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Pagando a aposta pro meu primo. PARTE 36

8272 palavras | 17 |4.50
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Enfim a festa de 18 anos chegou. Uma festa que Renato jamais vai esquecer.

Acordo e logo respondo Daniel:

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Daniel:
Eu: Bom dia! Você nunca foi excluído ou bloqueado, só não tínhamos assunto mas enfim considere-se respondido.

Daniel: Finalmente respondeu! Pensei que eu ficar no vácuo.

Eu: Não tenho o porque fazer isso. Mas me responda uma coisa: Porque querer contato e se aproximar?

Daniel: Pô, praticamente somos primos. Em breve eu e sua prima seremos noivos. Nada mais justo se aproximar. Porque há algum problema?

Eu: Não, problema nenhum, só achei estranho, só isso. Agora só me resta lhe desejar boa sorte já que está decidido a ir adiante com minha prima.

Daniel: Deixa disso. Como vocês dizem, eu sou guerreiro.

Eu: Super guerreiro.

___________________

Com a chegada do meu aniversário, esta semana tem sido uma verdadeira correria. Vou para a escola e, em seguida, tenho ensaio de dança, que, aliás, entrará em recesso devido às férias de julho. E claro, sempre que eu e minha mãe achamos que tudo está certo para a festa, acabamos nos lembrando de mais coisas.

Estou muito ansioso, mal posso esperar para celebrar mais um ano de vida com as pessoas que eu mais gosto. E não sou o único empolgado. Na verdade, todos ao meu redor estão na mesma vibe, meus amigos não conseguem falar de outro assunto. E para a minha família, parece ser o evento do ano, não apenas pela festa em si, mas também por reunir toda a família – o que é raro, considerando o tamanho dela –, já que só conseguimos encontrar parte dos familiares no Natal.

Na quarta-feira, convidei meus Boys para irmos ao shopping comprar a roupa que usaria na festa. Manuel pediu desculpas, dizendo que estava muito ocupado e que precisaria fazer horas extras no escritório do pai. Anderson aceitou o convite e, depois de combinarmos o horário, ele veio me buscar de carro.

Quando Anderson chegou, eu já estava pronto. Ele entrou em casa, cumprimentou minha família e só então partimos. No caminho, ele perguntou se eu estava chateado por Manuel não ter ido conosco. Respondi que não, afinal, ele tinha os seus motivos. No estacionamento do shopping, antes de sairmos do carro, meu primo e eu nos beijamos, o clima foi esquentando e decidimos sair, pois poderíamos ser pego em flagrante.

Visitamos algumas lojas e Anderson pacientemente me acompanhou, dando sua opinião sobre as roupas. Finalmente, encontrei a camisa perfeita para a minha festa. Anderson achou colorida demais, mas mesmo assim a comprei. Continuamos olhando outras lojas e, ao encontrar uma calça preta, justa e com alguns rasgos, fui para o provador e chamei Anderson para ver. Ele sorriu com uma expressão maliciosa, e naquele momento eu soube que ele também tinha gostado da escolha.

Fomos lanchar e sentados na praça de alimentação, Anderson começa um diálogo me informando que havia duas mulheres afim dele.

Surpreso digo: Uau, Anderson! Logo duas mulheres interessadas em você? Não podia ser apenas uma?

Demonstrando um certo nervoso Anderson diz: Sim, é complicado. Elas são lindas e são tentadoras, mas eu não quero estragar o que temos, Renato. Eu quis te contar isso porque quero que saiba que estou levando a gente muito a sério.

Renato: Eu entendo, Anderson, e agradeço por você ter sido sincero comigo. Mas, e quanto a essas duas mulheres? O que pretende fazer?

Anderson: Nada, na verdade vou deixar claro que estou com uma pessoa. Talvez assim elas se afastem.

Renato: Anderson, você sempre vai receber cantadas, você além de bonito tem um corpo que chama a atenção. A gente não está imune a isso. Quero que saiba que também tiveram algumas pessoas que pediram pra ficar comigo ou jogaram indiretas, mas no momento, meu foco é apenas em você e em Manuel.

Anderson: E sobre esses caras interessados em você, posso saber os nomes? Eu os conheço? São da sua escola?

Renato: Não precisa saber quem são. Quero que confie em mim da mesma forma que estou confiando em você.

Anderson: Confiar em você eu confio, não confio nos outros.

Renato: Quando um não quer dois não brigam. Se acontecer algo que eu não queira, aí é outra história.

Fomos embora e no caminho de casa, aquele sorriso malicioso surgiu no rosto de Anderson que estava cheio de más intenções. Anderson me diz que estava carente de carinho. Rindo entro na brincadeira e questiono: “Mais carinho que eu te dou?” Ele diz que queria um carinho naquele momento e pergunta se eu faria um carinho nele. Digo que sim e ele depois de um tempo rodando nosso bairro, estacionou debaixo de uma árvore, numa rua sem saída, com pouca iluminação e totalmente deserta.

Com o carro desligado, ele se aproximou e nos beijamos, as mãos dele deslizavam me acariciando da cabeça até a minha cintura. Eu seguia abraçando e sentindo o seu corpo forte, cheiroso. Ele tira o pau pra fora, e leva a minha mão de encontro com o seu pau, que já está duro, aperto seu pau e começo a masturbá-lo, fazendo meu primo dar um gemido gostoso.

Eu:Tá querendo um carinho especial, né safado?
Anderson: Estou precisando e acho que eu mereço. Usa essa boquinha vai!

Peço pra ele tirar a camisa. Ele tira e o beijo novamente, vou descendo , beijo o pescoço e desço até o peitoral dele. Por saber que ali é um lugar que Anderson já havia demonstrado sentir muito tesão, começo a mordiscar levemente ,a chupar e a lamber os seus mamilos, enquanto eu chupava um, o outro seguia sendo beliscando.
Anderson só sabia gemer. Fui para o outro peito e depois de dar uma boa atenção a eles, desci lambendo e beijando toda a região do abdômen, fazendo meu primo se contorcer de tesão, até que cheguei no alvo principal: Sua pica!
Com minha boca ali, Anderson se tornava um tarado, eu o chupava, ele me fazia engolir toda pica. Ele me dominava e eu nem tentava fugir porque eu gostava disso. Com sua pica toda em minha boca , ele pressionava a minha cabeça para que eu continuasse com ela na boca e me olhava, me vendo naquela situação. Ele só tirava quando eu apertava sua coxa, esse era o sinal que eu precisava de ar. Depois de engolir aquele pau grosso várias vezes, chegou a vez de chupar deliciosamente aquele pau que tinha em minhas mãos. Eu chupo muito meu primo, dou um beijo na cabeça de seu pau, só assim começo a lambe-la, descendo até a base. O pau dele chega ficar molhado de tanto ser chupado e lambido por mim. Anderson disse que iria gozar, segura então a minha cabeça e soca pica na minha boca e eu tiro o meu pau pra fora e me masturbo.
Anderson demorou um pouco pra gozar mas quando gozou, vieram jatos de fartura.

Anderson: Engole tudo, se não seu tio me mata.

Ele sabia que eu gostava do seu leite de macho e engoli todo o leite depositado para mim.

Gozei logo depois, como sempre ele me beija afim de sentir o gosto da porra e só depois ele me deixa em casa.

Mostro a roupa que comprei para a minha mãe, e ela acha linda, dizendo que ficaria ótima nela. Então, vou para o meu quarto após informá-la que já lanchei, pegando o celular.

Mais uma vez, havia uma mensagem de Daniel, puxando assunto e querendo saber o que aconteceu com Cristiano. Fui direto ao ponto e falei que não queria falar sobre isso.

Manuel também havia enviado uma mensagem pedindo desculpas.

Na sexta-feira, fui ao salão, cortei e fiz uma massagem no cabelo. À tarde, Letícia chegou e nos ajudou a preparar docinhos e bombons. À noite, levamos tudo para o sítio, colocamos todas as bebidas para gelar, foram necessárias algumas viagens, mas, no final, deu tudo certo.

Sábado finalmente chegou, o dia tão esperado da festa. Eu estava ansioso e nervoso, mas, depois que todos se levantaram e tomaram café, partimos para o sítio. Tínhamos muitas coisas para fazer e arrumar, e meus amigos estariam lá para ajudar também.

O dia foi corrido, mas deu tudo certo. O painel neon que alugamos chegou cedo, facilitando a ornamentação. Paula e Gil ficaram encarregados da decoração com as bolas e montaram as mesas. Dinei além de me ajudar com a montagem do painel, ficou ao meu lado, ajudando com os doces e na montagem da mesa principal, onde colocaríamos o bolo. Na cozinha, Letícia, minha tia e minha mãe prepararam o molho de cachorro-quente e caldos. Os salgados, a torta salgada e o bolo seriam entregues mais tarde. Depois de almoçarmos todos juntos, meu pai chegou e trouxe Geovane e seu filho Ícaro, que ele havia contratado para serem garçons na festa. Geovane aparentava ter uns 45 anos, era moreno, de cabelos castanhos e levemente calvo, não era alto e era um pouco gordinho, com um estilo mais robusto. Já Ícaro era moreno, com cerca de 20 anos, cabelos e olhos castanhos. Ao contrário do pai, ele não era gordo, também não tinha um corpo musculoso, mas tinha um corpo bonito e bem definido.

Meu pai os apresentou, e em seguida foi mostrar o sítio para eles. Dinei foi o primeiro a comentar sobre Ícaro, dizendo que o rapaz era lindo. Gil, com todo o seu humor, disse que não podia nem pensar em ficar perto de um cara daquele. Paula disse que não via nada demais no rapaz. Gil riu e respondeu, pedindo para que ela se calasse, brincando que ela não entendia do assunto.

Com a chegada de Ricardo ao sítio, meu pai levou eu e Letícia para casa e minha mãe no salão, enquanto meus tios levaram meus amigos. Nesse tempo, meu irmão ficou responsável pelo sítio, e fazendo companhia para os garçons, sua namorada iria levar sua roupa quando voltasse ao sítio.

Estando em casa, eu enviei uma mensagem para Manuel, que até então havia sumido devido ao trabalho, mas era sábado e, segundo o que ele já havia me contado, ele costumava sair do escritório no máximo às 14 horas. Já era mais do que isso, e não havia nenhum sinal dele. Ele não visualizava minhas mensagens e nem atendia minhas ligações. Pedi para que Anderson procurasse saber o que estava acontecendo com Manuel, mas ele também não conseguia contato com ele. “Isso não vai atrapalhar minha festa de 18 anos”, pensei comigo mesmo, tornando essa frase o meu mantra até a festa.

Após tomar meu banho e fazer minha barba, vesti minha roupa, e modestamente, posso dizer que estava arrasando. Letícia veio e passou uma base leve em mim, e só depois arrumei meu cabelo. Letícia estava linda com um vestido floral longo e trazia consigo uma bolsa com as roupas do meu irmão. Em cima da hora, minha mãe apareceu correndo, pedindo para esperarmos por ela, pois ela precisava tomar banho e pediu para Letícia ajudá-la com a maquiagem. Com minha mãe toda linda e produzida, ligamos para meu pai, que veio nos buscar. Assim como Ricardo, ele tomaria banho e se arrumaria lá no sítio.

Quando chego no sítio e dou os primeiros passos na festa, meu coração dispara de felicidade e emoção. Tudo está exatamente como sempre sonhei, como sempre quis!

Cada detalhe foi cuidadosamente planejado para tornar esta noite inesquecível. As luzes na pista de dança se movimentam ao ritmo da música, criando um cenário mágico e envolvente. É como se a própria atmosfera estivesse vibrando com a energia da celebração.

Lágrimas de alegria se formam em meus olhos enquanto tudo ao redor.

Reservei duas mesas, uma para a minha família, o que também incluía meus tios Josival e Lucia, Amanda, Daniel e Anderson. A outra mesa foi reservada para meus amigos, Naldo, Anderson e Manuel. Coloquei meus boys na mesma mesa, para que Naldo não se sentisse desconfortável, e imaginei que Gil iria gostar que Naldo se sentasse junto com ele.
Com o passar do tempo, os convidados foram chegando à festa. Meu tio Júlio de Resende foi o primeiro a chegar, junto com sua família. Quando meus amigos chegaram, eles estavam deslumbrantes, cada um vestindo uma camisa de cor diferente. Curiosamente, Naldo chegou separado de Gil; eu presumi que eles estavam receosos de que alguém desconfiasse de algo. Anderson chegou logo em seguida, acompanhado de meus tios Amanda e Daniel. Meu primo, sentou-se ao lado de Naldo. Amanda veio me cumprimentar com seu namorado e elogiou a festa, parabenizando-me. Enquanto ela foi se sentar à mesa reservada para eles, estendi a mão para cumprimentar Daniel, mas ele me abraçou, dizendo que eu estava ótimo naquela roupa e me desejou muita felicidades, muitos beijos e sexo.. Constrangido, respondi que isso não poderia faltar.

Se eu tinha alguma dúvida sobre as intenções de Daniel, elas foram esclarecidas ali mesmo. Tentei ignorar um comentário desagradável feito por um dos meus primos materno que ao conversar com sua mãe falava que a festa era “colorida” por ser uma festa de viado, ele perceberam que eu notei mas decidi não deixar que isso estragasse o meu dia.

Faltava apenas uma pessoa, Manuel ainda não havia chegado, decidi ficar ali até ele aparecer, mesmo que teimosamente. Finalmente, ele chegou, acompanhado de seu pai e uma mulher chamada Verônica, que me foi apresentada como a nova namorada de Pedro. Manuel estava com cavanhaque, algo que eu adorava nele, usando uma calça preta e uma camisa vermelha, que apesar de não ser neon, ao menos não era preta. Perguntei por que ele demorou tanto para chegar, e ele disse que estava realmente muito ocupado. Sugeri que conversássemos sobre isso depois, já que não era o momento adequado.

Só então decidi aproveitar a minha festa. A playlist era de músicas pop, o que deixava o ambiente mais animado. Fui dançar junto com meus amigos, e durante o atendimento do Ícaro à nossa mesa, percebi que Dinei estava interessado nele. Manuel notou a situação e pediu para Dinei se controlar, evitando que o garçom ficasse desconfortável com a situação. Anderson não parava de conversar com Naldo, que estava sentado ao lado de Gil.

Depois de um tempo, aproximei-me do freezer para pegar uma cerveja e encontrei Ícaro lá. Comentei que ele estava fazendo sucesso na mesa, e ele desconversou dizendo que estava apenas trabalhando. Brinquei perguntando se ele curtia homens, e ele disse que não era o momento para falar sobre isso, pois estava trabalhando e seu pai poderia pegá-lo no flagra. Mesmo assim, ficou implícito que a resposta era positiva.

Voltei para a mesa, e todos estavam curiosos para saber se havia uma possibilidade de algo acontecer entre Dinei e o garçom. Eu disse que Ícaro não tinha afirmado nem que sim nem que não, que ele estava apenas trabalhando. Anderson brincou dizendo que ele curtia, e Naldo afirmou que se não fosse o caso, ele teria dito claramente. Paula aconselhou Dineia seguir o conselho de Manuel e não assustar o garoto.

Aos poucos, as pessoas foram se levantando da mesa e indo para a pista de dança. Quando começou a tocar sertanejo e pisadinha, formou-se uma roda onde cada convidado precisava entrar e dançar. Foi engraçado ver as pessoas se divertindo, mas confesso que me senti um pouco envergonhado ao entrar na roda, pois não sou fã de sertanejo. No entanto, fiquei ali porque estava muito divertido.

Ícaro também estava dançando na pista, levando cerveja para a galera, seduzindo com seus movimentos e chamando a atenção dos convidados. Anderson percebeu que eu também estava viajava observando aquele garçom, e me aconselhou a disfarçar. Manuel se aproximou e, diferentemente do meu primo, não estava com ciúmes, mas queria saber se eu estava gostando da festa. Confirmei que sim e o incentivei a aproveitar também.

Nessa altura, a vontade de urinar se tornou incontrolável, então fui ao banheiro. Para minha surpresa, encontrei Daniel urinando no mictório. Fiquei meio desconfortável com a situação. Ele olha desconfiado, como se eu estivesse ali para olhá-lo.

Daniel: Veio tirar a “água do joelho” também?
Eu: Já tirei.

Ainda urinando e olhando pra própria pica ele diz: Sua festa tá maneira.

Começo a lavar minhas mãos e digo: Tudo ajuda né! O local, as comidas, as pessoas…

Ele balança o braço o que interpreto como se ele tivesse sacudindo o pau, põe seu pau dentro da calça e depois fica ao meu lado na pia.

Daniel: Mas tem algo que você não citou que é muito legal.
Eu: O que?
Daniel: O aniversariante.

Tento ser educado, eu digo: Sou maravilhoso.

Ele se aproxima mais segura o meu braço e diz: E gostoso!

Puxo meu braço, ele me olha sério e percebendo que eu estava sem graça diz: Calma não vou te agarrar não.

Eu: Daniel, acho que você bebeu demais.

Saí do banheiro e encontrei Ricardo me procurando. Ele perguntou onde eu estava e disse que todos estavam me procurando. Voltei para junto dos meus amigos e pedi para meu irmão colocar Anitta para eu e meus amigos dançarmos e arrasarmos na pista. E assim fizemos, dançamos e nos divertimos muito. No momento em que a música parou, Ricardo usou o microfone para chamar a atenção e chamou meus pais.. Isso fez meu coração acelerar.

Meu pai pegou o microfone e com uma voz embargada disse:

“Hoje, eu gostaria de compartilhar com vocês algo muito especial sobre meu filho, Renato.
Antes de tudo, eu quero que todos saibam o quanto eu o amo, o quanto me orgulho do filho maravilhoso que tenho.
Renato é uma pessoa incrível, e sua sexualidade não muda em nada o que ele é para mim. Ele é meu filho, e o amor que sinto por ele é incondicional. Eu o amo por sua bondade, por sua alegria contagiante e por seu caráter.
Hoje, quero enfatizar que Renato é um presente de Deus em minha vida e na vida de todos que o conhecem. Ele tem seu próprio caminho, suas próprias experiências e aprendizados, e eu estarei ao seu lado, apoiando-o e amando-o incondicionalmente, independente de qualquer coisa.

Nosso laço de pai e filho é forte e verdadeiro, e eu quero que ele saiba que estarei sempre aqui para apoiá-lo, respeitá-lo e amá-lo, independente da orientação e das escolhas que ele faça. A única coisa que importa para mim é que ele seja feliz e viva uma vida autêntica.

Eu te amo filho.”

Cara, foi uma emoção surreal ouvir tudo aquilo que meu pai disse no discurso. Eu juro, não conseguia conter as lágrimas de gratidão que rolavam pelo meu rosto. Ele me encheu de tanto amor e orgulho, cara!

Sabe, nem sempre é fácil ser quem a gente é, especialmente quando se é gay, mas meu pai simplesmente me mostrou que o amor dele por mim é inabalável. Eu sabia que ele me apoiava, mas ouvir isso assim, de forma tão sincera e pública, foi algo que mexeu demais comigo.

Minha mãe pegou o microfone e meio sem jeito começou a falar:

Hoje é um dia muito especial, pois quero compartilhar algo com vocês. Meu coração está cheio de emoções, e eu preciso falar abertamente sobre isso.

Diferente do meu marido, eu tive dificuldades em aceitar a orientação sexual do Renato. Eu sei que errei, e assumo toda a responsabilidade por ter causado sofrimento ao meu filho. Peço perdão, de verdade, Renato.

Mas você sabe, o tempo me mostrou que o amor incondicional é mais forte do que qualquer preconceito ou ignorância que eu possa ter tido. Aprendi que o que importa é a sua felicidade, meu filho, e eu quero te ver sempre sorrindo.

Foi um processo de aprendizado e crescimento, e hoje, com o coração aberto, eu digo que te amo exatamente como você é. Minha preocupação não deve ser com a sua orientação sexual, mas sim com a sua alegria e realização pessoal.”

Levantei e fui ao encontro deles para abraçá-los.

Os convidados começaram gritar: Discurso! Discurso!

Olhei para eles e vi que muita gente estava emocionada, meus amigos então nem se fala. Manuel se levantou indo em direção ao banheiro.

Respirei fundo:

“Antes de tudo, preciso compartilhar uma coisinha que rolou no começo da festa. Escutei alguém comentando que a festa está colorida porque está é uma festa de viado. Sei que não esperavam que eu ouvisse, mas olha, não tô nem aí! Hoje é uma festa neon, mas e se fosse uma festa com o tema da bandeira da comunidade LGBTQIA? Qual o problema? O importante é que hoje só quero receber coisas boas e espalhar amor.
E sabe o que foi incrível? As palavras lindas que ouvi dos meus pais! Isso, para mim, é o carinho de Deus se manifestando na minha vida. Olha só os pais perfeitos que Ele colocou no meu caminho!
Pai e mãe, eu sei que ninguém planeja ter um filho gay, mas acreditem em mim, nenhum gay escolhe ser assim. É quem eu sou, é parte de mim, e eu não poderia estar mais feliz e orgulhoso disso.
Quero agradecer de coração pela família maravilhosa que tenho. Vocês sempre me apoiaram, me amaram incondicionalmente, e isso é o que realmente importa.”

Fui aplaudido novamente e a música começou a rolar.

Passei de mesa em mesa agradecendo todos que estavam ali, quando cheguei na mesa do meu primo que falou que o tema da festa era de viado, sorri para todos que estavam com ele e disse: O tema da festa é Neon, as cores da bandeira do arco-íris são outras. Informem-se.

Ao voltar pra mesa de meus amigos noto que Manuel não estava lá, pergunto pra Gil se ela havia visto Manuel, ele diz que não.
Pergunto a Anderson que diz que ele tinha ido ao banheiro.

Vou ao banheiro e nada de Manuel, será que ele passou mal e foi pra casa? Fui perguntar ao Pedro, que disse que pediu para Manuel resolver uma coisa pra ele, que já estava a caminho.

Sento um pouco com meus pais, e mais uma vez agradeço por tudo que eles já fizeram por mim.

Ricardo, meu irmão, tinha mudado a música para uma melodia lenta e romântica.

Então, de repente, ele liga o microfone e abaixa o volume da música. E agora? O que mais ele tinha aprontado? Olhei para meus amigos em busca de respostas, mas eles também estavam tão surpresos quanto eu.

Mas então, Ricardo revela que tem mais uma surpresa. Eu, brincando, peço para ele parar com aquilo, mas no fundo, estava curioso.

E aí, acontece o inimaginável. O povo começa a aplaudir, e eu me pergunto o motivo. Até que, com os olhos marejados, vejo Manuel, todo elegante em terno e gravata, com um lindo buquê de girassóis, caminhando em minha direção.

Eu estava em êxtase, sem palavras para expressar o que sentia. Meus olhos se enchem de lágrimas de emoção, e meu coração dispara e parece que vai saltar pela boca.

Ele estava ali, vindo até mim, todo emocionado, todo lindo, e eu sentia como se estivesse vivendo um sonho, um conto de fadas. A emoção era tanta que eu mal conseguia me expressar, estava completamente bobo com tudo aquilo.

Ele me entrega o buquê, seguro a emoção, ele ri e pega o microfone:

Renato,

Cara, você não sabe o quanto foi difícil não responder suas mensagens, mas agora você vai entender o motivo de eu ter me afastado um pouco. Sabe, entrar na sua vida foi uma reviravolta completa, e eu não estava preparado para o furacão de sentimentos que você trouxe.

Quando menos esperava, eu me peguei completamente apaixonado por você. Foi como se tudo ao meu redor perdesse o foco e só você estivesse em destaque. É meio clichê, eu sei, mas é a mais pura verdade.

E, ao longo desse tempo, você foi o apoio que eu precisava para lidar com meus traumas, minhas inseguranças e, claro, com a questão da minha orientação. Você me fez enxergar o quanto a vida pode ser incrível ao lado de alguém que realmente importa.

Renato, você é a pessoa certa, aquela que me completa de uma forma que eu nem sabia que era possível. E eu não quero mais fugir disso, não quero mais me esconder. Quero me jogar de cabeça nesse amor que sinto por você.

Então, aqui estou eu, abrindo meu coração, porque, cara, eu tô disposto a encarar tudo, a enfrentar qualquer obstáculo ao seu lado.

Espero que você me entenda e queira continuar essa história maluca e maravilhosa ao meu lado. Porque, sem sombra de dúvidas, você é a pessoa que eu quero ao meu lado em todos os momentos.”

Depois do ocorrido com Cristiano, eu nunca imaginei que esse momento tão especial aconteceria neste dia. Quando Manuel se ajoelhou, pude sentir meu coração acelerar e as lágrimas surgirem em meus olhos. Parecia uma cena de filme romântico que agora se tornava realidade diante dos nossos olhos.

Ele tirou uma caixa de alianças do bolso, ele segurava a aliança que representa nosso compromisso mútuo. Ao perguntar se eu queria namorar com ele, mal conseguia conter a emoção que transbordava em meu peito. Minha voz se perdia na garganta, mas minha cabeça, de forma inequívoca, balançava afirmativamente.

Sem precisar pronunciar uma palavra sequer, nossos olhos se encontraram e disseram tudo o que precisava ser dito. Sorri, me aproximei dele, e nossos lábios se encontraram em um beijo, carregado de amor e felicidade.

E ali, na presença de todos, trocamos as alianças de compromisso. Só depois lembrei de Anderson, que também seguia aos estava emocionado, Manuel então sussurra pra mim: “Ele sabia de tudo.”

Pego o microfone e num tom de ironia digo: “Agora sim, é uma festa gay”, fazendo grande parte da festa rir de meu comentário.

Meu irmão anuncia que é hora de cantar os Parabéns, então vou para a mesa e todos se aproximam. Antes de apagar a vela, faço um pedido mental: que Anderson consiga resolver todas as pendências para formarmos um trisal.

Volto para a mesa e abraço meu primo e agradeço; ele diz que não há necessidade de agradecer. Dessa vez, Manuel senta ao meu lado e segura minha mão. O bolo começa a ser servido, e para agilizar, minha mãe e minha tia ajudaram Geovane e Ícaro a servir o bolo, a torta e os docinhos.

Aos poucos, meus convidados começam a se despedir de mim, exceto minha tia e seu filho preconceituoso e vão embora. Mais tarde, meu pai me revela que minha tia foi pedir desculpas a ele e à minha mãe. Ele a ela que deveria pedir desculpa a mim, e não para eles. Meu pai confessou que adorou a resposta que dei a ela no microfone. Estando apenas com os mais próximos no sítio, meu pai libera Geovane e seu filho para aproveitarem a festa. Eles tiram os uniformes e Ícaro se junta a nós.

Anderson: Vem cá, garçom!

Ícaro senta entre meu primo e Dinei.

Ícaro: Agora não sou mais garçom. Se quiserem alguma coisa, sirvam-se.

Dinei se levanta e pega cerveja para todos, mas quando vai entregar a cerveja para Ícaro, ele diz: “Pode deixar que eu sirvo. Posso te oferecer algo que garanto que vai gostar.”

Essa ousadia de Dinei não é comum, na verdade, ele está agindo assim por causa do álcool.

Ícaro pega a cerveja e não diz nada.

Manuel: Dinei, tu vai assustar o cara. Ícaro, ele é maneiro, só está um pouco bêbado.

Pouco tempo depois, Ícaro se levanta e me chama; vou até ele.

Eu: O que foi?
Ícaro: Todo mundo naquela mesa é gay?
Eu: Mais ou menos. Por quê?
Ícaro: Aquele negão forte e aquele outro ali nem parecem (aponta para Anderson).
Eu: Nem todo gay é afeminado… Então, o negão é mestre de capoeira e o outro é meu primo.
Ícaro: Diz pro seu amigo ir ao banheiro, estarei lá esperando por ele. Mas você vai ficar do lado de fora para cobrir.

Digo ok, volto para a mesa e chamo Manuel para ficarmos perto do banheiro. Antes de ir, falo para Dinei ir ao banheiro pois alguém o aguardava lá. Dinei segue e e Manuel e vai encontrar Ícaro.

Enquanto os garotos estão lá dentro, eu fico abraçado com Manuel, que me acaricia. Ficamos ali por uns longosminutos até que Dinei sai todo feliz do banheiro.

Vou com ele para a mesa enquanto Manuel espera Ícaro sair.

Eu: Me diga que aproveitou, por favor!
Dinei: Claro, meu amor!
Eu: Aproveitou como?
Dinei: Beijando e chupando.
Eu: Arrasou, bixa.

Quando voltamos, Naldo e Gil também não estavam lá. Pergunto a Anderson e a Paula sobre eles.

Anderson se enrola todo ao tentar explicar.
Paula vai direto ao ponto: “Eles desceram para onde os carros estão estacionados, ou estão no carro ou foram para o mato, sei lá o que estão fazendo.”

Pedro e Verônica vêm se despedir, agradecem pelo convite e dizem que curtiram a festa. Pedro chama-me de genro e oferece carona para quem precisar. Três pessoas aceitam a carona: Paula, Geovane e consequentemente Ícaro.

Convido o Ícaro para passar a noite no sítio, mas ele me diz que precisa da autorização de seu pai. Vou falar com o Geovane para pedir permissão para que seu filho possa dormir conosco. Expliquei que no domingo passaríamos o dia inteiro juntos e teríamos a piscina disponível. A princípio, Geovane hesita, argumentando que o Ícaro mal nos conhece. No entanto, meu pai intervém e tranquiliza o Geovane, dizendo que nossa família está acostumada a alugar aquele espaço e que é seguro, inclusive se comprometendo a deixar o Ícaro em sua porta de casa depois. Somente assim, Geovane autoriza seu filho a ficar conosco.

Logo após da autorização, Geovane e Paula partem para casa de carona com Pedro e Verônica.

À medida que a noite avançava, definimos onde dormiríamos. Meus tios e pais foram para os quartos que sempre ocupam quando passam o Natal aqui. Meu irmão e Letícia ficaram no quarto que no Natal era reservado para as meninas, pois, no momento, só minha prima Tati estava lá, e ela foi dormir no mesmo quarto com os pais. Daniel dormiria conosco, mas a namorada possessiva, Amanda, acabou levando-o para dormir onde Ricardo e Letícia também ficariam.

Na varanda, ficamos eu, Manuel, Anderson, Naldo, Gil, Dinei e Ícaro. Como estava apenas nós no sítio, aproveitamos para comer, e não é para me gabar, mas estava tudo delicioso.

Depois de comer, minha mãe nos chamou para ajudar a arrumar toda a bagunça da festa, e com tanta gente ali, foi rápido guardar as mesas, varrer o chão e tirar o lixo, desmontar o painel e guardar as comidas. Com tudo arrumado, os adultos foram para os seus quartos.

Ícaro estava mais comunicativo agora; creio que ele se sentiu mais à vontade com a saída do pai. Dinei estava muito grudado nele, como se fosse o namorado do garoto.

Chamei Dinei e pedi para ele ficar tranquilo e maneirar, afinal, ninguém ia pegar o Ícaro, pois todos já tinham seus parceiros ou namorados. Falei ainda que em breve eles dormiriam juntos e que ele teria a chance de estar com o Ícaro novamente.

Voltamos para a mesa e resolvemos jogar verdade ou desafio. Eu não gosto muito desse jogo, pois considero arriscado, especialmente quando se esconde um segredo. Talvez seja por isso que Naldo não quis participar, e Manuel acabou fazendo companhia e bebendo com ele na mesa. Letícia sugeriu que, em vez de rodar a garrafa, cada rodada uma pessoa responderia às perguntas de todos da roda, e poderia fazer uma pergunta por rodada.

O primeiro a ficar no “olho do furacão” foi o Ícaro, a carne nova do pedaco. Através das perguntas, ficamos sabendo que ele não se considerava nem gay nem bissexual, que de vez em quando, ficava com homens quando sentia atração. Contou que já recebeu proposta para transar por dinheiro , mas ele não aceitou pois não era garoto de programa. Ele também contou que a primeira experiência sexual foi com o seu primo, na infância. Na cama, ele era somente ativo. Ele namorou uma garota por dois anos, mas terminou devido ao excesso de ciúmes dela. Disse que pretendia fazer faculdade de engenharia e que, às vezes, ajudava o pai fazendo “bicos” de garçom.

Daniel respondeu às perguntas tranquilamente. Quando questionado se pretendia se casar com Amanda, disse que não fazia planos para o futuro, que vivia o presente. Porém, mencionou que, quando se investe em um relacionamento e fica com alguém por mais de dois anos, não se pensa em terminar. Sobre a sua vida sexual com Amanda, ele disse que não tinha do que reclamar, pois ela o satisfazia completamente. E acrescentou que ele era insaciável, sempre querendo mais.

Anderson foi questionado sobre não ter uma namorada, apesar de sempre ficar com as meninas mais bonitas. Ele respondeu que, em um determinado momento da vida, a quantidade não importa tanto quanto a qualidade. Atualmente, ele busca por algo mais significativo e ainda não encontrou alguém especial, por isso continua solteiro. Daniel perguntou a Anderson se ele já havia ficado com alguém da família. Anderson respondeu que a família é grande e que era óbvio que sim, que já ficou com uma prima da família paterna dele.

Ricardo compartilhou que já foi cantado por vários gays, porém em uma das vezes o cara passou a mão nele, daí ele discutiu com a pessoa, mas nas outras vezes simplesmente ignorou. Ele enfatizou que não há possibilidade de ter algo com outro homem, pois ele se sente atraído por mulheres. Além disso, revelou que sua posição sexual favorita era comer a mina de quatro e que tinha planos de casar e trazer Letícia para morar em Volta Redonda.

Eu respondi a todas as perguntas, mas omiti alguns fatos. Confessei que sou gay desde que me entendo por gente. Disse que já fui assediado por algumas pessoas, inclusive gente da família tradicional. Quanto à minha vida sexual, eu disse que era versátil, mas com uma preferência mais passiva. Daniel continuou insistindo em perguntar se eu já havia ficado com alguém da família, mas eu neguei e fiz uma brincadeira, dizendo que ” isso acontece nas melhores famílias”.

Dinei revelou que não foi fácil esquecer Manuel, e que, no começo, ficou muito magoado comigo, mas que superou tudo após uma conversa que tivemos. Ele disse que não vive a vida da forma que queria por morar em um lar com pais evangélicos. No momento, ele está procurando um emprego para sair de casa e acredita que só será verdadeiramente feliz quando encontrar alguém especial.

Uma das respostas mais chocantes do jogo veio de Gil, que ao responder a primeira pergunta, desabafou tudo o que estava guardado por anos. Ele contou que era o “gay afeminado” da família e que cresceu sendo xingado e insultado pelos familiares, que pediam para ele “virar homem”. Revelou que sua primeira experiência sexual foi com um menino da sua rua enquanto brincavam de esconde-esconde, e que foi abusado por seu tio que morava com ele durante muitos anos. Gil relatou que uma vez, quando foi comprar um refrigerante no bar perto de sua casa, o dono o levou para o banheiro e o obrigou a fazer coisas indesejadas.

Ele começou a chorar, e Letícia e eu tentamos consolá-lo, mas ele pediu para que o deixássemos continuar a falar.

Gil: “O dono do bar ameaçava contar para minha família, e por isso, pelo menos uma vez por semana eu tinha que ir lá transar. Meu tio ficou sabendo, e eles tiveram uma briga feia. Nesse dia, apanhei muito do meu tio, e como minha família não tinha o conhecimento dos abusos dele, eu ainda sai como o errado.
Os abusos só acabaram porque eu ameacei contar na escola, com medo de que os professores chamassem o conselho tutelar ou a polícia ele parou. Hoje nem nos falamos mais. Mas em compensação estou vivendo os meus melhores dias com um cara que tem preenchido todo esse vazio que senti por anos.”

Não foi preciso dizer nada, Naldo levantou e foi de encontro com Gil e o abraçou, logo depois todos abraçaram Gil em abraço coletivo.

Naldo levou Gil para tomar água e sentaram-se em um banco, onde ficaram conversando. Letícia e Amanda nem quiseram responder mais, e o jogo de perguntas acabou.
Ricardo e Letícia nos desejaram boa noite e foram para seus quartos. Daniel e Amanda ficaram ali por um tempo namorando, mas logo decidiram ir para o quarto também, mas antes de ir Daniel, com um tom sarcástico, disse: “Boa noite, molecada! Juízo, hein!” e foi para o quarto.
Dinei chamou Ícaro para ir para a varanda, onde trocaram beijos e carícias.
Eu, Manuel e Anderson permanecemos na mesa conversando.
Eu: Daniel sabe de alguma coisa.
Anderson: Tô ligado! Ele não disse isso diretamente, mas o fato de fazer aquela pergunta somente para a gente, deixou claro que ele sabe de algo.
Manuel: Vocês acham que ele faria algo?
Eu: Não sei… o que você acha, Anderson?
Anderson: Não duvido de nada. Mas amanhã vou ter uma conversa com ele.
Eu: Pelo amor de Deus, Anderson, não vá piorar as coisas.
Anderson: Só vou conversar com ele, aliás, nós vamos.
Gil e Naldo se aproximaram, e ao sentar, Naldo abraçou seu menino e perguntou sobre o que estávamos conversando.
Anderson: Sobre nada.
Naldo: Tá me tirando? Estavam falando agora mesmo.
Eu: Conta a verdade. Depois do desabafo de Gil e de ver Naldo cuidando dele, acho que eles merecem saber.
Manuel: Por mim, tudo bem.
Gil, sem entender, perguntou: Saber o quê, gente?
Anderson: É uma coisa complicada, talvez vocês não entendam.
Naldo: Acho que imagino o que seja.
Visivelmente nervoso, Anderson respondeu: Naldo, você e Gil, por exemplo, nunca falaram para ninguém sobre o relacionamento de vocês.
Gil: Anderson, você é gay enrustido?
Anderson: Não! não é isso! É que eu… é que a gente…
Eu: Nós três somos um trisal.
Gil: O quê?
Houve um silêncio.
Gil, sem acreditar no que acabara de ouvir: Repete! O que você disse?
Eu: Eu, Anderson e Manuel somos um trisal.
Gil: Que babado! Mas isso não seria errado? Um trisal? Com o primo no meio?
Naldo: Na verdade, eu imaginava que você e Manuel tivessem um relacionamento aberto, sacou?
Gil: Mas por que você não me contou antes, Renato?
Anderson: Por minha causa. Ninguém imagina que sou bi, e pior ainda, nem sonham que eu e Renato ficamos.
Eu: Mais ou menos, né? Porque parece que Daniel está desconfiado ou sabe de alguma coisa.
Gil: As perguntas dele agora fazem todo o sentido agora. Mas e aí?
Manuel: Não sabemos o que fazer. Anderson quer falar com ele.
Naldo: Quero que saibam que, embora pareça loucura, podem contar com a gente. Eu aconselho a não fazerem nada, nem conversar. É isso que ele quer. Dê mais corda.
Eu: Também acho, é melhor deixar quieto.
Anderson: Sei lá. Mas vou ouvir o meu mestre.
Gil: Gente, estou realmente impactado. Renato, você tem dois homens maravilhosos pra chamar de seu.
Todos riram, e Anderson pediu para que eles não contassem para ninguém. Naldo e Gil garantiram segredo absoluto.
Gil sem noção e curioso diz: Deixa eu ver vocês se beijando.
Eu: Claro que não! Não agora. Falando nisso acho que é melhor a gente ir dormir né. Manuel: Tá cedo ainda, mas Naldo, se você quiser entrar no varandão com o Gil, tranquilo tá?
Naldo: Vocês não vão deitar agora não?
Anderson: A gente vai dar uma volta lá no campo, tomar banho no vestiario.

Falou Anderson mostrando a chave, que ele havia pedido para meu pai quando ficou definido que dormiríamos ali, alegando que só nos quartos que tinha ducha e que a gente do varandão precisaria de um banho.

Naldo: Pô, mas aí eu tô junto.

Anderson foi buscar as toalhas, eram duas apenas para nós cinco. Quando voltou disse que a putaria tava rolando, que Ícaro tava mandando pica em Dinei.

Olho para Gil que está chocado ao ver meu primo falar daquele jeito e rio.
Descemos para o campo e durante o nosso trajeto, eu e Gil deixamos os boys irem na frente enquanto conversávamos atrás. No tanto que meu amigo estava tenso questiono se estava acontecendo alguma coisa.

Gil: Então, eu não quero participar de uma suruba.
Eu: Mas quem disse que vai ter suruba?
Gil: A gente tá indo transar no mesmo lugar.
Eu: Bicha, embora eu tenha um relacionamento com os dois, isso não que dizer que nossa relação é aberta.
Gil: Vai ser estranho…
Eu: Como se você nunca tivesse feito isso, né? Esqueceu da gente com o Naldo, lá no ginásio?
Gil: Aí Renato, para de fala essas coisa!
Eu: Se você não quiser, fale com o Naldo e vocês retornam para o varandão.
Gil: Já que você está dizendo que não vai ser suruba, eu vou.
Eu: Somos um trisal, não estamos em um relacionamento aberto, nem somos adeptos do poliamor.

Quando chegamos ao vestiário, meu primo abriu a porta e após entrarmos a tranca.

O vestiário continua igual. Ele tem duas cabines com vaso sanitário e um mictório grande de concreto no lado direito. No meio, há um banco também de concreto, que geralmente é usado para sentar enquanto os atletas se trocam ou aguardam a vez de usar as duchas.

No lado esquerdo do vestiário, estão quatro duchas. Em frente à entrada e do banco, ficam os armários de concreto, que são nichos ou compartimentos que os jogadores guardam seus pertences.

Anderson foi tirando a roupa e entrando na ducha mas falou pra gente não demorar e evitar gemidos altos, que era pra gemer baixo.

Começamos então a tirar as roupas, eu e Manuel começamos a nos banhar, sobrando assim uma única ducha que foi ocupada por Naldo, mas Gil estava totalmente sem jeito e perdido em meio a tanto homem pelado.

Naldo: Tira essa roupa logo, Gil.

Só assim, Gil tirou sua roupa e foi para baixo da ducha beijar Naldo.

Anderson se aproximou ficando atrás de mim, Manuel veio ficando frente a frente comigo e nos beijamos Anderson sussurra em meu ouvido: “Vai dar gostoso pra gente.” Não respondo nada, mas me abaixo e começo a chupá-los, sempre fazendo revezamento de pica. Enquanto chupo, escuto som das estocadas que Naldo dava na boca de Gil o fazendo gemer. Quando vou chupar a pica de Manuel, olho para a cena e ver aquele negão bruto que segurava a cabeça de Gil que era todo delicado me deu um tesão da porra.

Voltei a mamar Manuel, que agora beijava Anderson.
Naldo: Porra bicho! Que tesão da porra ver vocês.

Anderson: Você não viu nada.

Anderson pede para que Manuel o chupe também. Manuel se ajoelha e assim trocamos carinho e beijos enquanto chupavamos o meu primo.

Naldo: Mentira que meu aluno gosta de chupar pica? Ah, se eu soubesse! Pra mim ele só curtia cú.

Anderson e Naldo se exibiam um para o outro.

Gil continuava chupando Naldo que não parava de socar na boca dele.

Mais uma vez na tentativa se exibir, Anderson segurou nossas cabeças, puxando nos cabelos, mandou o Mestre observar.

Ele mandava a gente engolir sua pica e depois que eu engolia, ele tirava da minha boca e mandava Manuel engolir. Depois de várias vezes tendo nossas gargantas invadidas pela pica de Anderson, ele finalmente nos levanta e nos beija.

Naldo também faz o mesmo com Gil.

Fui ficar de quatro no banco e para minha surpresa, Gil também ficou de quatro frente a frente comigo. Olhei para ele que estava meio sem graça e eu disse: “Bicha, relaxa tô levando pica igual a você.”

Naldo foi entrando em meu amigo, pois Gil gemia baixo porém descontroladamente. Enquanto meu cú era provado pelo meus homens que lambiam meu cú e mordiam minha bunda.

Naldo comia Gil, olhando diretamente pra mim e diz: Anderson mete vara nesse seu puto!

Anderson foi colocando o seu pau aos poucos, eu ia gemendo olhando para a cara de Gil que gemia mole e fino feito puta. Quando ele estava dentro de mim, começou a me meter gostoso, peguei a pica de Manuel e comecei a chupar eu sabia que a qualquer momento meu primo ia foder meu rabo. Dito e feito, ele começou a bombar dentro de mim, eu não parava de pagar boquete pois eu não queria gemer alto.

Diferente de Gil, que ao começar a gemer alto levou um tapa na bunda de Naldo, que o mandou aguentar pica no cu calado.
Anderson tirou seu pau, permitindo que Manuel me penetrasse, que também foi entrando me rasgando, mandando ver no meu cú. Eu mordia os lábios e gemia baixo. Mas Gil não conseguia, foi preciso eu tampar sua boca com uma de minhas mãos.
Tudo estava gostoso, ver meu amigo gemendo na pica do macho dele, ver meus homens me possuiam com prazer era demais.

Naldo: Caralho bicho! Que delicia.

Vi que Gil e Naldo não tiravam o olho de Manuel, quando fui ver estavamos transando em trezinho: eu estava de quatro sendo comido pelo Manuel que era fudido por Anderson.

Naldo puxou o cabelo de Gil, fazendo a cabeça de meu amigo ir toda para atrás e acelerou ainda mais suas metidas. Gil gemia baixo, mas ele chegava a revirar os olhos com tanto tesão. Meu amigo curtia e aguentava levar rola GG no cú, tanto que gozou nesse momento.

Senti que Anderson metia com mais intensidade em Manuel pois além dele gemer automaticamente as metidas de Manuel em mim aceleravam também.
Eu me acabei na punheta e gozei, Anderson urrou logo em seguida, Manuel não parava de me fuder, Naldo avisou que ia gozar, tirando o pau e gozando no rosto de Gil. Logo após, Manuel veio até a mim e gozou em minha boca.

Voltamos para a duchas e mais uma vez trocamos beijos e carícias, logo após o banho vestimos nossas roupas e saímos.

Subimos para o varandão e Dinei perguntou onde estávamos. Anderson disse que a gente estava tomando banho no vestiário, e entregando a chave a eles disse que ele deviam fazer o mesmo.

Com a ida de Dinei e Ícaro para o vestiário, nos deitamos, eu e meus boys namoramos mais um pouco.

Anderson nos deu boa noite e precavido como sempre, se levantou e afastou o seu colchão do nosso, antes que Ícaro e Dinei chegassem.

Dei boa noite para todos, e Naldo e Gil , pararam de beijar apenas para me responder.
Nem vi os meninos voltarem do vestiário, devido ao cansaço apaguei.

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17 Comentários

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  • Responder putitigggg ID:jsj37hhucly

    atualizaaaaa

  • Responder putiti ID:jsj37hhucly

    cade atualização

  • Responder Ethan ID:g3jt9noic

    Esse conto sem dúvida nenhuma é o melhor do site, vejo muita gente falando que tá longo, que não acaba nunca, mas claramente ainda tem muito pano pra manga, isso pela perspicácia do autor de desenvolver extremamente bem os personagens secundários, o que torna a estória extremamente interessante, mal posso aguardar pelas próximas aventuras desses três.

  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    Conto muito grande cheio de detalhes desnecessários nem li até o final

    • Metoopau ID:1e6qi93at7jw

      Porque perdeu seu tempo comentando? É cada um que aparece.

    • PUTOVR ID:1cqxoff0vheu

      Luiz, eu já lhe disse milhões de vezes, se o meu conto não está lhe agradando, por favor busque outro aqui no site pelo qual você se identifique.
      Não vou mudar a história porque o alecrim dourado quer que os irmãos transem, não vou mudar a história porque você simplesmente não gosta dos detalhes escrito nela.
      Lamento informar, mas é impossível agradar a todos.

    • Metoopau ID:1e6qi93at7jw

      Só estou achando que de certa forma estão mudando a personalidade de alguns personagens da história ( se isso é bom ou ruim é outro questionamento), e exemplo disso é o Daniel, o Daniel da época do Carnaval não é o mesmo do Daniel desses últimos contos, o mesmo acontece com o Anderson, personagem que também mudou de comportamento. Aguardando os próximos capítulos para ver como é que fica.

  • Responder John ID:1el4j8kzb8j2

    Cada página uma nova emoção, obrigado Renato por toda essa história maravilhosa.

  • Responder Fã do trisal e do daniel ID:gstyekdjz

    Mais um capítulo incrível, pra mim sem dúvidas esse foi o melhor, continue esse conto maravilhoso. Que o daniel não seja um babaca e ele e o renato consigam ter uma ficada juntos

  • Responder Breno ID:1emojdvtld1t

    Essa porra não acaba nunca…

    • PUTOVR ID:1cqxoff0vheu

      Breno querido, a sua porra eu não sei , mas este conto, como pode ver ainda continua rendendo.
      Quem acompanha não reclama, se não se identifica é só buscar outro conto. Opção não falta aqui no site. Um forte abraço.

  • Responder Fael ID:1elbpfyqxpif

    A história já esta ficando repetitiva

  • Responder Eu ID:2ql4dg7hl

    Gente boa, não erro em dizer que essa série é a melhor que li nesse site. Fico na torcida para que o Anderson, Renato e Manuel encontrem uma forma de levar esse trisal com o conhecimento da família, pelo menos. Isso de o Anderson ter que se afastar de Renato e Manuel, não é legal. Parabéns, PUTOVR!!!!!!!!!!!!!

    • PUTOVR ID:1cqxoff0vheu

      Que bom que tem gostado da série, eu adoro receber os feedbacks de vocês.
      Sua torcida é para o trisal, será que eles vão conseguir um final feliz juntos?
      Um forte abraços!

  • Responder Caiçara ID:fi07cbmm4

    Maravilhoso como sempre

    • rbd ID:1ee5z5aza41v

      Cada capítulo fica melhor

    • PUTOVR ID:1cqxoff0vheu

      Vc sempre por aqui!
      Obrigado pelo carinho de sempre.