Cheguei mais cedo e flagrei meu filho

Sempre passo na academia na volta do trabalho, então, chego em casa usualmente por volta das 19h. Na quinta passada, contudo, estava tão quente que, após quinze minutos na aula de aeróbica, desisti de continuar. Fui pra casa, chegando por volta das 18h 15min. Abri a porta da frente e não percebi movimento nenhum, julguei que Fabiano, meu filho, não estava em casa. Segui tranquilamente pelo corredor, já me despindo no caminho. Ao passar pela porta do quarto dele, no entanto, ouvi uns sons “diferentes”, como gemidos.

“Meu filho tá se masturbando”, pensei, achando até divertida a idéia, já que jamais havia flagrado nada de cunho sexual vindo dele. Mesmo sabendo que estava errada, mas movida por uma curiosidade irresistível, aproximei o ouvido da porta. Só que, assim, de perto, os sons eram diferentes… eram gemidos mais intensos, um grosso, claramente masculino e outro agudo, como de uma atriz pornô bem afetada… “Será que Fabiano está com uma garota????”, pensei, ainda mais surpresa, pois o julgava totalmente inexperiente.

Claro que a vontade de espiar foi mais forte que meus escrúpulos. Com todo cuidado, abri uma frestinha da porta, mas a cena que vi estava muito além de qualquer expectativa que pudesse ter.

Meu filho, com seu corpo esguio e liso, estava deitado nu, de bruços, com uma calcinha de renda vermelha (minha) baixada até o meio das pernas. Sobre ele, outro rapaz, maior e mais forte, o penetrava com vontade, sussurrando obscenidades no ouvido de Fabiano, que respondia com gemidos em falsete.

Fiquei totalmente sem reação, pois não consegui nem parar de olhar aquela cena. O rapaz ativo empurrava com força e meu filho, passivamente, erguia o quadril, oferecendo a bunda. O cheiro de sexo tomava o quarto. Não consegui arredar pé, fiquei assistindo enquanto o ritmo da foda dos dois aumentava até o ponto em que Fabiano começou a gemer mais forte, soltando gritinhos. Logo o outro rapaz soltou um urro e desabou sobre meu filho. Entendi que eles tinham acabado. Saí de fininho.

Antes que eles deixassem o quarto, corri para o carro e fui dar uma volta. Retornei na hora de sempre. Fabiano me recebeu com sua inocência habitual. Estava preparando o nosso jantar, como todas as noites. Seu quarto estava arrumado (embora ainda desse para sentir o cheiro de sacanagem nos lençóis). Minha calcinha vermelha estava no cesto de roupas sujas, misturada a outras peças. Perguntei como havia sido seu dia e meu filho respondeu com ar de tédio: “Chato como sempre…”

Sei que aquela não foi a única vez e nem aquele o único rapaz. Só não sei se devo falar com ele ou não.

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