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Eu, um ajuste de calça e dinho

1276 palavras | 1 |4.00
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Por conta da necessidade de ajustar uma calça comprida, conheci DINHO, que terminou virando um relacionamento sério e escondido meu por bons anos.

Eu tinha uns 18 anos, já trabalhava e tinha recebido de presente no Natal uma calça comprida de uma parente minha. Essa calça ficou escondida, meio perdida, e só depois de uns dois meses é que vi eu tinha de fazer a bainha das pernas. Não encontrei ninguém conhecido, o que me fez descer umas três paradas de ônibus do meu local, por ter visto um aviso “conserta-se roupa” em um primeiro andar de um prédio comercial.

Não tinha recomendação de ninguém, mas o serviço era simples e mostrei a DINHO (como o alfaiate gostava de ser chamado) a calça. Ele morava lá, a partir do primeiro andar, eram apartamentos residenciais, o que não impedia que alguns escritórios ou serviços existissem por lá. O atelier (vou chamar assim) era na sala e, para trocar de roupa, tinha uma cabine que se vê em algumas lojas (você se fecha com a cortina de pano grosso ao redor).

Vesti a calça, acertei o preço e DINHO me disse que estaria pronto em dois dias. Como era perto das 18h, ele até me convidou para tomar café, mas nem de perto aceitei. DINHO era um gay de uns 55 anos, bom corpo, parecia até ser mais novo, com roupas bem apertadinhas, bem “afetado”, trejeitos que não deixavam dúvidas e extremamente educado. DINHO puxou uma conversa, disse que a partir das 18h não atendia mais ninguém, que a porta de entrada na portaria só era aberta se interfonasse, etc.

Ele falou da vida, que tinha trabalhado em escola de samba no Rio de Janeiro, mas que a doença da mãe dele fez com que ele voltasse a viver em Recife e que ele não sairia mais. Disse que não queria mais namorado e que, quando fosse para receber alguém, era depois das 18h, para não confundir com o trabalho dele.

– No máximo, o bofe chega dizendo que veio buscar uma peça que deixou, eu peço para esperar, atendo quem estiver na frente e, quando os demais saem, fecho a porta e aí não tem mais trabalho, explicou DINHO

Eu o achei gente boa, mas era um gay afetado para mim, cheio de experiência e eu não queria conversa. Por coincidência, no dia em que fui buscar a calça, o ônibus atrasou e eu cheguei no atelier perto das 18h, até correndo por conta da hora. Entrei e só tinha um casal de idosos já saindo.

– Quase que não chego, teve um acidente de carro no caminho e haja engarrafamento, disse, ainda esbaforido
– Nem se preocupe, menino. Sua calça está pronta, vou só fechar a porta porque hoje trabalhei muito e não vou atender mais ninguém, respondeu DINHO (e eu nem notei a jogada dele)

Quando fui experimentar a calça, a cortina da cabine estava amarrada (DINHO tinha experiência).

– Eita, DINHO, olha como está, disse
– Ah, foi porque o senhorzinho que saiu tem medo de ficar sozinho e eu fiz isso para ele não ter medo. Coitado dele, mas eu fiquei de costas para ele não ficar com vergonha. Experimente a calça mesmo aí, tem ninguém mesmo

Eu, acostumado desde o colégio a trocar de roupa em vestiário de colégio, fui atleta de futsal e a gente ia para torneios em outros lugares, claro que não me fiz de rogado, tirei a minha calça e coloquei a nova. DINHO pediu para eu colocar meu tênis de novo para ver se o tamanho estava bom. Estava perfeito, mas ele insistiu em defender o tamanho por conta disso e daquilo (tudo cascata).

Quando troquei a calça novamente, estando só de cueca, DINHO me diz que só pelas minhas “bonitas” pernas já sabia que eu treinava algo. E desanda a fazer comentários sobre meu corpo e minhas pernas, de tal modo que tive de ficar apenas de cueca enquanto ele falava que eu deveria melhorar a postura, que a minha alimentação deveria ser melhor e outras conversas.

– Vai, vai, bota essa calça logo porque uma beleza dessa na minha frente só de cueca e a gente só não dá certo. Vixe!, disse ele rindo e tapando os olhos com a mão
– Mas foi você que pediu, respondi rindo e me vestindo
– Eu sei, menino. Só estou dizendo a verdade

Ainda rindo, fui pagar e – se fosse hoje, só para explicar – dei a ele uma nota de 50 reais para o serviço de 40 reais. Era cheque ou dinheiro na época; cartão de crédito era uma novela para o estabelecimento ter.

– Eita, tô sem troco, disse DINHO

Eu era um liso também, não dava para deixar para lá os dez reais. Chega fiquei sem palavras. Pensei em dizer que viria buscar o troco outro dia, mas DINHO disse:

– Só tem um jeito: ficar de graça o serviço
– De graça, DINHO? E tá trabalhando de graça agora?
– Bom, depende de você… (e deu um riso daqueles)
– DINHO, DINHO…
– Tá com medo? Deixa eu brincar um pouquinho, uma chupadinha, um leitinho e pronto. Fica tudo certo. Se você quiser, claro, senão, você vai embora agora e me paga depois! Sem problema algum
– Uma chupadinha só?, perguntei

Foi a senha. DINHO já me deu uma toalha e sabonete para eu tomar banho (ele era bem ligado nisso e, convenhamos, eu tinha rodado o dia todo e estava sujo). Quando estava no banho ele entrou e ficou me espiando e já elogiando a minha rola (que é cabeçuda, grossa e é média), que já dava sinais de vida. Saí me enxugando e ele tomou um banho rápido. Fiquei de toalha e fomos para o quarto dele. A casa era simples, bem organizada e muito limpa. DINHO levou um pedaço de bolo com refrigerante para mim.

– Senta na cama, menino, disse DINHO.

Sentei já nu, o pau meia bomba, comi o lanche enquanto que DINHO – com a toalha enrolada no peito, simulando um vestido – ficou alisando minhas pernas e conversando muito. Mal acabei o lanche, DINHO pegou as coisas, colocou na mesa de cabeceira e já veio me beijando o peitoral, já me elogiando. Eu não estava mais na forma atlética, tinha parado de treinar há 2 anos, já bebia e comia desregrado e tinha engordado um pouco, mas era um boy de 18 anos com tesão monstra.

– Menino, será que cabe na minha boca essa rolona?, disse DINHO

E começou um boquete sensacional, engolindo a rola e até lambendo meus ovos, eu chega tomei um susto de tão gostoso que estava. Ele continuou com a toalha enrolada e ficou assim até tirar e me mostrar o corpo bem legal, com uma bundinha que não era grande mas era bem lisinha. Aliás, ele era todo raspado. Ele me chupava e me alisava os peitos, as pernas, apertava minhas coxas. Subiu uma vez e perguntou no meu ouvido se eu estava gostando. Ao ouvir o sim como resposta, fez que ia descer de novo mas veio me dar um beijo na boca. O beijo dele era delicioso. Era um cara bem vivido, pegando um rapaz de 18 anos até esperto, só que com muito menos experiência, DINHO sabia fazer o negócio todo. Ali eu vi que ia comer aquela bunda e estava achando bom.

(CONTINUA)

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1 comentário

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  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    DINHO É VIADAO ESPERTO