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Meu Primo Do Interior

11113 palavras | 7 |4.54
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Beto vem morar na casa do primo Chiquinho e juntos descobrem que há muito mais entre eles que laços sanguíneos.

Esse conto está dividido em 3 partes, tudo nesse mesmo capítulo e por isso é gigante desse jeito. Fiz assim para caso vocês queiram dar uma pausa entre um e outro, há indicações de onde começa e onde acaba a parte. Esse conto é fictício e será único, os próximos serão outras história. Boa leitura!!!

Parte Um

Eu sempre soube que seria gay, nunca me identifiquei com meus amigos quando o assunto era a mulher mais gostosa que a gente conhecia. Eu sempre acabava ficando em silêncio e apenas ria das coisas que eles falavam. Sempre fui um garoto mesmo, gostava de jogar futebol, empinava pipa, descia barranco sentado em pedaços de papelão e adorava apertar a campainha dos vizinhos e sair correndo. Coisas de crianças mesmo, moleque, acho que era por isso que ninguém desconfiava que eu era gay.

Mas minha confirmação veio quando eu vi um pau pela primeira vez. Meu amigo, o Zeca, disse que tinha achado um monte de revista de mulher pelada nas coisas do pai dele. Óbvio que ele pegou e levou pra rua, pra mostrar pra gente. Nosso grupinho de amigos tinha de doze a quatorze anos, eu era um dos mais novos e tinha doze, Zeca tinha treze. Todo mundo fez um bolinho ao redor dele, os menores no meio e os maiores atrás. Juntos, Zeca começou a folhear a revista, tinha uma mulher mais bonita que a outra, mas nada nelas me atraía.

Eu ouvia os moleques mais velhos comentando de buceta e que metia pra valer em cada uma que eles viam. Eu apenas olhava e via um corpo, nada demais. Porém, quando chegou uma cena que tinha um negão comendo uma asiática, meus olhos saltaram ao ver aquela pika. Meu pinto começou a ficar durinho e antes que eu pudesse continuar vendo, Zeca passou a folha e as mulheres voltaram sozinhas.

Eu não precisava de mais nada para confirmar, eu era gay. Achava os garotos mais bonitos, gostava de assistir meus amigos sem camisa e ficava vidrado quando aparecia um homem sem camisa em algum comercial na televisão, principalmente se fosse de cuecas. Nosso grupinho tinha em torno de cinco meninos, contando comigo. Tinha o Zeca, que era um moreno de olhos castanhos e cabelo raspado. O Murilo, que tinha quatorze anos, pele branca, cabelos cor de cobre e olhos verdes. Renan, que também tinha quatorze anos, pele branca, cabelos loirinhos e olhos azuis. E por fim, o Ruan, que tinha treze anos, pele morena bem escura, olhos castanhos e o cabelo afro bem volumoso.

Eu era branco, mas com o tanto de tempo que fiquei pela rua, acabava ficando moreno de sol. Meu cabelo era castanho e cacheado, todo enroladinho em um topete, olhos azuis bem claros e eu sempre fui menor que os outros. Eu tinha só 1,37cm de altura e era bem magrinho.

— Cara, seu pai tem mais dessas revistas?— Perguntou Murilo, ele mexia no shorts, ajeitando o pau.

— Tinha um monte lá. Posso trazer um pra cada e a gente bate umazinha.— Respondeu Zeca.

Salvo pelo gongo, escuto minha mãe me chamar para almoçar e antes que meus amigos dissessem algo, saí correndo para casa. Eu não sabia o que fazer, se eu recusasse eles iriam me atormentar e se eu fosse e meu pinto não subisse, iria ficar pior ainda. Assim que passei por minha mãe, ela me mandou ir lavar as mãos e que fosse chamar meu pai no quarto. Meu pai era segurança de noite e passava boa parte do dia dormindo, acordando apenas se muito necessário, como almoçar. Obedecendo minha mãe, corri até o banheiro e lavei minha mão, me dirigindo ao quarto de meus pais logo em seguida.

O quarto estava todo escuro, devido a cortina black-out que mamãe comprou para papai poder dormir melhor. Me aproximei da cama e observei meu pai. Ele é um homem bonito, parecido comigo, a única diferença é que ele era bem forte. Ele dormia apenas de cueca, deixando seus braços e peitoral peludo a mostra. Toquei o corpo dele e o balancei, o chamando.

— Pai, o almoço tá pronto.— Chamei, e ele não acordou.— Pai, a mamãe tá chamando.

Balancei ele mais forte e por fim, ele acordou, me olhando assustado por um tempo. Apesar do jeito todo bronco de ser e de aparentar ser um homem bruto, meu pai nunca foi assim comigo ou com minha mãe. Sempre tratou a gente com carinho, respeito e amor. Em troca nós o tratávamos da mesma forma. Ele coçou os olhos, me puxando para um abraço e me deitando na cama ao seu lado.

— Você já tava na rua?— Ele perguntou, a voz bêbada de sono.

— Sim, tava brincando com meus amigos.— Respondi.

Eu estava de costas para o peitoral dele, sentindo seu peito inflar sempre que ele respirava. Na minha família, nunca teve isso de preconceito, tenho um tio por parte de mãe que é gay e uma prima por parte de pai que é lésbica. Então eu senti que podia confiar no meu pai com meu segredo e respirando fundo, decidi contar.

— Pai, posso te contar uma coisa?— Perguntei, minha voz um pouco desesperada.

— Claro que pode, filho.— Ele me deu um beijo na nuca.

— Eu sou gay.— Por um segundo, foi como se o mundo tivesse parado e a única coisa que eu ouvia era a respiração de meu pai.

— Como você sabe disso?— Ele me virou, ficando de frente para mim e me encarando nos olhos. Ele não parecia zangado, apenas curioso.

— Meu amigo me mostrou uma revista de mulher pelada, mas eu não senti nada por elas, só quando apareceu um homem. Meu pintinho ficou duro com o que eu vi.— Respondi e ele apenas respirou fundo, me observando.— Eu também acho que os garotos são mais interessantes que as mulheres e tenho vontade de beijar eles, mas elas não.

— Tudo bem, filho. Tá tudo bem, você ser gay.— Meu pai me deu um beijo na bochecha, acariciando minhas costas.

— Pode não contar pra ninguém ainda? Nem pra mamãe?— Pedi e ele concordou com a cabeça, sorrindo para mim.

— VOCÊS VÃO VIR ALMOÇAR OU EU VOU TER QUE ARRANCAR OS DOIS DA CAMA?— Gritou mamãe, lá da cozinha.

— Melhor a gente ir, antes que ela apareça com uma colher de pau.— Disse meu pai, rindo.— Vai indo que eu vou me trocar, ainda tenho que buscar seu primo na rodoviária.

— O Beto chega hoje?— Perguntei animado.

— Sim, agora vai lá acalmar sua mãe.

Me levantei da cama junto com meu pai, vendo suas costas largas viradas para mim e sua bunda escondida pela cueca. Eu nunca senti tesão por meu pai, apenas o achava bonito e atraente, mas nunca tive vontade de ter algo com ele. Diferente do meu primo Beto, que eu adorava ficar fantasiando com ele, principalmente que ele era meu namorado.

Corri para fora do quarto e me sentei a mesa, avisando minha mãe que papai estava trocando de roupa. Ela colocou comida no meu prato e alguns minutos depois, papai apareceu na cozinha já vestido. Ele usava uma camiseta azul, com uma calça jeans e tênis. Ele bagunçou meu cabelo e deu um beijo em minha mãe.

— Tá animado para rever o Beto, filho?— Perguntou minha mãe.

— Sim, ele é o primo mais legal que eu tenho.— Disse, entre uma garfada e outra.

— Faz tanto tempo que a gente não vai pro interior.— Disse meu pai, olhando para o nada.— Acho que a gente podia marcar de ir visitar meus pais na roça, não é?

— Você só tem que tirar férias, querido.— Mamãe colocou o prato de meu pai e ele desatou a comer.— O ônibus do Beto vai chegar daqui uma hora.

— Pai, posso ir com você buscar o Beto?— Pedi, esperançoso, mas minha mãe me cortou.

— Não, vai ficar em casa e fazer lição, acha que eu não sei que seu professor te passou?— Respirei fundo, ficando emburrado.

— Relaxa, campeão. Você vai ter muito tempo pra irritar seu primo. Ele vai ficar aqui durante o período todo em que estiver na faculdade.— Disse meu pai.

Depois do almoço, meu pai deu um beijo em minha mãe e avisou que estava de saída. Então aproveitei para fazer minha lição o mais rápido que eu podia. Beto iria ficar no meu quarto, já que eu tinha uma bicama e era isso ou dormir no sofá duro. Eu estava ansioso para poder jogar videogame com ele e escutar as famosas histórias que ele sempre tinha para contar. Eu sou o mais novo da nossa família, então a maioria deles sempre cuidou de mim com bastante zelo. Alguns dos meus primos, como por exemplo o Beto, adorava me levar para andar de cavalo quando eu era mais novo e íamos para a casa de meus avós.

Terminei a lição o mais rápido que eu tinha conseguido e o Beto ainda não tinha chegado. Minha mãe conferiu minha lição de casa, ela sendo professora sempre me dizia se eu tinha feito certo ou errado. Para minha sorte, eu tinha feito certo, recebendo um chocolate de presente, que por algum motivo decidi guardar na geladeira. Ela me mandou tomar banho e um pouco irritado, obedeci. Quando acabei, entrei em meu quarto pelado e coloquei uma cueca cinza. Então ouvi a porta da sala se abrir e a voz grossa de meu pai gritar que eles tinham chegado.

Nem pensei muito, apenas saí correndo pela casa e procurei por Beto. O encontrei abraçado com minha mãe, assim que me viu ele abriu um sorriso e os braços, me chamando para um abraço. Beto é um homem bem bonito, cabelos castanhos, pele bronzeada, ombros largos e fortes, olhos castanhos e um nariz grande. Seu rosto tinha uma barba que apesar de ainda estar crescendo, o deixava mais bonito do que eu me lembrava. Ele estava usando uma camisa xadrez vermelha, calça jeans, uma botina marrom e um chapéu de couro preto.

Corri na direção dele, nem me lembrando que estava só de cueca e pulei nos seus braços, o sentindo me abraçar. Envolvi seu pescoço em meus finos braços e ele me levantou, passando a mão por debaixo de minha bunda para me dar apoio, enquanto eu tentava envolver minhas perninhas no largo tronco dele.

— Que saudade, priminho.— Disse ele, sua voz grossa entrando por minhas orelhas.

— Beto, você vai me contar histórias?— Perguntei, afundando meu rosto no pescoço dele. Meu primo tinha um cheiro bom, provavelmente seu perfume.

— Claro que eu vou, priminho.— Beto quase não carregava sotaque da roça. Diferente dos irmãos, ele sempre estudou bem para um dia vir morar na cidade.

— Deixa o Beto respirar, filho.— Pediu meu pai, se sentando no sofá.

— E vai botar uma roupa.— Ordenou minha mãe, me puxando do colo de meu primo.

— Não sai daí, eu já volto!— Disse, correndo de volta para o quarto, enquanto escutava eles rindo.

A chegada do meu primo era minha maior alegria. Durante o dia todo, eu aluguei Beto para mim. Aonde ele ia, eu estava atrás e chegou em um momento, que eu quase o segui para o banheiro, inconscientemente. Minha mãe me deu uma bronca, me disse pra parar de seguir meu primo, que ele iria se sentir desconfortável. Entretanto, Beto a tranquilizou e disse que não tinha problema, que isso o lembrava da época que o irmão mais novo o seguia para todo lugar também. Meu pai também disse para minha mãe ficar mais sossegada, que como eu não tive irmãos, eu via no Beto alguém assim.

Quando era seis e pouco da tarde, meu pai começou a se arrumar para ir para o trabalho. Ele se despediu de minha mãe e depois foi no meu quarto, onde eu estava jogando videogame com o Beto. Ele estava me ajudando a passar de um chefão do jogo, eu estava sentado ao seu lado, os olhos fixos na tela da televisão, enquanto ele me explicava como fazer. Meu pai deu um beijo no topo da minha cabeça e eu o ouvi sussurrar para Beto, pedindo pra ele cuidar de mim. Meu primo apenas concordou com a cabeça e continuou jogando, se despedindo de meu pai. Quando era nove horas, minha mãe me mandou ir dormir, dizendo que eu teria escola no dia seguinte.

— Acho que vou me deitar também, tia Maria.— Disse ele, se espreguiçando após voltar do banheiro e ter escovado os dentes.— Amanhã eu vou lá na faculdade resolver alguns últimos assuntos pendentes.

— Precisa que eu te acompanhe?— Ela perguntou, enquanto assistia a novela.

— Não, gosto de resolver essas coisas sozinho, mas agradeço a oferta.— Eles se despediram, e minha mãe me disse uma última vez que era para ir dormir e não pra ficar conversando ou jogando.

Beto e eu entramos no quarto, fechando a porta atrás de nós. A cama já estava pronta, eu ficava em cima e ele embaixo. Minha bicama era uma cama de solteiro grande o bastante para que ele coubesse deitado. Beto estava usando uma camisa regata laranja com alguns buracos abertos e outros remendados, por ser bem antiga. Lembro dele usar essa camisa desde os quinze anos e hoje ele já tem dezoito. Ele estava usando uma cueca slip azul, deixando bem marcado o formato de seu saco. Ele não estava duro, mas dava para ver que havia algo ali. Beto notou onde eu estava olhando e sorriu, bagunçando meu cabelo.

— Quer que eu coloque um shorts? Tá se sentindo desconfortável?— Ele se deitou, ficando mais baixo que eu.

— Não, tudo bem.— Respondi, ajeitando meu travesseiro.

— Boa noite, priminho.— Ele disse, colocando as mãos atrás da cabeça e fechando os olhos.

— Boa noite, Beto.— Apaguei a luz e me virei de costas para ele.

Por algum motivo, eu demorei demais para dormir aquela noite, vencido apenas pelo cansaço. No meu sonho, Beto vinha cavalgando no seu belo cavalo preto, usando apenas sua cueca preta e sorria para mim. Antes que ele pudesse chegar até mim, eu acordei escutando a voz de meu pai me chamar. Me apoiei em uma superfície dura, mas ao mesmo tempo mole e cocei os olhos, tentando enxergar no escuro.

— Filho, você caiu na cama do Beto.— Disse ele e só então eu notei que estava apoiado no pau dele. Por algum motivo, eu não tive vontade de tirar, mas sim de apertar.— Filho, tá acordado?

— O que foi pai?— Perguntei, tirando a mão de onde estava e encarando o rosto de meu pai. O homem estava me olhando um pouco assustado, talvez por causa da cena que presenciou. Beto ainda roncava do meu lado uma das mãos abraçando minha cintura de forma protetora.

— Tá na hora de ir pra escola, levanta e vai tomar banho.— Pedi colo para meu pai, que respirou fundo e me pegou, me levando para fora do quarto.— Não acha que está grandinho pra ficar pedindo colo?

— Mas todo mundo diz que eu sou pequeno.— Respondi, bocejando e sorrindo, recebendo cócegas dele.

— Você é muito danado, isso sim.— Ele me colocou no chão do banheiro e eu levantei os braços pedindo pra ele me ajudar.— Hoje você acordou manhoso ein?

Apesar de reclamar, meu pai se abaixou e tirou minha camisa, logo depois tirando meu shortinhos e minha cuequinha. Por meu corpo não ser bem desenvolvido ainda, eu era muito pequeno comparado ao meu pai. Meu pintinho, que estava durinho, tinha o tamanho de um dedo mindinho, mas aquilo não me deixava inibido. Meu pai me olhou de cima a baixo e por fim se levantou, abrindo o chuveiro e colocando para tomar banho. Agora bem mais acordado, eu podia finalmente tomar meu banho e me preparar pra ir pra escola. Meu pai se despediu de mim, dizendo que iria dormir e me desejou um bom dia de aula.

Confesso que trocar de roupa no escuro não foi nada fácil, já que eu não queria acender a luz e acordar o Beto. Minha aula começava sete horas e ainda era seis e dez da manhã. Minha mãe já havia levantado e preparado o café da manhã. Ela logo iria sair para ir trabalhar também, ela dava aulas particulares para crianças com necessidades especiais. Então, enquanto ela estava me preparando um pão com manteiga, senti alguém se sentar ao meu lado na cadeira.

— Bom dia, dorminhoco.— Disse Beto, me fazendo um carinho na nuca.

— Acordado já, Beto?— Perguntou minha mãe, pegando um copo de café e entregando para ele.

— Sabe como é tia, vai levar um tempo até meu corpo perceber que eu não preciso mais acordar tão cedo.— Ele explicou, bebendo o café e comentando o quanto estava bom.

— Carlos me contou a situação de vocês agora de manhã.— Ela comentou, também bebendo o café.

— O Chiquinho caiu da cama por cima de mim e como eu não quis acordar ele, deixei ele dormindo comigo.— Explicou Beto, senti meu rosto corar.

— Vocês se machucaram?

— Não!— Respondemos juntos. Beto sorriu e me fez um cafuné na cabeça.

— Tia, acho que vou acompanhar o Chiquinho até a escola hoje.

— Não precisa, ele sabe ir sozinho. Além do mais, geralmente ele vai com o Zeca, amigo dele.— Explicou minha mãe.

— É que eu queria saber onde que fica a escola. Para caso algo aconteça e a senhora ou o tio não possam ir.— Dizendo isso, minha mãe pareceu concordar.

— É, seria bom se você soubesse o caminho da escola também.— Ela pegou o celular e começou a mandar mensagem.— Tenho uma amiga que trabalha lá, deixei ela avisada que você iria levar ele para a escola e que era pra te adicionar como responsável dele quando não pudermos atender.

— O Beto vai me levar pra escola?— Perguntei animado.

— Vou sim, priminho.— Ele me fez um cafuné e eu sorri de orelha a orelha.— Vou trocar de roupa e já volto.

Beto se levantou, ele havia colocado um shorts de seda pra sair do quarto, mas ainda estava sem camisa. Fiquei observando o corpo dele, as costas largas e cheias de pintas em diversos lugares, além da marca do degrade de cor que ele tinha por causa do tempo que passou no sol na roça. Quando deu seis e meia, Zeca apareceu me chamando no portão e eu dei um beijo na bochecha de minha mãe e puxei Beto pelo braço para me acompanhar. Estava animado para apresentar meu primo para meu amigo, só não sabia o motivo. Beto tinha colocado uma camisa azul, uma calça jeans, uma botina marrom-escura e usava um chapéu de couro preto.

Zeca estava do outro lado do portão e ele pareceu um pouco assustado quando viu Beto. Mas como eu estava mais contente que pinto no lixo, ele deve ter se segurado para não correr. Abri o portão, Zeca estava usando o uniforme da escola e olhava para o alto para ver o rosto de meu primo.

— Zeca, esse é o Beto, meu primo.— Disse animado.

— Oi.— O garoto deu um tchauzinho amedrontado.

— Eae.

— O Beto vai acompanhar a gente hoje.— Expliquei enquanto puxava meu primo para ele me seguir.

Beto se deixava ser puxado, vez ou outra me levantava no alto ao levantar os braços. Zeca estava extremamente quieto, mas eu não liguei para aquilo, estava mais focado em brincar com Beto. A escola não era longe de casa, por isso que Zeca e eu íamos sozinhos. Logo nós chegamos, a escola tinha alunos de onze até dezessete anos, tirando alguns repetentes que tinham dezoito. Como Beto iria na secretaria, ele me acompanhou na entrada. Todo mundo olhava para ele, afinal era a primeira vez que me viam com o Beto. Eu notava os olhares das garotas mais velhas, seus sorrisos e risadinhas por onde a gente passava. Por algum motivo, aquilo me deixou com raiva.

— Te vejo quando chegar em casa, priminho.— Ele me fez um cafuné e o meu sentimento de raiva desapareceu.

— Tchau Beto.— Dei um abraço, que me retribuiu rindo e caminhou em direção a secretaria.

Eu sentia o olhar da maioria em mim. Meu típico grupo de amigos se aproximou, Murilo, Renan e Ruan.

— Chico, quem era aquele cara com você?— Perguntou Murilo, olhando para onde Beto tinha ido.

— Meu primo, ele veio morar com a gente enquanto tá fazendo faculdade.— Expliquei e Zeca ainda estava calado.

— Ele é todo fortão.— Disse Renan.— Quero ter o corpo igual o dele.

— O Beto trabalhou a vida inteira na fazenda dos meus avós, por isso que ele é todo musculoso.— Disse com orgulho.

— Oi Chiquinho, tá tão fofinho hoje.— Disse uma menina do terceiro, ela passou e me fez cafuné na cabeça, mas não foi nem um pouco bom.

— Quem era aquele com você, a gente não conhece?— Disse a amiga dela.

— Meu primo.— Respondi, um pouco confuso. Não era nem um pouco normal as garotas falarem comigo.

— Bom, se um dia você precisar de ajuda pra fazer lição de casa, ou posso ir te ajudar lá na sua casa.— As duas deram risadinha e se abaixaram, me dando um beijo na bochecha cada uma.

— Tchau, Chiquinho.— Elas me deram um tchauzinho e se dirigiram para o refeitório.

Toquei meu rosto onde elas beijaram, me sentindo estranho, mas nem um pouco bom. Meus amigos então fizeram uma algazarra, Murilo balançou meus ombros entusiasmado, enquanto o restante correram para ficarem de frente para mim.

— Cara, seu primo é uma máquina de atrair gostosas.— Disse Ruan.

— É, a gente precisa fazer amizade com ele pra elas darem bola pra gente também.— Disse Murilo.

— Vocês são burros? Elas foram legais com o Chico porque querem o primo dele, não ele.— Disse Zeca, extremamente emburrado.

— Acho que ele tá certo.— Disse Renan, ficando desanimado.

— Pelo menos o Chico recebeu um agrado das minas mais gostosas da escola.— Murilo bagunçou meu cabelo.

— Eai, como foi o beijo delas?

— Molhado?— Respondi, um pouco incerto.

— Relaxa, com o tempo você se acostuma.— Assim que Renan disse isso, o sinal tocou e todo mundo começou a ir para suas respectivas salas.

Zeca saiu sem se despedir. Não sei o que deu nele, mas acho que está bravo comigo por alguma coisa. Dei uma última olhada na direção da secretaria e vi Beto conversando com a secretária, a mulher estava com a cabeça apoiada no braço e ele falava sorrindo sobre algo. Senti algo ruim no meu peito e uma vontade de chorar, mas eu nem tive tempo de pensar nisso ao ser arrastado pela multidão de alunos subindo a escada para cada um ir pra sua sala.

Fim da parte um.

Parte Dois.

O dia na escola foi um tédio. Nem mesmo uma briga entre dois alunos do terceiro foi o suficiente para me deixar animado. Meus amigos tentavam descobrir o motivo do meu desanimo, mas nem mesmo eu entendia o que estava acontecendo comigo. Por causa da briga, o assunto do meu primo ter me levado para a escola desapareceu, todo mundo estava mais focado em comentar sobre os dois garotos que brigaram no meio do refeitório.

Zeca estava distante de mim, o que acabou me deixando irritado e entediado. Eu só esboçava mesmo um sorriso, quando me lembrava que quando eu chegasse em casa, Beto estaria me esperando. Quando o sinal para sair da escola tocou, eu corri o mais rápido possível para fora e fiquei no pátio, esperando por Zeca para que a gente voltasse juntos. Porém, eu não vi ele em lugar nenhum. Isso nunca tinha acontecido antes, ele sempre me esperou depois da escola. Uma menina da sala dele passou por mim e eu, todo tímido, chamei por ela.

— Com licença, o Zeca ainda tá na sala?— Perguntei.

— Ele foi um dos primeiros a sair, já deve ter ido.— Ela explicou.

Agradeci e esperei mais alguns minutos. Quando todo mundo já tinha ido embora, resolvi também ir, chateado por ele não ter me esperado. Caminhei de cabeça baixa durante todo o caminho, chutando uma pedrinha o tempo todo. Quando cheguei na rua de casa, vi Zeca em frente ao portão dele fazendo embaixadinha com uma bola. Senti minha raiva fluir por meu corpo, que tipo de amigo é esse que abandona o outro pra vir fazer embaixadinha? Caminhei em passos firmes até ele, pegando a bola um pouco antes de chegar ao pé dele e o encarei com raiva.

— O que foi?— Ele perguntou zangado.

— Eu é que pergunto isso, porque não me esperou pra vir embora? Fiquei te esperando igual um idiota na escola!— Disse mais irritado ainda, com vontade de jogar a bola na cara dele.

— Pensei que seu primo iria te buscar.— Ele tentou pegar a bola da minha mão, mas eu puxei para longe dele.

— Você ficou assim desde que conheceu ele. O que aconteceu?— Zeca virou o rosto.

— Não aconteceu nada. Devolve a minha bola.— Ele pediu.

— Não, até você me dizer a verdade.— Pedi e Zeca pareceu ficar irritado.

— Me dá a bola, Chico!— Ele avançou para cima de mim e eu ergui a bola.

Por ser baixo, ele facilmente a alcançou, mas eu segurava firme e não o deixava pegar, por mais que ele mandasse eu devolver. Em um momento, acabei me desequilibrando e caindo para trás. Minha mochila amorteceu minha queda, mas Zeca caiu por cima de mim. O rosto dele estava bem próximo do meu, seus olhos castanhos encarando minha boca e sua mão segurando minha cintura. Nossas respirações estavam aceleradas e antes que eu pudesse impedir, Zeca me beijou.

A boca dele encostou na minha, um beijo demorado, mas estático. Eu estava paralisado, nem um pouco confortável com aquele beijo. Quando ele se afastou, eu estava de olhos arregalados e o encarava espantado. Zeca se levantou rápido, pegando a bola da minha mão e correu para dentro de casa, sem nem ao menos se explicar.

Toquei meus lábios e por mais que eu não quisesse, senti minha boca se retorcer em nojo. Eu sabia que era gay, eu deveria gostar se um garoto me beijasse, mas por que eu não gostei do Zeca me beijar? O que mais eu tinha que saber ou fazer? Me levantei, um pouco aturdido e caminhei em direção a minha casa. Antes mesmo de chegar, avistei meu primo me esperando na porta. Ele estava usando a mesma roupa de manhã, tinha os braços cruzados e um rosto não muito agradável. Sem saber bem o motivo, senti meus olhos se encherem de lágrimas e elas rolaram por meu rosto. Notando meu estado, assim que cheguei próximo o bastante, meu primo me puxou para um abraço.

— Me desculpa!— Pedi em meio as lágrimas.

— Não tem com o que se desculpar, meu anjo.— Ele se abaixou e beijou minha bochecha.— Tá tudo bem.

Eu não sei o que me fez pedir desculpas, mas ao sentir os lábios de meu primo na minha bochecha, eu me senti ficar mais calmo. Ele me pegou no colo e me levou para dentro. Minha mãe assim que me viu se desesperou, me perguntando o que tinha acontecido.

— Eu quero o papai!— Pedi, saindo do colo de meu primo e correndo para o quarto de meus pais.

Eu ouvi minha mãe correr atrás de mim, mas eu fechei a porta com força e tranquei. Ela bateu, pedindo para que eu abrisse e falasse com ela. Sentei no chão e tampei meus ouvidos, sentindo minhas lágrimas descerem ainda mais.

— Filho, o que houve?— Meu pai se levantou correndo, me pegando no colo e procurando por algum machucado.— Francisco o que aconteceu?— Ele pediu, mais desesperado.

— O Zeca me beijou.— Disse abraçando seu pescoço e sentindo ele soltar o ar.— Ele me beijou e eu não gostei.

— Fica calmo, deita aqui na cama do papai que eu vou falar com a sua mãe e acalmar ela.— Disse ele, me dando um beijo no topo da cabeça.

— Você vai contar que eu sou gay?— Perguntei assustado.

— Isso é você quem tem que dizer, filho.— Ele me olhou uma última vez, antes de sair e me deixar sozinho no quarto.

Eu conseguia ouvir eles conversando no corredor, minha mãe contando que Beto tinha me trazido para dentro chorando e que eu corri para o quarto. Após alguns segundos de silêncio, meu pai disse que iria conversar comigo e que depois ele iria falar com ela. Minha mãe protestou no início, mas meu pai garantiu que não era nada grave. Depois disso ele voltou a entrar no quarto escuro, eu estava no mesmo lugar de antes. Meu pai estava como sempre, usando apenas uma cueca preta e mais nada. Ele se aproximou de mim e se deitou na cama, me chamando para deitar com ele.

Apoiei minha cabeça no peitoral dele, abraçando seu corpo e sentindo seus braços me envolverem em um abraço. Ele não me fez mais perguntas, deixou que eu tomasse meu tempo para querer conversar. Enquanto isso, ele fazia cafuné no meu cabelo com uma mão e com a outra passeava pelo meu braço.

— Porque eu não gostei do beijo do Zeca?— Perguntei.— Se eu sou gay, eu não deveria gostar?

— Não é assim que funciona, filho.— Disse a voz dele, saindo grave perto de minha orelha.— Você não gostou porquê provavelmente não gosta dele romanticamente.

— Como é gostar romanticamente?

— Quando a gente gosta de alguém assim, a gente quer sempre tá perto. Nosso coração bate mais rápido, o dia parece que não tem fim até a gente ver a pessoa e a gente sempre pensa nela primeiro. Foi assim comigo e com a sua mãe.

— Ah!— Foi o que eu respondi, porque finalmente entendi de quem eu gostava romanticamente.

Beto. É do meu primo que eu gosto.

— Parece que você já tem alguém de quem gosta.— Ele comentou, me fazendo ficar com medo.

— Não, eu não gosto de ninguém.— Disse, mas acho que ele não se convenceu.

— Não vai falar pro papai de quem você gosta?— Neguei com a cabeça e ele sorriu, me dando um beijo na testa.— Tudo bem, eu espero você criar coragem e me contar.

Apesar de ser inocente em muitas coisas. Eu sabia que não era certo a gente gostar do nosso primo, ainda mais um que é seis anos mais velho que eu. Meu pai e eu ficamos mais um tempo conversando, antes dele me convencer a conversar com minha mãe. Eu concordei e aqueles foram os minutos mais longos da minha vida. Primeiro eu achei que ela fosse ficar brava e depois ela simplesmente me abraçou e me pediu para nunca mais esconder algo daquele tipo para ela. Beto estava apenas nos olhando e sorria para mim, acho que querendo me dizer que me apoiava.

Depois de todo o choro, foi o horário do almoço. Beto se sentou ao meu lado, fazia cafuné na minha cabeça de vez em quando. Meu coração disparava sempre que ele fazia isso. Agora com consciência dos meus sentimentos, tudo ficava melhor e mais intenso. Depois do almoço, meu pai voltou a dormir e minha mãe deixou eu jogar videogame depois de fazer a lição de casa. Beto ficou no quarto comigo, jogado na minha cama e mexendo no celular. Vez ou outra eu pegava ele me olhando pelo espelho da escrivaninha. Beto sorria e voltava a mexer no celular. Eu ficava envergonhado sempre que isso acontecia e minha vontade era de me bater por causa disso.

Quando acabei, fui jogar videogame e ele se sentou ao meu lado, me assistindo. Quando empaquei em uma fase, ele nem esperou que eu pedisse, apenas me pegou pela cintura e me colocou em seu colo. Suas mãos seguraram a minha, que segurava o controle do videogame. Ele apoiou a cabeça no meu ombro e me falava como eu tinha que passar. Antes de saber dos meus sentimentos, eu ficava vários minutos no colo dele sem que eu surtasse. Mas agora, o simples toque da mão dele na minha, me indicando o que fazer, era o suficiente pra me fazer tremer. Sua mão, que era bem grande, áspera e máscula, cobria toda a minha.

Acho que ele sentiu que eu estava tremendo, porque começou a falar rindo e sua boca às vezes falava soprando no meu pescoço, me arrepiando. A gente estava sentado na minha cama e quando eu passei de tela, ele comemorou, abraçando minha cintura e beijando meu pescoço. Sorri com aquilo, gostando do afeto que ele tinha por mim. Entretanto, Beto não me tirou de seu colo, ficou lá me segurando pela cintura enquanto eu jogava videogame. Senti algo cutucar minha bunda e parei de me mexer por um segundo, antes de sentir de novo. Eu sabia o que era, mas não ousei olhar para trás e muito menos fazer algo.

— Empacou de novo?— Ele segurou minha mão e voltou a me ajudar a jogar.

Eu não disse nada, fiquei parado sentindo o pau dele pulsar na minha bunda. Beto passou a mão no meu braço e eu decidi tomar uma atitude, para saber se o que estava acontecendo era de verdade. Movi minha bunda, dando uma leve sentada nele e sentindo seu pau um pouco mais. Beto riu e abraçou minha cintura, me puxando para mais perto do corpo dele e colocou a boca na minha orelha, mordendo ela com carinho.

— Aquele seu amigo, você não sente nada por ele?— Sua voz grossa saía em um sussurro. Neguei com a cabeça e seus lábios sorriram no meu pescoço.— Você gosta de alguém?— Concordei com a cabeça, sua mão agora entrava dentro da minha camiseta da escola.— De quem?

— De você.— Minha voz saiu manhosa, quase um miado. Beto sorriu e beijou meu pescoço.

— Eu também gosto de você, priminho. Desde a época que eu te levava pra passear de cavalo e te colocava pra cavalgar no meu colo.— Sua outra mão subiu por minha coxa, me fazendo sentir arrepios.— Hoje a noite eu vou te mostrar algo bem legal.

Dizendo isso, Beto me tirou de seu colo e se levantou. O volume que fazia na sua calça me deixou assustado e de boca aberta. Ele apertou a mala e me fez um cafuné na cabeça, saindo do quarto logo depois. Assim que a porta fechou, eu me joguei na cama, olhando para o teto e tentando entender o que tinha acontecido. De repente meu primo gosta de mim? Desde muito tempo atrás ele fica me alisando, mas sempre achei que fosse algo normal. Mas parando pra pensar, esses toques que ele tem comigo, como me colocar no seu colo e tudo mais, sempre foi quando a gente estava sozinho.

Olhei para o voluminho na minha calça e suspirei. O que ele vai me mostrar de noite? O pau dele? Isso fez meu coração se acelerar com as possibilidades e comecei a me animar. Eu nem me lembrava mais do que aconteceu com o Zeca. Desliguei o videogame e me levantei, saindo do quarto. Assim que chego na sala, encontro meu primo parado na porta, ele olhava para fora com um rosto intimidador. Ele olhou para mim e me chamou, fui sorrindo até ele e quando vi quem estava lá fora, meu sorriso se desfez.

Zeca estava parado no portão, o rosto vermelho e segurava uma pequena flor na mão. Ele estava todo arrumado, como eu nunca vi antes, usando uma roupa nova e parecia até que tinha passado o perfume do pai. Minha mãe surgiu na porta e viu aquela cena, levando a mão até a boca.

— Eu tenho é dó!— Disse Beto, recebendo um tapa no braço dado por minha mãe.

— Vem, vamos deixar eles se acertarem.— Ela puxou meu primo, que olhava para o garoto como se ele fosse um inimigo mortal.

Saí para fora de casa e eu notei como ele ficou apreensivo. Abri o portão, encarando seu rosto temeroso e ele estendeu a flor, me entregando. Era uma flor qualquer de jardim, mas bonitinha.

— Me desculpa por ter fugido.— Disse ele, a voz trêmula.— Eu estava com ciúmes de você e do seu primo.

— Zeca…

— Espera, me deixa terminar.— Ele pediu, se aproximando e pegando minha mão. Eu não senti nada, apenas apreensão por ele ser meu amigo.— Não é de hoje que sinto algo por você. Sempre gostei, mas tinha medo de você não ser gay ou de ao menos não gostar de garoto. Mas eu notei como você ficou alterado quando viu o cara na revista, eu iria tentar falar com você hoje, mas seu primo estragou tudo.

— Zeca, eu não gosto de você assim.— Respondi, tentando acabar com aquilo o mais rápido possível.— Eu sinto muito, mas não consigo gostar de você romanticamente.

— O quê?— Ele pareceu ficar chateado.— Mas e o beijo?

— Eu sei que deve ter algum garoto que gosta de você, mas não sou eu Zeca.— Soltei a mão dele.— Mas eu ainda quero ser o seu amigo e vou entender se você quiser se afastar.

— Eu preciso ficar sozinho.— Zeca se afastou, dando meia-volta e correu para a própria casa.

Entrei em casa, encontrando meu primo e minha mãe me esperando na sala. Suspirei aliviado e meu primo sorriu, se aproximando e bagunçando meu cabelo. Minha mãe me abraçou, dizendo que sempre era difícil dispensar alguém. Beto parecia vitorioso, ele tinha ganhado uma vitória que sempre esteve a seu favor. Meu primo e eu nos sentamos no sofá, ele me puxou para perto dele, apoiando a cabeça no braço forte dele. Ficamos assistindo televisão por um bom tempo, até dar o horário de meu pai levantar e começar a se preparar para ir ao trabalho.

Mamãe contou para ele o aconteceu de tarde e ele me deu um sorriso, parecia orgulho do quão maduro eu parecia ser. A noite caiu mais rápido do que eu esperava, parecia que tudo estava a meu favor. Quando deu nove horas da noite, minha mãe me mandou ir dormir, enquanto Beto ia ficar um tempo conversando com ela, provavelmente para não dar na cara. Meu coração palpitava forte contra meu peito. Eu arrumei nossas camas e me deitei na minha, esperando pacientemente por ele. Eu já estava quase pegando no sono quando ouço a porta do quarto se abrir e fechar.

Meu corpo todo acordou rápido, meu coração disparou e eu ansiava para o que quer que iria acontecer. Meu primo se aproximou, beijando meu pescoço e sussurrou para que eu esperasse até que minha mãe estivesse dormindo, que poderia dormir caso eu quisesse. Concordei com a cabeça, sem me virar para ele e esperei que as luzes da casa se apagassem. Não demorou muito até que minha mãe estivesse no quarto dela e depois de mais uns dez minutos, sinto a mão de Beto subir por minhas pernas. Meu pintinho estava duro feito pedra e meu coração prestes a pular pela boca.

— Está pronto, Chiquinho?— Concordei com a cabeça e me levantei na cama, ficando sentado. Beto estava usando somente sua cueca branca, o pau duro marcando tudo.— Ele é todo seu.

Sem hesitar, levei minha mão até sua mala e a segurei com firmeza. Beto gemeu, sussurrando que sempre sonhou com a minha mãozinha. Aquilo me dava mais vontade de continuar e com um sorriso, iniciei uma punheta nele. Beto passava a mão na minha cabeça e ele me pedia para continuar. Então ele se abaixou, me deitando na minha cama e me beijou. Sua boca se encontrou com a minha e a sensação foi totalmente diferente de quando Zeca me beijou. O gosto, o jeito, o tamanho da boca, tudo era diferente e mais gostoso. Com a mão ele puxou meu queixo, abrindo minha boca e enfiando a língua na minha boca.

Soltei um gemido, abraçando seu pescoço e passando minha mão por seu cabelo. Beto subiu em cima de mim, despejando seu pesado corpo contra mim e me esmagando contra o colchão. Ali estava eu, um garoto de 12 anos, com 1,37cm de altura, aos beijos com o primo de 18 anos e 1,90cm de altura. Eu me sentia excitado, assim como quando vi aquele pau naquela revista. Eu queria e eu precisava de Beto me acariciando. Seus lábios desceram para meu pescoço, enquanto suas mãos levantavam minha camisa. Sua boca desceu para meu peitinho e ele o chupou, não com muita força, não querendo deixar marcas e chamar atenção de meus pais.

Ele desceu pelo corpinho, depositando beijos delicados contra minha pele bronzeada. Beto olhou nos meus olhos, antes de abaixar minha cuequinha e meu pintinho duro pular para fora. Ele sorriu, tocando com os dedos como se fosse uma pinça. Eu já tinha me tocado antes, mas não tinha chegado a ser uma punheta. Isso era totalmente diferente. Seus dedos subiam e desciam, mostrando a cabecinha de meu pinto. Beto me pediu silêncio, eu ia perguntar o por quê, mas logo em seguida ele colocou meu pauzinho na boca, calando a minha pergunta e abrindo voz para um gemido um pouco mais alto.

Tampei a boca, com medo de minha mãe ter ouvido, mas depois de alguns segundos sem barulho algum, Beto mexeu a cabeça me chupando. Contive meus gemidos e isso parecia deixá-lo irritado, mas ele não fez nada. Sua boca engolia meu pintinho junto com minhas bolinhas, me fazendo segurar sua cabeça com minha mão. Beto acariciava minha bunda, mas sem tocar no meu cuzinho. Eu já estava sentindo que iria gozar e segurando firme seus cabelos, me contorci todo enquanto gozava na boca dele. Meu gozo era bem ralinho e quando parou de sair, Beto subiu e me beijou, despejando a porra na minha boca.

Nos beijamos, dividindo minha porra. Ela tinha um gostinho docinho e Beto fazia tudo ficar ainda melhor. Por fim ele se afastou e se deitou ao meu lado, olhando para o teto.

— Gostou, priminho?— Ele perguntou.

— Com certeza.— Disse e me levantei na cama, indo para o meio das suas pernas.— Minha vez?

— Tem certeza que aguenta?— Senti meu rosto corar, o fazendo sorrir.— Vai ser só o boquete, quando a gente foder não vai ser com seus pais por perto.

Concordei com a cabeça e olhei para o pau dele, que estava duro e a cueca molhada. Olhei para o rosto dele, segurando o cós da cueca e notando seu olhar de ansiedade. Saber que ele estava me desejando deixava tudo muito, mas muito melhor. Baixei a cueca de uma vez, ansioso para conhecer o cacete que iria passar a ser meu a partir de hoje. Meus olhos se arregalaram e minha boca se formou em um sorriso. Seu pau, assim como a pele que ficava escondida do Sol, era branco. Devia medir uns 20cm, com veias saltadas e uma cabeça de cogumelo toda babada. Seu saco era grande e molinho, caído dentro da cueca e sua virilha totalmente depilada.

— Gostou?— Ele perguntou, acariciando meu rosto.

— Uhhum.— Disse, levando minha mão até sua rola e a segurando com firmeza.

— Puta que pariu, Chiquinho.— Disse ele, jogando a cabeça para trás e segurando a minha no seu pau.— Que delícia essa mãozinha.

Iniciei uma punheta, gostando de assistir a forma que ele se contorcia com meu toque e sussurrava me pedindo por mais. Beto se maravilhava, seu pau babava e lubrificava a punheta, me deixando mais excitado. Criando coragem, aproximei meu rosto e coloquei a cabeça na boca.

— Puta que pariu…— Ele gemeu, segurando minha cabeça contra seu pau.— Isso, não para, priminho.

Beto foi abaixando minha cabeça, me fazendo engolir mais do que só a cabeça. Eu deixei ele me conduzir, fazendo o que ele gostava e Beto só parou quando eu engasguei com seu pau. Entrou até quase a metade, batendo na minha garganta e voltando. Ele repetiu esse movimento, gemendo meu nome várias vezes. Eu me sentia poderoso, sou eu quem está fazendo isso com o Beto, o homem de quem eu gosto. O gosto da sua babinha era bem doce, seu pau tinha um gosto delicioso e suas bolas eram gostosas de apertar. Beto e eu ficamos naquilo por um bom tempo. Ele parecia que não iria gozar nunca, apesar da minha boca estar totalmente melada com a babinha do pau dele.

— Eu tô quase lá.— Disse ele, aumentando o ritmo. Beto segurou minha cabeça parada no lugar, mexendo o quadril para cima e para baixo na cama. Seu pau entrava e saía da minha boca, me fazendo engasgar às vezes.— Tá vindo, Chiquinho… toma leite… toma o leitinho do seu macho!

Um líquido grosso e espesso foi despejado na minha garganta. Veio em muita quantidade, me assustando de início e minha reação foi engolir tudo. Passados alguns segundos, Beto tirou o pau da minha boca e me mandou abrir a boca e colocar a língua pra fora. Fiz o que ele mandou e um sorriso se formou na boca dele.

— Engoliu todo o leite do seu homem. É uma putinha gulosa mesmo.— Disse ele, me puxando para me dar um beijo.

Sua língua invadiu minha boca, sua mão entrava na minha cueca e agarrava minha bunda. Seus dedos tocaram meu anelzinho, completamente intacto. Gemi em nosso beijo e ele sorriu, chupando minha língua.

— Gostou?

— Sim, foi muito bom.

— A partir de hoje, toda noite você vai tomar meu leite.— Disse ele, se deitando na cama de baixo e me puxando para deitar com ele.— Só para o seu pai não desconfiar tanto.

— Quando você vai me comer?— Perguntei, ouvindo a risada dele.

— Ficou com vontade, não é safadinho?— Corei e me virei de costas para ele, sentindo seus braços me abraçarem e seu pau encostar na minha bunda.— Vamos ter que esperar um dia em que seu pai e sua mãe não estejam em casa.

— Tudo bem, eu espero.— Eu estava com minha roupa, mas Beto não e por isso ele puxou um fino cobertor e jogou por cima da gente.— Boa noite, Beto.

— Boa noite, Chiquinho.— Ele beijou minha nuca e se afastou um pouco.

Fim da parte dois.

Parte Final

Na manhã seguinte, quando meu pai me acordou para ir tomar banho, ele novamente me viu dormindo agarrado com Beto. Ele não comentou o fato de Beto estar usando apenas cueca, abraçado em mim e de baixo de um lençol. Depois que me arrumei para ir para a escola, esperei por Zeca aparecer, mas quando vi que ele estava indo para a escola sozinho, percebi que levaria muito tempo até ele voltar a falar comigo. Beto, que já estava acordado, se ofereceu para me acompanhar, mas eu disse que não precisava. Tanto porque eu queria ir sozinho, quanto para que as meninas não ficassem babando nele. Beto é meu e de mais ninguém.

Na escola, Zeca me evitou o dia todo, arrancando perguntas de meus amigos. Eu não contei o que aconteceu, apenas disse que a gente tinha brigado e não estávamos nos falando. Eles até tentaram fazer a gente conversar, mas depois que Zeca gritou que queria ficar sozinho eles o deixaram em paz. As meninas do terceiro ano vieram de novo falar comigo, perguntando sobre meu primo. Eu revirei os olhos e saí andando, deixando elas falando sozinhas. Quando eu chegava da escola, Beto estava me esperando de braços abertos no portão, me fazendo sorrir. Ele me deu um beijo na testa, sussurrando que sentiu a minha falta.

— Filho, vai acordar seu pai.— Disse minha mãe, assim que passei pela porta de casa.

Deixei Beto e mamãe na cozinha, me dirigindo ao quarto de meu pai. Abri a porta, entrando no quarto escuro e chamei por ele. Papai apenas acordou e me puxou para deitar ao seu lado, como sempre fazia. Me aninhei em seu abraço, sentindo sua respiração na minha nuca e seu peitoral contra minhas costas. Passado alguns minutos, minha mãe gritou para que fôssemos almoçar. Quando a noite caiu, Beto e eu novamente fizemos nossa sacanagem. Eu chupava seu pau e ele o meu, me beijando e me deixando dormir nos braços dele. Essa foi nossa rotina por mais ou menos uma semana.

Nessa semana que passou, Zeca não voltou a falar comigo e nem olhava mais na minha cara, nossa amizade tinha acabado e restava eu aceitar. Beto ficava mais ousado a cada dia, tanto para me bolinar perto de meus pais, quanto de noite, quando eu engasgava no seu pau. Eu percebia que ele ficava irritado por não poder me comer, já que seria muito perigoso se meus pais ouvissem. Ele também começou a estudar de tarde, então a gente só podia se ver mesmo a noite. Ele me comia com os olhos, seus dedos avançavam cada vez mais para perto de minha entrada.

Até que meu pai apareceu com uma notícia que deixou a gente extasiado.

— Ganhei essa noite de folga.— Disse ele, durante o almoço. Beto já tinha ido para a faculdade.

— Sério?— Minha mãe ficou animada, fazia muito tempo que ela não dormia na mesma cama que meu pai.

— Por que vocês não saem em um encontro hoje a noite?— Disse, levando o garfo até a boca.

— Um encontro?— Disse meu pai, ponderando a ideia.

— Mas quem iria cuidar de você?— Disse minha mãe, me fazendo sorrir mais ainda por finalmente perceber a glória da minha ideia.

— O Beto mora aqui também, ele pode ficar comigo. Mesmo que eu já seja grande o bastante pra ficar sozinho.— Comentei, tentando não dar muito na cara que eu queria ficar sozinho com meu primo.

— É uma boa ideia.— Disse papai, sorrindo para mim.— Tudo bem, acho que a gente pode ver com o Beto se ele não tem nenhum compromisso hoje a noite.

— E quando o Beto tem compromisso?— Perguntou minha mãe.— Beto passa a manhã inteira dormindo, de tarde vai pra faculdade e a noite volta a dormir. Se sua irmã ver isso ela vai te matar.

— Acha que estou pegando leve com ele?— Disse meu pai.

— O Beto parece que não tem amigos, só o Chico.

— Um trabalho de meio período na manhã iria ajudar a pagar as contas, que logo vão começar a ficar mais caras por termos mais um para alimentar.— Disse meu pai e eu apenas ouvia tudo sem falar nada.

— Isso vai ajudá-lo também. Beto precisa de amigos e uma namorada, aquele garoto nunca surgiu com uma namorada sequer.— A conversa começou a ficar desconfortável para mim.

— Deixa, vai ver ele não se interessa por esse tipo de coisa. Hoje em dia tem tantos jeitos de viver que eu não me surpreenderia se existisse um em que a pessoa não sente atração por nada.— Explicou meu pai.

— O que foi filho, a comida está ruim?— Perguntou mamãe, me olhando mexer na comida com uma cara emburrada.

— Não, é que…— Minha mente cozinhou para pensar em algo.— Zeca não quer mais nem olhar na minha cara. Eu queria que ele nunca tivesse gostado de mim.

— Essas coisas acontecem filho. Vocês são crianças, tem muito tempo para encontrar realmente alguém que goste.— Sorri para minha mãe, que me fez um cafuné na cabeça.

— Muito bem querida, o que acha de ir naquele restaurante que você tanto gosta?

— Eu adoraria e depois a gente podia ir em um mo…— Minha mãe não terminou de falar, me olhando com o rosto corado.

— Eu entendi, querida.— Meu pai riu, mas eu não entendi nada.

As horas passaram e quando deu, mais ou menos, seis horas da tarde, a porta da sala se abriu e eu ouvi o som da risada de meu primo. Virei minha cabeça, abrindo um sorriso ao revê-lo e ansioso para contar a notícia de que finalmente teríamos um tempo sozinhos. Beto estava ao celular e veio direto se sentar ao meu lado. Pela forma que estava falando, parecia ser com a mãe dele, minha tia. Beto me deu um beijo na cabeça e passou o braço em volta de meu pescoço. Apoiei a cabeça em seu braço e fiquei esperando ele terminar a ligação.

— Sim, mãe, eu estou me alimentando direito. Não, eu não estou dando trabalho para os meu tios. É claro que eu tô cuidando do meu primo, ele é meu primo favorito.— Fiquei corado com a última fala dele.— Ele está aqui comigo, quer falar com ele? Certo, eu vou passar. Aqui, Chiquinho, fala com a minha mãe.

Peguei o celular e senti Beto me puxar pela cintura, me fazendo sentar em seu colo e colocar a cabeça próximo do celular, para ouvir a conversa também.

— Oi tia, Célia.— Disse, sentindo a mala de Beto me cutucar.

— Chiquinho, há quanto tempo que eu não escuto a sua voz.— Dizia ela.— Como você tá, e as namoradinhas?

Beto deu risada, me fazendo ficar corado.

— Eu estou bem tia.— Disse, me esquivando da segunda pergunta.

— O Roberto tá sendo legal com você? Se ele não estiver é só me falar e eu vou aí dar uma surra nele.— Tia Célia sempre foi assim, meio doida.

— O Beto é legal, ele joga videogame comigo e me ensina muitas coisas divertidas.— Comentei, sentindo a mão dele na minha cintura.

— Tudo bem, seus pais estão bem?

— Sim, eles vão sair em um encontro, o Beto vai ficar cuidando de mim.— Beto parou e ficou me encarando, enquanto eu apenas pisquei para ele.

— Deixa eu falar com seu primo.— Ela disse.

Devolvi o celular para ele e vi meu pai entrar na sala. Ele olhou para nós, enquanto arrumava sua camisa social.

— Sim, mãe, eu vou cuidar direito do meu primo. Não, eu não vou trazer nenhuma menina aqui enquanto meus tios estão fora.— Disse Beto, me causando uma sensação estranha, enquanto meu pai sorria.— Também não vou trazer nenhum garoto. Eu sou responsável, você me criou, lembra?

— Filho, ajuda o pai aqui?— Meu pai se sentou no sofá e bateu no colo dele, me indicando para sentar. Me sentei nas suas pernas e ele levantou o pescoço.— Fiz a barba direitinho?

— Fez!— Disse, me curvando para olhar melhor.

— A gravata tá bonita?

— Sim!

— Eu tô bonitão?— Meu pai segurou minha cintura e me puxou para mais perto dele, me fazendo rir.

— Você tá sempre bonito, pai.— Disse, ajeitando a camisa dele.

— Beto, você tá no comando enquanto a gente está fora.— Disse meu pai, assim que meu primo guardou o celular.— Tem comida no forno, só esquentar.

— Tudo bem, tio, eu vou cuidar direitinho do Chiquinho.— Beto me olhava no colo de meu pai, me fazendo sentir algo estranho.

— E você, te quero na cama as nove horas. Amanhã tem escola e não quero saber de corpo mole na hora de acordar que nem você vem fazendo esses dias.— Abaixei a cabeça e concordei.— Olha pro papai.— Fiz o que ele pediu e meu pai sorriu para mim.— Eu te amo, filho.

— Também te amo, pai.— Abracei o pescoço dele, sentindo sua mão me dar leves tapas na bunda.

— Okay, vou ver se sua mãe já está pronta.— Ele me colocou sentado ao lado de Beto e se levantou.

— Tá querendo fazer ciúmes em mim, priminho?— Perguntou Beto, assim que meu pai saiu. Ele passou os braços ao redor de meu pescoço e colou a boca na minha orelha.— Vou fazer você se arrepender por isso mais tarde.

Beto se levantou antes que eu pudesse me explicar. Eu nunca tinha visto meu pai com esses olhos e claramente nunca aconteceu nada. Mesmo que eu estivesse no colo dele, eu não senti seu pau, como sentia quando estava com Beto. Além do mais, meu pai e eu sempre tivemos esse tipo de contato físico. Beto não tinha que se preocupar com nada.

Meus pais saíram algumas horas depois, enquanto Beto estava tomando banho. Eles me relembraram de obedecer ao meu primo e para ligar caso algo acontecesse. Quando Beto saiu do banheiro, ele estava usando somente uma toalha. Seu corpo estava nu do tronco para cima, algumas gotas de água pingando de seu cabelo e escorrendo pelo peitoral. Ele olhou para os lados e perguntou se meus pais já tinham saído. Eu respondi que sim e que eles avisaram que iriam voltar só de madrugada. Foi tudo o que Beto precisava ouvir. Ele arrancou a toalha, a jogando no chão e me revelando seu cacete duro. Minha boca salivou em expectativa e eu o observei se aproximar.

— Hoje você e essa sua bundinha deliciosa vão ser todinhos meus.— Disse ele, parando na minha frente e segurando meu cabelo.— Pronto para deixar de ser virgem?

Engoli em seco e concordei com a cabeça. Beto puxou meus cabelos e me fez cair de boca no seu pau. Ele atingiu minha garganta rápido, sua virilha batendo na minha testa. Ele gemeu alto, finalmente podendo deixar de se conter. Coloquei minha mão na cintura dele, sentindo sua outra mão entrelaçar nossos dedos.

— Isso, priminho, chupa todo esse caralho.— Sua voz mandava e eu obedecia.

Me acabei no boquete, olhando fundo nos olhos dele e já sentindo seu pré-gozo adocicado me inundar a boca. Ficamos alguns minutos naquela posição, até que Beto me pediu para levantar. Fiz o que ele mandou e ele se sentou, me mandando tirar a roupa e deitar no seu colo. Novamente eu obedeci e já senti um de seus braços me segurando firme, enquanto a outra mão alisava minha bunda.

— Olha essa bundinha, de quem é essa bundinha?— Ele perguntou.

— Minha?— Respondi confuso.

Recebi um tapa, forte o suficiente para me fazer soltar um gritinho.

— É minha!— Ele disse, a voz grossa e autoritária.— De quem é esse cuzinho?

— É seu, primo.— Beto me deu outro tapa, me fazendo lacrimejar, enquanto eu sentia meu pinto ficando duro.

— Eu vou te fazer ver estrelas, priminho.— Beto abriu minhas nádegas, olhando meu cuzinho piscar para ele.— Olha esse buraquinho rosinha, sedento pra levar uma rola de verdade.

— Beto…

Beto me sentou no seu colo, seu pau no meio de minhas pernas, cobrindo o meu pintinho duro. Ele me pediu por um beijo e obviamente eu lhe dei. Beto enfiou sua língua na minha boca, me fazendo gemer, enquanto seu pau era posicionado na minha entrada. Senti ele forçar, me causando uma dor que me fez separar do beijo.

— Beto, tá doendo.— Disse.

— Com um pouco de cuspe deve dar.— Disse ele, cuspindo na cabeça do pau.— Prometo que vou com cuidado no começo.

Concordei com a cabeça e esperei ele voltar a tentar introduzir. Novamente a dor voltou, mas o pau dele parecia que iria me rasgar ao meio. Eu abracei o pescoço dele e mordi o lábio, me impedindo de gritar. Com um pouco mais de força, ele meteu a cabeça. Senti uma dor grande me invadir e uma tontura passageira. Beto sussurrava que eu estava aguentando bem, que logo a dor iria passar. Ele esperou alguns segundos, enquanto beijava meu pescoço e me distraía. Seu pau voltou a ser forçado e eu gemi alto, sentindo dor e lágrimas escorrerem de meus olhos. Beto não parou, ele continuou avançando, em uma investida lenta, mas constante.

— Tá tudo bem, logo vai passar, amor.— Ele dizia. Então eu senti sua virilha bater na minha bunda.— Pronto, acabou. Daqui a pouco vai ser só prazer e eu vou te fazer delirar e viciar no meu pau.

Eu esperei, sentindo Beto me dar beijos no pescoço e enxugar minhas lágrimas com os dedos. Com o tempo, eu percebi que não estava mais doendo e rebolei no colo dele. Com um sorriso, Beto me pediu para olhá-lo nos olhos. Seu sorriso era contagiante e assim que se movimentou, Beto me fez gemer como eu nunca tinha gemido antes. Minhas unhas arranhavam suas costas, enquanto seu pau me alargava e me fodia. Primeiro ele começou lento e quando se entediou, ele se levantou e me colocou contra a parede, metendo com mais força.

Sua boca me beijava e suas mãos me seguravam com força, sua cintura batia contra a minha com violência. Seu pau entrava fundo, me acertando em um ponto que me fazia revirar os olhos. Beto saiu da parede, caminhando em direção ao corredor e me levando para o quarto de meus pais. Lá ele me colocou na cama e ergueu minhas pernas bem abertas, olhando seu pau sumir dentro do meu cuzinho que se deflorava com seu pau grande e grosso. Meus dedos seguravam no lençol com força e meus gemidos ecoavam no quarto. Ali, na cama onde meus pais dormem, Beto estava reivindicando sua posse sobre meu cuzinho, sobre mim.

— Você vai ser meu?— Ele perguntou.

— Eu só sou seu, Beto!— Minha voz saía trêmula, conforme as estocadas dele me faziam gemer alto.

— Então diz que é meu namorado.— Ele pediu, me olhando nos olhos.

— Eu sou seu namorado, Beto.— Respondi, recebendo um beijo na boca.

— Eu estou pedindo de verdade, você aceita ser meu namorado?— Meu coração se acelerava com o pedido, as estocadas, o prazer e a dor, tudo junto.

— É claro, Beto. Eu sou seu, meu cuzinho é seu e tudo o que eu quero é ser seu para sempre.— Disse, sentindo seu pau ir ainda mais fundo.

— Eu vou gozar, primo.— Disse ele, subindo mais na cama e aumentando o ritmo.— Se prepara que aí vem o primeiro leite da noite!

Quando ele disse isso, Beto socou fundo o pau em mim, me fazendo gozar pelo pauzinho, enquanto meu cuzinho era enchido de leite dele. Beto não parou de meter, suas estocadas me arrancando gemidos e suas carícias me levando a loucura. Eu sentia que estava grudento, mas não me importava com nada. Beto se deitou na cama e me levantou, me mandando cavalgar no seu pau. Eu sentei no seu pau, sentindo aquele mastro me invadir, enquanto a mão dele segurava minha cintura. Seus olhos me observavam, me dando mais tesão e vontade de fuder com ele.

Beto gemeu mais alto e novamente senti algo a mais no meu cuzinho, vazando por entre minha nádegas. Ele gozou de novo, me inundando com sua porra e me fazendo seu. Naquela noite, Beto me comeu no quarto dos meus pais, na sala, no nosso quarto e no banheiro. Ele tirou todo o atraso dele, dizendo que me amava a cada vez que a gente terminava de foder. Eu acabei desmaiando de cansaço, acordando somente com meu pai me chamando de manhã. Eu estava dormindo na minha cama, enquanto Beto dormia na dele. Meu pai sorriu e me pegou no colo, minha bunda estava dolorida, mas eu tentei não dar bandeira.

— Como foi filho, se divertiu com o Beto?— Concordei com a cabeça e meu pai me deixou no banheiro.— Quer que eu tire sua roupa?

Neguei com a cabeça, eu sabia que devia estar com a bunda toda vermelha e não precisava do meu pai fazendo perguntas. Eu disse que precisava usar a privada e ele me deu beijo na bochecha, dizendo que iria dormir. Depois disso, Beto passou a me comer todos os dias, durante todos os anos em que ele ficou na minha casa. Beto terminou a faculdade quando eu estava fazendo dezoito anos e logo após isso, ele se mudou para um apartamento. Nós continuamos namorando e eu fui morar com ele. Nós estamos juntos até hoje e mesmo com nossa família descobrindo isso, nós não nos separamos. Eu amo o Beto e eu amo meu primo.

FIM!

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7 Comentários

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  • Responder Charles ID:5nmqsnowlw5

    Eu comecei a dar para um amigo aos dez anos. Aos doze fiz com um homem adulto. Hoje tenho 66 anos, sou casado mas gosto de chupar uma rola. Quem quiser pode fazer contato comigo. Faço até o final.
    Telegram
    Charlesblake0002
    Chupo gostoso.

  • Responder Greg ID:1dy6i4d0ud1u

    Adorei o conto, mais uma vez lembrei de coisas que aprontei na minha infância e pré adolescência… Tenho um primo que me fodia sempre na fazenda do nosso avô, não foi ele que tirou minha virgindade, mas aproveitou bastante do meu cuzinho. Inclusive foi com ele que iniciei no mundo zoo. Ahhh tempo bom!!!

    • Charles ID:5nmqsnowlw5

      Eu chupo gostoso e não é conto. Telegram
      Charlesblake0002

  • Responder LUIZ ID:3v6otnnr6ic

    Seu conto foi top so fiquei chateado porque vc nao contou a seu pai no outro dia que Beto te comeu com certeza ele ia te ajudar muito tirando sua mae de casa sempre que possivel

  • Responder XD ID:ozmiaji5lcb

    Conto fantástico! Bem escrito e com desenvolvimento completo, além de muito satisfatório! Continue escrevendo e ignore os amargurados que aparecem por aqui.

  • Responder Fernando ID:muipkbd9c

    O conto mais cansativo e chato que já li neste site, por favor não continue escrevendo kkkkk

  • Responder Aff ID:2ql0ptem0

    Que conto incrível