VeraCruz: A Terra do Nunca

Pastos verdes, casas de madeira, uma capela e garotos entre 8 à 17 anos vivendo do que a terra dá. Esse conto será a coisa mais linda que já produzi.

Caminhava com seu par de botas novas e enormes em seus pés, feliz pelo presente segurava minha mão e andava de cabeça baixa a adimirar as botinas amarelas.
– David, olha pra frente senão você vai cair.
Ele trazia em sua mão o balde de metal. Estava dificil caminhar, havia chuvido na noite passada, estavamos a caminho do celeiro das vacas, indo tirar leite. Passo e vejo os garotos trabalhando, os mais velhos fazendo buracos e os mais novos jogando sementes de abóbora. David tem 8 anos mais nunca pronunciou uma palavra, e eu… bem, eu sou caio, e gosto do jeito calado do David, o que me permite fazer isso:

– David, chegamos, você quer ver?

Ele ficou me olhando.

Abaixei meu short e mostrei:

-Veja David, estão começando a crescer, igual aos do Elay.

Tenho 12 anos, e a conselho da Ane eu comecei a escrever esse diário, dizendo ela que isso vai me ajudar a aprender a escrever melhor e ler, então escreverei sobre o tempo que passamos aqui na Fazenda VeraCruz. Pois bem, estou entrando na puberdade, hoje mostrei para o David os pelos que estão crescendo no meu pinto. Ele sorriu e levantou a camisola dele para mostrar o dele liso e sem pelos. Eu ri e disse: “meu pelos são ruivos e você não tem pelos” e em seguida peguei o balde da mão dele e sentei no banquinho do lado da Mole e para ordenha-la. David me fez rir mais ainda quando pegou a palha e colocou sobre o pintinho dele fingindo ser pelos ha ha ha.
David ficou riscando o chão com um graveto, passou um tempinho e eu terminei de ornenhar, quando levantei e alonguei a coluna, ouvi uns gemidos vindos da parte de cima do celeiro, David também ouviu mas ignorou e continuou riscando o chão. Eu então subi a escada de madeira devagar, cheguei lá em cima e vi dois mais velhos fazendo aquilo que o padre nos disse que era pecado. Eu sabia o que era mas nunca tinha visto, Jorge é o mais velho, completou 18 mês passado, ele estava por cima de Elay que estava com as pernas abertas para Jorge de uma maneira que nunca vi ninguém fazer. Jorge dizia: “geme mais baixo senão vão nos ouvir”. Eu vi aquela cena, os dois em cima do feno fazendo aquilo, não pude me conter, fiquei com raiva e gritei: BLASFÊMIA!!!
Jorge e Elay pararam imediatamente e começaram a se vestir.
-SEUS NOJENTOS, EU VOU CONTAR TUDO PRO MATHEUS.
Jorge: Espera, não, MIKE, espera.
Eu desci a escada rápido, eu já ia sair mas lembrei que não podia deixar o David só, peguei na mão dele e já ia saindo do celeiro quando Elay gritou: “Se você contar eu conto que você estava espionando Ane enquanto ela se banhava no riacho”.
Parei.
Eu fui descoberto, eu olhei para os dois. Jorge olhou para ela e voltou a olhar para mim e disse: pois é… nós… sabemos seu segredo também, então… (ajeitava sua roupa) se nos delatar, você vira réu também.
Eu bufei de ódio e disse: EU ODEIO VOCÊS.
Peguei o balde cheio de leite e disse ao David para me seguir, vamos levar o leite de volta, ainda é café da manhã e o pessoal não jantou ontem, estão todos famintos. Parei na porta e disse: quando acabarem de se comer venham a mesa.

Anoite

Sobre a luz do candieiro e da lua, abro a gaveta do criado mudo e retiro o caderninho, vou relatar o dia.

Eu sou Mike, esse é o meu primeiro relato nesse pequeno caderno, eu vivo nesse lugar escondido do mundo, nem sei bem onde é, vim pra cá com a idade do David, perdi meus pais para um acidente de carro, ligaram para minha casa, minha avó recebeu a notícia, vovó não tinha paciência comigo, então com a morte dos meus pais ela quis se livrar de mim, me botou na primeira caminhonete que viesse pro interior, fiquei morando em um convento, mas não podia ficar ali, então o Padre Bernais me trouxe para esse ligar, a fazenda era dele, ele era o único adulto cuidando da gente, Padre Bernais faleceu faz 1 semana. Todos ficamos sem um adulto para cuidar de nós, então os mais velhos passaram a cuidar dos mais novos, só até sabermos o que fazer. Sem o padre aqui, coisad como o que testemunhei no celeiro hoje, vem acontecendo com frequência.

David estava na janela do quarto, era noite, ele deruba um livro.

Mike: David, o que faz acordado? Venha, deite aqui.

David corre e pula na cama.

Mike: Shiiiiiu, silêncio, não faça barulho, os outros estão dormindo.

A luz da lua cheia de hoje ilumina o quarto pelas frestas das paredes de madeira, vejo que David aponta para janela.

– O que é? O que quer me mostrar?

Eu vou até a janela e vejo Jorge e Elay fugindo para dentro da floresta perto dos nossas cabanas/alojamentos. Essea dois não tem jeito.
Agora deitado na cama, com David aqui no meu lado, lembro e sinto saudades do Padre que nos contava histórias, minha preferida era Peter Pan, era fascinante saber que havia um lugar onde as crianças não cresciam e faziam o que quisessem, agora sem o Padre para nos regir vejo que a terra do nunca não é tão maravilhosa assim, pois detesto lascívia, sou um jovem temente a Deus, leio a palavra, mas estou a mercer do profano, agora mesmo nesse exato momento, David caiu no sono, e não sei explicar onde ele pegou essa mania de ao ir dormir, sempre enfia a mão no meu short e segura meu pinto. Eu não queria deixar, mas… fica difícil resistir, estou numa fase em que todas as noites eu durmo com meu pinto duro e acordo com ele melado, então agora eu deixo o David segurar, eu acho que não deve ter problema, nos dois saimos ganhando.

Continua.

Nota do Autor: Eu vou fazer vocês chorarem enquanto tocam punheta, dedico esse conto aos meus amados doentes pervertidos mentais. Deliciem-se no Eden.

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