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Pedro e Locas 2

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O inicio de um namoro para a vida toda.

Continuação do conto iniciado no dia anterior.

PEDRO:

Fiquei feito parvo a olhar para ela, quando me beijou na cara. Senti-me o mais feliz dos homens…homem… homem de 11 anos.
O que eu não queria, o maior pesadelo, finalmente chegou… o último dia de aulas. A menina Luísa iria passar 3 longos meses fora da aldeia…e eu ia no mês seguinte para Évora, morar com o irmão dela, e estudar…mas o que em assustava mesmo era ir morar para longe dos meus pais.
Na noite antes de acabar as aulas, levei a noite inteira a escrever uma carta á menina Luísa… uma carta onde eu me declarava a ela.
Sei que a Luísa ainda a guarda, e que já a mostrou á nossa filha, Luísa, e á nossa netinha Joana. Mas essa carta…
Eu escrevi a carta e guardei ela no meu livro de Leitura, pensando numa maneira de a carta chegar á menina Luísa, mas sem ela saber que tinha sido eu a escrever ela. Coisas de um rapaz parvo, que querem, a burrice não deu para mais.
Mas na escola, eu não encontrei maneira de a fazer chegar a ela, e acabei por esquecer ela no livro. Os livros na nossa aldeia, ficavam guardados num armário nas salas de aulas, para serem usados pelos alunos do ano seguinte que frequentassem a 4ª classe.
Eu acabei não por me esquecer, mas por não ter a oportunidade de tirar a carta do livro, e a menina Luísa recolheu os livros, e eu sabia que ela depois daria uma vista de olhos para ver se precisava de substituir algum, por estar demasiado estragado.
Quando volto para ir tirar a carta do livro, já depois das aulas terem acabado nesse último dia, espreito para dentro da sala para ver se estava vazia, vejo a menina Luísa sentada na secretária dela, a ler a bendita carta.
Começaram a correr suores frios pela minha espinha…e lembrei-me doutra coisa…ela facilmente saberia quem escreveu pela letra.
Eu queria correr dali para fora, mas ao mesmo tempo estava curioso em saber a reação dela a carta… e quando ela acabou de a ler, ela sorriu…deu-lhe um beijo e guardou ela por dentro do vestido, entre o regaço das mamas. Fiquei de pau teso. Ela sorria… o sorriso dela iluminava-me mais do que a luz do sol…ela retira outra vez a carta das mamas, e volta a ler ela, e volta a guardar ela entre as mamas dela.
Ela no dia seguinte foi-se embora, e eu no fim do mês fui para Évora.
Uma cidade para um rapaz de aldeia… é sempre um mundo novo. Estamos em 1961, e pela primeira vez na minha vida fui a um cinema, li um jornal, estive alguns 3 dias sem dormir, pois ficava pela janela do meu quarto a ver as ruas, sempre com gente.
E também porque da minha janela vi a senhora Célia, a mudar de roupa…e por vezes via ela toda nua, e por vezes via ela a foder com o marido, o sr Joaquim, ou com a amante dela, a senhora Costa. Nem sabem como fiquei, quando vi duas mulheres nuas aos beijos na boca, a mamarem nas mamas grandes uma da outra, a lamberem as conas, a esfregarem-se uma na outra…e quando estiveram ambas grávidas, ver elas com aqueles barrigões, roçando a cona uma na outra, bebendo o leite das mamas… só vos digo uma coisa… era muito melhor que qualquer site da internet, LOL. Era ao vivo e a cores.
Mas eu todos os dias só pensava numa pessoa…Luísa.
Gostei logo do irmão dela e da esposa dele. Ele chama- se Joaquim, mas toda a gente o trata por Quinito, e a esposa dele Maria.
Uma coisa que me agradou muito foi ter-me posto a trabalhar no duro, eu gosto disso, sempre gostei. Sentia o meu corpo a ser levado ao limite, e quando as aulas começaram, apliquei-me ao máximo na escola.
Estive a morar 5 anos com eles, saí da casa deles aos 17 anos. Naquela altura eras já um homem feito, não havia essas mariquices de seres jovem aos 30 anos. Eu aos 17 tinha o ofício de ferrador bem aprendido, e estava apto a dar aulas nas escolas, e já ganhava o meu ordenado.
O meu cunhado, anos mais tarde, passou a ser meu cunhado o Quinito, trabalhou a vida inteira como ferrador, e com o passar dos anos tornou-se escultor, faz estátuas em ferro. Tem uma no jardim de sua casa, feita com pedaços de ferro incluídas nela, que fizeram parte das Torres Gémeas, que em 2001, foram destruídas pelo ataque com aviões em Nova Iorque. Um homem que eu respeito, posso dizer que foi meu segundo pai. Quem nunca lá apareceu enquanto eu morei, foi a Luísa. Naqueles 5 anos só a vi, 3 vezes… uma a correr pela estrada depois de eu sair todo nu de um banho refrescante no rio, outra num Natal, na festa da aldeia, e outra… na casa da Ti Amélia, quando eu lhe fiz um ferro de passar roupa, e para o decorar pus um coração, com o nome dela.
Aos 19 anos, tornei-me professor, numa aldeia perto da minha, a Luísa havia 6 anos que ela tinha ido embora, ao que apurei na altura estava em Beja, mas antes andou pelo país, um pouco por todo o lado.
Eu o maior vadio da minha aldeia, o terror dos meus colegas, agora era professor, e logo de uma turma de meninas da 1ª classe.
Sabem, graças a elas, ganhei em definitivo o prazer de ensinar…de ver elas a evoluírem. Eu ao contrário de os meus colegas naquela aldeia, saia com elas para o campo, ensinava-as vendo as coisas, mexendo, sentindo… sabem nunca gostei muito de ficar dentro de 4 paredes a ensinar. sim é necessário e importante claro, mas… chato.
Eu ia e voltava da escola para a casa dos meus pais, numa mula que comprei. A Preciosa. Tenho tantas saudades dela… teimosa, quando não queria andar… só havia uma maneira de eu a convencer…tinha de lhe dar um torrão de açúcar, e um copo de vinho, e eu cantar…acho que o animal tinha horror ás minhas canções.
Um dia, estava eu a chegar a casa dos meus pais, quando vejo alguém parado na beira da estrada, ao longe não sabia quem era, mas a medida que me aproximava, eu só repetia:

– Não pode ser… é mentira… estou a sonhar…

Luísa. Ali estava ela a beira da estrada, sentada numa rocha, com um vestido azul, um casaco preto, pois era de Inverno. Paro a Preciosa a uns metros da Luísa, que está com um sorriso na cara lindo, e digo:

– Menina Luísa…que faz por aqui???
– Vim passear um pouco…soube que a Ti Amélia já está muito doentinha… vim ver ela, e aproveitei para vir falar contigo, Pedro.
– Que grande honra.
– Sim, e dar os parabéns a ti…agora és meu colega.
– Se não fosse a menina Luísa…
– Luísa… trata-me apenas por Luísa. Pedro.
– Luísa…vou tentar, mas é estranho.
– Não é nada estranho… “ Estranho é eu amar-te tanto, sendo tu uma mulher e eu um simples rapaz de aldeia, mas não consigo viver sem esse amor. tenho medo e vergonha de te dizer, cara a cara, tu assustas-me… tu mudas-te a minha vida… o Pedro que se portava mal morreu…e nasceu um novo Pedro graças ao teu sorriso, aos teus olhos…´´.
Alguém escreveu isto numa carta para mim a 8 anos atrás… e eu nunca mais consegui deixar de pensar no rapaz…que agora é homem, que me escreveu essa carta. Li-a todos os dias desde que a recebi…desejando que esse rapaz fosses tu.
– Nem ele deixou de pensar em ti…mas como andas-te 8 anos a evitar-me pensei que…
– Que eu não gostava de ti???
– Sim.
– Enganas-te…gosto de ti…apaixonei-me por ti. Mas tenho medo deste amor… a diferença de idades…

Eu então cheguei-me perto dela de frente, eu sou muito mais alto que ela, e eu disse:

– A diferença de altura…incomoda-te?
– Não.
– Eu visto-me com calças e tu com vestidos…isso incomoda-te?
– Não.
– Pois ainda bem… pois se para ficar contigo eu precisa-se de ser serrado para ficar da tua altura, e tivesse que começar a usar vestidos… eu diria para me serrarem já, e despia o teu vestido para eu o usar… a idade para mim é um número. Amo-te, Luísa.
– És um tonto… um tonto que eu amo.

E pela primeira vez eu a segurei pela cintura, encostei os meus lábios aos dela, e pude provar o gosto da boca dela… e depois voltei a provar…e depois outra vez.

LOCAS:

Depois de o ver nu, eu quase que saio do meu esconderijo e me mostro a ele…mas fugi. Eu andava a evitar ver ele. Eu desejava-o…como uma mulher quer um homem… aos 23 anos eu queria foder com um rapaz de 13 anos… queria o caralho grande e grosso dele dentro de mim. Os meus desejos de mulher… de femea… nunca os tinha sentido por nenhum homem… a minha cona húmida só queria aquele membro dentro dela…e isso meus amigos, naqueles anos… uma mulher mais velha 10 anos querer foder com um rapaz… impensável… mas… eu só pensava nisso, masturbava-me ás noites…naquele dia em que o vi nu, nem dormi…eu masturbava-me gritando pelo nome dele, a noite toda…encharquei a cama com suor e os meus fluídos vaginais.
Equanto ele estava a morar com o meu irmão e a minha cunhada, nem os ia visitar enquanto ele lá estava…e quando ela lá não estava pedia a eles para não lhes contar que eu lá tinha estado. A eles eu contei do meu tesão pelo Pedro, pois eu e ele sempre tivemos uma relação especial de muita confiança. O meu irmão dizia-me para eu tentar esquecer o Pedro mas cada vez isso era mais impossível.
Eu quando ia a Évora, e ia ao quarto do Pedro…cheirava a cama dele… cheirava as suas roupas…e ficava logo toda molhada na cona… cheguei a masturbar-me várias vezes no quarto dele, toda nua. Numa das visitas, os meus pais também lá estavam na casa do Quinito, e tive de dormir no quarto onde o Pedro dormia… na cama dele…dormi toda nua, esfreguei a minha cona húmida pelos lençóis… queria que quando ele voltasse a dormir lá sentisse o meu cheiro da minha cona molhada por culpa dele. Sim eu sou uma tarada sexual. E nesses anos se descobrissem, internavam-me num hospital. acreditam???
Eu recebia cartas todos os meses do meu irmão, e lá ele dizia como o Pedro ia evoluindo, e o Quinito revelava o enorme orgulho que tinha no Pedro. Trabalhador, honesto, e estudioso.
numa das cartas ele escreveu, já o Pedro tinha saído da casa dele a uns meses. e tinha na altura 18 anos que compreendia porque eu estava tão apaixonada, e se estive se mesmo…que parasse de lutar contra essa paixão. Que a vive-se.
Estive uns meses a pensar nisso…queria mas… tinha medo.
Quando por acaso soube que a Ti Amélia estava muito doente, decidi ir a aldeia do Pedro. eu sabia que ele se tinha tornado professor numa aldeia vizinha, e depois de ir visitar a Ti Amélia, ela contou-me que o Pedro, continuava a cuidar dela, e depois disse:

– Sabe Luísa, ele não é mais o rapaz de 11 anos…é um homem. Bonito, trabalhador…e que gosta muito de si. Ele ama-a. E a Luísa ama-o, eu sei.
– Ti Amélia…a senhora está a delirar…
– Não filha…estou é velha… mas tu pensas que eu não reparava nos olhares que o Pedrocas te dá, e nos olhares que tu lanças a ele???

Eu abaixei a cabeça, e fiquei envergonhada por tentar enganar a Ti Amélia.

– Luísa… nãi fiques envergonhada… não é vergonha nenhuma apaixonarmo-nos.
– Mas Ti Amélia… sou 10 anos mais velha que ele.
– E depois??? Eu era 7 anos mais velha que o meu falecido marido.
– Ti Amélia… ele se calhar quer uma mulher da idade dele.
– Ele quer-te a ti, aliás desde que te conheceu que ele te quer, eu conheço o Pedrocas desde que a mãe dele o pariu para as minhas mãos. E eu sei que ele te ama, assim como tu, o amas.
-A Ti Amélia acha isso mesmo??
– Tenho a certeza…e podes ter outra certeza… se eu não soubesse que tu o amas, nunca, mas nunca, te diria o que acabei de te dizer. O Pedrocas para mim, é o filho que eu nunca pari. Se não te acha-se digna do amor dele, jamais te falaria. Agora sai daqui, o Pedrocas deve estar a caminho de casa dele, pois ele daqui a mais ou menos 1 h vem cá tratar desta velha tonta. Quando ele entrar por aquela porta, quero ver ele a sorrir, de mão dada contigo. Quero ver uma coisa ainda antes de ir ter com o meu marido.
-O quê Ti Amélia?
– Estes aneis…um no teu dedo e outro no dele.

E ela mostrou-me o anel de casamento dela e do marido.

– Agora vai, sua parva, vai atrás da tua felicidade.

Dei-lhe um grande beijo na testa, e fui a correr para a estrada que ia dar a casa dos pais do Pedro.
Pensei que ele já tivesse passado, então esperaria que ele fosse ter a casa da Ti Amélia, mas de repente ouço alguém cantando, e depois vejo-o a ele, montado na mula dele, e quando ele me vê, para a mula e olha e volta a olhar.
Para o animal perto de mim, e diz:

– Menina Luísa…que faz por aqui???

Eu respondi que vim ver a Ti Amélia…e a ele, e depois declamei um pedaço da carta que ele me escreveu, anos atrás no último dia de aulas. E disse-lhe que nunca o havia esquecido, e ele pergunta-me porque nunca o procurei, e eu disse que estava apaixonada por ele, mas a diferença de idade era muita. então ele, olhando-me nos olhos deu um ou dois passos em frente…o meu coração começou a bater tão forte que ele deveria estar a ouvir ele… as minhas pernas tremiam-me… e só do cheiro dele eu estava a ficar molhada na cona, e ele disse-me estas palavras:

– A diferença de altura…incomoda-te?

Ele é enorme, eu tenho uma altura normal, mas ele é um gigante.

– Não, respondi eu.
– Eu visto-me com calças e tu com vestidos…isso incomoda-te?
– Não.
– Pois ainda bem… pois se para ficar contigo eu precisa-se de ser serrado para ficar da tua altura, e tivesse que começar a usar vestidos… eu diria para me serrarem já, e despia o teu vestido para eu o usar… a idade para mim é um número. Amo-te, Luísa.
– És um tonto… um tonto que eu amo.

Ele e eu beijámo-nos… e quando senti o toque dos lábios dele, fiquei com os bicos das mamas tesos, e a cona molhada, a escorrer pelas pernas. Senti o caralho dele teso a roçar na minha barriga, se ele tentasse me foder ali mesmo, eu teria deixado, eu estava mesmo excitada…ainda hoje em dia fico assim perto dele, tantos anos depois. Mas naquele dia… o dia mais importante na minha vida até então, eu estava por tudo…aguardei aquele beijo 8 anos.
depois ele disse:

– Queres namorar comigo?
– Sim quero.
– Acompanhas-me até a aldeia??? Tenho de ir ver a Ti Amélia.
– Eu sei…ela espera-te. Espera-nos.
– Desculpa???Espera-nos???
– Depois eu explico-te.

E pela primeira vez demos as mãos, e ele deu uma palmada no dorso da mula, e disse:

– Vai para casa, Preciosa. Eu já lá vou ter.

E a mula foi andando, devagar para casa dele, e eu e ele fomos de mão dada para a casa da Ti Amélia. A velhota, quando nos viu entrar, de mão dada, sorriu e disse:

– Não preciso de palavras…os vossos sorrisos falam tudo, meus filhos.

Continua

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1 comentário

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  • Responder Nando ID:gns4r6zri

    Boa narracao