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Isekai — Bordel das Lolis — 3

1731 palavras | 5 |4.50
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Depois de um mês a bordo da caravela Valésfhér, aprendi mais sobre o mundo do que durante todos os anos no orfanato.

O capitão Juba de Porco tinha um vulgo perfeito. O cabelo e a barba pareciam uma coisa só, como uma juba, porém ele não lembrava um leão em nada, gordão, e fedido, porco era o animal que ele melhor emulava. Fora que ele curtia enfiar a mão, e até o braço, no cu das fêmeas da tripulação, o que não raramente deixava resquícios de merda nas vestes dele; exceto na chuva, ele nunca se banhava, e não lembro de ver ele usar roupas diferentes…

Valésfhér, além de nomear a caravela, era o nome de uma deusa, uma das treze irmãs filhas de Œfren, a Deusa Criadora; os templos da religião da Criadora se dividiam em treze facções, famílias nobres os controlavam, e monopolizavam as rotas marítimas nas áreas de tais templos, isso nos arquipélagos próximos.

O mundo, pude ver num mapa de Finnan, era composto por milhares de arquipélagos e ilhas, nem todas eram habitadas, e, certamente, o mapa possuía imprecisões.

A área em que estávamos era batizada Necrópole de Vime. A Necrópole era formada por três arquipélagos que possuíam centenas de ilhas.

O culto de Valésfhér dominava dois arquipélagos, e o culto do Crisol, ou, como o chamavam ali, culto da Deusa Borgianwä das Colheitas, era a lei em outro arquipélago, onde estava a ilha em que fui criado.

Para fazer a proteção de tamanho território, os nobres contratavam guildas, e muitas dessas funcionavam em caravelas.

As guildas dividiam missões de extermínio de monstros e criminosos.

Ao todo trezentos e setenta e seis faziam parte da guilda Funesta. E a maior parte desses estava em missões espalhadas pela Necrópole de Vime.

Além de parte da tripulação, que incluía seres armados com todos os tipos de armas e armaduras medievais, quando nos aproximamos do ponto de chegada, escravas foram levadas ao convés. Elas permaneceram escondidas até esse momento, porém era nítido que todas pertencia à mesma região da escrava dos halflings, que eu ainda admirava nas orgias após meus exaustivos dias de trabalho limpando as cabines e corredores de Valésfhér.

Com as mãos e pescoços acorrentados, vinte mulheres, todas humanas, cobertas apenas por véus negros, caminharam até a ordem de Juba de Porco as deixar ajoelhadas.

Parte da tripulação assistia tudo atentamente, e eu estava entre esses.

Olhando no oceano só via as mesmas ondas negras, e a chuva que não ofertava trégua nem por um segundo. Não tinha sinal de terra em nenhuma direção.

Do meio da miríade de raças distintas uma mulher caminhou. Uma elfa. A mesma elfa que vi com o elfo que brigou com o draconato. Ela tinha cabelos loiros como ouro, e um corpo fino e esguio, que passava certa imagem nobre, apesar das marcas no rosto, que, inconfundíveis, denunciavam socos e tapas.

Ela caminhou até uma das mulheres ajoelhadas; e desceu no pescoço da humana uma lâmina de prata em meia-lua.

O sangue verteu pelo convés, e as outras escravas precisaram ser seguras pelos marinheiros que desceram das cordas ligando as velas e os mastros.

A voz da elfa soou tranquila conforme ela apunhalava mais e mais vezes:

— Eu invoco meu Senhor, aquele que abre as águas e faz de um povo grande nação entre vermes e imortais. Aqui abraço a morte e lhe entrego… — eram palavras mágicas! Por mais que existissem monstros, magia era algo novo. Eu nunca tinha visto nada parecido. Conforme as palavras da elfa aumentavam de intensidade, e outras escravas eram sacrificadas, o sangue que jorrava no convés levitava, criando brumas carmesins em meio à tempestade. — A voz e a torre se encontram, e dentre os sopros que são viver eu vejo o tétrico da perdição que é permanecer. Me leve para casa. Para o lar de outrora. Em minha magia, seu presente, te agradeço e compartilho minhas amadas. Tu és meu Senhor. E eu sou sua escrava.

A magia, em oração, acompanhava os passos da elfa, que não possuía piedade. O punhal perdia o corte, e ela usava a força e precisava partir a carne nos pescoços várias vezes em meio aos gritos de desespero e as vozes implorando misericórdia. A misericórdia era a misericórdia de Cristo, ceifando toda a esperança daqueles condenados ao mundo real. Eu vi na elfa uma beleza messiânica.

A elfa terminou os assassinatos ainda pronunciando palavras, agora numa língua que eu não conhecia, caminhando com os braços abertos, como se regesse o ar; Juba foi até um dos cadáveres adormecidos em sangue.

Ele retirou as próprias vestimentas e deitou acima da escrava morta, fodendo sem demora; foi o sinal para que outros fizessem o mesmo.

E muitas eram as raças que penetraram as bocetas e cus; humanos; elfos; ferais, que eram como humanos, mas com características de animais; anões; tieflings, que eram como humanos demoníacos; halflings; genasis, de pele em cores como azul e até rosa e vermelho; um gnomo velhaco; uma fada, do tamanho do meu punho esquerdo, que tinha pica, talvez fosse um fado, não sei, parecia uma menina meio inseto, com cabelos ruivos e asas de libélula; esses os que eu sabia o nome, por exemplo, o que mais me chamava atenção era um cara de três metros que eu só tinha visto uma outra vez, pois ele quase não saía da própria cabine, bom, com as putas, quatro elfas negras, que viajavam com ele eu também não sairia, de qualquer forma, não sabia o nome da raça dele, tinha um tipo de luz nos olhos, apesar de ser humano no resto do corpo; a rola do desgraçado era maior que meu braço esquerdo; enquanto ele fodia, alguns dos cus até saíam para fora!

Tentei adentrar a orgia com cadáveres, mas, agressivos, não me deixaram participar.

Acho que eu ainda não era parte da Funesta.

Ainda assim, quem não se impressionaria com a foda?

O corpo de uma das gostosas estava caído de modo que a bunda dela apontava para cima. O draconato e Vilkas, um humano que era o principal dos cozinheiros da caravela, disputavam a escrava morta.

A bunda da gostosa recebia a pica do cozinheiro, que depois de instantes era empurrado para o lado pelo draconato com a rola dura fodendo, deitando em cima da morta. Eles quase saíram na mão, até que compreenderam o óbvio, a mulher não reclamaria de receber as duas rolas ao mesmo tempo no cu.

Um halfling, Torri, amigo de Finnan, se arrastou para baixo da morta com as duas rolas no cu e logo começou a usar os peitos da escrava para punhetar o delicado pau, que era como de criança na aparência.

Tirei o caralho para fora, e, emocionado, logo fui contagiado pela foda, bati punheta me exibindo aos céus, e ao próprio Cristo, forçando o orgasmo, que veio, como de costume, sem uma gota de porra.

Caminhei até a proa de Valésfhér, e a elfa maga continuava as orações da magia, suspirando palavras observando o oceano. Era uma espécie de transe, pois olhos da elfa permaneciam brancos.

As brumas ao redor da caravela se tornavam espessas, e me inclinei observando as ondas cortadas pela madeira negra.

Da água salgada surgiu o primeiro, na esquerda da embarcação. Eu corri para ter certeza do que via. E pensei em gritar ou avisar os outros, porém, compreendi que aquilo era parte do ritual.

A orgia dos cadáveres sendo fodidos permanecia conforme a criatura se levantou. As escravas mortas penetradas em boceta e cu quase não eram vistas entre os machos; e, guiadas pelos fodedores, mesmo as mãos da mulheres punhetavam e extraiam porra, que se misturava ao sangue no chão e nos corpos dos apaixonados.

Um ser colossal, com tentáculos incontáveis no lugar das pernas, e tronco como de homem, de pele cinzenta, expelindo, ou sendo gerado, pelas brumas carmesins. A criatura não tinha rosto, e era parte vaporífera, mesmo que os tentáculos cortassem as águas acompanhando o mover da caravela. E outra igual à primeira, também com pelo menos cem metros de altura, surgiu à direita de Valésfhér.

As duas criaturas moveram os braços, que eram dezessete pares, e tocaram com as mãos, que eram como mãos humanas enormes, no mesmo ponto, no ar.

Eles enfiaram as mãos na própria realidade, rasgando o ar, e criando uma fissura acima e abaixo das águas.

A caravela seguiu pelo caminho que se formou.

O espaço aberto lembrava um portão.

E passamos, deixando a chuva para trás.

No limiar do encontro dos dois cenários, os gigantes voltaram às brumas, e a fissura se fechou.

No novo cenário em que a caravela navegava, o céu azul, tranquilo, em nada lembrava o tempestuoso último mês.

Na nossa frente uma ilha, nela, uma torre de obsidiana que alcançava as nuvens no céu. A ruína da cidade ao redor da torre possuía construções em até seis andares, no estilo medieval, feitas de rochas brancas. E mesmo ao longe se via que tudo jazia abandonado.

A elfa vomitou sangue, e a segurei, impedindo que ela caísse no oceano. Ela me observou de perto e compartilhou:

— O que vive lá dirá se você é um dos nossos, ou lenha para o cálido das ambições de Juba…

Não a retorqui, pois lembrei “falai baixo, se falais de amor”*, o rosto, mesmo com marcas de agressões, era belo e jovem, e ela andava com classe, mesmo em meio à orgia que persistia.

*William Shakespeare.

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5 Comentários

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  • Responder Hm ID:1hfas0jh

    Eu ainda estou no aguardo…

    • kinee ID:13sti7jgfpj3

      também estou, já li umas 3 vezes e nada do autor continuar 😕

  • Responder Hm ID:1hfas0jh

    Aguardo parte 3, conto muito bom e diferente do habitual

  • Responder Apreciador Oculto ID:fi04j86id

    Cheguei tarde, mas cá estou agora. Novamente, continua sendo a obra mais entusiasmante que li este mês, não me decepcionou. Me pergunto, ao fim do capítulo, qual será o destino infesto deste protagonista, o verdadeiro homem em sua mais pura essência.

  • Responder Sluttyboy ID:40von6ruzrj

    Tem sido revigorante ver uma saga envolvente como essa, ansioso pro próximo sr.