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A Semana Do Fim

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Na época isso quase me matou. Mas hoje eu até sinto tesão quando revivo tudo aquilo. Alguns vão me xingar. Mas muitos vão entender.

Primeiro dia.
Eu tinha vinte e cinco anos, casado há dois. Minha esposa demorou a chegar em casa. Não existia celular na época. Fiquei preocupado. Só pensava em desgraça. Mas por volta de uma da manhã ela chegou. Três horas depois do normal. Senti aquele alívio. Dei um abraço apertado nela perguntando o que tinha acontecido. E ela, demonstrando um pouco de nervosismo, disse que o ônibus não parou pra ela e o outro demorou muito e que ela ficou mofando na rodoviária. Parecia bem nervosa. E eu achava que fosse por conta de todo o problema que viveu.
Segundo dia.
Ela estava diferente. Era domingo e eu fui comprar um galeto. Quando voltei percebi que ela estava no banheiro e resolvi fazer surpresa. Na verdade queria dar um susto nela. Entrei sem fazer barulho. E percebi que ela estava chorando em silêncio. Então ela abriu a porta e deu de cara comigo. Ficou sem jeito e disfarçando o choro. Perguntei o que foi e a abracei. E ela desabou em lágrimas. Quando finalmente teve condições, disse que era porque ainda não tinha filho. Estranho aquilo. Era rua que não queria. Mas acreditei e abracei ela bem forte.
Terceiro dia.
Eita foi trabalhar e eu levei e eu também. Saí mais cedo e fui para um bar na frente do shopping onde ela trabalhava. Fiquei esperando ela sair. Mas ela não saiu. Voltei pra casa e ela estava lá. Perguntou onde eu estava e eu contei pra ela. Ela ficou toda sem jeito e disse que trabalhou só um turno e que no outro estava de folga. Ela não tinha dito isso. Mas…
Quarto dia.
Eu estava bem cismado com minha esposa. E tinha dito que ia sair mais cedo pro trabalho. Mas fui direto para a entrada do shopping e me escondi. Fiquei esperando ela chegar. Mas ela não apareceu. Liguei do orelhão para a fábrica e disse que ia faltar. Passei o dia todo ali. Bebi todas. Voltei pra casa. Esperei por ele e quando ela chegou, fingi que estava tudo bem e que só tinha bebido com uns colegas. Perguntei como foi o dia e ela disse que foi tranquilo. Foi quando tive certeza de que ela estava mentindo. E não estava mais trabalhando. E a pergunta que me torturava era onde ela passava o dia todo.
Quinto dia.
Eu estava fingindo não desconfiar de nada e procurei ela na cama, que se recusou, dizendo que não estava se sentindo bem. Eu insisti e a gente acabou transando. Mas ela não gozou. Fingiu que gozou. Mas eu percebi a diferença. Ela não tremeu, nem tossiu. Foi quando eu percebi que com certeza ela estava me traindo.
Sexto dia.
Pela manhã eu coloquei ela contra a parede e perguntei com quem ela estava me traindo. Ela se fez de ofendida. Mas a cara dela só confirmou minhas suspeitas. Então insisti e ela começou a chorar. Foi quando assumiu estar saindo com um cara. Eu perguntei quem. E ela disse que era o patrão dela. Perguntei há quanto tempo e ela disse faziam dos meses que ela não trabalhava e que ia para uma casa dele só para ela ir no horário do trabalho, dizendo que era o ninho deles e que ela nunca mais precisaria fazer nada pra ninguém. E eu fiquei sem pernas enquanto ela desabafa em lágrimas. Eu perguntei por quê e ela disse que acabou acontecendo, mas que ela estava apaixonada. Perguntei quantas vezes eles transaram e ela disse que quisesse todo dia, nem que fosse algo mais trivial. Eu perguntei o que era isso e ele desconversou. Pela insistência ela disse que sexo anal. Eu desmontei. A gente nunca fez. Ela nunca permitiu. E com o cara isso era trivial? Eu só conseguia imagina uma puta sendo fodida por trás bem na minha frente. Foi quando eu dei um tapa na cara dela. Ela só arregalou o olho e eu dei outro. As coisas saíram do controle e ela começou a me xingar e me chamar de corno e dizer que dava mesmo, já que eu era um merda na cama que não fazia ela gozar gostoso. Então eu perdi a cabeça e comecei a bater nela.
Sétimo dia.
Eu estava preso. Todos olhavam para mim com cara de nojo e sorrisos cínicos.

Hoje eu fico imaginando o cara fazendo frango assado com ela, metendo forte no cu que deveria ser meu, mas que eu nunca consegui comer, dizendo pra ela que era o dono do cu dela e enchendo ele de porra. Fico pensando na vez que ela demorou a chegar e que eu a abracei cheio de alívio e preocupação, com ela estando com aquele cu e talvez também o estômago e a buceta cheia de porra do baixinho filho da puta. E quando a barriga dela começou a crescer, pelas minhas contas, era o filho do cara que ela estava carregando. E eu preso. Fui transferido e minha vida virou um inferno. Era o cara mais judiado da delegacia. Por fim, ela retirou a queixa e eu fui solto. Não entendi esse lance direito. Mas o importante foi que eu estava solto. E antes dele ter o filho, nos encontramos e conversamos. Acabou que a gente foi para um motel. Ela estava sendo bancada pelo patrão, que havia separado da mulher. Era o meu troco. Ela com aquele baita barrigão e eu finalmente comendo o cu dela. Foi a melhor gozada que tive na vida. E por um bom tempo, mesmo depois do Felipe ter nascido, eu continuei comendo ela.

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