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Minha história – Menina evangélica (uma vida escondida 4)

2645 palavras | 4 |4.34
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Eu não sabia desse retiro. Fiquei surpresa, confesso, mas interessada.
Na reunião, ele explicou que ia ser um retiro de jovens. A gente ia ficar sob os cuidados das obreiras e dos missionários. As garotas cuidariam das meninas e os missionários dos meninos. O número de jovens da igreja estava aumentando por causa da aliança entre as denominações. Estava atraindo novos membros, gente recém-convertida e gente que tinha saído de outras igrejas.
Acho que no total tinha uns 20 jovens e cerca de seis obreiras e missionários, mas a pessoa mais velha não tinha 30 anos.
Ia ser numa casa de praia grande, em uma cidade vizinha, e a gente teria que pedir autorização pros pais por escrito. Era pra passar o fim de semana, ir na sexta à tarde e voltar no domingo à noite.
A gente não ia poder sair sem acompanhamento porque tinha muita área vazia na vizinhança, já que as casas eram longe uma das outras e tinham dunas e descampados.
Só sairíamos do lugar com o pastor ou com os responsáveis pelo grupo.
Ele explicou que era pra tirar um tempo de oração, se afastar das preocupações do mundo e se divertir de forma saudável. Eu só imaginava se teria oportunidade de fazer putaria… Era só o que me passava pela cabeça.
Na volta, ele foi me deixar em casa. Eu estava dolorida porque a trepada tinha sido bem violenta. E também estava excitada e curiosa com o retiro. Estava fazendo perguntas. Ele logo me explicou não sabia se teria muito tempo pra gente, mas que dava pra escapar só pra uns amassos. Fiquei chateada kkkk.
Mas a parte que mais me amedrontava era pedir aos meus pais. Expliquei pra ele. Ele disse que falaria, mas em troca queria que eu fizesse algo.
– O que? Falei, pensando que ele ia pedir pra ver minha boceta ou pra eu dar uma chupada na piroca dele.
– Mostra a bucetinha pro seu pai?
– O que? O senhor enlouqueceu? Ele me mata, me dá uma surra com cinto…
– Não vai.
– Vai, você não conhece ele.
– Olha, até conheço, viu? Já vi ele olhando pras meninas lá da igreja.
– Mas comigo é diferente.
– Mas não precisa parecer de propósito.
– E como vou fazer isso?
– Deita na cama de toalha e finge dormir, quando estiver só com ele em casa.
– Ele não vai no meu quarto…
– Aposto que vai se souber que você tá dormindo de toalha…
Fiquei pensando. Possível era, mas isso não me excitava. Meu pai? Deus me livre. Mas se ele ia pedir aos meus pais, eu pelo menos prometeria.
– Se eu prometer que faço, você pede?
– Peço agora mesmo.
A gente já estava chegando em casa. Descemos, e ele foi falar com meus pais. Primeiro, meu pai tinha vergonha de negar as coisas pra ele. Queria parecer um bom pai. Segundo, ele tinha o rabo preso comigo… Então, mesmo minha mãe torcendo a cara, ele disse que deixaria, se eu ficasse sob os cuidados diretos do pastor.
– Pode deixar, carrego ela comigo aonde eu for.
– Então assim a gente fica tranquilo.
Dito isso, ele segurou as mãos dos meus pais, pediu pra fazer uma oração. Oramos de mãos dadas na porta de casa, e eu já tava pensando se e como faria aquilo…
No dia seguinte, eu fiquei remoendo. Tinha hora que estava decidida a não fazer, tinha hora que não
tinha certeza. Mas já era quinta-feira e eu tinha medo de não fazer e o pastor não querer me levar…
Fui pra aula de manhã, de tarde estava em casa com minha mãe e meu pai, porque ele estava de férias do trabalho e meu irmão estava no colégio.
Depois do almoço, ela foi tirar o sono dela da tarde, depois de passar a manhã trabalhando. E meu pai ficou na sala vendo TV. Eu tava indecisa, tensa, um pouco excitada em fazer a vontade do pastor. Mas não sabia como fazer aquilo…
Bom, eu achava que nada faria meu pai ir até meu quarto me olhar dormindo… Então pensei: vou fazer a minha parte e vou pro quarto. Se ele for, bem, se não for, pelo menos eu posso dizer que tentei e ele não se interessou. Perfeito! Ele não iria se interessar mesmo.
Tomei banho, me enrolei na toalha. Subi bastante a toalha, mas sem exagero… Peguei a escova e fui pra sala. Ele estava deitado em um sofá, vendo reprise de futebol.
Sentei no sofá do lado e fiquei penteando o cabelo… Ele me olhou desconfiado. Eu não tinha o hábito de ficar de toalha dentro de casa.
– Tá tudo bem?
– Tá, eu queria perguntar se você vai me deixar mesmo ir para o retiro.
– Sim, né? Se eu não deixar você vai me fazer chantagem…
Fiquei calada.
Encostei no sofá fingindo sono, fui soltando o corpo. Pensei em abrir um pouco as pernas, pra chamar atenção, mas travei de medo. Estava com o coração saltando dentro do peito… Fingia cochilar e ficava pensando: faço isso? não faço?
Decidi abrir as pernas só um pouco, não o suficiente pra aparecer minha boceta. Só pra ver a reação dele. Fiz isso… Um tempo depois ouvi:
– Beca?
Fingi que acordei…
– Hum? Oi?
– Você vai dormir aí?
– Ah, desculpa, pai. Estou com muito sono mesmo. A reunião de ontem terminou tarde, eu acordei muito cedo pra escola. Tô caindo de sono. Vou deitar um pouco na cama…
Saí, tremendo. Tinha certeza que ele não ia… Mas fui e deitei na minha cama, com as pernas entreabertas. Pela posição da cama, se alguém entrasse veria minha boceta, e não ia dar tempo esconder.
Pensei: “ninguém vem. Mamãe tá dormindo e só acorda perto da hora da malhação”. Nessa época ainda passava, não sei se hoje passa. Ela levantava pra preparar a janta assistindo a novela das seis. Então acordava bem na hora da malhação ou pouco antes.
Fiquei vigiando o relógio.
Fechei os olhos, imaginei meu pai chegando e dando de cara com minha boceta. Virei de costas. Pensei: “se ele vier, é melhor que não veja minha cara. Mas acho que não vem”.
Abri mais as pernas. Coloquei uma pro lado e deixei a toalha cobrindo. A dobra da toalha estava pra trás… Ou seja: se ele entrasse e não quisesse nada, eu não apanhava. Mas se quisesse e levantasse a toalha, veria minha boceta entreaberta, o meiozinho aparecendo.
Estava nessa lenga-lenga quando achei que ouvi alguém mexendo na porta. O coração saltou. Não me mexi… Ouvi chamar baixinho:
– Beca?
Era a voz do meu pai. Eu não acreditei. Não respondi, esperei ele chamar mais alto. Tinha certeza que ia me fazer acordar e dizer pra vestir uma roupa.
Ele chamou ainda mais baixo:
– Beca, tá acordada?
Chegou perto, passou a mão pela minha perna, chamou baixinho. Passou pelas minhas costas, chamou de novo.
Quando senti a toalha subindo na minha bunda, não acreditei. Meu pai tava me olhando! Que filho da puta!
Gelei… Eu tinha meio que raiva dele desde que percebi que era sem-vergonha na igreja. Fiquei com nojo. Mas naquela hora, eu não sabia o que pensar. Eu era a filha dele!
Xinguei ele mentalmente. Ele tava olhando minha boceta aberta. E mais: comecei a sentir um carinho leve nela. Ele tava passando o dedo. Senti descer e subir, devagar, bem na rachinha. Depois senti dois. Era de leve, pra eu não acordar. Mas acho que ele acabou se deixando levar, e pressionou mais um pouco.
No fim das contas, eu tava ficando com tesão. Eu sou a mesma putinha, desculpe. Senti vontade de abrir, mas não me mexi.
Senti o dedo descer e subir, apertar meu grelinho. Fazer movimentos circulares em cima dele.
Ouvia meu pai respirando forte. Eu sabia que estava começando a ficar melada. Não queria, mas estava.
Senti o dedo ir até meu buraquinho. Era um dedo. E era a minha boceta gulosa. Claro que eu quis sentir ele entrar. Mas me segurei, sem me mexer… Senti a ponta cutucar meu buraquinho. Esqueci que era meu pai.
O dedo foi entrando, foi entrando, quando percebi, estava enfiado em mim. E eu estava esperando que começasse a socar. Começou, devagar. Entrou e saiu mais umas duas vezes. Cada vez, se enfiava mais e eu sentia ele mexer dentro de mim. Cutucava meu útero ali, sei lá. Era fundo e era gostoso.
Senti passar a mão de novo pela boceta e sair do quarto. Ouvi bater a porta.
Eu esperava tudo: que ele me fodesse, que socasse, que me chupasse, menos que saísse. Fiquei confusa.
Passei a mão na boceta e confirmei que tava melada… O que houve?
Até que me toquei: ele sabia que eu não era mais virgem!
PQP! Me fudi de verde e amarelo. Ia ser escorraçada, apanhar, ele ia me matar.
Comecei a me tremer desesperadamente. Chorei, deitada. Levantei um tempo depois, fui ao banheiro, vesti uma roupa e voltei pra cama. Fiquei lá até não sei que horas. Queria falar pro pastor, talvez ele tivesse uma solução, mas… quem teria? E eu não tinha como contatar ele, meus pais não me deixavam ter celular.
Troquei de roupa, voltei pra cama, fui ler a bíblia. Fiquei quieta, gelada, trêmula.
Quando desci minha mãe já estava acordada. Estava passando a novela das seis e ela não tava fazendo a janta. Meu pai falava ao telefone. Marcando algo.
Minha mãe não olhava na minha cara. Meu pai idem. Eles me ignoravam.
Eu tomei coragem depois de muito tempo, em um momento a sós com minha mãe, e perguntei o que houve.
Ela não me disse.Só me virou a cara.
Vocês têm ideia do que passava pela minha cabeça?
Fui deitar, mas em vez de dormir revirei a noite inteira. Tive pesadelos de que era perseguida, que era surrada na igreja. Que meus pais me expulsavam de casa. Tudo de ruim…
De manhã, quando levantei pra ir ao colégio, tomei banho e vesti o uniforme, como de costume. Depois fui tomar café na mesa. O clima de enterro era o mesmo.
Ninguém me disse absolutamente nada. Meu irmão ainda dormia.
Fomos pro colégio, mas meu pai e minha mãe estavam no carro. Pensei: eles vão me levar pra igreja.
Mas eu imaginava como ele ia dizer que descobriu. “Meti o dedo na boceta dela dormindo”? Ia dizer isso?
Não notei que o caminho era diferente da escola, de tão nervosa. Quando dei por conta, estávamos de frente a uma clínica médica. Era um consultório ginecológico.
Esperamos calados na recepção. Quando a médica chamou meu nome, eu ainda não sabia o que era direito que ia acontecer.
Meus pais entraram e eu fiquei na recepção. Depois foi que me chamaram.
Entrei e olhei pra cara dos meus pais. Fechadíssima. A médica estava calada, eu não a conhecia.
Quando entrei no consultório, eles saíram. Ela foi bem mais cordial nesse momento.
– Você sabe por que está aqui?
– Não sei.
– Seus pais querem saber se você é virgem.
Nem respondi. Estava paralisada. Comecei a chorar. Eles iam me matar. Ela começou a me acalmar.
Disse que já tinha atendido várias meninas na mesma situação. Que eles não tinham direito de me perguntar isso.
– Você não tá entendendo…Falei soluçando. A gente é evangélico… eles vão me surrar… Eles vão me matar.
Eu soltei meu pânico lá. Tremia, chorava, soluçava. A coitada estava tentando me acalmar de toda forma. Pediu pra eu escutar ela.
– Vamos conversar, ok?
– Ok.
– Se você está com tanto medo assim, não é mais virgem, certo?
Só afirmei com a cabeça.
– Você tem relações com frequência?
Não respondi.
– Pode falar, não vou contar pra eles. Está tudo só entre nós.
Fiz que sim de novo com a cabeça.
– Então, vamos fazer exames, pra ver sua saúde, vou recomendar um retorno, passar um remédio…
– A senhora vai contar pra eles?
– Não, não poderia. Vou dizer que você tem hímen complacente.
– O que é isso?
– Quer dizer que você possivelmente não vai sangrar em uma relação e que seu hímen é mais elástico. Você já menstruou?
– Ainda não.
– Deve estar perto pela sua idade.
Conversamos mais, ela me examinou, coletou material para o exame preventivo e me fez mais perguntas. Tive medo que me perguntasse sobre quem transava comigo ou qualquer coisa que me deixasse sem poder responder, mas ela não fez isso.
Fui parando de chorar. Quando meus pais entraram na sala, eu já estava calma.
Ela conversou com todos juntos. Disse que não havia problemas comigo, que eu estava na adolescência e precisava de acompanhamento, tinha sintomas de ovário policísticos e que ela ia marcar um ultrassom abdominal.
A minha mãe foi direta:
– E sobre a virgindade?
Ela fechou a cara.
– Eu não deveria dizer a respeito disso, porque é relação médico-paciente. Mas entendo sua posição de pais… Posso atestar a virgindade dela. Examinei-a e constatei que ela tem hímen complacente. Possivelmente, na noite de núpcias não vai ter sangramento. O hímen dela não vai se romper porque é mais elástico.
Ela pegou um folheto com um artigo e entregou pra eles, que ficaram lendo enquanto ela falava.
– Mas se é assim, como a senhora sabe que ela é virgem?
Meu pai perguntou, meio bruto. E ela foi paciente. Hoje, sei que ela não queria que me levassem a outro médico. Aliás, ainda hoje é minha médica <3.
– Porque o hímen está íntegro, é anelar, visível no exame, mas a estrutura dele é diferente, ele é mais espesso que a membrana comum.
Saímos de lá. Minha mãe veio atrás comigo, me abraçou. Acho que queria pedir desculpas por desconfiar de mim. Já meu pai não expressou reação, mas não tinha cara de bravo. Quando chegamos em casa (não fui pro colégio mesmo depois da aula), as coisas tinham melhorado.
Olhei as folhas do exame que ela passou. Atestava em um deles: Hímen íntegro.
Nos outros, algumas coisas que eu não entendia e o tal ultrassom.
Chegamos antes do almoço, ainda a tempo de estar com meu irmão; Almoçamos juntos, meu pai foi deixar ele no colégio, minha mãe veio falar comigo. Disse que fiz bem em mudar de igreja, que as pessoas estavam levantando falso sobre mim na antiga. Que meu pai ia me defender… Enfim… Fiquei com pena dela.
Comi, troquei de roupa, fui pro meu quarto. Tinham sido muitas emoções. Mas eu queria era o retiro. Comecei a arrumar a malinha pro fim de semana fora.
Acabei adormecendo na cama, de blusa comprida, calcinha e com a mala meio-arrumada.

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4 Comentários

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  • Responder jose ID:1etnxvhaa39v

    Nossa tô lendo todos que tesão já perdi as contas quantas vez que bati uma pensado em vc

  • Responder tony blanco ID:xlovftj8

    vc é uma ótima escritora!!!!parabéns!

  • Responder Velhinho ID:830xyuf0d1

    Adorei Beca, você escreve muito bem. Desde o primeiro conto. Não fico medindo se é verdade ou fantasia, para mim o que importa é o conteúdo muito sensual e excitante de seus relatos. Queria muito te conhecer, sei que é impossível. Abraços

  • Responder Anah ID:40vocs54t0b

    Esse foi meio ruim nem sexo rolou só um pai hipócrita vendo se a filha é virgem