# # # #

Rrico. Rrico. Rrico.

2195 palavras | 0 |3.00
Por

Tenho 96 anos e não enxergo direito. Mas ainda encontro o banheiro.

Eu assim não sei se as mulheres que mudaram muito. Na minha época eu mandava cartas e flores. Mas não na tinha que estudar semente. Um dia eu fui assaltado e era mulher. Não não era não. Era sim.

Continuando.

Parte final (em duas partes).

Eu estava ali, sem saber direito o que era aquilo que estava sentindo.
Aquele jovem, antes de sair pela porta, olhou para mim com sorriso de satisfação.
Parecia que estava me dizendo que eu iria gostar do que me ia acontecer.
O Fonte estava enchendo o cálice, me ignorando, totalmente despido e ereto.
Foi em direção a porta bebendo vinho e a trancou.
Não olhou para mim quando passou.
E eu não consegui segurar meus olhos.
Eles o acompanharam.
E eu sentia minha alma agitada na minha barriga.
Parecia querer me deixar e se ligar aquele homem que de um modo totalmente inesperado e inacreditável realmente exercia um descomunal domínio sobre meu ser.
Quando voltou da porta, disse que sentia saudade.
Eu senti prazer em ouvir sua voz direcionada a mim.
Da última vez havia sido um grito.
Fiquei esperando ele continuar. Mas se sentou na cama e ficou apreciando o vinho.
Então voltou a falar.
Ele disse que sentia saudade do dia que foi libertado pelo seu amo.
Não falava diretamente. Se levantava e andava para lá e para cá, mas sem me olhar.
Então retomou a fala, dizendo que sabia exatamente como eu estava me sentindo e tudo que eu estava sentindo e pensando.
Ele descreveu tudo com absoluta precisão.
Medo, vontade, vergonha, fogo e loucura.
E enquanto falava, dizendo que não sentia mais isso, mas que daria todas as suas conquistas por mais uma única vez naquele exato ponto em que eu me encontrava.
Fazia tudo aquilo que eu estava experimentando parecer quase divino.
Então ele contou sua estória.
Ele era ambicioso e destemido.
Queria ser soldado tal como foi o pai e o avô.
E sua cidade foi tomada pelos romanos.
Ele fugiu e foi encontrado quase morto por um soldado escandinavo.
O soldado cuidou dele, o alimentando e o fortalecendo.
O ensinou tudo que sabia até ele se tornar tão forte e capaz quanto ele, já em idade madura.
E num dia o levou para um descampado, dizendo que se ele quisesse se tornar livre precisaria escolher servir a uma espada pelo resto da vida ou ser libertado por uma.
Nesse instante o Fonte já não estava com seu membro ereto.
Ele contava sua estória de uma forma tão envolvente, que eu me senti dentro dela.
Ele estava de pé na minha frente.
Parecia um gigante do meu ponto de vista, ali no canto, em estado catatônico.
Se abaixou, bem próximo de mim e pôs a destra em meu queixo, me forçando a erguer a cabeça e o encarar nos olhos.
Ele não piscava.
De repente foi inevitável e eu olhei para o seu membro, quase beijando o chão.
Mesmo no estado normal, pareceu algo do que eu precisava.
E eu senti muita vergonha por ter deixado ele me ver olhando.
E então seu membro começou a ser erguer lentamente.
Eu sentia e até ouvia meu coração.
E era como quando estamos nos afogando.
Faltava o sopro.
Então ele se levantou e voltou a andar, enquanto bebia vinho.
E assim continuou sua estória, dizendo que não entendeu quando seu senhor e salvador e mestre, quase um pai, removeu toda a sua roupa e também a dele.
Eu estava envolvido com a estória.
Mas ele puxou ar e disse que no princípio, assim que foi totalmente dominado e humilhado pelo seu amo, ele sentiu ódio, muito ódio.
Mas disse que não foi forçado a fazer o que fez. Não pela sua cabeça atrelada e prisioneira dela mesma e do mundo. Mas foi forçado por algo que ele não fazia ideia que pudesse existir.
Algo vivo, completo e livre. Uma vontade maior do que tudo que existe.
Então ele retornou até mim, com seu membro novamente ereto.
E quando se abaixou, dessa vez com suas pernas bem abertas e aquilo me provocando os olhos e os sentimentos que inflamavam tudo em mim, eu me cheguei um pouco mais para trás, mas a parede e a cadeira do meu lado eram o limite.
Ele segurou em meu pescoço e o apertou, se aproximando de mim, dizendo a mesma coisa que vivia repetindo.
Que eu tinha que resistir à resistência.
Dessa vez ele explicou.
Disse que a minha resistência era tudo que a minha antiga vida de trela, e servidão, e mentira e morte, tinha para me manter cativo de mim mesmo e do mundo.
Disse que eu tinha que resistir a isso e fechar os olhos e deixar a vida, a liberdade, a vontade, o fogo, a loucura e tudo isso junto se libertar de uma só vez.
Meu pescoço doía.
O ar era pouco.
Mas meu corpo estava gostando daquilo.
Não eu.
O meu corpo.
Pois meu membro deu sinal e foi ficando como nunca senti antes.
Então o Fonte soltou o meu pescoço e colocou seu dedo dentro do cálice e o molhou no vinho.
Trouxe seu dedo até meus lábios.
Eu os travei.
Então ele ficou passando o dedo molhado de vinho neles.
E novamente molhou o dedo.
Dessa vez o passou na ponta de seu membro e ficou espalhando em volta.
Meu corpo doía de tanto que eu estava tremendo, diante de tudo que via e sentia.
Então ele voltou a molhar o dedo.
O passou na borda do cálice e também em seu membro.
Foi fazendo isso algumas vezes enquanto me encarava.
E então pegou minha mão e me fez segurar o cálice.
Eu simplesmente o trouxe direto para a boca e o esvazie sem nenhum controle sobre mim.
Então o Fonte de levantou.
Pareceu ainda mais gigante diante de mim.
E eu fui me erguendo.
Ia me levantar.
Queria ficar frente a frente com ele.
Parecia que eu precisava disso mais do que tudo.
E o que eu estava sentindo era vontade de rir.
Era uma sensação de satisfação totalmente diferente de tudo.
Eu segurava o riso.
Mas não muito.
Ele também sorriu, dizendo que eu estava pronto.
Enquanto me erguia, ele pôs a destra sobre minha cabeça, me impedindo de continuar me levantando.
Então disse, de forma dura e até agressiva, mas bem baixinho, para eu ficar de joelhos e fazer o que eu precisava fazer.
Disse que não era questão de vontade ou querer.
Disse que era necessidade e que eu estava pronto para me tornar definitivamente livre.
Eu não hesitei e me ajoelhei.
Eu o encarava e ele a mim.
E quando baixei os olhos, seu membro estava a menos de um braço da minha face.
Ele me pediu o cálice que eu havia deixado no chão e eu peguei e entreguei a ele.
Ele mostrou o cálice e disse que eu era exatamente como aquele cálice naquele momento.
Disse que o propósito de todo cálice é ser preenchidoe que ele era o que ia me preencher.
Disse que quando terminasse comigo, que eu e ele nos tornaríamos parte de uma coisa só, que era maior do que qualquer coisa em toda a existência.
Propósito.
Foi o que disse.
Eu percebi seu membro de mexendo e não consegui mais responder pelo meu juízo.
Foi como o relâmpago.
Era como se meu corpo soubesse exatamente o que fazer.
E eu até me lembrei daquele jovem e do quanto ele fazia aquilo com satisfação, me olhando.
Eu estava fazendo exatamente o mesmo.
O Fonte me deu boas vindas á liberdade e só propósito.
Disse que não libertou sua energia com o jovem, mas que apenas a havia tornado ainda mais intensa, para ser libertada
pelo legítimo dono dela. Eu.
Naquele momento, todas as coisas que ele dizia, ostentando entendimento, estavam fazendo todo sentido.
Eu sentia como quando chegamos em casa depois de uma campanha e que a comida está à nossa frente.
Eu tenho filhos e filhas.
E também mulher.
Mas nunca senti tanta intimidade com algo que estivesse sentindo em minhas mãos, como a intimidade que sentia com o membro do Fonte.
Me sentia até mais no direito sobre ele do que o próprio Fonte, que por vezes eu sentia enorme vontade de olhar e permitir que ele visse meus olhos, como que dizendo que aquilo era meu.
E numa das vezes que olhei para ele, ele pôs o dedo em meu queixo, me forçando a me levantar.
Com apenas um dedo.
Que poder era aquele.
Eu fiquei de pé, frente a frente com ele, mas com minha destra em seu membro.
Era como se eu não quisesse dar a chance daquilo escapar de mim.
E o que eu sentia não existe palavra, não importando quantas as use, que seja capaz de expressar.
Ele foi puxado o meu rosto e fez como nós fazemos quando estamos diante de uma fêmea que está no ponto de nos dar um filho.
Eu estava sendo beijado e apertado como mulher.
E meu corpo respondia como se eu fosse dele.
Como se nada em mim pertencesse a mim, mas somente a ele.
E também sentia como se o membro dele, que eu mantive na mão, pertencesse a mim.
Então, depois de todo o ímpeto dele, ele começou a me conduzir até a cama.
Ele arrancou de mim o pano que me cobria e me forçou a sentar na beirada.
Ele pôs um pé sobre a cama e as mãos na cintura.
Eu fiquei um tempo o encarando.
A posição que ele estava era imponente e seus olhos me diziam que eu deveria estar livre para fazer o que vem entendesse.
Então voltei a fazer com a boca aquilo.
Quanto mais eu fazia, mais sentia necessidade de fazer e cada vez mais sedento.
Então ele disse que sua energia estava pronta para ser libertada por mim, mas que eu é que deveria liberta-la.
Eu sabia que ele estava se referindo ao coito.
E eu senti uma forte compulsão por ser coitado por ele.
Isso tudo era tão absurdo quanto vital para mim naquele momento.
A ideia de ser coitado deveria ser inconcebível.
Deveria ser uma aberração.
Mas eu queria.
Não sabia como reagiria.
Como seria.
Apenas queria.
E queria tanto, que nunca quis algo em toda a vida com tanto vigor e espera.
Então eu fiquei ainda mais intenso com minhas mãos e minha boca.
Eu queria sentir seu membro em cada canto de minha boca.
Então comecei a forçar cada vez mais.
Era como se ao abocanhar aquilo, eu estivesse abocanhando o próprio Fonte.
Ele começou a acariciar meus cabelos e eu voltei a olhar para ele.
Mas sem parar o que fazia.
De repente seus dedos estavam entrelaçados em meus cabelos de maneira que chegou a doer um pouco.
Ele segurança firme os meus cabelos.
Seus olhos pareciam me dizer que eu não ia escapar do meu destino.
Eu até imaginei ele falando as coisas que falava.
Seu membro estava algo como três polegadas dentro da minha boca.
Eu queria mais.
No entanto, seu tamanho e volume não permitiram.
Doía meu maxilar quando tentava abrir mais minha boca.
O Fonte colocou sua outra mão debaixo do meu queixo.
Suas pernas, sua barriga e sua respiração, me diziam que estava na hora.
E por um instante eu senti certo receio.
E quando senti o seu coito, com tanta força em minha boca, naquele momento experimentei algo difícil de relatar.
Repulsa?
Nojo?
Sim.
Mas ao mesmo tempo uma vontade de receber aquilo, tão absurdamente grande, que eu até deixei escapar algo que não sei dizer se era riso ou choro.
Senti escorrer lágrimas.
Senti vontade de rir, de gritar e de chorar.
E essas vontades só não eram maiores do que a vontade que senti de engolir aquilo.
Assim que senti seu coito atingindo minha boca, ele segurou minha cabeça com tanta força, com a destra nos cabelos e a canhota em meu queixo, que parecia que queria arrancar a minha cabeça.
E eu sentia uma energia correr por todo o meu corpo, como se não fosse apenas uma alegoria.
Sentia mesmo uma forte energia.
Uma energia viva.
Intensa.
Minha.

Desculpe ter iniciado com o título e resumo como fiz.
Mas como disse, apenas postei isso porque você pediu.

Até a segunda parte do final.

Avalie esse conto:
PéssimoRuimMédioBomExcelente
(Média: 3,00 de 2 votos)

Por # # # #
Comente e avalie para incentivar o autor

Nenhum comentário

Talvez precise aguardar o comentario ser aprovado
Proibido numeros de celular, ofensas e textos repetitivos