anjos inocentes 22

—aquele filho da p… Do Thiago vai se ver comigo quando ele chegar – Júlio disse bravo enquanto nós o esperava na esquina para irmos juntos a escola.
—não briga com ele Júlio, por favor – eu pedi.
—más ele não tinha nada que contar para você e o Gustavo que eu estava namorando a Bianca.
—olha Júlio, o Thiago esta passando por um momento muito difícil, ele gosta muito de você, ele esta muito triste e deprimido e eu tenho até medo que ele possa cometer alguma besteira se você brigar com ele – eu disse só para deixar o Júlio assustado.
—é … eu não acredito que ele falou isso também para vocês, más você acha que ele seria capaz de cometer algo de ruim assim?
—eu não sei Júlio, só sei que ele precisa muito do nosso apoio, e mais do que nunca da sua amizade.
—está certo, eu retiro o que eu disse, nem vou comentar nada com ele – Júlio disse se sentindo culpado e mal por ele.
Assim que o Thiago chegou deu para notar o seu estado, ele estava péssimo, seu semblante era de tristeza embora ele tentasse disfarçar com um sorriso sem graça, seus cabelos estavam todos bagunçados e despenteados e não mais espetadinhos para cima como ele gostava de usar, fazia muito tempo que eu não via o seu cabelo assim.
—oi gente, vamos – Thiago nos disse más sem olhar para o Júlio.
—está tudo bem com você Thiago – eu perguntei preocupado com ele.
—esta sim.
—tem certeza Thiago? – Júlio lhe perguntou – eu estou preocupado com você, acho que precisamos conversar um pouco mais.
—não se preocupe comigo Júlio, eu já disse que eu estou bem, agora vamos logo, eu não quero chegar atrasado – Thiago disse caminhando rápido rumo a escola e nós o acompanhamos.
Enquanto seguíamos juntos para a escola o Júlio e o Thiago mal se falavam, e eu olhando eles assim eu pude perceber que eles ainda seriam amigos, más a amizade deles nunca mais seria a mesma, más neste momento o que me preocupava mesmo era saber como eu seria recebido na escola depois que eu e o Gustavo se assumimos gays, eu estava muito tenso, quando chegamos lá para minha surpresa eu fui muito bem recebido, principalmente pelas meninas, acho que elas se sentem mais a vontade com meninos que são gays …vai entender a cabeça das mulheres, alguns garotos também vieram conversar comigo, más nem tudo é perfeito como a gente gostasse que fosse, pois uma boa parte dos estudantes me ignoraram, alguns deles me ofendiam verbalmente, más eu os ignoravam.
—oi Guilherme, parabéns pelo seu namoro.
—obrigado Andressa.
—cara, foi muito da hora você beijando o Gustavo lá na sua festa sábado – disse um menino amigo nosso com um jeitinho todo gay também.
—é, a gente foi meio doido em fazer isto, más foi a melhor decisão que tomamos – eu disse a ele.
—que pena que ele não estuda aqui com a gente, eu queria tanto conhecer ele – disse outra garota que infelizmente não pode ir na minha festa de aniversario e conhecer o Gustavo.
—é, más o ano que vem todo mundo vai conhecer ele, ele vai estudar com a gente – eu disse muito feliz.
—sério, mal posso esperar – disse a mesma garota.
—sim, ele vai começar a estudar aqui nesse próximo ano – eu disse.
—oi Guilherme – disse a Bianca chegando e ficando próxima ao Júlio -meus parabéns por se assumir, só queria que alguém aqui tivesse essa coragem de assumir seu amor – ela disse olhando para o Júlio.
Nesse momento o Júlio a agarrou e lhe tascou um beijo na nossa frente a impressionando e deixando o Thiago que estava ali com nós muito sem graça.
—eita …agora sim meu amor – Bianca disse sorrindo enquanto ela e o Júlio recebiam elogios da galera.
—o que deu nele? – Bianca perguntou ao ver o Thiago saindo de fininho sem falar nada rumo a sua sala de aula.
—não é nada meu amorzinho, acho que ele não se esta se sentindo bem hoje, só isso – Júlio disse sorrindo, más eu percebi a tristeza em seus olhos.
A nossa conversa continuou e estava muito boa, eles estavam curiosos e me faziam muitas perguntas, tudo estava indo muito bem para mim, más e o Gustavo? será que ele também estava se saindo bem na escola dele? eu ainda tinha o Júlio e o Thiago para me apoiar, já ele estava lá sozinho e isso me deixava preocupado, apesar de trocarmos mensagens isso não me deixava calmo, eu peguei meu celular top de linha novinho que ele me deu de presente no meu aniversario e ia ligar para ele, más ai o sinal tocou e tivemos que entrar.
Na hora do recreio eu liguei para o Gustavo, más ele não me atendeu, eu vi o Thiago sozinho sentado no banquinho e decidi ir lá conversar com ele, más alguns alunos me impediram, agora eu estava sendo o centro das atenções ali e isso já estava começando a me incomodar, só espero que logo eles esqueçam que eu sou gay e me deixam em paz quietinho no meu cantinho como eu sempre gosto de ficar, por fim o sinal tocou e tivemos que retornar as nossas salas, a professora passava um dever bem complexo de matemática no quadro negro, muitos alunos não gosta desta matéria, já eu adoro matemática, mexer com números me deixa fascinado, são vários desafios, no meu ponto de vista é como se estivesse brincando de montar um quebra cabeças.
—crianças, esse é o dever de vocês, copiem nos seus cadernos e resolvam esta questão até o final da aula, vai valer nota.
Eu olhava aquele monte de números mordendo a ponta do lápis enquanto pensava, fui somando, dividindo, subtraindo, fazia tudo no rascunho, até que resolvi a questão e escrevi no meu caderno e chamei a professora.
—professora, eu já terminei – eu disse me sentindo o maioral por ter sido o primeiro a resolver o problema.
—muito bem Guilherme, está certinho, meus parabéns – ela disse conferindo e escrevendo em sua prancheta.
Assim que terminou as aulas, eu me encontrei com o Thiago e o Júlio na saída da escola, o Júlio se despediu de nós e foi acompanhar a sua namorada embora, eu e o Thiago mal conversamos, ele estava muito abatido com tudo isso, eu ficava triste por ele, más o que eu podia fazer? Nada a não ser oferecer o meu apoio de amigo, ele foi pra casa dele e eu para a minha.
—oi meu anjinho gostoso – eu disse ao receber o Gustavo em minha casa como sempre – ué! Por que esta de óculos escuros? – eu perguntei a ele.
—por que sim ué, não posso?
Ele estava estranho, eu tentava tirar o seu óculos más ele não deixava, eu sabia que ele estava escondendo alguma coisa de mim.
—vai Gustavo, deixa eu tirar, eu quero ver o que você esta escondendo – eu disse me jogando por cima dele no sofá tentando tirar seu óculos.
—sai Guilherme, eu não vou tirar.
—para de se debater Gustavo, deixa eu tirar logo esse óculos.
Com muito custo e luta eu consegui tirar o seu óculos, quando eu tirei foi ai que eu vi por que ele estava de óculos, seu olho estava roxo.
—Gustavo! o que foi que aconteceu com você meu anjinho? – eu perguntei com minhas mãos na boca.
—eu briguei na escola e acabei levando um soco no olho de um garoto preconceituoso que dizia pra todo mundo lá que não queria viados na sua escola.
—meu deus Gustavo, eu sinto muito, isso está muito feio, acho melhor eu chamar a minha mãe.
—não Guilherme, eu não quero incomodar a sua mãe, e também não esta tão feio assim, quando meus pais chegarem eu vou falar com eles, até por que não vai ter jeito de eu esconder isso aqui deles.
—o meu Gustavinho, esta doendo muito?
—só um pouquinho agora, más esta tudo bem, não se preocupe comigo.
—não me preocupar! Amanhã eu mesmo vou com você lá na sua escola e vou pegar esse menino pela garganta – eu disse bravo.
—não precisa Guilherme, eu mesmo já dei uma surra nele.
—você bateu nele? Eu perguntei surpreso.
—sim, ele está bem pior que eu.
—meu deus Gustavo, por que você nunca me falou que sabia brigar?
—más eu não sei, ele que era muito ruim de briga.
—agora eu estou com medo meu anjinho, você vai me bater se ficar bravo comigo? – eu disse brincando com ele.
—nunca …eu prefiro morrer do que fazer isto, você é a pessoa mais importante para mim, eu ti amos demais.
—hum! você falando assim eu me derreto todo, também ti amo meu anjinho.
—acho que agora vai rolar né – ele disse apertando seu pau por cima do shorts.
—com esse olho roxo?
—eu não vou fazer sexo com o olho, vou fazer com isto aqui – ele disse e tirou seu pinto duro pra fora me mostrando.
Eu me levantei e corri pra fechar a casa, já vim caindo de boca no pinto dele ali mesmo na sala, que gostoso chupar aquele pedaço de carne suculento, ele tirou a sua camiseta e eu fui lambendo a sua barriga subindo e beijando a sua boca enquanto eu acariciava seu peito com minhas mãos.
Agarrei o seu shorts junto com sua cueca e fui tirando deixando ele peladinho e em seguida tirei toda minha roupa também, me deitei por cima dele e comecei a chupar o seu pescoço, ele se virou ficando por cima de mim e começou a me chupar, ele chupava meu pescoço, minha barriga, ele chupou um pouco meu pinto e se levantou e foi depressa ao meu quarto buscar o lubrificante K-Y, ele já sabia onde ficava.
—fica de quatro – ele pediu – quero te comer bem gostoso.
Eu obedeci e fui ficando de quatro, senti seus dedos tocar minha entradinha espalhando o gel por meu cuzinho, e em seguia ele encaixou seu pinto e foi forçando fazendo entrar tudinho em mim, ele tirava e colocava de-novo fazendo movimentos de vai e vem …HÁÁÁÁ ele gemeu alto me enchendo de porra, então ele já foi abocanhando com vontade meu pinto ….HÁÁÁ VOU GOZARRR eu disse e fui sentindo meu pinto esguichando em sua boca que a cada jato ele ia engolindo tudinho.
—segundo round? – eu perguntei após descansarmos um pouco.
—me desculpa Guilherme, más acho que não vai rolar mais, eu estou preocupado com tudo isto que aconteceu.
—é por causa da sua briga com o menino?
—sim – ele respondeu.
—más Gustavo, você não disse que já resolveu isto?
—não Guilherme, isso está muito longe de ser resolvido, acho que desta vês eu me encrenquei feio – ele disse me deixando aflito.
—não fala assim Gustavo, pelo amor de deus.
—Guilherme, eu briguei com esse menino dentro do pátio da escola, e isso pode trazer consequências muito graves para mim.
—que consequências? – eu perguntei muito preocupado.
—eu ainda não sei o que vai acontecer Guilherme, más devido à politica da escola talvez eu posso até ser expulso e isso me deixa apavorado.
—isso não vai acontecer meu anjinho, até porque o ano já esta quase acabando e eles não podem fazer isto.
—é …eu espero que não, más o que me deixa mais assustado é saber como o meu pai vai reagir a isto.
—eu vou estar ao seu lado meu anjinho, aconteça o que acontecer eu vou estar com você te apoiando.
—não Guilherme, acho que não é uma boa ideia você estar comigo, a esta altura meu pai já deve estar sabendo e com certeza esta muito furioso.
—há …e por falar nele, já esta me ligando.
—eu vou com você Gustavo, você querendo ou não, sozinho daqui você não sai – eu disse firme após ele atender e desligar o telefone.
—tá ..já que eu não consigo te convencer então vamos, más depois não diga que eu não te avisei, meu pai e minha mãe já estão me esperando em casa.
—oi seu Luciano- eu o cumprimentei morrendo medo me tremendo todo o corpo de cima em baixo.
—Guilherme, nem era pra você ter vindo, más já que esta aqui o que eu vou falar serve pra você também, agora você Gustavo …hááá Gustavo, como eu estou decepcionado com você, olha só este olho roxo, isso é o resultado de brigar.
—Não foi culpa minha pai – Gustavo disse se defendendo.
—o meu filho, o seu olho esta muito roxo, eu vou te levar no medico pra cuidar disto ai – disse a mãe do Gustavo.
—espera só um pouco patrícia …agora eu vou ter uma conversa muita seria com esses meninos – seu Luciano falava e eu via o ódio em seu olhar.
—eu já falei que não foi culpa minha pai.
—não interessa de quem foi à culpa, eu já fui lá e conversei com a diretora e você só não foi expulso da escola por que esse já é o ultimo mês.
—más pai, foi ele quem me deu um soco primeiro, olha só meu olho como está, eu não podia apanhar e ficar quieto.
—eu até te entendo filho, más precisava bater no menino tanto assim, você quase quebrou o nariz dele e o deixou com vários hematomas, neste momento ele esta lá no hospital e quem vai ter que pagar essa conta será eu, não é a base de pancadas que resolvemos os nossos problemas filho, você o devia ter denunciado a direção da escola em vês de sair brigando.
—nossa! Você bateu nele tanto assim Gustavo? – eu perguntei surpreso não acreditando que o Gustavo fez tudo isto.
—Guilherme, silencio por favor – seu Luciano disse serio pra mim me deixando muito envergonhado e sem graça.
—me perdoa pai, isso não vai mais acontecer – Gustavo disse olhando para baixo.
—olha filho, a sorte sua é que você não vai mais estudar nesta escola o ano que vem, por que se fosse eles não iam mais te aceitar lá, espero que isso não se repita na nova escola, e não pense que você vai sair desta sem levar um bom castigo viu.
Neste momento o Gustavo começou a chorar desesperadamente, e eu também comecei a chorar o abraçando.
—engole o choro vocês dois, agora não adianta mais chorar, a merda já esta feita …por pouco você quase perde um ano inteiro de escola Gustavo, e tudo por culpa de vocês dois, viu Guilherme – ele disse bravo olhando para mim.
—eu seu Luciano! O que foi que eu fiz?
—é o que vocês dois fizeram, vocês não deviam ter contado pra todo mundo naquela festa que vocês eram homossexuais, estas são as consequências disto, vocês já tem um ao outro, a gente já não estamos permitindo o namoro de vocês dois? custavam esperar mais alguns anos para se assumirem?
—me desculpa seu Luciano –eu disse olhando pra baixo.
—me desculpa pai e mãe – Gustavo disse ainda chorando.
—agora não adianta mais se desculparem, é o futuro de vocês que estamos falando crianças, vocês tem que aprenderem a serem mais responsáveis e terem um pouco mais de noção dos seus atos e decisões, você Gustavo, só vai sair de casa comigo ou sua mãe, fora isto você vai ficar aqui dentro de casa de castigo, não vai poder sair durante um mês, e nada de computador e vídeo game, e você Guilherme, só vai poder vim aqui ver o Gustavo só aos sábados e com a nossa supervisão.
—más pai isso é ……………………
—cala a boca Gustavo, ou eu vou aumentar ainda mais o seu castigo – seu Luciano disse bravo o impedindo de terminar de falar.
—você não acha que esta sendo muito duro com eles Luciano – dona patrícia lhe perguntou.
—não patrícia, esses moleques tem que aprenderem mais sobre a vida, eles tem que saber que tudo o que fazem tem consequências, agora pode levar o Gustavo para o medico cuidar desse olho roxo dele, e você Guilherme, se quiser pode ir junto.
—calma meu anjinho, vai dar tudo certo – eu dizia enquanto abraçava o Gustavo que estava aos plantos no banco de trás do carro da sua mãe que estava dirigindo.
—meu pai não pode fazer isso com a gente Guilherme, não foi minha culpa, foi ele que me bateu primeiro.
—vamos resolver Gustavo, por favor se acalme – eu disse.
—eu vou ter que ficar trancado dentro de casa e só vou poder te ver nos sábados Guilherme e com eles nos vigiando ainda – Gustavo dizia e chorava muito.
—eu não tiro a sua razão filho, más foi muito errado o que você fez, não é a base de pancadas que resolvemos os nossos problemas e seu pai está certo.

Bom, o que era pra ser um dia muito especial e feliz pra nós se tornou um desastre, coitado do Gustavo, eu fiquei com muita pena dele e também deste menino que ele bateu, apesar de não conhece-lo, e o pior que o castigo dele acabou me afetando também, o seu Luciano o pai do Gustavo estava muito bravo, más eu não o culpo, pelo contrario, ele esta certo, só acho que o castigo que ele deu foi meio pesado, más ele vai amolecer seu coração, eu sei que vai …..fazer o que né …pais são pais e tudo o que eles fazem é pro nosso bem.

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