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Do Cano à Mansão: A Saga da paixão, em água e Fogo, de Maria José e João Onofre

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Viúva fogosa troca água por favores sexuais.

A saga de Maria José e Severino do Gado teve início quando eles eram apenas dois jovens
aventureiros que se cruzaram e cruzavam por acaso em uma festa na cidade. Foi amor à primeira vista e eles
não tardaram a se casar e constituir uma família. Eles tiveram cinco filhos encantadores: José,
Maria, Severina, João e Ana. Severino não negava fogo nunca. Seu tônico de virilidade era o pensamento constante em Maria José.
Eles residiam em uma propriedade rural que pertencia à família de Severino há gerações.
Severino era um homem íntegro, que se dedicava ao seu rebanho de gado com esmero e paixão.
Ele produzia leite e carne de qualidade e comercializava com os comerciantes locais. Era reconhecido por sua honestidade e generosidade e tinha a estima de todos.
Maria José era uma mulher extraordinária, que se ocupava dos afazeres domésticos e da educação dos filhos com afeto e competência. Ela também colaborava com Severino na plantação de milho e feijão que eles mantinham para consumo próprio. Tinha talento para a cozinha e para a costura e confeccionava delícias e roupas para sua família.
Maria José era filha de um rico arrendatário de grandes fazendas que tinha uma vida de luxo e conforto. Ela era uma moça bonita e inteligente, que sabia lidar com as sofisticações da alta sociedade. Ela frequentava as melhores escolas e os melhores bailes e tinha muitos pretendentes.
O casal formava uma família modesta, mas feliz. Não tinham muitas posses, mas tinham o essencial para viver com conforto e satisfação. Eram muito unidos e se amavam muito.
Mas a felicidade deles durou pouco. O pai de Maria José foi vítima de um golpe de um
estelionatário que se passou por um investidor e lhe roubou toda a fortuna. Ele ficou arruinado e endividado e teve que vender todas as suas posses.
Maria José e Severino tentaram ajudar o pai dela, mas não tinham recursos suficientes. Eles também enfrentaram muitas dificuldades na propriedade rural, uma das quais era a falta de água.
Porém um dia, o destino lhes reservou uma surpresa cruel. Severino foi atacado por um touro
enfurecido que havia escapado do curral. Ele tentou se proteger, mas não teve chance contra os
chifres do animal. Foi ferido mortalmente e expirou nos braços de Maria José.
A morte de Severino foi um choque para Maria José e seus filhos. Ficaram devastados e sem rumo. Perderam: o marido, o pai, o provedor da família.
Maria José teve que assumir a responsabilidade de criar seus cinco filhos sozinha. Ela vivia em
uma pequena propriedade rural e enfrentava muitas dificuldades, uma das quais era a falta de
água. Até que lhe veio uma solução à mente.
Após surgir aquilo em seu pensamento ela não tinha dúvida. Foi à ação.
Estava, mais uma vez, se esgueirando pelos pivôs de irrigação dos grandes plantios de João Onofre. Com uma lata velha nas mãos, a camponesa tentava furtar água para dar de beber aos seus cinco filhos e para
alimentar sua plantação. Ela sabia que aquilo era errado, mas não tinha outra escolha. Porém, a água que pingava dos grandes pivôs era pouca. Precisava de mais.
Como a água para a plantação era cara demais, Maria José encontrou uma solução criativa para conseguir a água de que precisava: ela instalou um cano escondido entre a
plantação que levava a água dos pivôs de irrigação de João Onofre. Usou as sucatas que tinha dos arrendamentos falidos do pai. Fazia isso sempre de forma discreta e se certificava de que ninguém a visse.
Um dia, enquanto estava tentando consertar o cano, ela viu que João Onofre estava do outro lado da plantação. Maria José tentou rapidamente se esconder, mas João já a havia
percebido. Ele se apresentou e perguntando:
– O que ela estava fazendo?
Maria José explicou sua situação:
– O fato, senhor, é que não consigo pagar pelo uso da água da prefeitura. Apelo por sua compaixão para que me ceda a sua água de irrigação. Por favor!
De repente, Maria José ouviu uma voz rouca:
– O que você está fazendo aqui? – Bradou João Onofre.
– Eu… eu só precisava de água para as minhas plantas e para os meus filhos”, gaguejou Maria José.
João olhou para ela com desaprovação e disse:
– Você sabe que o que você está fazendo é ilegal, certo?
Maria abaixou a cabeça e suspirou. Ela sabia que estava errada, mas não tinha condições
de pagar pelo uso da água dos pivôs. Então ela tomou uma decisão:
– E se eu lhe oferecesse algo em troca da água?
João a encarou, curioso. Ele tinha tudo o que precisava: uma fazenda grande, uma casa
luxuosa e era o dono da maior fazenda da região e um homem poderoso e influente. Mas havia algo em Maria José que o atraía.
– Que tipo de coisa? – disse intrigado.
Maria José pensou por um momento e olhou para João com um olhar sedutor.
– Favores sexuais! – ela sussurrou.
João ficou chocado com a proposta de pronto de Maria José, mas não conseguia tirar os olhos dela. A mulher era bonita, apesar de estar castigada pelo trabalho na lavoura debaixo de sol a ter várias marcas de expressão no rosto.
– Eu concordo! – disse João após alguns segundos de silêncio. – Mas isso fica entre nós dois. E não conte para ninguém, especialmente para gente conhecida de minha família.
Maria José sabia que estava correndo um grande risco, mas sentiu-se aliviada por finalmente ter uma fonte segura e regular de água. Ela começou a visitar João algumas vezes por semana para cumprir sua parte do acordo. Eles transavam com fulgor, pois Severino era muito fogoso na cama e ela assim foi treinada para ser uma lady na mesa e uma dama da noite na cama.
Tendo em vista que a esposa de João Onofre era tetraplégica e ele só sabia trabalhar para
esquecer-se de suas necessidades de homem, aquela aventura fez algo se mover em teu ser.
Então, algo inesperado aconteceu: ele se apaixonou.
Sara Clemente, mesmo com todo cuidado investido por João Onofre, não resistiu à dor de não poder andar. Faleceu de desgosto, pois era uma mulher valente e ajudava João na lida da fazenda como poucas esposas naquela região.
Ao perceber que estava apaixonado por Maria José, João decidiu que queria levá-la para sua vida. Mesmo em luto por Sara, ele lhe propôs casamento. Maria José relutou no início, mas acabou aceitando. João estava feliz, mas sabia que teria que enfrentar sua família, que não concordava com o casamento.
O filho de João, Expedito Afonso, lhe falou:
– Pai, quem é está “rampeirinha” de beira de estrada? De onde surge uma mulher com qualidade para substituir mamãe tão rapidamente? Minha mãe nem esfriou no caixão e o senhor me aparece com esta mulher do nada?
Onde João lhe responde rispidamente:
– Garoto… Não saiu nem dos cueiros no alto de seus 17 anos e vem falar com tamanha falta de respeito com seu pai? Fecha-te, rapaz! Quem sabe da minha vida sou eu! Maria José será sua madrasta, sim! E não tenho de estar a dar satisfação de minha vida para ti!!
Quando a notícia se espalhou, os parentes de João fizeram tudo o que podiam para impedi-lo de se casar com a camponesa. Eles o pressionaram a desistir, alegando que ele estava manchando sua família e sua reputação. Estavam muito preocupados com o fato de João se casar com uma viúva pobre e mãe de cinco filhos. Mas João estava decidido e não se importava com o que os
outros pensavam. João se manteve firme em sua decisão e um ano depois, ele e Maria José se casaram.
A partir desse dia, Maria José passou a viver na fazenda de João, que era uma mansão luxuosa e confortável. Ela se adaptou bem à nova vida e retomou seus antigos hábitos de frequentar a alta sociedade. Ela também se dedicou a cuidar de João e de sua família. Ela se
tornou uma esposa amorosa e uma madrasta gentil.
Apesar dos desafios, o casal viveu feliz pelo resto de suas vidas. Maria José continuou sendo vista como “aquela dos pivôs”, mas agora era respeitada e valorizada por sua nova família – mesmo a contra gosto. Agora ela era a dona da casa. Eles tiveram mais filhos juntos e João sempre se lembrava do dia em que, ao confrontar Maria José pela primeira vez, acabou descobrindo um grande amor.
O casamento de Maria José e João foi uma cerimônia simples, mas elegante. Eles convidaram
apenas os familiares e os amigos mais próximos. Os filhos de Maria José foram os padrinhos e as
damas de honra. Eles estavam felizes pela mãe e aceitaram bem João como seu novo pai.
João, por sua vez, tratava Maria José com respeito e carinho. A admirava por sua beleza e inteligência e a valorizava por sua dedicação e bondade. Também cuidava dos filhos dela como se fossem seus. Era um marido fiel e um pai atencioso.
Tiveram mais filhos juntos e formaram uma família numerosa e harmoniosa. Viveram felizes, lado a lado, até que a morte os separou.

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3 Comentários

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  • Responder Anônima ID:xe32aim4

    Euzão, eu não acho a sua história tão absurda assim não. Até achei bem realista, mesmo que seja ficção. Porque esta podia ou pode muito bem ser a realidade de alguém. Por isso eu disse que parece que saiu de um livro brasileiro famoso. Porque parece e me fez lembrar daquelas histórias que a gente lê em livros famosos, escritos por autores brasileiros famosos. Tipo aquelas histórias do sertão nordestino, sejam essas histórias ficção ou não. Onde há a pobreza, a miséria, a fome e a seca. Onde há a falta d’água, e onde havia aqueles coronéis nordestinos, os poderosos e os fazendeiros. E uma história de amor, de paixão também. E que algumas vezes, essas histórias acabam virando filmes brasileiros, ou alguma série ou seriado de tv, ou até mesmo cenas, capítulos de alguma novela. E então você teve covid-19, eu espero que os sintomas tenham sidos leves, e que você não tenha ficado com sequelas graves. E que tenha melhorado, e das crises também. Mas pelo menos para alguma coisa essas crises da Covid serviu, para você sonhar e criar uma maravilha como esta que você escreveu. Por isso eu digo, que não foi tão absurdo assim. E esses sonhos que você tinha durante as crises, você sonhava acordado ou dormindo??? Parabéns novamente pela a sua história! E como eu disse antes, eu Adorei!!!

  • Responder Anônima ID:xe32aim3

    Nossa, fiquei impressionada com o seu conto, com a sua história/estória. Até parece que saiu de um Livro Brasileiro Famoso, de tão perfeito(a) que ficou. Até o Título ficou perfeito. Ficou maravilhoso, excelente, digno de um filme, seriado ou série de tv. Parabéns, Eu Adorei!! Merece Uma Nota 10 também!!!

    • Euzão ID:gsuo5qhrj

      Fico feliz que tenha gostado. Pensei em detalhar as partes picantes, mas vi, ao final, que não tinha sentido. Tudo isso foi sonhado após minha crise de COVID. Passei uma semana sonhando coisas absurdas.