Um dia de chuva 2

Eu e a Odete começámos uma vida a dois… mas foi complicado lá chegar. no entanto, inevitável, pois apaixonámo-nos.

Por favor leiam a primeira parte, escrita por Tim.

Entrei na casa da Odete…e falei com ela até o dia raiar… eu precisava de ajuda, drogas…alcool…sem falar em putas e prostitutos, que eu nessa conversa com ela também lhe contei, que gastava fortunas em putas e prostitutos.
Ela ouviu-me em silêncio, eu pedi para ela o fazer, uma ou outra vez vi ela enxugar uma lágrima, e quando eu acabei, era eu quem chorava.
Ela então sentou-se ao meu lado, segurou as minhas mãos e disse:

– Tim…eu vou ajudar-te…mas sabes que tu terás de fazer quase tudo… vais sofrer…vais querer voltar ao falso conforto das bebidas…da droga… e das mulheres e homens. Mas sempre que de mim precisares, estarei aqui, sem te julgar, apenas para te ouvir se for só isso.
Agora deixa eu ir buscar um contacto de um bom psicólogo, e de um grupo que eu conheço que são de pessoas que passaram por a perca de alguém que amavam muito… e aconselho-te a procurares quem te ajude com as drogas e bebeidas…eu também te posso ajudar nisso.
– Odete…porque me ajudas?
– Tim… porque tu precisas e porque eu sei que és bem melhor do que isto… e porque eu prometi á Sofia, um dia, em ajudar-te se fosse caso disso.
– Ela pediu-te isso???
– Sim… pediu.
– E que mais ela te pediu???
– Não te digo, Tim… só te digo uma coisa, isso posso dizer… ela um dia falou comigo, depois de estar já grávida da Carol, e pediu-me caso algo lhe acontecesse, que eu olhasse por ti e pela menina. Pela menina não poso fazer nada, por ti posso…e não te digo mais.
– Obrigado.

E levantei-me, e ela deu-me os números de telefone, e antes de eu ir embora, dei-lhe um beijo na testa, e disse:

– Depois eu gostava de te ver, mas deixa-me ter um tempo para mim…preciso dele.
– Eu sei.
– Ah…mas antes eu voou-te pedir uma coisa, já me esquecia…amanhã ou depois vais lá a casa, e escolhes o que quiseres para ti, de entre as coisas da Sofia e da Carol…eu vou doar as coisas delas a uma instituição, e eu sei que queres ficar com algumas coisas, eu já escolhi para mim, apenas umas fotos e um brinquedo que dei á Carol quando ela nasceu.
– Obrigado Tim…eu vou sim.

Nesse dia telefonei ao psicólogo, marquei consulta para dali a uns dias, e telefonei aos tais grupos, de ajuda e apoio.
Nessa mesma noite, fui a uma reunião de um grupo de apoio, de quem perdeu entre queridos.
Eu apresentei-me, e escutei alguns dos testemunhos… eu só falaria se quisesse…mas senti-me confortável e contei sobre o acidente…e o que me tornei depois do acidente.
Acabei de falar, estava de cabeça baixa, e sinto uma mão no meu ombro…e outra no outro… e recebi um abraço coletivo…e não chorei sozinho… aquelas pessoas que eu mal sabia o nome choraram comigo… éramos um grupo de 8 pessoas, 6 mulheres e dois homens.
Depois passei a ir ás reuniões desse grupo, eram duas por semana, e também ia ás reuniões do grupo das drogas e das bebidas… lá aprendi que não existe a palavra ex… eu serei sempre um drogado e um alcoólico… disso não tenho dúvidas e cada dia que passo sem me drogar ou beber é uma vitória. Ex drogado…Ex alcoólico…isso não existe, lamento.
Quando passei o meu primeiro mês sem me drogar ou beber, convidei a Odete para um jantar, e quando a fui apanhar, ela estava linda, com um vestido azul, bem decotado, os olhos castanhos dela, aquele cabelo negro…o sorriso dela…e fomos jantar, eu contei-lhe os pequenos progressos que tinha feito, e ela ficou feliz.
Convidei ela vir comigo, a uma pequena festa do grupo das drogas, na semana seguinte, e ela aceita, embora não pudesse ficar muito tempo, pois os turnos do trabalho dela…
Nessa festa eu perguntei-lhe:

– Odette…és uma mulher linda, simpática, porque até hoje nunca casas-te???

Eu sabia que ela tinha tido duas relações bastante sérias, mas acabaram.

– Ora Tim… ainda não conheci o meu príncipe encantado, LOL.
– Os príncipes são os das histórias de encantar… não sabia que eras tão romântica.
– A muita coisa sobre mim que não sabes, Tim.
– Uma coisa sei…
– O quê???
– E tu disseste-me…
– Sim mas o quê???
– Que me amavas… é ou não é verdade?
– Bem…estou a ficar atrasada… tenho de ir…até outro dia…

E ela vai-se embora…uma senhora com 60 anos, a Amélia, chegou-se mais perto de mim e diz:

– Dê-lhe tempo, Tim… ela precisa de tempo.
– MAs tempo para quê, Amélia?
– Ora…para namorar consigo…
– Namorar comigo??? A Odete??? Somos apenas amigos…
– Diga-me que não gosta dela, para algo mais do que amizade, e eu chamo-lhe mentiroso. Está no seus olhos, na sua cara, que gosta dela, e não é só amizade.
– Amélia…deve estar enganada.
– Não se engane você a si próprio.

E a Amélia foi embora, eu não pensei na altura mais na conversa.
Os meses foram passando, eu passei a frequentar os ginásios novamente, e também a conviver mais com a Odete, em jantares, idas ao cinema, idas ao futebol, no Verão, á praia… e ela com aquele biquini fio dental, atolado no cu dela… eu fiquei deitado de barriga para baixo um bom tempo porque o meu caralho não acalmava… eu confesso que olhava para ela de maneira diferente, embora nem eu me apercebe-se disso, dei conta umas semanas antes quando a vi afastar-se e dei comigo a pensar como seria acordar ao lado dela…
Quando fiz o ano em que não me drogava e nem bebia, eu resolvi fazer um jantar, na minha nova casa, para a Odete e lhe agradecer. Nesse ano quase tenho recaídas, mas sempre que isso poderia acontecer, ela lá estava para me ajudar, além dos grupos, claro.
Vendi a casa em Lisboa e mudei-me para Cascais, cerca de duas semanas antes. Só contei a ela, cerca de um dia antes de me mudar, e ela ficou feliz, por eu ir morar para Cascais, e ela perguntou-me porquê, eu respondi:

– Olha…gosto desta zona, para mim é um novo começo e depois porque assim não preciso de andar para a trás e para a frente para te ver…estou perto de ti.
– Não sejas tontinho, foi que ela me disse a sorrir.

Nesse dia convidei ela para o janta. Fiz a comida favorita dela( andei a tirar um curso de culinária), e esperei que ela chegasse.
Ela apareceu, e vinha com uma mini saia plicada…uma camisa… bem maquiada e cabelo bem arranjado…eu disse:

– UAU…estás linda, Odete.
– Gostas??? A ocasião merece…1 ano sem drogas e bebidas…estou orgulhosa de ti.
– E também 1 ano sem pagar a putas e prostitutos…
– Também???
– Sim… também larguei esse vicio.
– Mas tu e a Sofia… bem que davam bem na coisa…
– AAHAHAHAH… eu sei, e olha peço desculpas pelos tempos da faculdade…sei que éramos…inconvenientes. A Sofia dizia que as vezes quando te encarava ficava com vergonha.
– Pois…mas depois voltavam ao mesmo…não poderiam comprar uma daquelas camas rasteiras, LOL.

Bom, fomos jantar, e falámos tanto um com o outro, e depois eu fui lavar a loiça, e ela ajudou-me, depois eu coloquei umas músicas calminhas, e durante uma delas pedi para dançar com ela… e cheiro o cabelo dela, o toque dela… ela estava com a cabeça pousada no meu ombro, e eu afastei-a um pouco…e beijei ela na boca… e daí a estarmos a despir as roupas, e depois eu a levar ela para o quarto…deitar ela na cama, beijar ela de alto a baixo…lamber a cona dela, mamar nos peitões enormes dela…foder a cona dela, ouvir os gemidos… os gritos… ela a cavalgar-me o caralho… e as mamas dela a balançarem…eu agarro-as, puxo-lhe os bicos das mamas…e isso faz ela entregar-se ainda mais, pois deixa-se cair para a frente, e beijamo-nos enquanto eu lhe fodo a cona…e quando ela me oferece o cu dela, e eu enrrabei-a… ela gritava…gemia…rebolava no meu caralho… e quando acabámos de foder, abraçámo-nos e ela diz:

– Que loucura fizemos, Tim… isto é uma loucura.
– Eu sei…mas eu queria te foder já a meses.
– Eu tu sabes…
– Sim sei… por isso te peço para me escutares… sabes eu andei confuso, não sabia se te queria por sentir em ti apenas um porto seguro…ou se te desejava como mulher. eu conheço-te á anos, mas só te comecei a conhecer verdadeiramente neste ano…e adoro conhecer-te, és uma mulher fantástica…que não merecia que eu, só estivesse carente e fosse tentar resolver as minhas carências contigo, isso não era justo. Só quando eu me apercebi que de ti não quero apenas amizade, é que eu resolvi demonstrar os meus sentimentos…eu ia falar contigo primeiro, mas não consegui resistir-te mais… eu desejava isto já á meses, Odete. Eu sei o que quero, e quero-te a ti, como amiga, companheira, amante… compreenderei se queres tempo, ou até mesmo não quereres nada comigo, eu…
– Tim… eu amo-te… e desde que tu voltaste, eu queria isto…e por dizer voltaste quero dizer a seres o Tim, por quem a Sofia se apaixonou…e eu também, como te disse.
– e porque naquela altura não me disseste nada?
– Tim…eu tenho olhos na cara…sei que só tinhas olhos para ela…e ela para ti. O vosso amor é lindo, e digo é, porque sei que não a vais deixar de amar… estou feliz porque também me amares. sei que se ela ainda cá estivesse, e acredita que eu queria que ela cá estivesse, eu sei que nunca teria uma hipótese contigo…mas ela não está…e a vida continua… é cruel, eu sei…desculpa…
– Odete…tudo que disseste é verdade…a vida continua… eu quero continuar a minha ao teu lado, e também te amo porque sabes do amor que tenho por elas, e o respeitas e compartes também dele.
Haverá sempre elas na minha vida, e eu compreendi que tu aceitas isso…melhor, elas também fazem parte de ti, porque sei o que amavas elas. Afinal a Carol era tua afilhada, e foi a ti que pedimos caso algo nos acontecesse tu criavas ela.
Mas agora quero falar de ti…de nós. sabes para mim era impensável falara assim a uns meses…havia só o eu.
Por isso, eu quero namorar-te, para já…que dizes?
– Que sim, quero.

Abraçamo-nos, beijámo-nos…e voltámos a foder…desta vez eu agarrei nela ao colo e fodi ela contra uma parede…depois no sofá…em cima da mesa da cozinha, e quando demos um duche juntos…fodemos no duche.
Namoramos 3 ou 4 meses…casámo-nos 8 meses depois, no dia antes do casamento, fomos ver a Sofia e a Carol, e falámos que nos íamos casar, e chorámos os dois bem agarradinhos. E acreditam que uma borboleta pousou em cima da cabeça da Odete??? E que eu chamava Borboleta na intimidade á Sofia, por causa de uma tatuagem que ela tinha numa nádega???
Casei-me coma Odete, e ao fim de um ano ela estava grávida, e depois soubemos que seriam gémeos, e quando nos dizem que eram duas meninas, quando saímos do consultório, a Odete diz-me:

– Tim…posso ser eu a escolher o nome das meninas???
– Claro… já tinhas pensado nalguns nomes?
– Já…e olha, peço-te para só te contar quando elas nascerem.
– Isso não é justo, Odete…
– Pois não, e sei que o meu pedido é…invulgar, mas eu gostaria que me respeitasses, nesse assunto.
– Mas não me vais dar uma pequena pista???
– Irra que o homem é chato… olha, á noite olha para as estrelas…elas têm o nome de duas estrelas.
– Mas existem tantas estrelas.
– É a vida meu amor…é a vida.

Pesquisei os nomes de tantas estrelas… e não me parecia que nenhum se pudesse aplicar ao que a Odete me falou… a sorte e que faltava pouco para elas nascerem.
Chegou o dia, eu assisti ao parto, e primeiro nasceu a Sofia…e depois a Carol…foi esses o nomes que a Odete escolheu, e me falou quando eu as tinha nos braços. E depois explicou-me que a avó dela, dizia-lhe quando ela era criança, quando alguém falecia e se portava bem, transformava-se numa estrela do céu.
Depois quando ela engravidou outra vez, 4 anos mais tarde, outra vez gémeos, ela disse que na família dela havia muitos gêmeos ao longo das gerações, e dessa vez eu disse que seria eu a escolher o nome das crianças, e nasceu Luísa e a Odete. O nome da minha mãe e do amor que me salvou…Odete.

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