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Eu era Walter. Uma casca sofredora. Hoje sou Renata, uma alma feliz.

1930 palavras | 3 |4.45
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Essa é a terceira parte do meu relato. E por absurdo que pesa parece tudo que eu tenho contado, é a mais pura verdade. Aquele rapaz me libertou.

Se você não leu as duas partes anteriores, eu sugiro que leia, para poder experienciar o que eu vivi, com riqueza de detalhes.

Continuando o meu relato, mas voltando um pouquinho para contextualizar, eu estava em meu box, de frente para o rapaz, que segurava a minha perna direita com o braço esquerdo, de maneira que eu quase podia ver o meu cu totalmente colado na púbis dele. Sentindo toda a extensão e volume da sua piroca dentro de mim, deliciosamente quente viva. Com a mão direita ele segurava a minha nádega esquerda, quase como uma garra de tigre cravada nela, com quatro dedos bem firmes em meu rego, que eu os podia sentir claramente, com as unhas a ponto de quase feri-lo. Foi com essa mão que ele me sacudiu freneticamente, levando e trazendo o meu cu de encontro à sua piroca, literalmente socando dentro de mim, com toda sua fúria e desejo de dominação. E eu assistia àquilo me segurando para não gritar de tanto tesão. Mas naquele instante, ele já havia acabado comigo. E nós nos encarávamos, enquanto eu sentia a piroca dele pulsando intensamente dentro de mim. Eu olhei lá para baixo, para poder ver aquilo. O talo da piroca dele latejando e me passando uma breve ideia de como estava intensa a coisa lá dentro. Mas ele largou a minha bunda e trouxe a mão até meu queixo, me forçando a voltar meus olhos para os olhos dele. Meu cu totalmente preenchido e aquela pressão bem lá no fundo, molhada e quente, que dava até para sentir e imaginar os impactos da porra dele lá no fundo, atingindo meu intestino e buscando nele o óvulo que jamais encontraria, e aquele rapaz me encarando, como se me perguntasse com os olhos “Tá sentindo a minha porra espirrando lá dentro, tá!?”, realmente não é algo que dá pra descrever o tamanho e a intensidade da emoção e das sensações que percorrem todo o nosso corpo e mente. E também indescritível e a deliciosa sensação de uma piroca amolecendo dentro do teu cu. Isso eu não tinha como sentir em nenhuma das vezes em que me acabei com o meu consolo improvisado. E somente quando ela já não pulsava mais, foi que ele largou meu queixo e eu pude olhar lá para baixo. Então ele foi puxando a piroca, já bem mole, bem lentamente dizendo: “Segura a minha porra aí dentro, hein! Não solta não!”. Eu não tive forças para responder. Apenas balancei a cabeça positivamente, com aquele meu olhar de quem estava diante de algo completamente fora de controle e além de todas as probabilidades. Eu havia ultrapassado todos os meus limites. Ao se desgrudar de mim, ele soltou a minha perna, limpou sua piroca na minha toalha e apanhou sua cueca e celular sobre a tampa do vaso e a vestiu. E disse: “Tchauzinho, minha puta! Até outro dia!”. Mas antes dele sair do banheiro, eu pedi pra esperar e me dizer seu nome e como eu poderia achá-lo. Então ele disse seu nome, Julho. E também me disse como encontrá-lo no Face. Assim que ouvi a porta batendo, ainda ofegante e trêmulo, pensei em como eu me permiti chegar até aquele ponto de vulnerabilidade e submissão. Ele poderia muito bem descer com algum pertence meu e eu realmente não me importava. Nada mais me importava. Eu saí do banheiro e fui dar uma disfarçada no cheiro de sexo e de merda que impestiou o apartamento, principalmente o corredor de acesso. Me servi mais uma dose de whisky, sem conseguir trazer a minha mente de volta de tudo aquilo que ainda acontecia em meu pensamento e fui até a sacada. E foi aí que eu deixei o copo cair. Mas nem mesmo se tivesse atingido a cabeça de alguém isso me perturbaria mais do que aquilo que eu estava vendo. Minha filha, Camila, de dezessete anos e ele conversando bem pertinhos, enquanto os colegas dele e a minha esposa e meu filho estavam um pouco afastados. A Valéria parecia estar apenas esperando eles terminarem a conversa para subirem . Com o baralho causado pela queda do copo, todos olharam para a direção. E então minha família me viu na sacada. E ele também. Eu nunca me envolvia nos namoros da minha filha, que já não era moça e era até bem responsável. Mas pela maneira que o casal conversava, e o jeito dela, com certeza estavam se paquerando e talvez até combinando um encontro. Aquilo era inaceitável. Aquilo era loucura total! O cara tinha acabado de me transformar em PUTA, demolindo todas as minhas barreiras e eu ainda sentia sua porra em meu cu, e agora estaria investindo para cima da minha filha. Eu entrei com uma sensação tão perturbadora, que a vontade era de jogar o apartamento no chão. Eu queria gritar. Senti vontade de espernear e sair correndo. E não consegui segurar as lágrimas. Meu coração estava dilacerado. E eu parecia estar sentindo uma espécie de sensação de ter sido traído. Uma espécie de ciúme. E isso era ainda mais perturbador. O que poderia ser pior, o cara comer a minha filha ou comer o pai da minha filha? Quando minha família entrou no apartamento, eu estava em meu quarto, arrasado e pensando mil coisas. A Valéria veio falar comigo sobre a minha dor de barriga, e até em tom de brincadeira, perguntou se o cheirinho de lavanda era pra disfarçar algum estrago que eu havia feito. Se ela soubesse! A gente sorriu, mas percebeu que eu estava estranho. Então eu perguntei sobre quem era o rapaz conversando com a Camila. Ela disse que era um rapaz que havia feito amizade com ela depois que eu subi, mas que ele precisou sair e quando voltou, resolveram continuar a conversa. E eu ainda tive que ouvir ela dizendo que ele, pelo menos era mais bem apanhado do que o namorado anterior. A minha esposa estava apoiando um possível namoro entre a sua filha e o cara que havia atropelado o marido dela na piroca em seu próprio apartamento. Eu não podia estar vivendo aquilo. Era um pesadelo. Eu levantei muito puto. Ela perguntou qual era o problema e eu disse que não tinha ido com a cara dele na piscina. Mas…
Eu tive que engolir seco. Consegui contatar o Julho e pedi explicação sobre ele e Camila. Ele foi enfático, dizendo que eu podia ficar tranquilo, que ela estava em boas mãos. Eu implorei a ele pra deixar ela em paz. Mas ele me deu um ultimato, dizendo que foi ela que deu mole pra ele. E pra me tirar o sossego e me deixar sem chão, ele disse que ia pegar leve com ela, como tinha feito com o papai dela. Mas que eu poderia ficar sossegado que eu não seria sogrinho dele e que ela não fazia seu tipo. Mas que presente dado tem que ser cuidado.
Quando vi a Camila se arrumando toda na Terça-feira, depois de ter passado tanto tempo no banheiro, cheguei a sentir uma dor no coração. Pois sabia o que iria acontecer mais tarde. E o Julho, se era tão eficiente em dar prazer a um homem, eu temia pelo que ele faria com ela. Ela só voltou para casa na manhã seguinte. E eu estava me arrumando para o trabalho. Eu e Valéria tínhamos discutido sobre ela dormir fora. Mas para ela, seus melhor isso foi que ela ir embora de casa, como fez quando seus pais começaram a perturbar ela. A Camila estava com uma cara, que era possível imaginar o quanto o Julho havia judiado dela. Ver na mente as imagens dele fazendo coisas com a minha filha, confesso que não era algo agradável. Mas o tempo cura qualquer ferida. E eu tive que me acostumar com a ideia. Uma semana depois eu e ele tivemos um encontro, em meu carro, onde ele novamente acabou comigo, dessa vez, judiado principalmente da minha boca. E nós tivemos uma conversa, onde ele deixou claro que a minha filho havia deixado ele de quatro e que estava mesmo gostando dela. Ele tinha acabado de encher meu estômago de leite, literalmente tendo fudido a minha garganta. E eu achei que fosse brincadeira. Mas não. Ele estava falando sério. Eu não podia permitir aquilo. E foi quando eu decidi fazer algo totalmente impensável. Eu pedi pra ele sair do meu carro. Ele achou que era brincadeira. Mas eu gritei com ele, bem sério, já abrindo a porta. Ele não entendeu nada. Mas eu disse que ia resolver logo a porra toda. Fui pra casa transtornado já procurando a Camila. A Valéria estava assustada. Eu nunca tinha ficado daquele jeito. A Camila veio e eu disse pra ela que ela nunca mais voltaria a ver aquele cara. De repente, eu estava sentindo nojo dele, de mim e até da vida. Ela arregalou os olhos, com muito medo, perguntando o que era aquilo e o que eu poderia ter a ver com ele. Eu me calei por um tempo. Lutando contra min mesmo. Mas tomado por um impulso altamente destrutivo. Então eu disse bem alto, como que pra todo mundo ouvir e acabar de vez com toda a mentira que senhor tinha sido a minha vida. Eu disse: “Porquê ele está me comendo, Camila!”. Parecia que eu tinha tirado um universo de cima da cabeça. A Valéria e ela, me olhando com aquele cara, sem qualquer ação, me impulsionou a jogar logo toda a meta no ventilador. Então eu disse: “É isso mesmo, que vocês ouviram. Ele me come. Ouviram? Eu sou viado! Um filha da puta de um viado…. E chega disso!” Eu saí sem rumo. Dirigi sem rumo. Os dar cabo em minhas vida. Mas depois de algumas cervejas em um bar, mudei de ideia e decidi chutar o pau da barraca. E fiz questão de deixar transparecer minha homossexualidade. Até que um cara veio puxar assunto e eu não me contive. Me soltei. Olhei para a piroca dele sem disfarçar e em menos de uma hora eu estava novamente sendo fudido em meu carro. Foi a primeira de muitas vezes em que eu dei para dois homens diferentes no mesmo dia… Só voltei em casa para pegar minhas roupas e documentos. Fui desprezado por todos. E vim morar aqui em Minas. Comecei a fazer o procedimento de mudança de sexo com um famoso cirurgião. Durante o processo, que levou três anos para se concluir em cem por cento, quando foi feita a cirurgia, com um ano eu já estava irreconhecível. A verdade é que eu estava feliz. Não quis mais saber da minha antiga vida. A minha vagina ficou tão perfeita, que chegou a ser usada como referência no site. Hoje eu sou mulher, inclusive com todos os documentos e direitos de mulher. E com meus trinta e oito anos, espero ainda ter muito tempo pela frente para ser Muitoooooo feliz. Hoje eu sou viva.

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3 Comentários

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  • Responder Renata ID:2o4bq4q6i9

    Ali no carro, quando percebi que estaria dividindo o mesmo homem com a minha filha, eu me senti um lixo. Tomei muito ódio da situação. E como ele parecia estar querendo me humilhar, ficando com a minha filha, que parecia estar gostando dele, aquilo era até monstruoso. O meu ódio se voltou contra mim. A Camila ficou bem mau. Minha ex mulher, bem se fala. Foi um escândalo que ecoa até hoje. Mas não me arrependo. É como se ter sido homem um dia disse um pesadelo e eu acordei. E estou namorando sério um cara, cinco anos mais novo que me disse algo que mexeu muito comigo. Queria poder me engravidar. Isso seria bom. Iniciar uma nova família, dessa vez como mulher e mãe.

  • Responder Luiz ID:3v6otnnr6ic

    Parabens vc fez o que todo homem gay casado com mulher deveria fazer, vc foi corajosa dei valor, seja muito feliz

  • Responder Anônimo ID:5jy9yxevha1

    Bonito demais vc ter se assumido.queria ter sua coragem