Transtorno Héteros Convictos Em Putinhas Levadas

Acho que conheço o jovem do conto Sob O Domínio Do Mar. Mar é como alguns me chamam. E eu sou o último cara que um Hétero deveria conhecer.

Prazer!
Me chamo Marcelo e tenho 51 anos. Sou do Recreio dos Bandeirantes e vivo uma vida bem tranquila como investidor no mercado de ações. Não sou muito de vida social. E não tenho filhos nem nunca tive um relacionamento sério. Pois sempre tive uma compulsão quase psicótica nada convencional. Eu gosto de transformar homens machos, sem inclinações homoafetivas, em homossexuais assumidos. E ainda não me frustrei em nenhuma das minhas investidas. O rapaz do tal conto, descreveu exatamente o que fiz com um jovem na Praia Da Barra. E ele virou uma menina de verdade. Acredite!
Quando eu escolho um alvo, eu me certifico de que é realmente hétero convicto. Caso contrário pulo para outro. Faço isso desde meus vinte e cinco anos, quando transformei o dono do meu apartamento, quando estávamos negociando a compra. Inclusive moro até hoje no mesmo apartamento. Homem casado e bem sucedido na vida. Eu já sentia esse desejo insano. Porque foi o que um cara havia feito comigo quando eu tinha 19 anos, na saída de um show no Canecão. Eu era hétero sem jamais passar pela minha cabeça qualquer coisa diferente disso. E sempre fui de pegar muitas garotas. Mas nunca levava nenhuma a sério. Mal sabia o nome da maioria. Apenas comia e não queria mais. A não ser que fosse alguém que merecesse um pouco mais da minha atenção. O que era raro. Então o novo motorista do meu pai foi me buscar. Me lembro como se tivesse acontecendo agora. Todo o processo. Ele sabia o que estava fazendo com a minha mente desde o primeiro contato. E em duas semanas eu estava me sentindo uma menina tomada de fogo, sendo totalmente possuída por ele em seu humilde apartamento em Madureira. As coisas que ele me fez sentir e toda aquela transformação me levaram a ser o que passei a ser. Mas, diferente dele, eu não me conformo apenas em tornar os caras em uma cópia de mim. Pois eu me tornei bissexual. E do tipo bem discreto. Eu queria mais. Eu queria ser um upgrade dele. Queria que os machos se tornassem fêmeas. E inclusive, houve um caso em que o cara fez a tal mudança de sexo e se tornou a moça. Passei por ela uns anos atrás no Barrashopping. Ela me reconheceu, muito sem graça. Mas eu demorei pra reconhecer. Ficou uma garota linda. Quase sem qualquer traço de sua masculinidade extinta. E isso me causou um estado de êxtase que nenhuma droga é capaz de proporcionar. Ela até deu uma jogadinha pra cima de mim. Mas fui cordial como se deve ser com uma dama.
Faz tempo que eu não encontro um alvo perfeito. Também não tenho saído muito. Mas deixe eu dizer o que aprendi ao longo desse meio século de vida. Não existe homem e não existe mulher. Só existe desejo. É o desejo que determina a direção. A sociedade inventou essa distinção, modelando a nossa mente desde a infância. E isso vem desde os primórdios. O homem caça e protege e a mulher é caçada e protegida. O homem cuida de construir a casa e garantir o alimento, além de depositar a sua semente na mulher, enquanto a mulher cuida da casa, do alimento e da prole. De certa forma é assim com a natureza. Mas sempre existiram indivíduos que fugiam à regra geral. Mulheres que não queriam ser dominadas, mas dominar e homens que não queriam dominar, mas serem dominados. E isso não era considerado nada demais. Até a sociedade decidir intervir e ditar suas regras. Mas deixe eu ser mais prático. O que é homem e o que é mulher, senão uma construção? Meninos: carrinhos, bola, quebra-cabeça. Meninas: bonecas, panelinhas, casinha. Sem me aprofundar muito, basicamente uma contrução. Mas vamos lá! O que é homem e o que é mulher? Por definição, ser humano. Sendo que um possui a semente que precisa ser plantada no outro, para continuidade da espécie.
Existe gênero, existe sexo e existe acasalamento. E infelizmente o mundo misturou as bolas de tudo. O gênero é uma construção social. O sexo é a fisiologia natural que possibilita a prática, compartilhada ou não, de se extrair prazer do corpo. Quanto ao acasalamento, isso é a prática entre dois indivíduos com o propósito de procriação. E não importa o sexo. Uma lésbica e um homossexual poderiam muito bem sentir o desejo de “acasalar”. Poderíamos considerar esse casal heterossexual? Sim! É um macho e uma fêmea acasalando. O gênero nada mais é do que uma fantasia. A realidade é o macho possui seu pênis e a fêmea possui sua vagina. Apenas isso resume toda a discussão. Pênis e vagina. Ambos com o propósito fisiológico de procriação. Mas como instrumentos de prazer, podem e devem ser usados de acordo com o desejo de cada um. E o desejo é psicológico. Tanto que eu, entrando sutilmente na mente de um hétero, consigo promover uma reviravolta lá dentro, que promove em seu corpo a produção e libertação de químicas específicas que reagem aos “gatilhos” que eu instalo em seu psicológico. E, de repente, a visão repulsiva de um pênis de outro homem, se transforma, aos poucos, em algo existe e então… o desejo desperta. O desejo possui polaridades que podem ser invertidas. Então você não é homem. Você está homem. Você não é mulher. Você está mulher. Homem tem pênis, mulher tem vagina. E quanto a boca, o ânus, os peitos, as mãos, os ouvidos, o pescoço, a sola e os dedinhos dos pés, o ventre, a cintura… Essas coisas, tanto o homem quanto a mulher possui. E se for pra extrair prazer do corpo, que diferença faz de você está sozinho brincando consigo mesmo ou de está com alguém, compartilhando prazer? E que diferença faz de esse alguém usa ou não alguma fantasia de homem ou de mulher. Sim! Porque no final das contas, não passa de fantasia. E existem todos os tipos de fantasias. Eu, por exemplo, tenho compulsão por testemunhar a transformação de um “homem” em uma “mulher”. Ou seja, despir o sujeito de uma fantasia e o vestir com outra. É isso que me faz chegar àquele orgasmo supremo. Quando eu já estou consumindo o homem interior de um cara, com ele totalmente dominado por mim, como se dependesse de ser possuído até a alma para continuar respirando. Ouvir os gemidos contidos de um macho, ficando cada vez mais afeminado, e remover dele todo o pudor e amor próprio, a ponto de ser capaz de fazer com ele o que eu bem entender, como por exemplo, pisar na no rosto, enquanto estou com meu pênis explicando para cada célula, da extensão que vai do seu ânus até seu intestino, que agora elas não tem mais vontade própria. Que precisam dele para continuarem existindo. Eu considero missão cumprida, quando percebo as mudanças no comportamento. Leva algo em torno de três ou cinco meses. Mas, no momento que já começa a desmunhecar e falar com trejeitos de homossexual, então eu não pego mais e descarto. Mas sempre de uma forma amigável e respeitosa. Então, se você chegou até aqui e ainda acha que é homem ou mulher, comece a rever seus conceitos. Pois existem outros como eu por aí. E algumas mulheres que seriam capazes de destruir qualquer casamento, roubando a mulher do homem.
Isso é tudo!

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