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Amor, Lolita

595 palavras | 5 |3.29
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Escrevo esta história para purgar os pecados meus e meu papai, amante e amor. Capítulo 1

Nunca me enxerguei como uma menina que atraía olhares. Os que recebi durante a infância só me imprimiam afetividade dos mais velhos e inveja das mais jovens, mas nunca desejo de nenhum lado. Exceto por aquele homem que fez-se hospedar em minha casa, causando grande revolução em todos os aspectos da minha existência. Me chamo Dolores Haze, tinha 12 anos quando minha mãe decidiu deixar que um homem estranho ocupasse um dos quartos de nossa casa, fazendo daquele dia em diante um período considerável de descobertas incríveis pelo meu corpo e minha mente.
Sempre gostei de me banhar ao sol, lendo revistas ou somente apreciando meus pensamentos de menina que não tinha com o que se preocupar além de lições da escola e obrigações domésticas. Minha vida era comum, exceto pelo fato de eu nunca ter sentido atração pelos meninos da minha idade, diferente de minhas amigas que, mesmo tão novas, já escreviam em seus cadernos nomes de futuros maridos e quantidades de filhos almejados. Mas não eu. Não pense você, caro leitor, que me privava destes sonhos inocentes por ser uma apreciadora da castidade e do perfil de menina reservada, já conhecia meu corpo por meus próprios dedos, experiências que minhas amigas, por sua vez, não havia conhecido mesmo com tanto calor romântico debaixo de suas saias. Não pensava em pretendente, mas gostava do prazer. Me tocava frequentemente, sem referências para a imaginação até então, apenas uma ninfeta descobrindo sozinha o seu corpo e se apaixonando pelo prazer.
No presente dia, estava deitada no gramado me banhando ao sol quando Sr. Humbert chegou à minha casa. No primeiro olhar, percebi apenas mais um hóspede com maneiras de estrangeiro e costumes poucos estranhos para que se pudesse direcionar um olhar mais atencioso a ele. Mas esta indiferença não demorou a passar. No primeiro contato direto, ao ser apresentada a ele por minha mãe, senti um calor diferente entre minhas pernas, algo que nunca havia sentido por um garoto ou mesmo homem mais velho, algo que somente sentia quando me tocava debaixo das cobertas de madrugada. Gostei daquela sensação, mas pensei não ser nada que merecesse minha atenção mais uma vez. Logo fui para o meu quarto e me aliviei. Subi as cobertas e deixei que meus dedos percorressem todo o meu corpo, fazia calor e logo minha mãe viria me procurar, então não me demorei muito e fiquei surpresa com a rapidez que atingi o clímax (palavra que eu ainda não conhecia na época, mas que me foi apresentada pouco tempo depois em um acampamento que fiz). Localizei meu dedo e fui aumentando o ritmo de acordo com o prazer atingido e em minutos, já estava com os dedos lambuzados pela “aguinha” que eu também não conhecia o nome correto.
Foi assim durante algumas semanas, Sr. Humbert e eu não interagíamos e eu comecei a achar que ele me evitava, que temia algo em mim, ou nele mesmo quando olhava para mim. Não entendia o que aqueles olhares queriam dizer e por que sempre fugia deles. Isso me despertou curiosidade e então passei a visitá-lo em seu quarto. Gostava do seu olhar sobre meu corpo, ninguém nunca havia me olhado de tal e, mesmo que eu ainda não soubesse o o que significava aquilo, fiquei empolgada com a aventura de descobrir.

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5 Comentários

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  • Responder Sleepsex ID:469cyfrqfij

    Muito interessante essa releitura do clássico “Lolita” pelo olhar da menina (para quem não sabe, o livro e os filmes narram a história pelo ponto de vista do Humbert). Curioso Léo resto da história.

    • Dolores Haze ID:6stwykdqrj

      Obrigada, estava esperando voces darem opiniões pra ver se vale a pena continuar.

  • Responder Ngfm ID:8k43ansm9d

    Parece o livro lolita

    • ... ID:7r053wnud1

      nossa voce é muito inteligente, obvio que é uma fic

    • Humbert Humbert ID:g3j1dqhrd

      Continua anjo, está ótimo e super bem escrito o conto. Amo lolita.