paraíso dos inocentes – parte 3

Roberval tem um irmão misterioso que se chama roberto, roberto é um cara que trabalha para uma grande rede chamada organização, más roberto não vai aparecer nesta historia, se vocês leitores quiserem saber mais dele vão ter que ir até os contos do “marquinhos rocha ” lá vocês vão poder ler tudo sobre esse roberto e entender mais sobre a organização, a questão é que mudanças pesadas estão vindo para o nosso pequeno vilarejo e se as coisas já eram estranhas vão começar a ficar mais ainda, por isso nosso pequeno vilarejo passa a se chamar paraíso dos inocentes.

=Bruninho, me espera – disse o Pedrinho vindo correndo atrás de mim.
=fala Pedrinho. O que você quer?
=que isso amigo, eu só quero te acompanhar até a escola.
=beleza, vamos então – e seguimos conversando.
=eu vi você saindo da casa do Roberval ontem.
=eu fui lá buscar uma encomenda para a minha mãe.
=ele te comeu?
=que isso Pedrinho! Esta maluco cara?
=não precisa ficar com vergonha, pode falar, ele também faz comigo.
=hã?
=verdade, já faz um bom tempo que eu sou a menininha dele.
=e você fala isso na maior naturalidade?
=sim, eu sei que você viu os garotos mais velhos me comendo na hora do recreio ontem, então não tem por que eu esconder, até por que também a escola toda já sabe.
=por que você deixa eles fazerem isto?
=acorda cara, você acha que eu tenho escolhas.
=eles te comem na marra?
=agora eles não precisam mais, até porque eu já comecei a aceitar e deixo numa boa, e depois que eu comecei a dar para os adultos os pintos deles ficaram pequenos.
=você deixa os adultos te comerem também?
=alguns por enquanto, más a cada dia esta parecendo mais homens para me comer, eles gostam de menininhos como nós.
=se seus pais ficarem sabendo?
=são eles que estão me obrigando, meu pai mesmo me come desde quando eu tinha sete anos e muitas vezes na frente da mamãe.
=não acredito como nossos pais tem coragem de fazer isto, minha mãe também esta me obrigando a começar nesta vida de viado.
=eles fazem pelo dinheiro, meus pais nem precisam trabalhar mais, no começo eu não gostava más agora até que gosto.
=você gosta?
=gostando ou não, não faz diferença, só resta aceitar e aprender a gostar como eu já estou.
=cara, você é muito desinibido.
=você também vai passar a gostar, e teve sorte que sua primeira vez foi com Roberval.
=por que fala isto?
=Roberval é carinhoso, ele sabe fazer gostoso.
=é, até que ele foi bem gentil mesmo, não posso negar que eu gostei.
=viu só, com o tempo você passa a gostar cada vez mais, você tem que conhecer os cachorros dele também.
=eu conheci e não gostei.
=por que? eles são muito divertidos, as lambidas deles são uma delicia.
=eles lamberam minha boca e meu cu.
=por isso é gostoso, eles já te comeram?
=os cachorros?
=sim.
=ta louco, eu nunca vou fazer uma bizarrice dessas.
=más você vai ter que deixar, o Roberval é legal más se você não obedecer ele vai ficar bravo e te obrigar.
=chegamos – eu disse assim que chegamos na escola.

Entramos para dentro da nossa sala e logo chegou o professor, pensando em tudo que aconteceu comigo e que o Pedrinho me disse nem vi o tempo passar.
=ai Pedrinho, o que você pensa que esta fazendo? – disse um garoto mais velho com os braços cruzados nos olhando.
=estou na fila com meu amigo Bruninho para pegar nossos lanches.
=pegar lanche pra que se você já vai tomar seu leitinho quentinho? Agora vem logo que os outros garotos estão lá no banheiro te esperando – ele disse e foi segurando no braço do Pedrinho – você quer vir também Bruninho?
=eu não, estou fora.
=vem, assim da tempo de quase todo mundo gozar.
=vai se fuder cara!
=quem vai se fuder é você más não hoje, por enquanto temos que nos contentar só com esse viadinho aqui – ele disse e se foi levando o Pedrinho.

Confesso que isso me deixou assustado, entrei para dentro da minha sala e em questão de alguns minutos os alunos começavam a retornar, logo depois chegou o Pedrinho limpando sua boca com sua camiseta.
=e ai Pedrinho, como foi lá?
=como sempre, enquanto eu chupava um outro me comia e ainda batia punheta para os outros com minhas mãos.
=sério?
=sim, pode perguntar para qualquer outro garoto aqui da escola, eles já sabem de tudo que rola lá.
=pelo que percebi eles estão querendo fazer comigo também.
=então é melhor você aceitar e não resistir.
=eu vou dedurar para a direção da escola, eles não podem fazer isto.
=acorda Bruninho! Nós moramos no meio do nada e aqui é terra sem lei, nem policia tem neste lugar esquecido por todos, você acha que eu também não tentei falar com o diretor? Ele me deu bronca e me mandou voltar para minha sala, se os garotos maiores e os adultos nos mandarem fazer a gente obedece calado.
Quando as aulas acabaram eu sai da escola mais confuso e assustado do que nunca, agora só resta conversar com minha mãe e ver o que ela pode fazer.
=oi mãe cheguei.
=oi filho, como foi na escola.
=muito estranho mamãe, os garotos estão querendo me pegar.
=eles querem te bater?
=não mãe, eles querem fazer coisas comigo.
=que tipo de coisas?
=coisas erradas.
=então fala.
=é que eu tenho vergonha.
=se você não falar não vou poder fazer nada.
=eles querem me fazer de menininha, querem que me comer e querem também que eu chupe o pinto deles.
=ai filho, eu achei que fosse alguma coisa mais seria.
=e isso não é serio mamãe?
=não filho, não é. Você agora é um viadinho e vai ter que se conformar, eu já fui na escola e acertei tudo com o diretor, tudo o que acontecer lá dentro será gravado e transmitido em tempo real para um servidor muito privado, o diretor e os professores vão receber uma boa quantia mensal em dinheiro da organização e um boa porcentagem desse dinheiro irá ser repassada a todos os pais, é bom você se acostumar com sua nova vida.

Avalie esse conto:

(Média: 4,67 de 24 votos)