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Poema Para Lana

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Apenas um teste com outros formatos de textos. Poema aleatório inspirado em um sonho erótico que tive uma vez.

Onde eu me encontro tudo é um sonho
Eu te encontro no meu sonho mais impuro
Estou com a língua fincado no teu cu
O gosto me lembra de morangos
Somos, nesses momento uma cobra
Quiçá, a imagem ouroboros torta

O botão da rosa se expande e se contraí
Com graça, leveza e uma lascívia divertida

Você veste um riso tão frouxo
Tua pele tão areia movediça,
Me atraí, me afundo, me reconheço
Tua pele tão América Latina
Perfumada à revoltas e chacinas
Me faz voltar ao meu estado primitivo

Me reconecto às minhas matrizes
Mesmo que teu sotaque seja canônico

Me ajoelho ao templo, ainda com a língua roçando
Procurando e pavimentado as delícias da devoção
Eu tão crente do milagre entre tuas nádegas
Cravo meus dentes no que vejo pela frente
Se o cu tens sabor de morango, a bunda tem gosto de avelã
Que derrete-se logo à primeira dentada

Eu danço entre a melodia dos teus sinos-gemidos
Eu imito simbologias centrífugas e encontro a hóstia no teu grelo

Admito que esperava uma cova rala
Ou um cemitério mal nutrido
Mas enquanto performo uma bacante deslumbrada
Me ditas os delírios entumecidos, eu esporro na tua língua
Me refaço, tu me limpas com os lábios, gozo outra vez
Repouso meu membro entre mistérios das tuas mamas gigantescas

Embebida dos meus fluídos, te arranco da cama, te iço ao ar
Te penetro, melhor te fodo com todo meu fogo e ímpeto

Entre confissões, mordidas e nossos corpos suados
Diz-me, não mais heresias, para que fique de prontidão
Pois teu gozo está a caminho, e ele vens
Eu o recebo, enquanto trêmula se entregas
Deus se fez nas nossas entregas descaradas
Cometes outro crime e cavalgas em meu mastro

Tuas mamas colossais procurando espaço em meus lábios
Os bicos rijos convertidos em torneiras que celebram a devassidão

Eu estou bêbado na tua pele, em tua fenda,
Em teu botão de rosa vagabunda, em teus lábios
Mas esses teus olhos cor de conhaque
Fazem-me ainda mais destemperado no teatro da indecência
Após o solver e a coagulação, as trombetas do apocalipse foram soadas
E nós, exauridos, nos buscamos entre os braços um do outro, aceitando a morte adocicada…

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