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Sonhos de vidas e Amores eternos, 4

1577 palavras | 2 |4.60
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O pátio da escola está apinhado, os alunos aguardavam ansiosos a liberação do ônibus, o pai de Jane encomenda a filha e sai…

📆 12 de julho de 1991, sexta-feira – Escola Santa Mônica
👣 (Estava uma zorra que nem Mônica conseguia controlar, os grupinhos zuniam de vontade de logo se empoleirarem no ônibus.)

― Não é melhor liberar logo o ônibus, Mônica – Fernando estava cansado de ir e vir para aqui e para acolá.
― Precisamos colocar um pouco de ordem filho… – estava por entregar os pontos – Vai conversar com o pessoal da Jane, o velho já parece agoniado com essa bagunça.
Não foi por querer que se aproximou da família de Jane.
― Ô gente, tá brabo… – sentou em uma mala, dentre todos alunos Jane parecia a mais comportada – E aí loira, o tenente tá meio brabo…
― Ele é assim mesmo, professor – olhou para o pai que os viu e se aproximou – Ele tá vindo pra cá… – sussurrou sem tirar o olho do pai.
Mas Fernando se espantou, o tenente Almeida não parecia de mau humor.
― Sei como é isso, professor Fernando… – sorriu e também sentou – Vai ter que ter muito muque para domar esse rebanho…, vou ter que dar um pulinho no quartel…, lhe entrego minha princesa…
Nem Jane acreditava que aquele era seu pai, dona Lourdes olhava apreensiva sem encostar. Ainda deu conselhos e recomendações para a filha antes de sair.
― Taí! – olhei para o tenente – Estava esperando uma repreenda…
― Nem todo cão que abana o rabo é manso, professor… – Jane respirou – Vai ver tem alguma sirigaita esperando ele, e…, – viu a mãe aproximar – Mãe, o que deu no pai?
― Deixa ele filha… E aí professor, como está?
Conversaram um pouco antes da filha correr para seu grupinho, Mônica ainda tentava colocar ordem naquela bagunça, vez por ora alguém chamava e Fernando se desdobrava.
― Fernando, queria falar contigo – a mão pousada no ombro fazia pequenas massagens – Vamos pra secretaria?
Estava mesmo precisando dar um tempo e seguiram, Lourdes tinha se afeiçoado ao professor desde que o marido foi transferido e a filha matriculada no Santa Mônica.
― Como vocês vão fazer para dar ordem nessa molecada… – não foi uma pergunta, foi mais uma observação.
― Mônica dá um jeito… – sorriu entre uma e outra observação de alguma menina – Isso é só agora, depois se aquietam…
Não foi fácil chegarem na sala e, quando por fim entraram, fechou a porta com chave senão não teria sossego. Lourdes sentou na poltrona onde sentara por incontáveis vezes.
― Toma conta de minha menina…
― Claro…, Jane é especial – ligou o ar, o calor abafado da sala incomodava – Que bom o tenente ter deixado…
― Almeida faz tudo pela menina… – sorriu – Até parece durão, casca dura, mas…, mas pra Jane abre as pernas – olhava para ele, tinha de olhar – Tu…, tu deve fazer malabarismo…
Calou, ele tinha aberto uma pasta e lia alguma coisa, admirava aquele menino que era alvo de dez entre dez aluna do educandário, nunca tinha ouvido reclamação nem das alunas ou de pais. A pouca idade parecia não influenciar, também nunca tinha ouvido falar de que tivesse alguma namorada fixa, uma aqui, outra acolá parecia lhe bastar. Levantou interessada no que ele lia, mas não teve coragem de se aproximar.
― Tu tens quantos anos, Fernando?
― Vinte… – olhou para ela e sorriu – Muito novo para ser professor, não é?
Lourdes não respondeu, apenas retribuiu o sorriso. Logo no início havia questionado com outras mães, achava que coordenava a área de educação física por ser filho da dona do colégio, mas o tempo se encarregou de tirar aquela dúvida.
― Não…, para ser professor não, mas… – ele olhou para ela ainda com aquele sorriso de derreter coração, suspirou, balançou a cabeça e, sem saber porque, sentou no tampo da mesa.
Era nova, quase dez anos mais nova que o marido. Quando, pela primeira vez, Fernando a viu com a filha imaginou serem irmãs, era sempre assim, ninguém a imaginava mãe da loirinha já mais alta que ela.
― Dizem que os melhores vinhos são os mais velhos… – Fernando olhava para ela, mulher bonita, corpo bem feito – Então…, preciso envelhecer…
― Não… – tornou suspirar – O que importa é a essência…
― Então?
― Nada…, falei por falar… – sentiu o corpo pontear, era estranho gostar tanto de uma pessoa que, há pouco mais de um ano, lhe era desconhecido – Jane precisa tomar uns remédios…
Se achou boba falando aquilo, mas tinha de falar para mudar o rumo da conversa. A filha já lhe falara da “paixonite” pelo treinador e tinha se divertido e, sem querer de verdade, andou incentivando.
― Vi na autorização… – folheou a pasta, tirou uma das folhas – Insulina…
― Diabete tipo 1…, herdou do pai… – suspirou, desceu da mesa, buscou a sacola branca que tinha deixado na poltrona, abriu – Deve tomar insulina de 6 em seis horas ou quando o nível de glicose sanguínea baixar…
― Mônica conversou com o doutor Alexandre…
― Tá, mas…, Jane é meio desligada…
― Onde deve ser aplicado, no braço? – olhava para ela.
― Não… Na barriga, uns cinco centímetro acima do umbigo ou na coxa…, também nas nádegas…, no braço tem de ser aqui… – mostrou – Mas ela não gosta…
― E onde na barriga?… – se aproximou, pegou a seringa – Quem deve… – parou, ela olhava para ele ainda sem saber se respondia.
― Ela…, ela mesmo aplica… – o bichinho da loucura mordia o pensamento – Mas…, precisa ser lembrada senão esquece…
― E alimentação, tem alguma coisa que não… – olhou para ela, ela olhava para ele e suspendeu a saia.
― Mais ou menos aqui… – tocou o abdome um pouco acima do umbigo – Não pode ser muito perto do umbigo…, ou aqui… – tocou a coxa.
Fernando olhou, a calcinha creme parecia pequena demais para o pacote entre suas pernas, viu a linha da vagina que lhe separava em partes. Lourdes respirava agoniada pela agonia que lhe melava a boceta. Calou quase sem ter coragem de encarar, mas via o desejo destampado no rosto bonito.
― E…, e qual…, qual a medida… – segurava a seringa, mas olhava para entre as pernas ainda fechadas daquela mãe – A agulha…
Nunca tinha imaginado trair o marido, mas pensou quando a filha lhe segredou do volume, do pau do professor, quando uma colega roçou nele.
― É pequena…, tá…, tá na… – sentiu o corpo fremir quando ele aproximou e lhe tocou a perna.
― Tu és… – sentiu a maciez da pele aveludada – Tu…
Lourdes fechou os olhos, ele passeou o dedo lhe acarinhando, a boceta melada e a vontade de que ele fosse mais adiante.
― A agulha…, as… – olhou para ele, abriu as pernas, tinha de abrir, ele tinha tocado nas beiradas da boceta – Tão…, hum…, tão…
Fernando não ouvia, olhava, tocava e não ouvia e ela sentia, não tinha sequer sonhado trair o marido, era mulher fiel, mas aquela mão, aquele toque que lhe jogava no querer mais como se o corpo fosse labaredas de uma fogueira de perdições.
― Na…, tão na bolsa…, ela…, de…, hum…, tu…, tu vai ter… – o dedo entrou dentro da calcinha ensopada – Ai…, Fernando…
Ele não ouvia, não tinha de ouvir e lá fora a multidão frenética falava, sorria em um mundaréu de impressões. Lourdes não queria querer o que estava querendo, nunca tinha sonhado em ser de outro, era fiel.
― Fernando…, ela…, Jane…, hum… – ele bolinou nos grandes lábios e ela sentia a boceta melar – Minha…, minha filha, ela…, ai…, ai meu deus…
Lourdes sentiu quando ele afastou a beirada da calcinha melada e soube que iria trair mais que estava traindo. Fernando tirou o pau e pincelou, ela gemeu, abriu as pernas. Os olhos fechados, a vontade de sentir e sentiu, ele tinha metido.
― Ai…, Fernando…, hum… Ui! Ai…, Fer…, nando… – as pernas abertas, o pau entrando, escorregando para dentro – Ai… Fernando… Ui, meu deus, ai Fernando… – calou.
Tinha de calar, a boca espremendo a sua, a língua empurrando sua língua e a buceta melada e cheia, cheia de cacete que não era de Almeida, seu tenente pai de sua filha.
― Ui! Ui… Hum, hum… – o corpo estremeceu, ele estocou, a mesa afastou arranhando o piso de cerâmica ocre – Ui, meu… Deus…, Fernando… Vai…, hum…, vai… Isso, isso… Hum, hum, deus…, deus… Fernando…
Gemeu, não gritou, tinha gozado, a língua tocando sua língua e o pau entrando e saindo. Gemeu, queria gritar, a boca em sua boa não deixou. Nunca tinha pensado em trair…

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― Onde diabos tu tava filho! – Mônica apressou os passos – Tua tia não te encontrou…
― Tava vendo umas coisas… – beijou o rosto da mãe e entregou a pasta – Tu já viu a ficha de Jane?
― Já…, tá tudo certo… – chamou a irmã – Vão logo, a turma está inquieta…
Empurrou os dois e voltou para o grupo de mães, Fernando falou com um dos motoristas que já estava impaciente.
― Tamos atrasados… – o motorista recebeu a papelada – Vamos sair gente!
para Amélia, a professora de história – Onde diabos tu achou essa maldita serra Amélia?
👣 (Ainda tiveram que esperar um pouco antes de pegarem a estrada, a bagunça do pátio e transferia para os dois andares do ônibus.)

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2 Comentários

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  • Responder Fmiles ID:5c8ng9ghm

    Enredo que fava um filme, parabéns! Muito boas suas estórias

  • Responder Claudio Alberto ID:xgnhy8ri

    No próximo episódio…
    Luciana está preocupada com as brincadeiras da filha com o tio, Mônica conversa com o filho e repreende por não ter tido cuidado, Francisca está grávida. Fernando relembra da viagem e como foi que Francisca entrou em sua vida…