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A minha vida com o Matt

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A minha infância, e depois como conheci o meu Matt.

Eu por natureza sou uma pessoa acanhada…tímida, mas encontro na escrita uma maneira de me libertar um pouco. Não sou uma boa escritora, eu confesso, e por vezes alongo-me bastante na escrita, se isso acontecer hoje eu peço desculpas.
Conheci este site de contos eróticos á pouco tempo, apenas uns dois meses. Li coisas bonitas…coisas feias… mas dei por mim a vir aqui diariamente, para ler alguns contos de autores que eu gosto. Resolvi escrever sobre a minha vida. Irei usar um nome falso, tenho medo que alguém reconheça-me pela escrita.
Chamo-me Maria, tenho atualmente 47 anos, sou casada, mãe de 4 filhas, trabalho em tribunais, primeiro como advogada e agora julgo casos.
Sou uma mulher bonita, cabelos longos pretos, olhos acastanho claros, o que é raro nas pessoas da cor da minha pelo, sou negra, lábios grossos, mamas bem grandes, cintura larga, cu grande, coxas largas, e faço depilação da minha vagina.
Nasci num bairro da periferia de Lisboa, Cova da Moura, um bairro nem sempre falado pelas melhores razões, mas que tem tanta e tanta gente boa. O meu pai trabalhava nas obras, hoje em dia está reformado e vive em Londres, depois eu explico, e a minha mãe trabalhava numa empresa de limpezas e ainda ia limpar escadas. Não tenho vergonha das minhas humildes origens, muito pelo contrário, tenho orgulho, muito orgulho.
Sou filha única, naquela altura talvez a única filha única do bairro inteiro, LOL. Mas a minha mãe quando me pariu teve graves complicações, e nunca mais pôde ter filhos.
Tive uma infância normal, para uma criança que nasceu num bairro pobre, com os pais sem terem possibilidades de me comprarem brinquedos, tive apenas uma boneca de trapos, feita por uma vizinha minha, a dona Catarina, uma segunda mãe para mim. Ainda hoje guardo essa boneca, foi durante a minha infância o objeto mais valioso que eu tinha. Dei-lhe um nome, chamei-lhe Princesa.
Um dia, tinha eu 4 anos talvez, a dona Maria comprou-me um livro de BD… eu fiquei fascinada com o livro. Era uma BD com o pato Donald, eu logicamente não sabia ler nem escrever, mas via os desenhos e fazia as histórias do livro na minha cabeça.
Ainda não tinha os meus 5 anos feitos, e a minha mãe morreu, um ataque cardíaco fulminante, enquanto lavava uma escada.
Chorei tanto mas tanto, e fiz uma promessa á minha mãe, estando ela já no caixão barato que o meu pai conseguiu comprar, com a ajuda dos nossos vizinhos, prometi que eu seria alguém na vida, que iria lutar contra o mundo se fosse preciso. E tive mesmo de lutar.
Para mim, o dia mais feliz da minha vida foi o dia em que entrei para a escola. Eu andava desejosa de aprender, e ainda tive a sorte de o meu professor ser uma pessoa espetacular.
Meu querido professor Joaquim… tantas vezes ficou comigo até horas, depois das aulas, falando comigo sobre coisas que eu apenas imaginava, ou nem imaginava. Eu fui aquela aluna chata, cheia de dúvidas, de perguntas… uma seguidora do PORQUÊ, como o senhor me chamava, LOL.
outro dia maravilhoso foi quando fomos visitar uma biblioteca enorme, da Calouste Gulbenkian, em Lisboa… entrei num paraíso quando vi tantos e tantos livros, tinha eu já 10 anos.
Meu pai, criou-me praticamente sozinho, ele só voltou a casar anos mais tarde. Ele não sabia ler nem escrever, e ele hoje diz com orgulho, aos bisnetos, que fui eu quem o ensinou a escrever, e a ler.
E sim fui, ás noites, com a ajuda da luz dum candeeiro a petróleo, eu ensinei o meu pai a ler e a escrever.
Acabei a 4ª classe com distinção, fui a melhor aluna da minha classe, mas fiquei tão triste que eu chorava, pois naquela altura a escolaridade obrigatória em Portugal era a 4ª classe…e eu recebi um diploma, chorando porque pensei que acabara a escola para mim, e eu queria estudar e aprender tanto e tanto mais, como ainda hoje quero.
O meu pai não tinha possibilidades econômicas de me pagar os estudos, estamos a falar do ano de 1976, Portugal era ainda uma jovem democracia, cheio de problemas políticos, económicos e estruturais…e na minha modesta opinião pouco evoluímos, desde então, mas isso são outros assuntos que eu vou evitar.
O meu professor falou-me de uma bolsa de estudos, que em pagaria tudo, os estudos, refeições, alojamento, num colégio particular… eu fiquei radiante, só que esse colégio era em Setúbal…fica a cerca de 40km de Lisboa, mas para mim bem poderiam ser 40.000 km, eu nunca tinha saído de Lisboa. Quando falei disso ao meu pai, ele disse logo que nem pensar.
Mas eu sou teimosa, sempre fui teimosa, e sem ele saber concorri á tal bolsa, inscrevi-me coma ajuda do professor Joaquim, estudei tano mas tanto, para ser a melhor candidata, ter a melhor nota no exame da bolsa, e consegui…tive 20 valores, nota máxima…consegui a bolsa.
Quando o meu pai chegou a casa naquele dia, eu estava tão nervosa, cheia de medo…primeiro tinha de contar a ele que lhe desobedeci, pois concorri á bolsa, e depois que eu iria desobedecer outra vez, pois eu iria mesmo para Setúbal para o tal colégio particular, se ele não me autoriza-se…ia no fundo desafiar a autoridade dele.
Eu mal falei durante o jantar que eu fiz, esqueci de dizer, que para além de estudar eu tinha de cuidar da casa, de ir ás compras, carregar bilhas de água para casa, fazer as refeições, pois o meu pai saia para trabalhar de madrugada aí pelas 5h da manhã e voltava muitos dias só pelas 8h da noite.

– Pai… comecei por dizer…queria pedir desculpas ao senhor, Pai.
– Desculpas de quê??? que fizeste tu, Maria???
– Eu desobedeci ao senhor, disse eu de cabeça baixa, já as lágrimas corriam pela minha cara.
– Maria…olha para mim…que fizeste???
– Pai…lembra-se de eu falar que havia uma bolsa para um colégio em Setúbal, e o pai disse logo que nem pensar???
– Sim…
– Pai…eu quero tanto aprender mais…estudar…sei que o pai não pode pagar mais meus estudos…havia a bolsa…eu concorri…estudei muito, e consegui a bolsa…tive 20 valores…e eu quero ir estudar. Desobedeci ao senhor. Desculpe. e baixei a cabeça, as lágrimas corriam pareciam rios pela minha cara.

O meu pai ficou olhando para mim, uns dois minutos, mas pareceram-me horas…dias…

– Maria… tenho orgulho em ti, filha.

Olhei para ele, ele chorava. Só vi o meu pai chorar quando a minha mãe morreu.

– Pai não chores… eu desisto eu…
– Maria, não sejas tola… eu choro porque gosto de ti e tenho orgulho…muito mesmo. És teimosa, lutas pelo que queres, mesmo que para isso tenhas que contraria-me… és como a tua mãe, ela era teimosa como tu. Sabes eu não quero que vás porque te podem fazer mal… e eu não estou prto para te proteger…tenho medo disso, mas agora olha-me nos olhos, e responde-me honestamente.
Mesmo que eu te proíba tu vais na mesma???
– Sim, vou paizinho…desculpa…mas vou.
– Sabia que dirias isso…vai filha, tens a minha benção, estuda e sê alguém nesta vida, só quero que me prometas que vais estudar muito.

Ela abraçou-me, deu-me um dos abraços mais fortes que eu tive na vida.
Passados dois meses, em finais de Setembro, fui para Setúbal, fui mais o meu pai de barco até ao Barreiro, e depois de comboio para Setúbal. Chorei baba e ranho quando ele voltou para Lisboa, e me deixou lá no colégio.
Fui colocada num quarto com mais duas meninas. No dia seguinte começariam as aulas…e constatei que eu era a única criança negra na escola, e das poucas que dormiam lá, pois o resto das crianças ou era de Setúbal ou de perto de Setúbal, e os pais delas as vinham buscar de carro…elas eram ricas e eu nem tinha onde cair morta. Só vi o meu pai durante as férias. Entretanto ele tirou a carta de condução de pesados, e passou das obras para ser camionista, e manobrador de gruas, nas obras, e foi essa a sua profissão até que se reformou.
Estudei lá dos 11 anos até aos 18, e eu queria ser advogada… concorri a nova bolsa, quando acabei o liceu, com excelentes notas, ganhei outra vez a bolsa…só que desta vez os estudos seriam em Inglaterra… Cambridge, uma das mais reputadas universidades do Mundo…e eu entrei para lá com bolsa de estudos, mas era só mesmo para os estudos e propinas, não me pagavam a estadia.
Fui na mesma para Londres, fiquei por uns dias numa pensão, e li nuns anúncios de um jornal, que uma senhora arrendava quarto a estudante, e ficava bem mais perto da universidade, poderia ir a pé e pouparia nos transportes.
Telefonei para o número que estava no anuncio, e a senhora ainda não tinha alugado o quarto, e marcámos uma hora para eu ir lá a casa dela ver o quarto.
Assim o fiz, e quando toquei á campainha e uma senhora alta, loura, olhos azuis, também, gordinha como eu, mamalhuda, com um vestido azul claro, com os seus 40 e poucos anos, abriu a porta, conheci outro anjo na minha vida, a Miss Steed, que entrou na minha vida de modo definitivo, até porque acabou casando com o meu pai, mas isso é lá mais para a frente.
Ela mandou-me entrar e ofereceu-me um chá, e fomos conversando, contei-lhe as minhas origens humildes, como depois fui parar a Cambridge.
Ela simpatizou comigo e fiquei com o quarto. Também consegui trabalho perto, numa loja de um antiquário. Mr. Steven, e ainda num salão de chá, em part time, servindo ás mesas.
Nunca tive medo do trabalho, e arranjava sempre tempo para tudo, sempre fui empreendedora.
Consegui ter excelentes notas na escola, mas vida social…zero.
Tinha 20 anos e nunca tinha namorado, e poucas vezes saído á noite.
Um dia, resolvi aceitar o convite feito por a minha amiga, Carol, e saímos á noite, e conheci um rapaz, o Mattheu, e eu pela primeira vez, tremeram-me as pernas quando conheci um rapaz.
Literalmente demos um encontrão um no outro, num bar apinhado de gente, e ele disse, em inglês, mas eu vou traduzir:

– Desculpe-me, senhora, eu fui ocupado, deixe-me pagar as cervejas. Deixe que lhe diga que tem uns olhos deslumbrantes.

Eu tinha ido ao balcão, buscar duas cervejas, para mim e para a Carol, e fiquei atrapalhada com o elogio dele…eu não estava nada habituada a ser elogiada daquela maneira e muito menos por um completo desconhecido.

– Não foi nada…e deixe as cervejas eu também tive a culpa.

Eu não parava de admirar o rapaz… alto e magro, bonito, com cabelos louros, pele muito branca, olhos azuis, notava-se que era musculado, pois ele usava uma shirt agarrada ao corpo, e notava-se bem os músculos dele.

– Eu insisto, miss…
– Maria.
– Maria…que nome tão bonito…não é inglesa pois não???
– Sou Portuguesa, estudo em Cambridge, para advogada.
– Advogada…sempre achei os advogados uns chatos, mas talvez você me faça mudar de opinião. chamo-me Mattheu ou simplesmente Matt. Espere aqui só um pouco, por favor.

Fiquei ali olhando-o…vi o rabo dele e pensei para comigo que aquele rapaz tem um rabo bem feito, LOL.
Ele foi buscar as cervejas, e mais uma vez pede-me desculpas, e quando eu ia já virar as costas ele diz:

– Se um estranho a convidar para amanhã almoçar com ele, recusa?
– Sim claro…
– E se for alguém que tenha conhecido recentemente???
– Aí talvez aceite ou não…
– Ótimo, como já não somos estranhos, eu ja sei o seu nome e a Maria o meu, eu convido-a para amanhã almoçar comigo. Pode ser as 12h, eu espero-a á porta da universidade???
– Quer dizer eu…
– Muito bem, amanhã as 12h.

E ele foi embora…quando cheguei perto da Carol e lhe contei o que se passou ela fartou-se de rir, e diz:

– Ao menos ele é bonito???Tem bom rabo???
– Carol… sim é e tem bom rabo.
– Então aproveita e diverte-te… perde essa virgindade, ela serve só para ser perdida, amiga.
– És mesmo tarada…

O que é certo é que as 12h em ponto ele esperava-me á porta da universidade… ele estava de shirt á mesma, calças de ganga e uns tenis, e eu estava de uniforme vestido.

– Ora viva…e deu-me dois beijos na cara.
– Bom dia, disse eu atrapalhada…aquele rapaz deixava-me assim cheia de nervos, sem saber que fazer ou falar, LOL.
– Vamos???
– Sim…
– Então, como foi o resto da sua noite???
– Foi boa…diverti-me com a minha amiga.
– Muito bem, eu também me diverti muito com emus amigos, mas o melhor da noite foi o encontrão que dei em si.
– O melhor das suas noites é dar encontros em raparigas???

Foi a vez dele corar.

– Credo, não…e repare que eu disse que foi o encontrão dado em si, Maria. E não noutra rapariga qualquer.
– Então cada vez que me ver vai dar-me encontrões???
– Se por cada encontrão, sair comigo…darei vários.

Tive de me começar a rir, aquele rapaz dava-me graça, achava-lhe piada.
Fomos almoçar numa casa que servia ótimas sandes.

– Então, Mattheu…que faz na vida???
– Trata-me por Matt, e estudo advocacia em Oxford.
– Desculpe??? Mas não disse que os advogados são uns chatos???
– Pois disse, e tenho razão.
– Então és um chato…
– Da pior espécie, como vais descobrir.
– Ai vou???
– Sim, pois eu vou ser bem chato consigo.
– Comigo?? Porquê???
– Porque mal a vi gostei de si, quando ouvi a tua voz, pareceu-me a mais bela melodia, cada palavra que diz…e quero descobrir, porquê. Um bom advogado deve investigar sempre, não concorda???
– Sim…quer dizer…bem…ai Mattheu…Matt…ai…estou atrapalhada…o Matt deixa-me atrapalhada.
– Também a Maria faz o mesmo comigo. Sabe que nem dormi a pensar em si, e nos seus lindos olhos???
– Agora está a flertar comigo???-
– Sim. E está a resultar???
– Não…sim…porra… fuck…
– Fica linda assim toda atrapalhada.

Tive de voltar a rir…estava desarmada…a cara dele linda, a simpatia dele e aquela conversa atrevida desarmou-me completamente, confesso.
Nesse dia, e á porta da universidade, quando ele me levou de volta ele beijou-me na boca, foi o primeiro rapaz que eu beijei, e adorei…até fiquei com as pernas bambas.
Jantámos nessa noite, e começamos a namorar. Tudo bem repentino, nem tive tempo para parar e pensar…

DESCULPEM ESTA PRIMEIRA PARTE NÃO SE ENQUADRAR BEM NA TEMATICA DESTE SITE DE CONTOS ERÓTICOS, MAS EU ACHEI QUE PRECISAVA DE CONTAR COMO FOI AQUELE PERÍODO DA MINHA VIDA. SE ENTENDEREM QUE DEVO CONTINUAR A PUBLICAR, AS PARTES SEGUINTES TERÃO MUITA AÇÃO.

CONTINUA.

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4 Comentários

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  • Responder Ana Flávia Castela ID:1etdoarna3su

    Matt não meteu nada…. Kkkkkkkk acho que vcs meninos deveriam ver o lado dela, tirem a mão do pai e põe a mão na consciência, acho que deveríamos fazer um surubao com ela pra ela ter história para contar e assim ela não escreve nada no chat gpt

  • Responder Neymar Jr. ID:1ckyza59hyvm

    Porra Maria, aqui é site pra postar PUTAFIA, não pra falar de como foi sua infância e de como vc se apaixonou pelo Manoel e pelo Joaquim

    • Girda ID:bt1he20b

      Não leste tudo que escrevi…