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O Diário de Um General PARTE 2

1294 palavras | 8 |4.21
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A pedido, estou continuando a história que mais me deu tesão de todas que já li. E também que mais mexeu comigo. Espero que apreciem.

PARTE 2.

Ao ver que Fonte realmente era homem de palavra e libertou os poucos homens que restaram do meu exército com condições de vida, fiquei contente por eles.
Me questionava sobre o que ele pretendia comigo.
Dois dragões mantinham meu cavalo atrelado. Evitavam né olhar. Mas eu sentia que havia um certo respeito por mim.
Fonte quase não olhava para mim, enquanto seguia à frente conversando com dois oficiais.
Eram bem contidos. Falavam baixo.
E então eu fui levado para dentro de Berna.
Não parecia uma cidade usurpada.
Era bem diferente do que eu esperava ver.
Fui levando para a residência de Fonte.
Sempre com dois dragões o tempo todo do meu lado, ele caminhava conversando dos planos que tinha para Berna.
Homem visionário.
Era respeitado.
Nunca vi alguém impor tanto respeito.
Era mais como se fosse admirado.
Então chegamos num recinto.
Ele deu ordens de não sermos interrompidos e liberou os guardas, me fazendo entrar, como se fôssemos velhos conhecidos e fechou a porta.
Não demostrava o menor receio.
Era um dormitório bem luxuoso.
Por que eu estava ali com ele?
Eu estava pensando um monte de maneiras de me livrar e até de mata-lo.
Seria tão fácil.
Ele parecia inesperadamente descuidado com sua espada.
Por vezes, até parecia que estava me provocando a tomar alguma atitude.
Algumas coisas do que falava eu não entendia.
Mas estava totalmente a vontade comigo, contando como pretendia usar aquela cidade como modelo para um projeto que seria referência para todo o reino.
Eram ideias grandiosas.
Me mostrou pela janela a extensão da cidade.
Bela vista.
Nada da destruição que meu senhor havia relatado que seria provocada pelos conquistadores.
Eu não sabia mais o que realmente estava sentindo.
Era o quê?
O que!?
Pavor?
Admiração e pavor?
Ele viu eu olhando para a sua espada.
Sabia o que eu estava pensando.
Mas ignorou completamente toda e qualquer possibilidade.
E isso me assombrava até a alma.
Então ele começou a fechar as janelas enquanto falava.
Era como se eu não representasse ameaça alguma.
Mais até. Era como se ele soubesse exatamente como eu estava me sentindo.
Então eu perguntei o que eu estava fazendo ali.
Olhei para todo o ambiente e perguntei o que era tudo aquilo.
Ele se calou por um tempo, ignorando a minha pergunta e continuou fechando as janelas.
Como eu vi que ele parecia confiante além de todo sentido, fui na direção da porta.
Então ele disse que eu poderia ir se quisesse e que não iria me impedir.
Eu parei e olhei para ele.
Ele não estava me testando.
Eu percebi naquele olhar de quem parecia querer me mostrar algo importante.
Uma confiança que chegava ser arrogante.
Mas não de uma forma que causasse ira.
Mas alimentava uma pergunta que não saía da cabeça.
Eu continuei na direção da porta e ela estava aberta.
Ele realmente ia me deixar ir.
Eu não tive dúvidas disso.
Uma serviçal estava passando e ele bateu palmas.
Ela me olhou com um semblante que eu nunca mais esquecerei daquele rosto.
Parecia pena.
Ela chegou da porta, ficando bem do meu lado, ignorando qualquer possível ameaça.
O Fonte disse para ela que os guardas estavam liberados e que se eu saísse, que poderia ser levado até os limites da cidade em total segurança.
Disse para ela me acompanhar até os dragões e dizer para eles o que disse a ela.
Era inacreditável.
Era só eu dar alguns passos para além dali.
Tudo seria diferente.
Eu senti meu corpo gritar para eu correr.
Mas senti uma curiosidade que parecia azeite ardente escorrendo por dentro da minha cabeça.
A serviçal me olhou como que me dizendo para ir logo.
Então ele disse para ela levar vinho, frutas e pão para o aposento e nos deixar a sós.
Eu olhei para dentro e ele estava de costas ajeitando uma escultura.
A moça chegou a fazer sinal com a cabeça e com os olhos para eu ir com ela.
Eu estava já dando um passo para o corredor.
Então ele se virou para mim e apenas disse para eu entrar e fechar a porta.
Quando eu olhei, ele voltou a mexer na escultura.
Parou de costas para mim e ficou com as mãos na cintura admirando ela.
A moça perguntou se eu ia entrar.
Eu olhei para ela e vi seus olhos como se estivessem assustados.
Um oficial estava passando.
Olhou para nós e simplesmente continuou.
O que era tudo aquilo?
Aquele azeite fervente dentro da cabeça, cada vez mais quente.
Eu?
Até hoje não faço ideia do que foi tudo aquilo.
Eu voltei a olhar para a moça.
Senti como se estivesse pedindo desculpas com meus olhos.
Senti até vergonha.
Mas entrei e fechei a porta.
Ele veio, passando por mim, e simplesmente trancou a porta.
Ao passar de volta, me olhou com um olhar diferente daquele olhar afetuoso de antes.
E então disse que não era justo eu ser escravo.
Eu não entendi.
Ele disse que não era o que eu pensava das coisas, mas sim o que as coisas faziam comigo.
De repente voltou, dizendo que havia se esquecido que a serviçal não deveria demorar e voltou a destrancar a porta, deixando apenas fechada.
E foi na direção da cama.
Enquanto retirava seu traje de oficial, ele colocou sua espada sobre a mesa e estava apenas vestido panos simples, andando até o outro lado da cama.
Sua espada estava mais perto de mim do que dele.
Ele olhou para ela e para mim.
Então me disse que ou eu serviria a vida inteira a uma espada ou seria libertado definitivamente por uma.
Disse também que seria muito fácil para um guerreiro como eu resolver de uma vez o meu destino naquele exato momento.
Então eu fui lentamente caminhando até a espada.
Ele se sentou naquele lado da cama.
Ficou esticado e até levantou a cabeça, como se estivesse ofertando o seu pescoço.
A única pergunta que vinha era que tipo de pessoa era o Fonte.
Como um general de tamanha postura, que com menos da metade do número de homens que eu tinha dizimou o meu poderio, com estratégias e habilidades formidáveis, poderia ser aquele homem que estava com seu pescoço aguardando pela sua própria espada?
Eu peguei ela.
Senti minhas veias pulsando em minha testa.
Senti o poder da espada.
Senti aquela vibração.
E fui até ele.
Ele não moveu um músculo.
Duas batidas na porta e a serviçal anunciou o vinho e as frutas e pão.
Ele disse para ela aguardar um tempo.
E então inclinou a cabeça, deixando seu pescoço ainda mais vulnerável à fúria que percorria todo o meu corpo.

Se você chegou até aqui, não sei como está se sentindo. Mas eu me senti, quando li, como se estivesse lá. Eu conseguia ver tudo. E até sentia o cheiro das coisas. Fiquei muito tentado a confiar e lendo. Mas fui instruído a parar e só retornar dois dias depois. Eu não consegui. Na manhã seguinte eu estava comendo a leitura. E quando eu terminei de ler, estava como se tivesse… Melhor não falar.
Bem… Quem estiver aí, caso queira que eu continue, volto a postar em dois dias a Parte 3.

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8 Comentários

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  • Responder Tenente ID:1coumbfrs2us

    Que bom que estão curtindo.
    Acabei de postar a parte 3 e depois posto o final.
    Obrigado!

  • Responder Coroa veado ID:5v8qyxs8k

    Continua vai humm

  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    Continua tô antevendo cenas sensuais entre vcs dois

  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    Não teve sexo ainda mas existe toda sedução no quarto o clima tá envolvente acho que o conquistador logo estará nos braços e na pica do General

  • Responder Val Belfort ID:1eetkd06j2p4

    Até aqui perfeito espero continuação

  • Responder Efebo ID:81rituj6ii

    Estranhamente estou com meu cacete duro feito uma rocha, mesmo o texto não tendo nenhuma conotação explicitamente sexual. Consigo sentir também o cheiro do recinto onde eles estão, dos corpos viris e mesmo do vinho que chegou à porta. Por favor, continue.

    • Marcos ID:3ynzgfs5t0c

      Continue por favor

  • Responder x ID:1daibs5yv1

    muito bom. alguém te le: neno690