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Tenebrosa viagem

5913 palavras | 13 |4.04
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E o opala verde seguiu viagem, antes de sair, Samuka olhou prá mim deitado no banco traseiro e disse, faz um chabuzinho só na viagem de novo e te arranco os dentes e a gengiva junto fdp, paga prá ver que te mostro quem é Samuka, ouvi quieto mas o coração tava a mil, de pavor.
E o carro foi andando, minha cidade e minha vida cada vez mais ficando pra trás, já tava morto de saudades daquela casa que aprendi a amar, de Beto, minha família e de todo mundo, que eu nunca mais iria ver.
Pararam o carro prá abastecer, era madrugada já, foram tomar café, me chamaram, tomei café com pudim, os dois de olhos fixos em mim o tempo todo, eu não tinha a mínima noção de onde estava.
Dormi, acordei com o sol batendo em meu rosto, estávamos entrando num posto de novo, MG estávamos, ouvi eles falando, meu pai me levou ao banheiro, Samuka ficou na porta do lado de fora, lavei o rosto, meu pai tirou a Jeba prá fora, tinha ninguém ali, só nós, ajoelha minha fêmea ordenou ele, vou te hidratar antes do café, começou a jorrar sua urina em minha boca, tive que tomar, não tinha opção, acabou, eu ia levantar, fique assim quietinho mlk, acabou ainda não, só ouvi ele dizendo, vai Samuka, escolha qual sanitário vc prefere, do pintão de Samuka a coisa escorreu quente, saia fumacinha do mijo que entrava em minha boca, a viagem prá minha desgraça, ia ser toda assim, tomei um copão de café puro depois prá tirar o gosto da boca e pegamos a estrada de novo.
Me acomodei meio que sentado no carro, andamos muitas horas até acabar a gasolina de novo e parar em outro posto, eu ia vendo as cidades que só conhecia de nome passando, vi a tal Valadares, lembrei de Luciano, nossa, como tava longe ele quando pegou o caminhão que o levou prá lá, pensei e a viagem seguia, eu olhava prá trás, meu Deus, nunca mais vou passar por aqui de novo, vou morrer nessa BA, eu tinha certeza que sim.
Os dois iam animados na frente, meu pai tomando café da garrafa que tinha enchido lá atrás no posto, Samuka tomava junto uns comprimidos, prá ficar esperto na estrada dizia ele, uma hora disse ao meu ‘pai’, num sei pq vc tá levando esse menino prá capar tão longe, lá em SP tem o Joel que faz isso muito bem, e gosta muito, conheço esse cabra não, respondeu o véio, eu sei disse Samuka, essas coisas ninguém faz propaganda mesmo, dá cana até, já tomei muitas com esse cara, malvado o safado, é caseiro duma chácara em Cabreúva, patrão é dono de jornal e gosta de assistir o sofrimento dos mlks que caem lá, maioria é filho de militar, os pais percebem que o filho é xibungo, levam prá ele, tirou as coisas, a vontade de dar a bunda passa diz ele, tiro e queda.
Ah se eu soubesse desse cara continuou meu Pai, tinha capado esse mlk na idade certa, tenho essa vontade desde que ele tinha seus dez, onze anos, pois agora já sabe disse Samuka, se aparecer alguém interessado, Joel de Cabreúva é o nome, diaxo vira um garrafão do alambique e arranca tudo sem dó, gosta do trabalho o peste, me disse que a mulekada grita que dá gosto ouvir, imagino falou meu Pai, olhou prá mim, esse meu não vai gritar pq vai tar com freio na boca mas só de olhar a cara de dor, vou gozar muito que eu sei, caralho Jegão, tu é mais ruim que eu disse Samuka, ruim não, justo apenas, tu nem imagina o que esse mlk já me fez, se não gostasse tanto dele, eu queimava vivo respondeu meu Pai, mas é passado, daqui uns três dias bixinho tá mansinho de tudo.
E aquela viagem continuava, parecia nunca acabar, Samuka ia num pau danado pela estrada ruim, finzinho de tarde, passamos numa cidade, Samuka falou, terra das pedras preciosas, já vim muito aqui com os ricaços de SP buscar as danadas, vai parar aqui disse meu pai, não respondeu ele, vou na base da anfetamina até Jequié, lá tenho uma pousada meia boca prá nós descansar e eu vou mostrar pro teu mlk que da minha rola sai só mijo não, meu pai riu, então aproveita meu Amigo, pq depois do serviço feito só eu e Faisca põe a mão nele.
Viagem seguia, eu ia vendo as placas das cidades por onde passávamos, Cândido Sales, Vitória da Conquista etc, já era noite alta, passamos num posto da Polícia Rodoviária, em seguida o carro entrou numa tal Jequié, abasteceram o carro num posto, depois pararam num casarão feio e grande, apesar de verão, estava frio, era a pousada onde eles iam descansar umas horas, eu pedindo à Deus que dormissem mesmo e me deixassem em paz, Samuka conhecia bem o lugar, há muito tempo fazia contrabando de aves e animais daquela região para São Paulo e pernoitava as vezes em vários lugares daquela estrada sem fim, perguntou sobre comida, o rapaz disse que um feijão, arroz, carne e salada podia mandar fazer, ele mandou preparar e pediu o quarto dos fundos prá gente, entramos, era um quarto feio e imenso, cheio de camas de casal e solteiro tb, pedi prá tomar um banho, deixaram, água era fria, tomei um banho rápido, porta do banheiro aberta, os dois tempo todo olhando prá mim.
Eles tomaram banho tb, depois fomos prá entrada da pousada jantar, comemos, tomaram cerveja e voltamos pro quarto, têm mais gente aqui perguntou Samuka ao rapaz, não respondeu ele, movimento aqui anda fraco, ótimo disse Samuka, tou cansadão, querendo sossego mesmo.
Entramos no quarto, meu pai passou a chave na porta e guardou dentro da cueca, cada um deitou numa cama, respirei aliviado mas só por breves instantes, a claridade que vinha do banheiro me mostrava na outra cama Samuka alisando o pau suavemente e olhando prá mim, amanhã não sei que hs deixo vcs em Paulo Afonso falou ao meu Pai, mesmo com essa burakeira da estrada, viagem rendeu, tá liberado o mlk prá mim, todo seu respondeu meu véio, só não bate na cara, quero ele bonito chegando no meu São Caetano das Almas, a rola eu já conhecia de tanto mijo dele que tinha tomado na viagem, ele tirou a cueca e a camisa, ae vi tudo, era um homão danado o peste, uma cor que não era moreno, nem mulato, tipo assim indiano, bem uns 1,90 de altura, cabelo curto estilo militar, magro forte, daqueles todo musculoso, a rola grande foi chegando perto de mim, em riste, duríssima, meu pai na cama acompanhava tudo com olhos de águia, ele ia ver tudo pensei, ia ter uma noite triste este mlk, triste e dolorida, me mandou ficar pelado, puxou minha cabeça pro colo, saliva bem ela, é pro teu bem garoto, minha rola é dura além da conta, costuma fazer estrago, me disse.
Fiz o que não tinha outra opção, fechei os olhos e comecei, os gemidos e elogios dele não me diziam nada, prá mim quem estava ali comigo era o Beto, era ele que eu tava ordenhando gostoso e ia dar gostoso tb depois, fugi em pensamento daquele quarto e dos dois vermes que ali estavam comigo.
Depois que o lixo de saciou de tudo, foi pra sua cama e enfim eu pude repousar um pouco em paz, dormir não ia conseguir mesmo, fiquei deitadinho pensando na minha casa, em Beto e em todo mundo lá, umas cinco e pouco da manhã, a viagem prosseguiu, era estrada que não acabava maís, eu ia quieto vendo as paisagens, as cidades passando, mas na maioria do tempo o que se via era os matos do sertão, cactos prá todo lado.
Paramos prá almoçar, depois duns 30 min, seguimos a viagem de novo, eles animados iam conversando, o destino estava cada vez mais perto, eu ia quietinho, o destino prá mim parecia que ia ser muito pior que a viagem, ia estar nas mãos de meu ‘pai’ e do tal Dito que boa coisa não era, com certeza.
Chegamos enfim numa cidade chamada Paulo Afonso, era até lá que meu ‘pai’ tinha contratado a viagem com Samuka, acertaram o pagamento, o véio pediu prá Samuka ficar comigo e saiu prá procurar um chofer que nos levasse até o povoado da sua família, São Caetano das Almas, lugarejo longe sertão adentro, nem existia nos mapas, lugar onde estávamos era tipo um bar restaurante, gente entrando e saindo toda hora, Samuka só falava, quietinho lek, num esquece que tu tá ficando matuskela, se der um pio, falo que tu é louco, te arrasto pro banheiro e te quebro lá dentro prá acalmar teus nervos, eu já tinha desistido de qq reação mesmo, meu braço tremendo tb não me ajudava em nada, estava entregue ao meu destino.
Demorou mais de uma hora pro meu ‘pai’ aparecer, veio com um jovem Sr aloirado, bonitão todo, conhecia o lugar do véio e ia nos levar sertão adentro até lá.
Samuka se foi, eu, meu ‘pai’ e o motorista andamos até onde estava o carro ali perto, entramos e partimos, ia conhecer aqueles fim de mundo do Sertão baiano, andávamos, andávamos, era só deserto e mato, raramente se via alguma casinha na estradinha de terra, meu ‘pai’ e o motorista iam conversando, meu véio sendo elogiado por ele, por largar tudo aqui em SP prá ir me levar prá lá e curar meus nervos, eu ia quietinho, olhando as paisagens, meu ‘pai’ dentro do carro, voltou a ser o Sr respeitável, pai zeloso, toda hora perguntando se eu estava com sede etc, a estrada ia ficando cada vez pior, era só barranco e buraqueira, de estrada só tinha o nome.
Eu tava cansado, meu ‘ pai ‘ tb tava exausto, mas feliz, enfim ia realizar seu sonho, em poucas horas eu iria estar nas mãos dele e do Castrador, sem nada nem ninguém poder atrapalhar, minhas bolinhas enfim, dentro daquele vidro bonito que ele guardava há tanto tempo para esse fim, iria ser enfim seu bezerrinho manso prá sempre, sem desejos nem vontades, só obrigações.
Mas não era só eu e ele que estávamos cansados não, lá de onde vim, tava todo mundo exausto, a placa da veraneio foi anotada errada pelo vizinho, era 9989, o véio anotou 9998, uma inversão que naqueles tempos em que tudo era manual, atrapalhou tudo, mas isso o rapaz dono da pensão onde o vovô Aroeira, Claudionor e Preá moraram, na Segunda feira iria desvendar à Claudionor lá na porta da oficina.
Enquanto aquele carro seguia sertão adentro, Beto estava com minha mãe, primeiro passou em Dona Olindina prá saber o que os Encantados tinham a dizer sobre tudo, Dona Zíngara só fez sinal jogando a mão direita prá cima várias vezes, tá longe o rapazinho querido seu meu filho, muito longe e continua indo prá mais longe ainda, passou apurado o garoto estes dias, besta, no lugar dele eu tinha me refastelado na mão daqueles machos todos, deu uma gargalhada e continuou, não desista, corra que o tempo é curto, não tem segundo que o mlk não lembre de vc, esperança ele não tem mais, mas vc tá vivo lá na cabecinha e no coração dele, tou muito cansado Dona, não fecho os olhos desde que roubaram ele da nossa casa mas Beto aqui não é homem de desistir não respondeu Beto, nem que seja só prá enterrar ele, fdp daquele monstro vai sangrar meu menino, vai matar ele, mas eu vou atrás do que Deus me deu Dona, vou atrás sim.
Pois vá lá na mãe dele, converse, vá pra casa, se alimente, tome um bom banho e durma, Olindina vai te dar umas ervas pro banho prá te fortalecer lhe disse Dona Zíngara, amanhã é outro dia, seu mlk pode não parecer mas é forte, pode com o ódio que o outro tem dentro dele, eu sei que meu bebê é danado Dona, lhe disse Beto, andei lendo os cadernos onde ele escreve as coisas, mas me dá um desespero imaginar o que o bixinho tá passando por onde estiver na mão de homens mais velhos, mais fortes que ele, sem ninguém prá acudir, pois siga o que lhe disse rapaz, continuou Dona Zíngara, depois da noite vem o dia, esqueça seu orgulho e vá pedir ao Homem que era dono do ouro que tu usas no pescoço, só ele vai poder ajudar vc a achar ao menos o entulho do que sobrou do mlk, Beto agradeceu, saiu e entrou na casa de minha mãe ao lado.
Só ae minha mãe soube do que tinha acontecido, Beto não quis deixar ela preocupada antes e sabia obviamente que eu e o véio não estaríamos lá, ele foi direto ao assunto, ele tá com seu marido Mãe, onde ele estiver, seu filho tá junto, não está não meu filho, respondeu minha mãe, vc saindo já vou me ajoelhar e rezar muito por meu filho, prá ele estar bem e voltar hj ainda, meu marido é inocente nesta história, ele está lá na BA há uma semana já, a mãe dele está muito ruim, ele foi prá despedida, levantou, mostrou um telegrama à Beto, olhe, mandou de lá avisando que chegou bem, de bobo Beto não tinha nada, não quis preocupar minha mãe mas sabia que ele e o tal Benedito tinham planejado tudo muito bem, o véio devia estar na BA mesmo, mas quando esse telegrama foi enviado ele estava aqui, escondido em algum lugar, planejando com os outros quatro o bote que iriam dar, seria um crime perfeito, pegou tudo que era informação do tal São Caetano das Almas com minha mãe e saiu, ele não voltou prá casa prá dormir não, foi direto à casa de Seu Manoel, esqueceu o orgulho, já era tarde, umas nove hs da noite, quando seu Manoel chegou na saleta que separava a casa da rua, já de pijama e assustado esperando notícia ruim, encontrou Beto chorando de joelhos, ajuda eu Seu Manoel, Sr não terá mais um empregado, terá um escravo, trabalho resto da vida de graça pro Sr, mas não deixe nosso mlk morrer a míngua naquele fim de mundo não, levante Beto, entre, disse Seu Manoel, vc tá atordoado das idéias, tou não Seu Manoel respondeu Beto já dentro da casa, tenho certeza que nosso mlk tá com o fdp lá na BA, ele vai capar o mlk Seu Manoel, se já não capou, mlk guenta não, vai sangrar até morrer.
Deixe disso Beto, falou seu Manoel, pai nenhum faz isso com um filho não, graças à Deus meu mlk num tem um pingo do sangue daquele verme nas veias Seu Manoel, lhe disse Beto, meu bebê é filho do Tio, das unhas dos pés ao cabelo da cabeça é o Tio todo, trabalha na mesma rua da Oficina ele, posso mostrar pro Sr se quiser.
E enfim, depois de hs seguindo pelo Sertão numa estrada que praticamente não existia, chegamos no lugar que meu ‘pai’ nasceu, era um fim de mundo, de água não se via nem o cheiro, energia elétrica, tv, nada disso existia lá, as notícias do mundo só chegavam via rádio.
A casa era bonita pros padrões do lugar, espaçosa, toda de pedra, vários quartos, mas só moravam lá minha tia e o marido e minha vó.
Foi uma festa quando chegamos, paulista ali era coisa rara, meu ‘pai’ já foi explicando à minha tia que tava me levando prá Seu Benedito prá ser rezado, prá me curar de problema nos nervos, era isso que fazia meu braço tremer tanto, o tal Sr Benedito ou Dito era o maior rezador da região tb, além do melhor Castrador de animais por lá e já havia castrado três rapazes tb, isso lá não era segredo pra ninguém.
Mal chegamos, o povoado quase inteiro veio nos dar as boas vindas, coisa comum lá, minha tia já correu pro fogão de lenha para preparar as comilanças, as outras tias que moravam próximo tb chegaram, prá eles o clima era de festa, havia onze anos que meu ‘pai’ não ia ali.
Seu Dito tb chegou, morava bem perto dali, o véio me apresentou, ah é esse menino bonito que vou rezar então disse ele, fique tranquilo garoto, daqui dois, três dias, essa tremição do teu braço some me disse, só não vá matar meu sobrinho de fome falou minha tia, o Sr todo mundo que vem prá ser rezado deixa sem comer, o jejum é necessário respondeu ele, o garoto cone hj, à partir de amanhã, nem água, é pro bem dele
Foram lá pro terreiro ele e meu ‘pai’ prosear em particular, eu fiquei no meio daquele monte de gente que eu não conhecia, todos achando que eu era doido das idéias, até eu já tava achando que era maluco também, que tudo aquilo não existia bem tinha existido, eram coisas da minha cabeça, mas olhava pro meu ombro, o corte do xicote de Faísca estava lá, minha bunda ardia feito fogo ainda.
Fiquei pensando, uma semana atrás eu tava no Paraíso com Beto, de lá prá cá fui a fêmea de uns oito homens, agora esse Sr Dito, respeitado por todos aqui, voz mansa e cara de bom Pai de família, irá me capar neste lugar que nem sei onde é direito, já tava pronto prá esse suplício, só pedia à Deus que eu não precisasse ser fêmea desse homem também.
Passou uns minutos, eu só pensava em tomar banho e dormir, meu corpo tava todo moido, minha cabeça a ponto de explodir, meu pai entrou, pediu licença à todos avisando que ia me levar até a casa de rezas pro primeiro procedimento, em breve voltaríamos.
Fomos andando, a casa de Seu Benedito ficava à uns duzentos metros da de minha avó, pelo caminho havia a casa de muitos parentes, a tal casa de reza era tipo um quarto sala que ficava no terreno de Seu Dito, uns 50 metros ao lado da casa que ele residia com a esposa e filhos.
Entramos, o chão era de terra batida, havia só uma cama dessas de estrado de molas, algumas mesinhas cheias de imagens de Santos, velas acesas, algumas cadeiras, uma moringa de água e mais nada, Seu Dito acendeu duas lamparinas, mandou eu me ajoelhar, acendeu um charuto, ficou rezando e dando baforadas de charuto na minha nuca e cangote.
Mlk é maís bonito que nas fotos meu velho amigo, disse ao meu ‘pai’, os caboclos da floresta já me autorizaram, capo sim e capo com gosto essa sua cria que veio de tão longe pras mãos deste humilde rezador do sertão, é o quarto rapaz que capo, primeiro de fora, os outros três eram daqui mesmo, terá tratamento especial este danado, volta do jeito que vc quer, uma bezerrinha mansa de tudo, desde já lhe agradeço meu bom e velho amigo respondeu meu ‘pai’, sabia que com vc este meu mlk ia ficar como eu sempre sonhei.
Seu Dito mandou eu me levantar e tirar a roupa toda, era mais ou menos da idade do meu ‘pai’ ele, mas parecia mais velho, aparentava já seus 60 anos ou mais mas se via que era um homem forte, acostumado a deitar bois, bodes etc prá manejo e capação, era daqueles mulatos sertanejos, nem alto nem baixo, cabelos crespos grisalhos, pele tostada pelo sol, parrudão forte, voz mansa e calma, daqueles homens que conhecem seu ofício e gostam dele, pensei, meu Deus, não deixe esse homem me comer não, obedeci, ele mandou eu deitar na cama de travesseiro branco e lençol da mesma cor e de bruços.
Deitei, ele veio com o charuto de novo, soltando baforadas da minha nuca aos meus pés, na minha bunda ficou uns cinco minutos, eu sentia o calor da brasa do charuto na pele, tão próximo estava de minhas carnes, 14 anos né disse ao meu veio, escolheste bem meu Amigo, carne de primeira, muita moça queria ter uma raba igual essa dele mas não deram sorte e riu alto, deu um tapão em minha bunda e mandou eu deitar de frente dizendo, precisa ficar com vergonha do véio aqui não meu filho, tenho que ver o que vou tirar fora, cada pinto é um procedimento diferente.
Me virei, ele defumou meu rosto com o charuto, minhas bolinhas e pênis tb, conhece mulher ele perguntou ao meu pai, não, meu véio respondeu, nasceu femeazinha já, melhor pra ele disse Seu Dito, não conhece, nunca vai sentir falta, será um capado feliz.
Mandou eu me levantar e me vestir, respirei aliviado, já tava temendo o pior, bora prá casa de Sinhá sua irmã, tão esperando nós pra janta falou ao meu ‘pai’, esse mlk come hj, a partir de amanhã nada de água nem comida, vai cortar ele amanhã perguntou meu véio, não, terça na primeira luz do dia eu sangro o bixinho, tudo que preciso pro trabalho já comprei com o dinheiro que vc mandou, mas pq só terça continuou meu pai, é uma operação meu amigo, feita em casa mais é respondeu Seu Dito, segunda lua muda prá minguante, terça clareou o dia, as bolinhas dele tão no vidro, achei que essas coisas fossem em lua cheia falou meu Pai, não, disse seu Dito, lua cheia é prá crescer as coisas, nós vamos sumir com as coisinhas dele, minguante é a correta, entendi falou meu ‘pai’, bolas já sei o destino, e o pinguelo perguntou seu Dito, nem de ver pinto gosto disse meu véio, de pros cachorros, faça o que quiser com ele, tá bom disse seu Dito, ou enterro junto com o sangue que vai verter do garoto aos pés da gameleira lá no fundo ou guardo de lembrança, pinto de garoto paulista, respondo à quem me perguntar falou gargalhando.
Vai sangrar muito perguntou meu ‘pai’, vai disse seu Dito, pegou uma gameleira nova que tava em cima de uma mesa, vai encher esta gameleira facinho, isso se couber, o que transbordar penetra na terra saudando os caboclos da floresta, eles vão tar aqui junto abençoando tudo, já fiz promessa pra Nossa Senhora Aparecida TB falou meu veio, vai dar tudo certo, vou ser o Dono do capado mais bonito do mundo, e os gritos disse meu Pai, Seu Dito pegou um pedaço de madeira tipo uma flauta numa gaveta, meu filho Reginaldo que fez disse, com este freio na boca num sai um aí da boca do mlk, vai sofrer bem caladinho o danado, perfeito falou meu Pai, assim que quero mesmo, nós amarra bem e pronto, precisa amarrar não disse seu Dito, se fosse só os grãos precisaria, demora um pouco abrir os dois, meu filho Reginaldo segura as coxas, vc segura o peito e pescoço, tirou tipo uma faca estilo foice da gaveta, eu estico as bolas e o pinto com uma mão, com a outra passo ela rente à pele, dois segundos tudo terminado, vai desmaiar ele com a dor mas vcs continuam segurando por meia hora até o sangue escorrer todo prá gamela, por isso vai ser capado deitado nos arames da cama, sem colchão, ô coisa boa falou meu ‘pai’, quando voltar do desmaio, deve estrebuchar feito onça braba, nada falou Seu Dito, tu já esqueceu bixo capado como fica meu amigo, amuado, anulado por uns três dias, a dor é muita, nem berrar conseguem, olhei pros dois, as Jebas duras e grossas pareciam querer voar prá fora das calças, meu ‘pai’gozou sem encostar na Jeba, vi os tremores dela e a mancha da porra farta melando sua calça, o véio naquela hora era o homem mais feliz e excitado do mundo, enfim seu sonho era realizado, mesmo me dividindo com Faísca, suas noites agora seriam com uma esposa de verdade, come-la de frente sem o incomodo daquelas carnes que ele detestava no meio das pernas de sua fêmea.
Saímos, na porta de seu Benedito tava um rapaz de seus vinte anos mulato, baixo e troncudo, acocorado pitando um cigarro de palha, seu Dito nos apresentou, meu filho Reginaldo disse, o rapaz apertou minha mão, me deu um tapinha nas costas, pode me chamar de Naldinho me disse, amanhã nós vamos nos conhecer muito bem piscando o olho, bonito o garoto né filho falou seu Benedito, mais bonito fica depois de capado respondeu o filho, se o Pai dele mudar de idéia, deixa ele aqui que cuido dele, viado capado prá mim é Muié igual as outras e riu alto, bora jantar com a gente meu Pai convidou ele, ô, uma honra prá mim respondeu e fomos prá casa, amanhã clareou o dia, traga o mlk, fica o dia todo na casa de reza falou seu Dito à meu Pai no caminho, temos muita oração prá fazer, se tiverem roupa branca, venham com ela, os caboclos da mata gostam desta cor.
Entramos na casa, tava cheio de gente pro jantar, meu braço tremia cada vez mais, era verdade, agora eu tinha certeza, ia sofrer e muito na mão daqueles três homens, enquanto eu comia com dificuldade com a mão esquerda, eu só pensava no pessoal lá naquela casa que eu nunca mais ia ver, será que meu Beto já jantou perguntava à mim mesmo, será que o povo vai pro baile hj, mal sabia eu o rebuliço que estava lá naquele momento, as velas acesas por Leuzinha e Aurivania reluzindo pela casa toda, mil promessas feitas, o mlk não tinha sido esquecido não, todos tinham esperança de me ver vivo ainda, Claudionor que era o mais relaxado da turma prá tudo, era o mais inconformado de todos, vivo nós não vê mais dizia, um polícia amigo meu falou que depois de dois dias de sumiço, só temos que esperar um corpo morto prum enterro digno, eu tenho fé que tá vivo meu garoto disse Miguel, se fosse prá matar o bixinho, tinham matado aqui já, tb tenho falou Luciano, mas tenho medo é que levaram só pra zuar antes de dar fim nele, Beto tá certo, o mlk vivo ou morto tá ou estava com o pai, que nem pai é, mas o fdp vai pagar caro, fim dele será pior que de Jacaré, quem é esse Jacaré perguntou Aurivania, um fdp que peixerou a Dona da pensão que nós morava, picotamos ele na minha peixeira, morreu vendo os cachorros comendo os picados que íamos tirando dele, pro verme do véio do mlk, vou começar picotando pelo pinto, respondeu Vovô Aroeira, cruz credo disse Aurivania se benzendo, Beto só chegaria mais tarde em casa naquela noite, atordoado de cansaço e sono, come um pouco Pai lhe disse Alberto, vou fazer um prato prá ti, faz não filho, não vou nem tomar banho respondeu ele, tou desmaiando de cansaço e sono, mas vou atrás nem que seja só do corpo do meu bebê, eu trago ele, nem que seja os restos que sobrou, eu trago, pôs roupas numa mochila, onde tu vai Beto disse Luciano, tu tá um morto vivo, deita um pouco irmão, eu vou pro inferno respondeu Beto, quebrar os ossos de Satanás se preciso for, mas eu acho meu mlk, nunca pensei que gostasse tanto do safado assim, vai morrer a míngua não se tiver vivo, eu trago ele, da porta da frente gritou, rezem por nós, rezem que eu trago ele, podem preparar a festa, eu sei que aquele danado tá lá naquela BA, eu acho ele ou não me chamo Alberto.
O povo jantou, foi embora, Seu Dito conversou um pouco com meu ‘pai’e Naldinho lá fora e partiram tb, eu não queria mais banho, queria apesar do medo e a cabeça explodindo, desmaiar na cama e de manhã ver que tudo era só um pesadelo, acordar com o pernão do Beto me prendendo, o braço na minha cintura me prendendo tb, fui pro quarto, eram duas camas de solteiro nele, mas camas feitas em casa, quase do tamanho de cama de casal, nem tirei a roupa, só o tênis, já tinha ficado pelado demais naquele dia, me joguei na cama, tava quase pegando no sono ele entrou, tb sem tomar banho, só no dia seguinte soube que naquela casa não tinha chuveiro, banho de verdade só na casa de outra tia a uns 400 metros de distância, banho ali só de tina, tirou os sapatos, calça e camisa, se jogou na minha cama só de cueca, lambuzada da porra do gozo dele lá na casa de reza, colocou minha cabeça na cueca dele, eu sabia o que ele exigia agora, nem precisava dizer nada, não era pesadelo, era uma realidade tão amarga quanto o cheiro do sêmen dele que exalava da cueca em meu nariz, colocou os braços sob a cabeça dele me dizendo, mostra minha esposinha mesmo sem tar castrada aínda, o quanto tu ama seu Sr e Marido.
Não queria apanhar mais, fiz o que teria que fazer dali por diante até o final dos meus dias, desci sua cueca até os pés com a boca, fui subindo com a língua pernas acima como ele sempre ordenava e gostava, os pelos fartos iam passeando em meus lábios, o gosto da pele dele era só suor e poeira, nem tinha como eu me concentrar e pensar que era Beto ali, Beto era quase todo lisinho e asseado, um cheiro bom exalava de sua pele, daquela boca naquele homem que eu ia tirar leite agora só sairia aí minha putinha, meu bezerrinho safado etc, meu ai mamãe nunca.
Fui subindo aquele macho enorme e suado, só a luz duma lamparina acesa naquele rústico quarto de chão de terra batida, cheguei nas bolas e pentelhos melecados com seu leite da outra gozada já, me deu até ânsia mas olhei pro rosto dele, tava em seu território, todo Sr de si, era a casa que ele tinha nascido e se criado, fora daquele quarto estavam o cunhado, a irmã e sua mãe só, todos lhe adoravam, era o único filho em SP que ia visitá-los quando podia, eu prá eles era um mlk que estava ruim dos nervos, nada do que eu falasse teria crédito, faz tua obrigação de mulher me disse, quero um pingo do meu gozo na minha jeba e pentelhos não, tu gosta que eu sei, capricha minha lindeza, me convence que aqueles teus dois machos lá foi só uma fraqueza tua, que teu único Macho sou eu, já falei prá todo mundo aqui que teus ataques de nervos te deixam perigoso, só consigo te acalmar na porrada bem dada, portanto se der showzinho, te arranco os dentes igual teus machos fizeram comigo lá, dentro da minha casa.
Limpei pelo a pelo dele com minha língua, depois os bolões foram sugados, lambidos, engolidos como ele adorava, os gemidos bem baixinhos começaram a vir, as mãos dele agora alisavam meu rosto e cabelos, as pernas se abriram maís, o controle era dele agora, ele sabia, eu ia fazer como ele tinha me ensinado aos onze anos de idade, ia ser de novo o menino todo obediente, submisso as vontades de seu pai e macho, voltei aos tempos de meu aprendizado sexual, suguei por muito tempo os bolões que dançavam em minha boca, tinha vida própria aquelas bolas dele, isso neném, tá delícia neném, pena que não posso te meter a Jeba no rabinho aqui, mas vai, satisfaz teu marido na boquinha, subi pra Jeba gigante e grossa e me entreguei ao poder daquele macho, não tinha outra opção, lambi ela de cima a baixo, suguei o cabeção, enfiei quase toda ela na boca, engole inteira safado, ele dizia gemendo, vc sabe que consegue, vou gozar com ela inteira na tua boca e tua língua lambendo meu saco, fui tentando tentando até ela caber toda em minha boca, com minha língua lambendo a parte de baixo do sacão peludão, senti as mãos gigantes apertando com força minha cabeça, eu já nem conseguia respirar direito com o corpo dele todo em minha boca e nariz, ae ele começou os espasmos encharcando minha garganta com aquele leite farto, grosso e salgado, parecia que não acabava mais mas enfim parou, a Jeba grossa foi amolecendo dentro da minha boca, ae respirei aliviado, ele sorriu prá mim, boa esposa minha putinha, como sempre foi antes daqueles vagabundos te pegarem me disse, fica sempre assim que não te espanco nunca mais, agora vira essa cabecinha de lado, minha bexiga tá explodindo de cheia, te encher de urina prá tu nanar quentinho com o sabor do teu homem na boca e no estômago, ajeitei minha boca na cabeça da Jeba, isso ele e eu conhecíamos bem, ele foi jorrando aos poucos aquela urina dele que sempre vinha quentinha, azeda e salgada, eu ia engolindo tudo até que no final ela chegava docinha feito água de coco em minha boca, engoli até a última gota como tinha que ser sempre, olhei pra ele, um sorriso de criança tinha no rosto, agora ele ia dormir feliz e saciado, pôs meu rosto no peito dele em cima da floresta de pelos, dorme meu neném me disse, amanhã tenho que perguntar à Dito se urina tu pode tomar ou não, me lembra se eu esquecer, é pro teu bem, não quero problemas com tua capação não.
Ele começou a roncar logo, eu demorei muito prá dormir, fiquei pensando no que me aguardava na manhã que viria, em Beto se estaria bem, mas enfim cansaço venceu e eu dormi no peito daquele carrasco, que um dia eu amei como macho e Pai.

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13 Comentários

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  • Responder Marcos ID:41ih1e32k0j

    Moço, capa ele não. Salva ele por favor.

  • Responder Fael boquinha de veludo ID:1daic2ct0k

    Sla você é bem perverso eu queria ter conher

    • Sla ID:2ql0ptfzj

      Kkkk sou não, sou romântica só. Quero que ele fique com o Beto só, sendo bem submisso

  • Responder Dudu ID:830xxpx6v3

    Ele tem que ser capado SIM!

  • Responder [email protected] ID:gqawlfr43

    Se é um conto real não ah que fazer, ele tem que expressar tudo.
    Em outras palavras é um conto pesado e se vcs não tem estômago pra isso é só pular pra outro conto.

    • Baby Boy ID:vpdkriql

      Sim, concordo

  • Responder [email protected] ID:gqawlfr43

    Ainda que capado um final feliz tem que ter, e que o pai dele pague por ser tão cruel, que tenha uma morte lenta e a mais cruel possível de se imaginar

  • Responder Chega desse conto ID:8d5q00sqra

    Cria seu blog e para de postar essa merda de Beto, bagulho virou novela, só tem nota baixa e o moderador continua permitindo

    • Marcos ID:41ih1e32k0j

      Não gosta vaza.

    • Baby Boy ID:vpdkriql

      Beto tem que fazer com o veio o q fazia com os ladrão na cadeira kkkkk

  • Responder Gordo passivo ID:5vaq00tfi9

    Não me digacque vai estragar tudo, aparece esse Beto e ainda salva o moleque. Não, ele se for capado, não vai morrer não. E para que ele precisa das bolas? Ele nasceu para levar no cu, ser fêmea de homens… Se ele não for capado a história fica uma merda.

  • Responder Caiçara ID:xloriid4

    Tomara que o Beto chegue logo e acabe com essa palhaçada

  • Responder Sla ID:2ql0ptfzj

    Quero logo que ele seja capado pra ser submisso dnv do Beto ou do pai