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A nova realidade que mudou o mundo – parte 36: Balzaquianas

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(Como muitos querem saber quem são, e porque aquelas duas senhoras estavam presas em pleno matagal, vou contar aqui a história delas)

No capítulo onde Janaína e sua amiga negrinha foram levadas a um passeio, elas trombaram na mata com duas senhoras, de corpo surrado, queimadas de Sol, pele ressecada, buceta peluda e pés calejados de tanto andar. Elas estavam magras, amarradas em árvores pelos pulsos e pelos pescoços, elas demonstravam desnutrição, fome e muito medo. Ao serem vistas pelas duas escravas que tinham sido levadas pelo mendigo velho, elas não demonstraram nenhuma reação, como se estivessem vazias e conformadas com o fim que teriam ali.

Quando o velho mendigo obrigou a garota negra a encher sua boca de fezes, e levar para compartilhar com as senhoras, elas não esboçaram nenhuma negação, e fizeram daquele beijo nojento um último momento de alívio na fome que destruía seus corpos e já tinha deteriorado suas mentes. Mas quem são elas? Porque foram parar ali? E que fim tiveram depois que foram vistas por Janaína e a negrinha?

O que as duas escravas levadas ao passeio não sabiam, é que as duas senhoras, uma com quarenta e dois anos, a outra com cinquenta, irmãs de sangue, eram alocadas como escravas públicas no mesmo galpão desde quando foram rejeitadas pelos filhos da mais jovem, que ao ser promulgada a lei de escravidão, adquiriu a mãe e a tia como suas escravas, porém após pouco mais de dois anos como dono delas, vendo que estavam pouco dispostas ao sexo, sendo pouco atrativas, e tendo uma oferta muito maior de escravas jovens, ele doou as duas ao estado, que logo se encarregou de enviá-las para um galpão de trabalho forçado, onde desde então elas cumpriam uma jornada de quase vinte horas por dia de trabalho forçado, alocadas para trabalhar em uma área de produção de legumes, elas tinham como trabalho, serem seladas e atreladas a pesados arados, que desde a antiguidade eram puxados por diversos cavalos, mas que no novo mundo era arrastado durante todo o dia por escravas que ficavam presas a eles pelo tronco, pelos seios e por uma barra enfiada na buceta. Era um trabalho descomunal e desumano, descalças, sob o calor do Sol, mal alimentadas, e sendo chicoteadas, puxavam com muito esforço um arado que vazio pesava mais de cem quilos, mas que puxando terra, poderia beiras os trezentos quilos.

Aproveitando um descuido dos guardas, após mais de uma década de trabalho forçado, e revoltadas com a condição degradante que elas e as demais escravas sobreviviam naquele maldito galpão nojento e quente, elas tentaram fugir, saindo pela porta em um descuido noturno. Todavia foram apreendidas poucas horas depois, e não conseguiram sequer sair da fazenda onde estavam. Condenadas pela fuga, foram enviadas para um julgamento, porém antes mesmo de chegarem na cidade, o guarda que escoltava elas foi comunicado que elas deveriam ser executadas, e a sentença deveria ser cumprida onde elas estivessem, no momento que a ordem fosse recebida, sem piedade, sem defesa, e sem espera.

O jovem guarda que foi informado por mensagem em meio ao caminho, sem experiência, e sem nunca ter realizado uma execução, ficou em choque, com medo de errar e fracassar, e então se aproveitando da casa de passagem, adentrou pela deserta trilha que dava no riacho, que passava meses sem ninguém caminhar por lá, e chegando em um local ermo, onde os gritos das escravas nunca seriam ouvidos, decidiu que não seria capaz de cumprir sua ordem, e temendo ser punido por isso, decidiu prender as duas senhoras, distante uma da outra para não se tocarem, mas uma capaz de olhar a outra, onde ficariam presas, totalmente indefesas, sem água, comida e abrigo, à mercê de insetos, animais peçonhentos, fome e sede, para que morressem à mingua, sendo dadas como perdidas, e nunca sendo reconhecidas se um dia fossem achadas.

Para azar daquele jovem guarda, após apenas quatro dias após ele deixar aqueles dois lixos velhos na mata, crente que elas nunca seriam achadas, aquele velho mendigo resolveu passear por lá, encontrando-as. Sem recursos para alimentá-las, e com ideias cabulosas em sua mente, aquele mendigo teve a genial ideia de levar as duas jovens escravas para que alimentassem as duas senhoras, porém sem nenhum alimento disponível, suas fezes foi a única coisa que ele pode dar a elas, e coube a negra cumprir o papel de alimentadora.

Após o incidente com Janaína e sua amiga, após elas terem auxiliado na duração daquelas duas senhoras, o velho mendigo entregou Janaína e a negrinha de volta, e buscou as duas senhoras, tomando para si aquelas duas surradas escravas, que daquele dia para frente, iriam servi-lo.

Para a desgraça das duas, a morte teria sido um desfecho muito menos cruel, e teria evitado torturas imagináveis para elas. O velho homem, um antigo presidiário, sádico e sanguinário, ao requisitar para si a posse das duas senhoras, tratou de retirar delas suas marcas de ferro quente, que mostravam a todos que elas eram do estado. E fez isso com uma velha faca, sem nenhum anestésico, arrancando de cada uma um bom pedaço de pele, do tamanho de um envelope. E para que elas não gritassem, antes ele arrancou a língua de cada uma delas, e colocou para assar numa pequena fogueira. A dor era tão grande, que elas desmaiaram, e acordaram horas depois, quando o homem urinou nas feridas, apenas para arder.

A fome das duas foi suprimida por fartos pedaços de carne assada, a carne de suas próprias línguas, que foram obrigadas por temor a engolir, com medo do que mais aquele maldito homem seria capaz. Foi um momento pesado, que além da dor na boca, era destruidor para a mente delas, sabendo que estavam comendo a língua uma da outra, assada como um pedaço de carne qualquer. Mas enojadas fizeram.

Quando estavam alimentadas e com a água reposta no corpo, aquele homem acorrentou as duas pelo pescoço, e colocaram-se em uma marcha por longas trilhas, até que ele encontrasse uma cabana abandonada no meio do nada, com um esqueleto ainda preso na porta de entrada, de alguma escrava que aquele homem havia deixado para morrer há muito tempo. Então elas foram colocadas para dentro do imóvel, onde perceberam que ali seria agora suas novas casas.

A casa era uma masmorra, fedendo a sangue seco, com instrumentos de tortura, e uma pequena lareira. Elas perceberam que seriam mercadoria para aquele sádico, e que quando não forem mais úteis a ele, acabarão como a mulher que estava morta pregada na porta daquele lugar.

Aquele homem até fazia sexo com elas, mas seu prazer sexual, estava em atitudes sádicas que ele realizava nelas, enquanto se masturbava até gozar, obrigando as duas senhoras a lamber para limpar. Ele tinha fetiche em arrancar as unhas daquelas mulheres, todos os dias ele arrancava a unha de uma delas, e quando essas unhas acabavam, ele ficava muito irritado, e surrava elas com vários objetos, além de cortar com uma faca os seios delas, e cauterizar com uma brasa, só para vê-las gritando.

Com algum tempo nas mãos daquele sádico, elas já não tinham mais dentes, que haviam sido arrancados, não tinham mais clitóris, estavam cegas, cegadas por ferros em brasa, que cozinharam seus globos oculares, e cada dia mais magras, não aguentariam até o próximo inverno.

Elas saberiam que o fim estava próximo, e que em breve seriam alimento para os porcos.

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1 comentário

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  • Responder Abusador ID:g6200i4qi

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