Novos Anjos Parte 20

Aquele beijo me pegou de surpresa, significava que ele tava me perdoando? Ah, que droga, eu precisava mesmo fazer por merecer isso, eu ultimamente ando me comportando que nem um retardado, eu sempre fui impulsivo assim? Eu ainda estava um pouco tonto depois daquela pancada, infelizmente o beijo não durou muito, logo Arthur parou de me beijar e pegou mais um lenço para colocar no meu machucado.

Vai, segura com força esse lenço no machucado pra parar de sangrar, vou buscar um remédio e um curativo- falou.
Tá bom, é só o que me resta agora- respondi ainda choroso.
Você tá se comportando que nem um bobalhão, sabia? Arthur falou enquanto mexia numa gaveta do armário em busca de algum curativo- ah, tá aqui, achei.
Ah não, mertiolate não, vai arder muito- reclamei.
Deixa de ser frescurento Paulo, esse aqui não arde, vem cá, deixa eu ver como tá esse negócio. Ah, é um corte de nada, nem sei como saiu tanto sangue, agora já parou.
Obrigado, eu disse enquanto ele colocava um Bandeide na minha testa.
Bobão, ele disse e me deu outro beijo. Eu ainda tô muito bravo com você, sabia?
Então por que tá me beijando? Perguntei sorrindo.
Porque eu sou bobão também, um bobão muito apaixonado pr você, e tô com raiva por você ter duvidado disso.
Me perdoa, eu não queria… ele me interrompeu.
SSSHHHH. Não fala mais nada, fica quietinho- ele deitou sobre mim voltando a me beijar intensamente, logo ele tirou nossas blusas e puxou meu short com cueca e tudo me deixando totalmente nu, em seguida tirou o seu short e ficou só de cueca sobre mim.

Estavamos os dois deitados no chão de seu quarto, ele alternava beijos e chupadas no meu rosto e pescoço me deixando muito excitado, eu já não sentia mais dor nenhuma, apenas prazer. O Calor do seu corpo em contato com o meu me fazia sentir muito bem, era como se eu estivesse numa nuvem bem macia e quentinha que me fazia flutuar pelas refrescantes brisas de uma manhã de sol.

Logo ele desceu até meu pinto que já estava incrivelmente rígido como se estivesse esperando para ser totalmente coberto por sua boca quente e macia, a cada chupada e lambida eu sentia sua saliva na pele delicada de meu pênis, eu gemia baixinho. Em seguida ele levantou minhas pernas deixando meu cu exposto, senti sua língua encostando em minha entrada, ele começou a sugar meu cuzinho com muita delicadeza e suavidade. Eu gemia e gemia que nem um filhote de cachorrinho, logo ele se levantou bem rápido e voltando até o armário voltou com os dedos lambuzados de lubrificante, Meu Deus, onde esse menino arrumou isso? Eu pensei, mas agora não era o momento de perguntar, apenas deixei ele colocar seu dedo cheio daquele creme geladinho em meu cu, ele começou a fazer movimentos circulares que estavam me deixando quase em extase de tanto prazer, em poucos segundos ele substituiu o dedo pelo seu pinto.

Senti ele forçando a cabeça do pinto em minha pequena entrada, meu corpo parecia que ia pegar fogo, ele lentamente começou a empurrar me fazendo sentir cada centimetro dele me penetrando bem devagar, senti que tudo entrou com tremenda facilidade, logo suas bolinhas estavam tocando em minha bunda, lá estava ele me amando, totalmente dentro de mim.

Em seguida ele me ergueu e sem tirar seu pinto de dentro de mim me fez ficar sentado de frente para ele e começou a me beijar. A sensação de sentir seu pinto dentro de minha bunda e sua língua brincando em minha boca ao mesmo tempo era impressionante, logo entendi a nova posição e comecei a subir e descer lentamente em seu colo fazendo seu pinto deslizar dentro de mim, agora era ele que gemia abafado pelos nossos beijos.

Vai Anjinho, mais rápido, mais rápido, eu vou gozar- aaawwnnnn

Senti seu gozo invadindo minha bunda e quase imediatamente gozei também, foi a primeira vez que gozamos assim quase juntos.

Acho que precisamos de um banho agora não é bebê? Falei carinhosamente.
Sim, precisamos, vem comigo pro banheiro aqui no corredor.

O banheiro da casa do Arthur era bem simples e obviamente menor do que o meu, só agora que me dei conta que foi a primeira vez que eu realmente entrei em sua casa, e a primeira vez que transamos aqui também. Tomamos um banho bem rápido e nos vestimos em seu quarto. Deitamos juntos em sua cama abraçados numa vã tentativa de recuperar as energias, ficamos alguns segundos sem nada dizer até que quebrei o silêncio.

Arthur, me perdoa, eu prometo que vou sim tentar ser melhor- falei.
Já chega de pedir tantas desculpas, vamos deixar as coisas passarem, tudo bem? Eu também exagerei na minha reação.
Mas você estava certo, eu fui muito babaca por nada.
Mas se a gente não der um ponto final em algum momento vamos ficar discutindo eternamente.
É, você tem toda razão mas eu… eu sou um bobão mesmo, eu tenho tanto medo de te perder.
Para aqueles meninos de lá da sala? Que nada, eles são até legais, mas não fazem o meu tipo não viu? Ele fez graça.
Jura? Eu sorri de volta.
Claro que sim e não acabamos de fazer amor Anjinho?
Eu vou tentar ser mais sério daqui pra frente e menos mimado, eu realmente exploro demais o Luca as vezes, tenho que deixar ele ele viver a vida dele também.
Eu não devia ter jogado aquilo na sua cara- me perdoa.
Hahaha, você não disse pra gente parar de pedir desculpas? Mas tudo bem, você só falou a verdade, eu que tava cego e nunca percebi.
Mas vocês tem uma relação muito bonita, de irmãos, mesmo não sendo de sangue.
Nem sempre foi assim, sabe? Logo que eu fui morar na casa dos meus tios o Luca meio que me detestava, ele morria de ciúmes de mim.
Nossa, não consigo imaginar uma coisa dessas. Mas por que ele tinha tantos ciúmes de você?
Eu tinha acabado de perder minha mãe, eu já não tinha pai, não tinha casa, não tinha brinquedos, nada. A minha mãe e eu moravamos na rua sabe?
Sério?? Meu Deus Anjinho, eu não sabia disso.
Eu nunca conheci meu pai, ele morreu quando eu era bebezinho ainda, mas pelo pouco que eu sei o meu avô não gostava muito dele.
O seu pai era Europeu né? Você me disse uma vez.
Sim, ele era marinheiro, sabe como é né? Marinheiros tem uma garota em cada porto, minha mãe foi uma dessas, acho que por isso que o vovô tinha essa raiva, mas o meu pai largou tudo pra ficar com a minha mãe.
E você não lembra nadinha dele?
Nada de nada- respondi- eu sei como é o rosto dele por algumas fotos mas é só.
E ele tinha família na Europa?
Acho que sim, mas nunca recebemos nenhum contato, nem imagino como eles iriam saber da minha existência.
E a sua mãe? Como ela era?
Ah, dela eu lembro, ela era tão bonita, era branca que nem eu e tinha cabelos loiros, muita gente pensa que meus cabelos são loiros por causa do meu pai mas não, eram dela. Mas ela tinha o gênio muito forte, ela era filha do vovô com a primeira namorada dele.
Hã, quer dizer que a sua vó, quer dizer…a esposa do seu avô não é sua vó de verdade?
Não, ela se casou com o meu avô alguns anos depois e tiveram a Tia Julia. Mas ela sempre me tratou como neto.
Que legal isso, mas… tem uma coisa que eu não entendi. Por que vocês viveram na rua? O Seu avô não sabia?
Ih, é uma história longa essa, o vovô sofreu tanto com isso, mas só pra resumir ele e a minha mãe eram brigados.
Por causa da coisa toda do seu pai?
Sim, por isso e por um monte de outras coisas que eu nem sei direito, minha mãe era muito orgulhosa, ela não aceitava ter que viver nas regras do meu avô, hoje em dia ele é maravilhoso, mas antigamente ele era muito durão, muito rígido em tudo, ele praticamente disse que deserdou minha mãe.
Nossa, que complicado isso e ele soube da situação de vocês?
Soube depois, ele se arrependeu muito do que fez, ou melhor do que não fez, ele viveu muito tempo se sentindo culpado, talvez achando…achando que se ele tivesse ajudado minha mãe não teria morrido.
Você se lembra como foi?
Lembro- respondi com a voz embargada- lembro de cada segundo. As lágrimas começaram a rolar em meu rosto.
Anjinho, me perdoa, não é um assunto que eu devia ter perguntado, falou enxugando minhas lágrimas.
Tudo bem, tudo bem… eu acho que isso já foi superado… comecei a chorar mais ainda- Droga, não foi superado porra nenhuma, eu sinto tanto a falta dela Arthur, eu penso nela todos os dias, todos os minutos da minha vida.
Calma Anjinho, eu tô aqui com você agora- ele me abraçou me me deu um beijo no rosto, enquanto passava as mãos em meus cabelos na tentativa de me consolar.
Eu perdi a minha mãe Arthur, perdi meu pai, perdi tudo na minha vida, se não fosse os meus tios eu ia estar na rua até hoje, ou em um orfanato, o que seria de mim hoje?
Mas isso não aconteceu, eles apareceram na sua vida, te acolheram e te amam, e agora tem eu que te ama também.
Eu tenho medo, tenho muito medo…
Medo de quê?
De perder tudo isso, de perder as pessoas que eu amo, de perder você. Me afundei em seu peito em lágrimas.

Permanecemos abraçados por vários minutos em silêncio, chorei muito em seu colo enquanto ele me acalentava passando a mão em minha cabeça num cafuné muito gostoso e carinhoso.

Agora eu entendo o motivo de você ter ficado com tanto ciúme por tão pouca coisa, mas olha Paulo- ele me puxou pra sua frente olhando em meus olhos. Eu quero estar sempre com você, eu sei que vão ter vezes que não poderemos estar juntos, eu sei que um dia vai acontecer de cada um de nós ir embora desse mundo, mas assim é a vida, é algo mais e mais forte do que nós, mas a gente aprende a viver com isso, com a nossa finitude, e viver nossa vida intensamente.
Obrigado por estar sempre comigo, eu te amo.
Eu também te amo muito, bobo.
Você tirou esse discurso todo de um livro de autoajuda? Perguntei agora rindo.
Sei lá, talvez- ele me deu um selinho- e você já notou que todos os nossos momentos intensos terminam assim? Com uma piada idiota.
A gente é muito nerd né? Brinquei.
É ,meu nerdzinho fofo. Me deu mais um beijo e voltamos a ficar abraçados em silêncio.

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