adolescente de 12 anos, 1,47 m de altura pele morena clara cabelos e olhos castanhos escuros e um pinto ainda em desenvolvimento, e essa fase de desenvolvimento dá muita muita fome, vou me vestir e almoçar porque a fome está grande e o cheiro vindo da cozinha estava maravilhoso, até daqui a pouco.

Continua…

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,73 de 22 votos)

Por # #
Comente e avalie para incentivar o autor

6 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Zerobit ID:e3hzyxlnl13

    Adorei a escrita. Estou pensando em começar a escrever. Alguma dica?

    • NETx ID:gsu8ywn8j

      Olá Zerobit obrigado por comentar. Sobre a dica escreva sobre o que gosta da forma o que gosta, sempre haverá alguém que vai se identificar.
      Abs

  • Responder ada ID:1dh3jrsl5kq3

    Muito bom o conto, continua assim . Promessa de um ótimo conto.

    • NETx ID:gsu8ywn8j

      Obrigado por comentar ada, já saíram mais dois contos dessa série, nem eu sei o que vai dar, não pensei na série como um todo mas já estou escrevendo um novo capítulo para o fim de semana.
      Abs

  • Responder paulo cesar fã boy ID:3ij0y0lj6ia

    muito bom conto, estou vendo que vem uma historia ai de tirar o folego

    • NETx ID:gsu8ywn8j

      Obrigado por comentar paulo cesar fã boy, escrevo sem pensar muito, é o que vem á cabeça e ao coração, o que vai ocorrer durante a série nem eu sei. Decido enquanto escrevo.
      Abs