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Quando a semana acabar – Parte 6

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Por

– Mu?
– Hmmm?
– Você deixa eu te chupar?

[…]

Essa pegunta saiu da boca dele em questão de segundos, mas ecoou na minha cabeça durante um bom tempo. Nunca pensei que veria Theosinho me pedindo algo assim. Mesmo fazendo essas coisas comigo, ele ainda parecia tão inocente… Como um anjinho.

– Sério, mesmo?
– Aham… – disse ele, olhando bem pra mim.

Ele estava mesmo falando sério.

– Tá… Mas só dessa vez… – respondi.
– Ok.

Sei o que isso parece, mas queria ter certeza de que ele faria por conta própria, sem achar que “me deve” alguma coisa. Queria que tudo que rolasse entre nós fosse o mais natural possível. E não é que o baixinho tem pegada…

– Tá, agora deita aí e fica paradinho. – disse ele.
– Tá bom. – respondi, obedecendo as instruções dele.

Eu me deitei na cama e não movi um músculo. Theo subiu em minhas pernas e tirou minha calça. Como ele estava sem roupas, a pele dele ficou bem colada na minha. Ele estava quente, muito quente.

– Agora, feche os olhos… – pediu ele.

Eu fechei. De repente senti a boca dele no meu pinto. Nossa… era muito bom. Senti a língua dele deslizando em mim. Senti um arrepio sobre todo meu corpo e meu coração pulsava no peito. Não aguentei a curiosidade e dei uma espiada. Quando abri um dos olhos, eu o vi. Theo estava ajoelhado, todo encolhidinho bem junto de mim. Seus olhos também estavam fechados, então ele não me viu espiar. Ele foi tão delicado… Suas mãos suaves me seguravam forte, e sua língua… Não consigo nem descrever.
Ele movia as mãos devagar enquanto me chupava. Naquele momento, senti um prazer tão imenso que cerrei os olhos. Ele tirou da boca por um instante.

– Tô fazendo certo, Mu? – perguntou.
– Aham… – eu nem conseguia falar.

Theo colocou de volta em sua boca e começou a me massagear cada vez mais rápido. Eu coloquei minha mão sobre sua cabeça e alisei seus cabelos. Ele pegou minha mão e a levou até seu rosto… O ar mal entrava em mim. Ele segurava minha mão sobre seu rosto, mas não parou nenhum segundo sequer. Eu pude sentir o orgasmo… Não aguentaria muito tempo.

– Theo, acho que vou gozar… Pode parar agora… – falei, quase ofegando.

Mas ele não parou… Me apertou com a palma das mãos, e eu gozei na boca dele. Não consegui segurar… Pensei em dizer algo, mas ele parecia normal, apenas abriu levemente a boca e deixou meu esperma cair sobre minha barriga. Bom, admito que se ele engolisse seria bem chocante.

– Bleh… – disse ele com uma carinha de nojo.
Eu ri.

– Tudo bem? – perguntei.
– Tem um gosto esquisito… – disse, limpando a boca.
– Eu sei.

– Que bagunça… Vamos ter que limpar isso…
– Credo… – disse ele.
– Ah, qual é… Não é tão ruim.
– Não, mas ainda é estranho…

– Então, gostou disso? – perguntei a ele.
– Ah, sim… Mas é melhor quando você faz em mim.
– Dã… Claro né, bestão. – brinquei.
Ele gargalhou.

Tive que trocar a roupa de cama depois de tudo. Foi um desastre… Mas foi o melhor da minha vida.
Theo me ajudou a arrumar o quarto e nos preparamos pra dormir. Eu apaguei a luz e deitei em minha cama.

– Theo?
– Hmmm?
– Quer dormir aqui?

Ele subiu rapidinho, se enfiou embaixo das cobertas e ficou me olhando. Parecia a Jô quando era só uma filhotinha. Eu olhei bem pro rostinho dele e ele sorriu.

– Sabia que você é muito bonito? – falei.
– Você acha, Mu?
– Claro. Vai conquistar todas a meninas da escola?
– Hahaha, só as meninas?
– Hahaha… É, capaz de conquistar os meninos também…

[…]

– Mu? Você já namorou?
– Algumas vezes… Por quê?
– Foi com uma menina?
– Ah, por nada… é que você podia me dar umas dicas…
– Uuuh, então tem alguém nessa história… Quem é?
– Ah… uma menina na escola… – disse ele, com o rosto todo vermelho.
– Iiiihh… Theosinho garanhão – brinquei.
– Aff, para Mu! – e escondeu o rosto com o cobertor.

Não me aguentei de rir.

O que eu mais gosto nessa amizade que tenho com Theo é a confiança que temos um no outro. Como tinha dito antes, desde que me mudei só vejo minha família de vez em quando. Não costumo sair muito, mesmo com meus amigos, então meus melhor passatempo é estar com ele. Tudo parece mais divertido com ele. Isso sempre me deixou feliz. O modo como os pais dele me tratam, como se eu fosse da família… Nada disso tem preço pra mim.
Nem me lembro o quanto conversamos naquela noite antes de cairmos no sono, mas me lembro de sentir Theo me abraçar bem forte antes de adormecer… Depois de uma noite tensa como aquela, isso foi muito especial pra mim. Podia ver no jeito como ele sorria e falava comigo, como se fossemos apenas nós no mundo. Eu sempre me apeguei muito a certas pessoas, isso desde a infância, e muitos em que confiei me decepcionaram. Não de propósito, claro, mas a vida não é como a gente quer. Gostar de alguém e depois nunca mais vê-lo é bem triste, e eu passei por isso muitas vezes. Tive que me desprender dessa dependência de amar alguém e passei a me preocupar mais como os outros se sentiam. Mas quando conheci o Theo, tudo mudou pra mim. Ele me ensinou sem querer, que ser feliz tem haver com fazer alguém feliz. Só então percebi… Se ele estava feliz, eu também estava. Por isso tudo fluía tão bem junto dele. Sinto que estou muito melhor agora, e não sofro mais com a perda.

Eu amo esse guri, de verdade.

Acordei bem cedo no dia seguinte. Theo ainda dormia, e fiquei ali por alguns instantes vendo ele dormir. Não consigo nem descrever o quanto ele é especial pra mim, como se fosse meu próprio irmão. Confesso que bateu uma saudade do meu caçulinha. Pensei que seria uma boa ideia fazer uma visita no final de semana. É, seria bem legal. Arrumei as cobertas e deixei o baixinho dormir mais um pouco.
Fui até a cozinha e Jô já estava de pé, esperando sua ração. Coloquei uma boa porção no pratinho e pus no chão.

– Aproveite, menina. – falei.

Preparei me café, troquei de roupa e fiquei sentado no sofá por um tempo. Esses últimos dias com o Theo passaram em minha mente como um filme e, sinceramente, fiquei preocupado. Mesmo sendo como é ele ainda é um menino. Espero que isso não cause nenhum problema. Nem todos sabem reagir a experiências como essa, ainda menos nessa idade. Não tenho o costume de rezar, e nem esperava ser ouvido, não depois de tudo. Mas, mesmo assim rezei. Torcia pra que ele crescesse normalmente, tivesse boas amizades e achasse alguém que goste dele como ele é. Ele é alguém especial, e merece alguém especial. E falo isso porque, no fundo, eu sabia que esse alguém não seria eu. Mas tudo bem, enquanto estivermos juntos, vou cuidar dele.

Depois desse longo devaneio, o telefone tocou. Me levantei do sofá e fui atender…

– Alô?
– Murilo? Sou eu.
– Oi, dona Elisângela, tudo bom?
– Tudo querido. Como vão as coisas por aí?
– Tudo ótimo, o baixinho ainda tá na cama.
– Haha, tudo bem. Só liguei pra avisar que já estamos voltando. Vamos chegar lá pra umas 2 da tarde.
– Ok, tudo certo.
– Ok? Logo estamos aí, tá?. Brigada, querido.
– De nada, dona Elisângela. Até logo.
– Até. – e desligou.

Eram 7:15. Theo e eu ainda teríamos umas horas juntos. Decidi esperar ele acordar e ver o que podíamos fazer. Enquanto esperava, fui checar meus e-mails. Ainda tinha alguns documentos para serem traduzidos e reenviados para os destinatários, mas estava tudo dentro do prazo. Sem muito o que fazer, botei uma playlist qualquer e fiquei ouvindo. Acabei me distraindo com a música e tomei um susto… Do nada, senti algo no meu pescoço. Era Theo, me cutucando com o dedinho.

– Que susto, guri! Tá doido?!
Ele não se aguentou de rir.

– Quando foi que você acordou? – perguntei.
– Agora. – disse ele, ainda rindo.
– Aff, não faz isso… Quase morri do coração.
– Foi mal… – brincou.
– Ó, sua mãe ligou ainda pouco. Eles vão chegar lá pra umas 2 da tarde.
– Já?!
– Como assim já? Eles estão lá faz uns cinco dias…
– Ah, ele podiam ficar mais tempo…
– Não quer voltar pra sua casa?
– Eu não. Aqui e mais legal… Tem você, tem a Jô… Eu não tenho ninguém com quem brincar.
– Nah, você ia enjoar de ficar aqui uma hora…
– Duvido…
– É mesmo? Eu aposto que você não aguentaria… Ataque de cócegas todos os dias!! – eu o agarrei e lhe dei uma chuva de cosquinhas.

– Hahahaha! Não, não! Para! – disse, segurando meus braços.
– Viu só… – disse bem perto dele.

Ele chegou bem pertinho do meu rosto.

– Que foi? – perguntei.

Então, ele chegou mais perto e colou seus lábios nos meus.

– Mu?
– Fala.
– Quando eu ficar mais velho, vou vir morar com você.
– Ah é?
– Aí você vai ter que me aguentar… – disse ele, fazendo aquela carinha.
– Hmmm… Vamos ver quem aguenta quem, safado…

Eu segurei Theo no meu colo e o coloquei sobre a mesa da cozinha. Eu cheguei meus lábios nos dele e ficamos nisso um bom tempo. Ele estava aprendendo mesmo, já sabia como mover a língua. Ele colocou os braços ao redor do meu pescoço e eu o segurei pela cintura. Depois ele olhou pra mim e apontou o dedinho pra baixo. Eu puxei seu shorts e lá estava… Durinho como pedra. Nenhum de nós disse nenhuma palavra, eu movi tudo para o lado, o deitei na mesa e comecei a chupá-lo… Ele adorou isso. Já chegou segurando meu cabelo e guiando o movimento com as mãos. Percebi que depois de tudo o que fizemos, Theo se entregava bem mais agora. Ele me fez para um instante e tirou completamente os shorts. Eu puxei a camisa dele e acariciava sua barriguinha enquanto o chupava. Sentia ele respirar devagar e podia ouvir uns gemidinhos…

– Hmmmm… hmmm…

Não demorou muito, logo ele gozou. Como já estava em minha boca, deixei descer mesmo.

– Não tem um gosto estranho? – pergunto ele.
– Ah, não e tão ruim. Você se acostuma… – respondi.
– Hmmm… Tá, minha vez.
– Ok.

Ele desceu da mesa e tirou a camisa. Estava peladinho agora. Eu me sentei na cadeira e ele ajoelhou de frente pra mim. Puxou com cuidado meu moletom e pegou o que estava procurando, haha. Ele me chupou gostoso, e sério, foi melhor do que na noite passada. Daquela vez ele foi mais carinhoso e um pouco tímido, agora senti que ele estava mais tranquilo e seguro. Eu acariciava o cabelo dele e ele dava umas olhadinhas pra mim. Às vezes ele parava de chupar e lambia a ponta como se fosse um sorvete. Claro, não cabia tudo na boquinha dele, mas era bom do mesmo jeito. Eu aguentei mais alguns instantes e então gozei. Acho qe Theo segurou aquilo na boca por dois segundos antes de engolir. Não foi muito, mas ele engoliu.

– Blaah… – disse ele, fazendo uma cara de quem chupou limão.
– Tudo bem? – perguntei.
– Aham… mas eu quero um doce depois dessa…
Eu ri demais disso.

– Tá, eu compro um chocolate pra você depois.
– É bom mesmo… – disse ele, fazendo uma carinha de mandão.

Depois do café, era dia de escovar a Jô. Gatos precisam ser escovados frequentemente para que não acumulem tufos de pelos, e quem tem gato sabe como isso é ruim pra eles. Theo quis de todo o jeito escovar a Jô, e acabei deixando. Nunca mais… Ele ficou com mais pelos do que ela no fim das contas. Agora eu tinha dois gatinhos em meu apartamento. Depois de limpar tudo, resolvemos dar uma volta pelo bairro. O dia estava ótimo, comparado com a chuva intensa de antes. O sol estava bem gostoso, então passamos a manhã inteira na rua. Fomos na praça, tomamos sorvete e até tiramos algumas fotos juntos. Foi muito divertido. Theo sempre fazia graça nas suas poses, é uma figurinha de outro mundo mesmo.

Voltamos pra casa cansados que só. Theo se jogou no sofá e ficou por lá…

– Vou fazer o almoço. – falei.
– O que vamos comer? – perguntou ele, largado no sofá.
– Em sua homenagem, vou fazer purê de batata…
– … Hã? Não entendi.
Rachei de rir.

Dito e feito, preparei um purê de batata e dois filés de frango pra nós dois. Foi a única coisa que fez Theo se levantar do sofá. Depois de encher a barriga, sentamos juntos pra assistir uns desenhos. Não sei porque, mas desenhos nunca ficavam velhos pra mim. Era mais fácil eu ver um episodio de Bob Esponja do que ver um filme ou noticiário, como gente normal faz. Mas, quem liga? Nunca perdeu a graça pra mim, e tem quem concorde comigo. Ficamos sentados lá durante horas… E foi muito bom.
Passado um tempinho, Theo recostou sobre meu ombro. Eu alisei o cabelo dele e ele sorriu pra mim. Quando as coisas se tornam tão fáceis? Sinto que podíamos ficar ali o resto do dia que nem perceberíamos. Theo chegou mais perto e enfiou a mão dentro da minha calça. Até me espantei.

– Mas já? – brinquei.

Ele apenas deu um sorriso sapeca.
Retirou meu pinto de dentro e me chupou. Dessa vez não quis ficar de espectador, então o fiz abaixar o shorts e comecei a masturbá-lo. Ele já estava bem durinho e até um pouco molhado. O pintinho dele cabia perfeitamente na minha mão, e eu movia com carinho. Theo não parou nenhum momento, na verdade, ele pegou minha mão e me fez bater mais rápido. Agora ele me mostrava como queria, isso me deixou muito satisfeito, e eu nem tinha gozado ainda. Fiz ele parar um instante e o coloquei sentado em meu colo. Agora nossos pintos estavam colados um no outro. Passei um pouco de saliva na palma da mão e disse a ele pra fazer também. Então, comecei a massagear o pinto dele e ele o meu. Aquilo foi uma delícia… Eu fazia um carinho na coxa dele enquanto nos masturbávamos. Theo respirava pela boca… Devia estar sendo demais pra ele, haha. A mão dele deslisava fácil fácil em mim, dava pra ouvir o som… Não demorou nem cinco minutos, Theo e eu gozamos um sobre o outro. Aquilo foi impagável de tão bom.

Theo virou de costas e recostou em mim.

– Ufa… tô cansado.. – disse ele.
– Somos dois… – respondi.
– Mu? Que horas são?
– 13:20… Seus pais já devem estar chegando.

[…]

– Será que dá pra gente fazer mais antes deles voltarem?
– Se você quiser…

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