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Até hoje sinto saudades de Mirtes

1408 palavras | 8 |4.25
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Um conto verídico sobre uma transa aleatória que virou um romance

Isso ocorreu há uns vinte anos e até hoje ainda fico de pau duro e coração mole me lembrando.

Eu fui resolver um problema em Petrolina, a 800km de Recife, e, após uns dias por lá, peguei o ônibus de volta. Saía por volta das 19:30h e chegava em Recife depois das sete da manhã. Na época, tinha muito assalto nas estradas e os ônibus se reuniam em uma cidade (Salgueiro?) e vinham em comboio escoltados pela Polícia Militar – além das paradas previstas que fazia.

Eu sempre dormia logo e normalmente só acordava numa parada de madrugada, para tomar um café e voltar a dormir, mas desta vez demorei a dormir e terminou surgindo uma conversa com a passageira do lado, MIRTES. Eu tinha uns vinte e poucos anos e ela já era quarentona. Corpo esbelto, óculos, um rosto simpático, cabelos médios e bonitos, nada demais, uma mulher sem chamativos diferenciados. Estava de vestido e com um casaco por cima (à noite esfria mesmo, pelo menos para a temperatura a que estamos acostumados por aqui).

Nessa conversa descobri que ela era casada, tinha um filho e seu pai era um comerciante bem conhecido em Recife. Conversas triviais, sobre a violência, os motivos das nossas viagens e pronto. Só que o papo não se encerrava, sempre tinha assunto e daí para entrar em assuntos “mais íntimos” como paixões e desilusões não demorou. Ativei na hora o meu radar porque já estava ficando com tesão nela e, não nego, vi reciprocidade nas atitudes e olhares dela. Aos poucos, se eu contasse uma desilusão, ela me acalentava; se fosse ela relatando os desencontros com o marido, eu colocava a cabeça dela no meu ombro e dizia que ela não chorasse. Tudo na “brincadeira”.

Brincando assim, trocamos um olhar sério e começamos a nos beijar. Eu e ela, cada um sem o outro saber, já tínhamos visto que o ônibus não estava lotado e que éramos os últimos passageiros lá trás do ônibus (era a penúltima fileira, mas ninguém atrás nem no lado). Tinha um passageiro na fila da frente, mas no outro lado do corredor e sentado na janela, ou seja, não via a gente. A gente ouvia duas pessoas conversando baixo lá na frente, de resto todos calados ou dormindo.

Eu nem demorei e meti as mãos nos seios de MIRTES, ela pegou no meu pau por cima da calça, com muito esforço afastei o vestido dela e chupei os seios dela, quis botar meu pau para fora mas ela não deixou. Me virei para o lado da janela, eu estava na cadeira do corredor, abri as calças e meu pau pulou. MIRTES apavorada, jogou o casaco dela por cima de mim e ficou olhando para a frente enquanto pegava no meu pau. Numa rapidez incrível, ela se abaixou e deu umas chupadas, para logo voltar e se encostar.

– MIRTES, eu quero transar com você aqui, eu disse
– Não vai dar
– Vai

Enfim, o máximo que consegui no ônibus foi tocar na xoxota dela (ela não me deixou dar umas lambidas lá). Passei os dedos e os chupei. Só isso. Voltamos nos beijinhos e abraços eventuais e nos cochilos.

Chegamos na rodoviária, pegamos o metrô e descemos numa estação próxima de vários motéis (a rodoviária fica distante e o trânsito é uma loucura. O mais rápido foi enfrentar um metrô cheio e chegar mais rápido). Essa estação destino era mais ou menos entre a casa dela e a minha. Via de regra, eu fazia isso mesmo: pegava metrô, descia na estação próxima de casa e ia de táxi para a casa. Dessa vez, fomos para um motel.

Ela ligou para o marido, que já estava no trabalho, disse que ia aproveitar para ver algo antes de ir para a casa e pronto. Entramos de táxi e malas (cada um com uma apenas) no motel!

Parecíamos dois noivos em lua de mel. Mal fechamos a porta, jogamos as malas no chão e fomos nos abraçando, beijando e tirando as roupas. Meus ovos estavam doendo de tanto sarro durante a viagem; MIRTES novamente nem quis saber de chupação:

– RAMON, vamos trepar e depois a gente começa com calma! Eu estou com a calcinha molhada já, disse ela.

E aí vi que MIRTES era o que eu imaginava ser; até mais bonita, pois sem óculos e nua vi que seu rosto era realmente bonita, os peitos médios deliciosos e as pernas até musculosas (fruto de esportes que praticou desde a infância até a faculdade). Não deu cinco minutos da nossa chegada e a gente já estava no papai-e-mamãe trepando. Lembro demais quando a cabecinha do meu pau entrou naquela xoxota com pentelhos curtos: quente e molhada. Senti meu pau penetrar no canal que havia um tempo que não recebia rola. MIRTES virando os olhos, fazendo barulho na boca de tesão (shhhiiiiii) e eu começando o vai-e-vem. Nunca vou esquecer o perfume dela na nuca e o cheiro de mulher dela.

Ela gozou logo e eu não demorei também. Senti “mijar litros de porra” nela. MIRTES rindo, dizendo “que delícia, que gozada, meu amor”. Ficamos por ali, nos carinhos pós-coito, tomamos banho, rimos muito, tomamos café no motel, e partimos para o segundo round, quando pude chupá-la (não nego que senti o cheio da minha porra ah ah ah), inclusive o cu (ela não fazia sexo anal), levei um boquete magistral e demos mais uma trepada deliciosa, relaxante e cheia de amor.

Não esqueço que eu não queria ir embora. Estar com MIRTES ali estava sensacional. Mas tivemos de ir embora. Pegamos um táxi, deixei-a na esquina de casa (ela disse em casa depois que veio de carona com uma amiga) e fui para casa.

Ela não me deu o número do celular, disse que morria de medo de eu ligar e anotou o meu número, dizendo que ia me ligar. Tive a certeza de que ela não ligaria mais. No outro dia, entretanto, ela me ligou do trabalho dela e conversamos um monte. Essa conversa virou quase uma rotina, normalmente na hora do almoço. Começamos a sair uma vez por semana. Eu fiquei apaixonado, tinha até ciúmes dela com o corno!

Nosso relacionamento não demorou muito. Algumas saídas depois, na verdade, na última vez em que fomos para o motel – e ela me disse que seria especial e foi uma jornada de amor e sexo diferenciada – MIRTES me disse que não poderia continuar. Meu mundo caiu, como se diz.

Ela me disse que estava apaixonada por mim, que não tinha coragem de deixar o marido (que conheceu desde a adolescência), de o filho descobrir nosso caso (as pessoas na família já notavam MIRTES diferente, mais animada na vida e reclamando mais das rotinas de casa), que sofria demais com a consciência dela (achava que estava fazendo uma imoralidade) e mesmo porque não tinha força para aguentar o falatório que viria por conta da nossa diferença de idades, quase vinte anos. Eu ouvi aquilo como se um terremoto tivesse destruído tudo na minha vida, fiquei em choque. Passamos acho que mais de uma hora nessa conversa e não teve jeito. Deixamos o motel chorando muito. MIRTES estava irredutível.

Sofri demais por uns meses, passava várias vezes na frente da casa dela e de onde ela trabalhava. Cheguei a ir no restaurante em que ela almoçava no trabalho. Nada adiantou. Nunca mais a vi, senão muito tempo depois, quando eu já estava “curado” e de amor novo, o que não deixou de dar uma pontada no meu coração. Ela não me viu; eu a vi com o filho e a namorada. Sim, a idade tinha atuado, mas ela ainda era uma mulher bonita.

E acreditem se quiser: eu jamais soube o número do celular dela, pois ela sempre me ligava. Sabia o telefone do trabalho dela, não o celular. Incrível!

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8 Comentários

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  • Responder Libras ID:w71hla8m

    Por favor conta mais, tenho certeza que vocês se encontraram depois

  • Responder Fernando_mellor ID:1ehxqxy9oq12

    Oi, 👄
    Não consigo mais acessar a minha antiga conta.
    Me manda mensagem
    [email protected]
    Sem o G é só mail

  • Responder Casal cambirela no d4swin ID:bf9dsxuk0k

    Amante de mulher casada é igaul a absorvente intimo, elas passam na ppk usam e jogam fora. Se der por feliz de ter sido útil na vida dela. Amadureça

  • Responder FrankCelia ID:bt1he20b

    Eu e o meu marido temos 17 anos de diferença de idades, sendo eu a mais velha… também passei pelo mesmo que a Mirtes só que o meu Frank não me deixou hipótese… insistiu e voltou a insistir e hoje sou a edpisa dele, a mulher mais feliz e apaixonada do mundo, quase 20 anos depois. O amor não tem idades…apenas.. amor. Vai ser feliz…💋❤️

    • Annm ID:gyxsh1mxp72

      Delícia

    • Eu bom dia! ID:961nowrekps

      Oi bom dia pra vcs! Gostaria de conversar com vocês! Podemos? Deixa seu contato aqui. Sou binho!Obrigado!

  • Responder Lex75 ID:bt1he20b

    Linda história de amor. Mas olha, ainda a amas, desculpa mas tuas palavras e a maneira como a descreves só alguém apaixonado o faria. Não tenhas medo de poder ser feliz… Vai ter com ela, acredito que ainda podes ser feliz com ela. Não tenhas medo de arriscar… Senão podes arrepender para o resto da tua vida. Se ela não aceitar… Segue a tua vida, outra mulher vai fazer-te feliz.

  • Responder Leitor satisfeito ID:8kqvj3g8rb

    Parabéns, um raro prazer ler algo aqui bem escrito, sem erros com um enredo sensual que, se não for, passa por verídica.