#

A diferença

1974 palavras | 5 |4.33

Foi uma aventura extraconjugal que meu marido nem sonha que aconteceu e só vou relatar porque precisava contar para alguém.

Tenho quarenta e dois anos, sou branquinha como a neve, cabelos curtos e tingidos de loiro, corpo mignon e bem proporcional aos meus um metro e sessenta e cinco centímetros, com cerca de cinquenta quilos, casada há vinte e um anos.

Ao longo destes anos, tivemos dois filhos e desde então, como a maioria dos casais, a nossa atividade sexual foi ficando bastante restrita. Fiquei muito feliz quando meu marido reservou um hotel, por uma semana. Segundo ele, era para passarmos uma segunda lua-de-mel e a reserva foi feita três meses antes. Imagina a expectativa.

O tempo passou e chegamos no sábado pela manhã, nos alojamos e de noite houve sexo. Aí se você me perguntar se foi bom, respondo que poderia ter sido melhor, mas deixa eu continuar. Meu marido é muito rapidinho, além de não aguentar um segundo tempo. Portanto, as preliminares devem me aquecer quase a ponto de gozar para que eu também aproveite, coisa que não aconteceu naquela noite. Talvez por não fazermos há muito tempo, ele estava apressado.

Como já fiz algumas vezes, menti dizendo que também tinha gozado e assim dormimos. No domingo tudo foi normal e ele não me procurou, o que também não é novidade. Parece que ele precisa de um tempo para se recuperar e como tínhamos uma semana pela frente, não me importei.

No domingo e na segunda, a maior parte do tempo, fiquei na piscina enquanto ele foi fazer caminhadas. Eu sou tímida, mas ele é bem extrovertido e faz amizades com facilidade.

Foi na terça-feira, antes do almoço, que ele me diz:

– Amor…. Eu conheci umas pessoas aqui e eles vão pescar num rio e eu gostaria de ir.

Se existe algo que ele ama é a pescaria, aliás acho que ama mais ela do que a mim. Não querendo quebrar o clima que estávamos, disse a ele que poderia ir, porém ele me disse mais uma coisa.

– Sabe…. Acho que tem um problema…. Eles estão querendo ir amanhã e voltar na sexta-feira.

Eu quase caí da cadeira. Como assim? Viemos para uma lua-de-mel e ele quer ir pescar e me deixar sozinha? Discutimos e ele ficou com cara de bunda e chato. O clima ficou péssimo.

Durante a tarde fiquei pensando e cheguei à conclusão, conhecendo-o, sei que ficaria com aquele mau humor durante dias e acho que não valeria à pena aguentar um cara me irritando e liberei ele para ir. Claro que ele ficou feliz, me agradeceu muito e disse que compensaria cada segundo que ele não estivesse ali.

Temos características bem diferentes, enquanto ele perdoa e esquece facilmente as coisas, eu não sou assim. Fico chateada, remoendo, tentando encontrar, não uma vingança, mas uma compensação e com o tempo, também acabo esquecendo. A minha compensação, naquele momento, era que não teria uma pessoa chata me aporrinhando.

Veio a quarta-feira e ele foi, enquanto me dirigi à piscina. Sem prestar muita atenção nas pessoas, mais uma vez pela minha timidez, escolhi uma cadeira e me deitei de bruços para tomar sol.

Com o passar do tempo senti aquela sensação de estar sendo observada. Resolvi me virar e fiquei, deitada, mas de frente. Ao meu lado havia um homem, jovem, tomando uma caipirinha. Pensei em sair dali, mas, ao mesmo tempo, qual era o problema em ficar. Se ele realmente estava me olhando é o que nós mulheres gostamos que aconteça. Queremos ser notadas.

Ele levantou-se e foi dar um mergulho. Quando voltou, como eu estava de óculos escuros, fiquei observando e era um belo espécime. Forte, musculoso. É claro que pensei nele me abraçando, mas longe de trair meu marido que era, fisicamente, extremamente o oposto. Foi só um desejo bobo e que acredito que toda mulher tenha. Ser possuída com força. Isto não quer dizer que sou a favor de estupro, mas se sentir submissa a alguém forte, que comande e faça bem o que tem que ser feito.

Sentou-se ao meu lado novamente e comentou:

– Nossa…. Está calor hoje, não é? A água está uma delícia….

– É…. – Respondi timidamente.

Diante da minha resposta lacônica pensei que ele não fosse dizer mais nada, porém se apresentou dizendo ser Daniel, mas os amigos o chamavam de Dan. Fiquei sem jeito e acabei me apresentando também, mas sinceramente não imaginei que fosse acontecer algo.

Aos poucos fui conhecendo-o e me parecia ser uma pessoa muito legal. Claro que depois de um tempo ele me perguntou se estava sozinha e expliquei o que tinha acontecido.

– Nossa! – Exclamou ele – Deixar uma mulher tão bonita e ir pescar….

Senti que o elogio parecia vir com segundas intenções e até pensei em parar a conversa, mas não sei porque resolvi perguntar se ele estava sozinho. Me contou que sim, porque a sua mulher acabara de falecer por causa de um câncer e ele resolveu fazer uma viagem para espairecer e conhecer novas pessoas.

Fiquei comovida pelo jeito que falava da mulher e imaginei a tristeza que ele deveria estar sentindo. Tinham apenas um ano e meio de casados e ele mesmo acabou mudando o assunto, mas continuamos conversando por um bom tempo. O papo dele era bem agradável e mesmo com toda aquela situação ele ainda mantinha o bom humor.

Acabou escurecendo e ele me convidou para jantarmos juntos. Não vi problemas porque o restaurante era grande e detesto me alimentar sem companhia. Durante o jantar conversamos mais, até mesmo houve algumas insinuações de duplo sentido, rimos, ficamos sabendo coisas um do outro, enfim, fiz uma amizade legal.

Fui dormir com a sensação de que ele havia se interessado por mim, mas ao mesmo tempo eu mesma me dizia, não pode ser, estou imaginando coisas, tenho idade para ser mãe dele e por isso, talvez, ele teve um pouco mais de liberdade comigo.

Na manhã de quinta-feira o encontrei na piscina. Sentamos próximos e resolvi que iria tirar o dia para beber um pouco. Não costumo fazer isso, porém de vez em quando faz bem. Perto do almoço, após três caipirinhas, já estava tontinha. Pensei em dar um mergulho, levantei e tudo rodou. Ele percebeu e me apoiou perguntando se estava tudo bem e eu disse que sim, pedindo que me levasse para o meu quarto, pois precisava descansar.

Assim que entramos fechou a porta, me abraçou e tentou me beijar. Cheguei a sentir algo duro encostando na minha xoxota.

– Que é isso Dan? Você está louco? Sou casada…. – Disse a ele tentando não enrolar a língua.

– Casada sim…. Mas aposto que está precisando de uma coisa – Respondeu ele me abraçando mais forte.

Tentei me desvencilhar, mas ele começou a beijar meu pescoço que é meu ponto fraco. Quando sua boca tocou ali, pensei comigo mesma, fodeu. Meu pescoço é uma espécie de chave para que eu perca o domínio do meu corpo, ainda mais alcoolizada. Pedi para ele parar e parecia que não tinha forças para reagir.

Quando percebi, ele já estava deitado sobre mim em cima da cama. Tentei tirá-lo dali sem sucesso e sua boca veio novamente no meu pescoço. Meu corpo arrepiou de novo e senti minha xaninha esquentando. Era engraçado, estava dividida, pois eu não queria, mas queria.

Vi ele puxando a sunga para baixo e senti algo grosso no meio das minhas coxas. Novamente sua língua veio direto no meu pescoço e me arrepiei inteira. Percebi seus dedos soltando um dos laços na calcinha do meu biquíni. Assim que soltou, conseguiu tirá-lo.

Juro que ainda veio o pensamento na minha cabeça que estava pelada com um estranho e mais uma vez tentei sair debaixo dele sem sucesso. Foi quando seu pinto tocou na minha xoxota que uma vontade, inesperada, tomou conta do meu corpo me fazendo abrir as pernas e deixar.

Senti aquele pinto quente entrando dentro de mim. Quando entrou tudo, senti muito prazer e ele começou a me comer como um animal. Metia sem dó e eu sentia todo o peso do corpo dele em cima de mim. Eu olhava para aquele rosto bonito e não acreditava no que estava acontecendo.

Logo eu atingi um orgasmo, me contraindo toda e gemendo de prazer. Por sua vez, ele continuou a me comer e instintivamente eu queria que ele gozasse. Comecei a tentar fazer alguns movimentos e ele aumentou a intensidade e a força. Meu Deus, pensei, vou gozar de novo…. E não deu outra. Gozei.

Via estrelinhas e estava completamente sem forças, mas ele continuava a me comer, até que, enfim, ele tirou de dentro e jatos de esperma quente inundaram a minha barriga. Ele olhou para mim e disse:

– Sabia que você queria…. Ambos estamos carentes, não é? Mas lembre-se, foi só sexo. Agora cada um com seus problemas.

Ele foi ao banheiro e me trouxe papel higiênico para que eu limpasse todo aquele esperma. Eu mal conseguia me limpar e ficava olhando aquele homem que acabara de me comer. Me sentia completamente exposta, ali, pelada e de pernas abertas. Mal o vi colocar a sunga e sair do quarto, pois uma sensação de bem-estar, de sonolência tomou conta de mim e adormeci.

Acordei assustada. Eram quase sete da noite e tentei processar o que havia acontecido. Já havia feito sexo com outros homens, porém depois que casei foi a primeira vez. Lembrei de ele ter falado da carência e tinha razão, não que isto justificasse eu ter dado para ele. Aliás, uma parte de mim me fazia sentir muito mal, como se fosse uma vagabunda, porém o outro lado ecoava outra frase dele que foi somente sexo e vida que segue.

Esta situação estava me deixando incomodada e fui ao restaurante jantar, na esperança de que o encontrasse lá. Procurei, procurei e nada. Eu queria e precisava conversar com ele, mas nem mesmo sei o que iria dizer. Frustrada, voltei para o meu quarto.

Quando abri a porta, no chão havia um bilhete agradecendo a minha ajuda em ouvir e que foi um prazer ter me conhecido. Novamente um duplo sentimento tomou conta de mim. O primeiro é de felicidade pois ajudei alguém, porém o segundo foi de indignação, pois me comeu e foi embora.

Foi aí que percebi o risco que corri e a razão começou a ter asas, e grandes. Dei para um cara que não conhecia e sem camisinha e se ele tivesse alguma doença? E se meu marido chegasse e me visse dormindo nua com restos de esperma na barriga? Coloquei anos de casamento em risco. Que loucura….

No dia seguinte andei naquele hotel atrás dele, mas não o encontrei. Cheguei a ir à recepção e com muito custo pedi para procurarem por alguém chamado Daniel. Existiam dois naquela semana e ambos estavam com a família e por isso descartei.

O fato é que perdi a manhã toda e não o encontrei. Com certeza ele me deu um nome fictício quando nos conhecemos, mas foi melhor assim. Na parte da tarde meu marido chegou e de noite quis fazer sexo. Falei que estava com dor de cabeça e estava mesmo por não ter assimilado tudo.

Somente no sábado, à noite, dei para o meu marido e percebi a diferença e que diferença.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,33 de 18 votos)

#
Comente e avalie para incentivar o autor

5 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder [email protected] ID:xgmgxu8l

    Eu adoraria que isso acontecesse com minha 50tona.

  • Responder @VEIDT2021 ID:g61z7tcd2

    Que conto gostoso, espero que você tenha aproveitado bastante essa transa fenomenal!

  • Responder Lobinho ID:8eezbs5pzl

    Oi tudo bem.eu já acho que isso aí foi uma armação de seu marido porque o cara sumiu do nada.ai tem coisa em

  • Responder Ana Moreira ID:5x8209lezri

    Foi realmente uma experiência solitária mas marcante e inesquecível! No fundo foi melhor assim e é algo que vai ficar com você para toda a vida! De certa maneira você renasceu naquele dia!

  • Responder De bem com a vida ID:40votnn8fi9

    Bom dia,
    Um belo conto, Espero q vc tenha assimilado tudo o que aconteceu. Acredito, que mesmo com todos esses anos de casamento, seu esposo deveria procurar melhorar cada dia mais, sexualmente. Diga uma coisa, nunca mais aconteceu com outro? Vamos conversar no skype, quem sabe uma boa amizade entre nós. Aguardo vc. Tenha um lindo dia. bjs. meu skype. carinhoso93. Meu nome Job, prazer.