# #

Uma menina chamada Érica – Parte 4

4605 palavras | 7 |4.57
Por

Para quem leu a Parte 1 , Parte 2 e Parte 3 do meu conto “Uma menina chamada Érica”, esta é a continuação.

* * * * * * * * * * * * * * *

Clube da Luluzinha

Ficaram naquela sacanagem até sentirem fome, a moreninha Milena não teve coragem de dar depois que viu Renata sentir dor, mas chupo e tomou a porra do tio.
— A gente vai comer o que? – Carla lembrou – Tô ficando com fome…
— Ainda tá com fome sua piranhazinha, não comeu rola? – Renata abraçou a amiga – Não vai dar a bundinha não?
— E tu é doida? Aquela tora de pau ia me rasgar toda…. Você quase não aguentou, né?
— Mas aguentei tudo… – riu e meteu o dedo no cu da colega – Sei que também gosta de dar a bunda…
Eu já estava preocupado em ter que continuar comendo aquelas insaciáveis, meu pau já estava dolorido e não tinha certeza que teria forças para mais uma trepada.
— Vamos lá pra casa… – Érica sentou em meu colo – A gente prepara um lanche…
Senti um alivio, estava salvo pelo menos por enquanto. As garotas vestiram a parte inferior dos biquínis e subiram correndo, ficamos apenas eu, Érica e Renata.
— Você ainda aguenta? – Renata olhou meu pau vermelho.
— Aguenta sim, não aguenta amor? – Érica pegou meu pau – Hoje ele é nosso galo, tem de meter em todas viu?
— Tadinho do tio… – Renata me abraçou – Acho que ele não vai mais dar no couro, falta a bundinha da Yasmin e um dos buracos da Milena…
— Yasmin não vai dar… – Érica atalhou – Ela não ia mesmo aguentar…
Subimos a ladeira, as garotas vez por outra faziam algum comentário sobre minha performance ou sobre alguma delas. Na casa Milena e Yasmin tinham fritado ovos e feito farofa, Carlinha fez suco de cajá. Comemos entre uma e outra brincadeira até que o telefone tocou, era a mãe de Yasmin.
— A mãe tá me chamando… – parou perto da mesa – Não vai dar pra ficar…
Ainda tentaram fazê-la ficar, mas a menina se vestiu para sair. Pouco depois novamente o telefone tocou e ficamos apenas eu, Érica e Renata. Terminamos o lanche e as duas lavaram as louças, Renata ainda estava só com a calcinha do biquíni e Érica nua.
— A gente fica aqui ou vai pra tua casa amor?
— Fica aqui tio… – Renata sentou em meu colo – Se eu sair na rua e ver alguém…
— Deixa de ser besta Rê, ninguém tá nem aí pra nos… – Érica me entregou um copo de suco.
— Você é que pensa Érica, o pessoal daqui tá de mutuca ligada…
Ficamos mesmo por lá não por causa dos vizinhos, mas porque Érica tinha que lavar umas roupas que a mãe lhe havia pedido.
— Vem pra cá gente… – minha moleca chamou.
A casa de Érica é muito parecida com a minha, na realidade eu havia comprado a chácara de uns parentes dela, as modificações que fiz é que diferenciava no interior, também o quintal era bem maior que o meu.
— A gente devia ter trazido tuas roupas amor, assim lavava tudo junto – falou.
— Se quiser eu vou lavar pra ti… – Renata sentou na calçada perto da lavanderia – Mas não pode ser hoje não…
— Precisa não Renata, tenho poucas roupas aqui e eu mesmo lavo…
— Nada disso amor, namorado meu não faz essas coisas viu?
Brinquei um pouco com as duas e ficamos calados, não havia assunto. Érica terminou de lavar e Renata estendeu as roupas no varal e, por sugestão de minha moleca, tomamos banho lá mesmo.
— Como foi que começou a namorar com ela tio? – Renata perguntou vendo Érica lavar meus cabelos.
— Foi ele não, fui eu quem deu em cima dele – sorriu moleca – Ele nunca ia me pedir né?
— Mas como foi, tu falou o que?
— Ele trava tristinho… – contou em detalhes nossa primeira vez.
— E tu aguentou tudinho? – Renata parecia não acreditar – Deve de ter doido pra caramba…
— Doeu nadinha não… – jogou água tirando o xampu de meus cabelos – Eu tava doidinha e quando a gente quer de verdade a gente não sente dor…
— E tu deu a bunda também?
— Tu também deu… – jogou água na colega – E deu também a xereca…
— Mas eu sou maior que tu… – acocorou para lavar a vagina – E já dei pro Tião que tem um pau quase do tamanho do tio…
Escutava a conversa animada das meninas imaginando de como deveria ser aquele clube da Luluzinha, parecia que por aquelas bandas as meninas não pensavam em outra coisa que não fosse sexo, mesmo as mais novinhas como Érica ou Carla e me perguntava o motivo de Milena não ter também dado para alguém.
— Até a Claudinha gostou… – Renata continuou – Aquela dali parece um bicho do mato, não se enturma com a gente por nada.
— A prima é meio arredia… – Érica terminou meu banho – Só fica comigo e com o Paulinho…
— Ele é mesmo frutinha?
— Acho que é, mas ele gosta também de menina… Lava meus cabelos amor… – sentou em meu colo – Depois vai buscar as toalhas Rê…
Terminamos nosso banho e entramos em casa, fomos para o quarto de Natália e as duas se jogaram na cama. O assunto o tempo todo era sexo, ora uma inconfidência aqui, ora um espanto ali e eu ouvindo e me sentindo cada vez mais inserido naquele estranho mundo.
— E a Milena? – Perguntei, tinha que perguntar – Porque que ela ainda é virgem?
— Os pais dela matam ela se descobrirem que ela fica assim com a gente – Renata deitou de bruços apoiando o queixo nas mãos espalmadas – Eles são crentes…
— Mas ela disse que tava muito afim de dar hoje… – Érica atalhou – Só não deu porque ficou com vergonha…
— Você sabia que eu gosto muito dela? – Renata olhava para mim – Ela é muito legal…
— Também gosto, mas ela quase não se junta…
— Diz uma coisa… – estava doido de curiosidade – Todas vocês já deram para adultos?
— Só a Rê e a Carlinha… – Érica tomou a frente – A Yasmin só deu pro Berto, mesmo assim porque ele obrigou ela…
— Mas deu também pro Ricardo – Renata completou – E eu não acredito que o Berto tenha obrigado ela… Só dá quem quer, era só abrir o berreiro que ele saia correndo… E essa história que o seu Abel forçou a Carlinha também não cola…
Olhei para Érica, também queria saber como foi essa coisa do Carlos com Carla, mas não tive coragem de perguntar.
— Ele não forçou assim como ela diz… – Érica suspirou – Mas ela não queria e o pai meteu sem ela querer…
— E se não foi porque ela quis, porque deu outras vezes? – Renata continuou – Se ela não queria não tinha nada que dar de novo…. Quer saber de uma coisa Érica, eu não gosto do teu pai…
— Sei disso – Érica olhou para mim – Nem eu gosto dele…
— Ele tentou me comer um dia… – Renata ficou séria – Foi no aniversário da Yasmin… Ele me chamou no quintal dizendo que queria me dizer uma coisa e me agarrou, só não me comeu porque eu mordi a mão dele e arranhei a cara dele… A Carlinha viu tudo e não fez nada…
— Ele também tentou me comer, mas eu falei que ia falar pra mãe… E da Carlinha eu também acho que ela queria dar pra ele – fez carinho em minha perna – Foi lá no riacho e tava só nos três… A gente tava banhando de biquíni e ela puxou o meu, depois ficou pelada e se roçava toda nele… Eu falei pra ela que ele era saliente, mas ela não deu bolas e continuou… Quando ele pegou ela, ela fingiu que não queria, mas quando ele botou a piroca nela ela não disse nada… – respirou – Depois ele queria me comer também e eu disse que ia gritar…
— Ele é muito saliente, vive querendo passar a mão na gente…. Depois daquele dia ele disse que ia me comer um dia, e eu disse que ia chamar a polícia, mas sempre ele fica jogando umas gracinhas pro meu lado…
— Queria que ele fosse como o Leonardo… – rolou e deitou a cabeça em meu colo – Aí eu ia gostar de verdade dele… – riram as duas.
— Mas aí tu não ia ser namorada dele, né?
— Ia sim…. Se ele fosse meu pai eu já tinha dado pra ele há muito tempo…
— Não pode sua doida! – Renata olhou pra mim – A gente não pode dormir com o pai da gente, é pecado…
— Mas tu dá pro Tião, não dá?
— Ele não é meu pai…
— Mas é teu irmão e pra Deus é tudo a mesma coisa… Se é da família não pode, nem pra primo pode dar, não é amor?
Olhei para as duas, duas garotas novas e já com a quilometragem alta, não se importavam com os elos que a sociedade impõe e se entregavam por puro prazer e desejo. Pelo menos entre elas parecia não haver segredos, falavam e comentavam abertamente suas relações como se estivessem falando de simples brincadeiras, não havia a inocência das brincadeiras de casinhas ou de bonecas, os namoros que em situações normais não passariam de mãos dadas e beijinhos cândidos ali tinha outra conotação.
O tempo naquele lugar parecia mais adiantado que na mais adiantada cidade normal, e não tinham internet, não comentavam sobre novelas de televisão que, para muitos, tem sido o rompimento das tradições familiares, tem sido escola para a promiscuidade, para a quebra das barreiras e paradigmas centenários que ditam a maneira de agir e de pensar das gerações.
Aquela conversa entre Érica e Renata me fez pensar no mundo que estamos construindo, me fez temer o presente real e sentir pavor do futuro que virá.

Ele é nosso namorado

Natália chegou sem avisar, era quase seis horas da tarde quando tocou a campainha.
— É aqui que mora uma menina chamada Érica? – Perguntou quando abri o portão.
— Érica! Adivinha quem está aqui? – Gritei entre alegre e aliviado.
Érica estava preparando nosso lanche da noite depois de um dia atarefado onde consegui, depois de muito adiar, refazer o galinheiro. A garota lavou todas minhas roupas e passou o ferro, não fizemos nada de mais durante o dia a não ser beijos e abraços.
— Cadê minha pimentinha…
Me abraçou e peguei a sacola que tinha deixado na mala do carro, não tinha ido ainda em sua casa.
— E aí, cuidou bem dela?
— Muito pelo contrário… – passei o braço pelo ombro de minha sogra – Ela é que tem cuidado de mim, vem ver…
Entramos em silêncio, a garota parecia absorta nos afazeres e não prestou atenção para nos dois. Tinha coado café e preparava bolinhos de chuva, vestia apenas uma calcinha como estava sendo todo tempo.
— Posso provar esses bolinhos! – Natália entrou.
— Mamãe?! – Érica se espantou e correu para se jogar em seus braços – Você chegou quando?
— Tô chegando agora… – beijou a filha – Tô vendo que está cuidando muito bem do teu tio, até bolinho de chuva tá fazendo?
— Deixa eu tirar senão queima… – lembrou.
Falei que ia assumir o fogão, mas ela não deixou.
— Toma conta da mamãe que a cozinha é minha… – desceu do braço da mãe e voltou correndo para o fogão – Bota as coisas dela no quarto amor…
Deve ter falado sem pensar, não sei, e parece que Natália não atinou. Eu gelei, mas tentei disfarçar.
— Você fica aqui? – Perguntei.
— Claro que fica, né mãe? – Érica virou para a mãe – Vai tomar banho que a gente vai jantar…
— Não sei filha… – olhou para mim – Não sei se devo…
— Nada disso, fica aqui pelo menos hoje… – puxei sua mão – Não vou devolver Érica, não hoje…
— Pelo visto nem ela vai querer voltar pra casa… – me acompanhou – Tô vendo que minha nininha assumiu a casa – riu.
Coloquei sua bagagem no quarto de hospede onde deveria estar também Érica, Natália sentou na cama e se recostou na parede.
— Como está sua irmã? – Perguntei tentando encontrar assunto.
— Está bem, a operação foi um sucesso – tirou o sapato de pano e massageou os dedos – O Edinaldo… O marido dela assumiu…
— Pensávamos que você só viria na quinta-feira…
— Tava morta de saudades de minha pimentinha… – sorriu – Mas parece que ela nem lembra de mim…
— Nada…. Vive falando em você… – sentei no banco da penteadeira – É uma menina especial…
— Sei disso… – respirou fundo – Nem parece ser criança né?
— E quem te falou que ela é criança? – Rimos – Parece que ela se esqueceu de ser criança…
— Ela sempre foi muito madura para a idade…
— Tão falando mal de mim?
Érica entrou e se empoleirou em meu colo, Natália riu e eu me senti mau.
— Não vai matar saudades da mãe? – Empurrei a garota.
— Deixa Leonardo, vou ter tempo de sobra pra curtir minha pinininha… – piscou para a filha – Deixa ela curtir um pouco mais o tiozão, né filha?
— Agora tá quase tudo certo… – senti sua mão em minha mão – Eu, a mamãe e o namorado da mamãe…
— Que é isso Érica… – senti um frio dolorido na espinha – Não sou namorado de sua mãe menina!
— Não era até ela chegar, agora é, né mãe?
— Lá vem ela com suas doidices… – riu – Assim teu tio vai pensar mau da gente…
— Pensa não mãe… – olhou a sacola na ponta da cama – Porque tu botou a mala dela aqui, ela vai ficar no nosso quarto…
— Nosso quarto? Quer dizer que você já tomou posse da casa do Seu Leonardo?
— Ora mãe, se é a casa de nosso namorado é nossa casa também…
— Nosso namorado?
— Mas ele agora é mais teu que meu…
— E o que Leonardo diz disso?
— Tô ferrado! – Brinquei – Vim pra descansar nas férias e ganho duas namoradas, o que eu faço meu Deus! – Levantei os braços como se estivesse em prece.
— Tá nada! – Érica atalhou – Você deve é agradecer mesmo pra Deus por ter ganhado duas mulheres gostosas, né mãe?
— E que duas mulheres são essas, posso saber?
— Ora mãe, é eu e tu… – virou-se para mim – Nos duas somos gostosas, não somos tio?
— Agora ele é teu tio, ainda agora era teu amor… – brincou com a filha – Você tem que decidir o que o Leonardo é para você…
— Se ele for teu namorado ele fica meu tio, mas se tu não namorar ele, ele continua meu amor…
Natália colocou as mãos na cabeça.
— Não entendi nada, tá muito complicada essa história não está Leo?
Sorrimos e Érica desceu de meu colo e ficou no meio do quarto.
— Tá bom mãe, deixa eu começar tudo de novo… Mamãe esse é o Leonardo… – segurou minha mão e me fez ficar de pé – Leonardo, essa é minha mãe, o nome dela é Natália… compreendeu mãe?
— Essa parte eu já tinha entendido – brincou.
— Ichi! Tá brabo… Mamãe, esse é o Leonardo que é seu namorado… Leonardo, essa é tua namorada e eu sou tua sobrinha, tá bom assim?
— Sei, mas e se eu não quiser namorar com o Leonardo?
— Aí muda tudo de novo… Leonardo, essa é minha mãe… Mamãe, esse é meu namorado, fácil viu?
— Deixa de complicação Érica… – puxei seu braço – Ela já entendeu, agora vamos decidir onde ela vai ficar…
— Ora onde? Aqui homem! – Sorriu para mim – Se ela for tua namorada ela fica como tua namorada, mas se ela não for, ela fica como minha mãe entendeu?
— Está bem, está bem – Natália interveio – Tá muito complicado, agora quero saber é onde é o banheiro para eu tomar um banho… – olhou para mim – Já que vocês não vão me deixar ir para minha casa…
— Ô mãe, entende! Aqui e lá na tua casa é tua casa também viu? – Tornou a levantar – Se tu for namorar com ele é tua casa porque é a casa do teu namorado, mas se não for namorar também é a tua casa porque é a casa do meu namorado entendeu?
— Está bom complicada! – Entrei na conversa – O banheiro é no corredor, no mesmo lugar que eu tua casa, mas se quiser um banheiro maior, tem um no meu… – olhei para Érica – No nosso quarto…
Saí dando por encerrada aquela complicação toda, Érica levou a mãe para meu quarto.
— E aí filha, como foram esses dias com o Leonardo?
— Adorei mãezinha… – deitou na cama enquanto a mãe escolhia roupa para vestir – Ele é muito legal…
— E esse negócio de namoro, me explique direito…
Tirou a blusa e o sutiã e sentou na cama, a filha ficou sem saber o que deveria contar e se a mãe iria aceitar aquele seu namoro com um homem maduro.
— Sabe mãe… Ele é muito legal comigo… A gente começou a namorar e…
— Namorar como?
— Ora! Namorar namorando…. Você sabe como a gente namora…
— Sei, mas… O que vocês fazem?
Érica olhou para a mãe e não viu nada que pudesse representar repreensão.
— A gente se abraça, conversa, brinca…
— Ele lhe beija?
— E se beijar, vai brigar com ele?
— Não filha, não vou brigar com ninguém… Só quero saber o que vocês fazem quando estão namorando…
— Beija…
Natália olhou para a filha, desde que chegara tinha notado que a garota parecia mais madura e mais mulher.
— Só isso? – Esperou uma resposta que não veio – Vocês…
Érica entendeu, tinha entendido desde que a mãe começou a falar e querer saber sobre o faziam e sentiu que, mesmo em sua cabecinha pouco madura, não era o momento de falar tudo e tinha sido ela mesmo que pedira para Leonardo não contar nada para a mãe.
— Vai te banhar mãe, depois a gente conversa… – levantou e entregou uma toalha limpa.
Natália não sentiu nada de errado ao desconfiar que sua pimentinha tinha avançado o sinal, já sabia que a filha andava de brincadeiras com os garotos da redondeza e, baseado em sua própria história de vida, tinha quase certeza de que já experimentara o gosto do sexo.
Entrou no banheiro e Érica saiu do quarto, eu estava sentado na rede armada na varanda e sabia muito bem que Natália Iria fazer perguntas para a filha.
— Tu ta aqui sozinho tio? – Parou ao lado – A mamãe tá tomando banho pra gente jantar.
— E aí? Conversaram?
— Conversamos… – subiu na rede e deitou em cima de mim – Mas não contei da gente…
— E ela?
Érica suspirou, passou o dedo contornando meus lábios, estava pensativa.
— Sei não…. Acho que ela deve de desconfiar… – aproximou o rosto e nos beijamos – Será que a gente deve falar pra ela?
— Não sei amorzinho – coloquei minha mão dentro de sua calcinha – Ela vai saber, só não sei como vai reagir…
— Se tu namorar com ela… – fechou os olhos, meu dedo passou pelo buraquinho do cu – Será que ela quer ser tua namorada?… Não faz isso que eu fico com vontade… – gemeu e arrebitou a bunda.
Tirei a mão, o clima já estava muito pesado para que Natália nos flagrasse em uma situação como aquela. Eu sabia que toda ação requer reação, que em mais tempo ou menos tempo a mãe de Érica Iria descobrir tudo, o que fizemos não tem volta mesmo que não tivesse sido eu o primeiro homem na vida sexual de Érica.
— Quer saber de uma coisa amorzinho? – Sentei e a coloquei em meu colo – Gosto de você e vou assumir qualquer que seja a consequência, só não quero é perder você.
— Você não vai me perder nunca viu? – Aquele sorriso de anjo no rosto branquinho – Se ela não quiser eu fujo contigo…
Ouvimos os passos de Natália e calamos, ela parou na porta e sorriu ao nos ver juntos. Vestia uma camisola amarelo claro que quase não lhe cobria as pernas, estava sensual e muito mais bonita que as vezes que a vi, não usava sutiã e os seios bem feitos estavam perfeitamente visíveis, e a calcinha tipo short também não escondia a vagina depilada.
— Tão namorando? – Se aproximou da rede – E você, não vai tomar banho e vestir uma roupinha de dormir?
Olhamos os dois para ela e tivemos certeza de que ali estava a minha namorada.
— Você tá muito bonita mãe… – Érica nem piscava direito – Não tá tio?
— Bonita o que moleca…
— Está… – cortei – Muito bonita e gostosa… – sorri extasiado.
— Está bom, posso estar bonita, mas… Como você sabe que estou gostosa…
— Ele vai saber, não vai?
Natália olhou para a filha e sorriu, tinha pensado bastante durante o banho e concluíra que se não aceitasse a sugestão da filha em namorar comigo, eu poderia estar correndo sério risco caso meu caso com Érica fosse descoberto. Érica olhou pra mim, sorriu e foi para o banheiro e eu soube que ela saíra para que eu conversasse com sua mãe.
— Ela é gostosinha, não é? – Natália olhava a filha andar com sensualidade que não conhecia – Ela gosta muito de ti, sempre gostou…
— Também gosto dela… – falei quase sussurrando – Nunca pensei encontrar alguém como ela.
— Leo… – olhou para mim e sentou na rede ao meu lado – Não sei o que ela te falou…
— Não falou nada…
— Espera, deixa eu falar… – respirou fundo – Érica…. Ela não falou nada sobre vocês… – balançou a cabeça – Você sabe que eu sou casada…. Ela é muito nova…. Você…. Ela te gosta de verdade e… E não como um tio, tu sabes disso…. As meninas daqui não são como as das cidades grandes, elas… Apesar de tudo são inocentes, mas…. Mas trocam as bonecas por bonecos muito cedo… – sorriu, estava tão nervosa quanto eu – Não é por ela e nem por outro motivo…. Ela falou pra gente…
Em outra situação eu jamais iria entender aquele monte de frases incompletas que poderiam não fazer sentido, mas eu entendi tudo o que falou e o que deixou de falar.
— Posso falar… – coloquei o dedo em seus lábios e ela calou – Érica não deve ter falado quase nada, apesar de parecer criança ela sabe muito bem o que quer e o que fizemos… – olhava para ela e ela sorriu e eu soube que ela sabia – Nós fizemos tudo…. Nesses dias ela tem sido minha mulher e eu a amo como mulher e… E com tio também…. Esse negócio de namorarmos surgiu da cabecinha dela…
— Eu sei… – sussurrou.
— Antes mesmos de conhecer tua filha eu…
Não deu para continuar, Natália me abraçou e nos beijamos um beijo de adultos, de duas pessoas maduras que não se beijavam por fantasia e sim por desejo, de duas pessoas que já se desejavam e que não tinham tido oportunidade de externar, de pôr em prática o que sonharam não aquele sonho infantil, mas um sonho de gente grande sonhado por gente grande.
— Você quer namorar comigo? – Sussurrei quando separamos nossas bocas.
— Sou casada, lembra?
— Mas pode descasar – repeti o que Érica lhe havia falado ao telefone.
Ela sorriu e tornamos nos beijar.
— Tu mexeu mesmo com minha menininha seu safado – falou sorrindo – A bichinha aguentou?
— Foi ela quem mexeu comigo…
— Como é? Vão ficar namorando a noite toda! – Érica bateu no punho da rede – Se vocês não tão com fome eu tô morrendo…
Lanchamos rindo de tudo, pelo menos por enquanto tudo estava acertado. Depois voltamos pra a varanda e deitamos os três na rede enamorando as estrelas que piscavam endoidecidas no céu escuro.
— Você vai dormir em nosso quarto mãe?
— É meu quarto lembra? – Natália brincou com a filha – É a casa do meu namorado, agora você só é a sobrinha…
— Ah! Assim eu não quero… – rolou para cima de nós – Eu achei ele antes da senhora…
— Mas foi você quem falou, não foi?
— Péra! E eu? – Brinquei – A casa também é minha…
— Mas agora é da gente também seu bobinho… – aquela carinha safada que tinha me conquistado – E como a gente é três e eu e a mãe somos duas, quem manda agora é a gente, né mãe?
Ainda brincamos algum tempo antes de entrarmos, o amanhã anda não era de todo certo, muitas coisas ainda teriam de ser niveladas.
— Você dorme no meio da gente amor… – Érica tomou as rédeas.
Eu estava em minoria e não falei nada, não tinha mesmo que falar. Natália estava no banheiro fazendo sua higiene intima, Érica vestia uma camisola também curtinha e não usava calcinha. Quando Natália saiu do quarto quase tive um ataque cardíaco ao vê-la somente com o short amarelo, os seios firmes e sensuais pareciam mais belos que antes.
— Tem lugar pra mim nessa cama?
— Tem sim mãe, vem, deita aqui…
— Cadê a calcinha dona moça? – Viu a xoxotinha da filha.
— Ora mãe, eu ia tirar mesmo… – riu e abriu as pernas – A gente devia era não usar nada, é mais fácil quando dá vontade…
— Esse teu tio deve ter te…
— Eu não!!!! – Sentei – Tua filha quase me mata…
— Olha tio, já ti falei que ninguém morre disso, né mãe? – Tirou a camisola e jogou no chão – Tira também a calcinha mãe…
Natália riu e deitou, levantou as pernas e arrancou o short.
— Tô lascado… – gemi – Se tu fores igual a tua filha aí mesmo é que vou morrer…
— Morre nada, né filha? – Me puxou e nos beijamos, Érica passava a mão em minha costa – Hoje ele é só meu, filha…
— Mas é só hoje…
Foi Érica quem tirou minha bermuda, mas foi Natália quem me puxou.
— Quero ver se tu és tão gostoso quanto parece…
Não aconteceram nem as preliminares, tanto ela quanto eu estávamos trespassados de desejos. Beijei sua boca e meti de uma só tocada.
— Poxa! E essa moleca aguenta tudo isso?
Fiquei parado sentindo a boceta de Natália morder meu pau, Érica estava quieta e parecia já ter adormecido.
— Me fode Leo, me fode…
Comecei a estocar e ela suspirava, não era estreita como a filha, mas a idade lhe fez ser mais mulher e foi mulher que me fez sentir mais homem. Meti forte, a cama balançava e Érica parecia estar dormindo.

* * * * * * * * * * * * * * *

Espero que estejam curtindo mais essa parte do conto, a próxima postagem será a parte final, então não fiquem ansiosos, logo logo postarei o final.
E vem aí mais um delicioso conto, “Um sonho de vida” que será lançado na sequencia, espero que no mesmo dia que sair a finalização da história de Érica.
Um abraço a todos.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 4,57 de 49 votos)

Por # #
Comente e avalie para incentivar o autor

7 Comentários

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos
  • Responder Humilhador ID:r7c794zj

    Não li esse Ainda mas tava esperando tu contar tu comendo a Renata
    Imaginar ela me deu tensão
    Mancada pular
    Conta um capítulo sobre ela e a tua putinha

  • Responder Anônimo ID:1ejcrcw33bkf

    Tô ansioso pela parte da Milena!!! Cadê o final??? Tá nos enrolando mais que George R.R. Martin rsrsrs. Quero esse e-book logo!!! =P

  • Responder Fer1996 ID:5pbaux7kb0b

    Vou esperar o ebook pra ler essa história. Seus contos são os únicos que tem me mantido interessado.

  • Responder Theu_Mi ID:h5hxq5xii

    Parabéns Leonardo! Adorei a forma de como a mãe de Érica foi incluído nesse triângulo amoroso. Estou aguardando a parte final e espero que não só eu mas também os que acompanham esse relato sejam surpreendidos com o final.

  • Responder Ed Porto ID:81rd515pv3

    Muito bom, parabéns, cada vez melhor a história.
    Espero os ebooks anteriores

    [email protected]

  • Responder Grafit 22 ID:5pmpmrkz49d

    Não entendi nada que rolo e esse …

    • Leonardo Cruz ID:fcyx5ozr9

      Para entender tem que ler todas as partes do conto.