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A Carta do Humberto

2412 palavras | 2 |5.00
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Publico aqui a carta que o Berto me escreveu a 5 anos atrás. Espero que gostem.

Aqui publico a carta do Humberto.

Minha Branca de Neve, meu AMOR,

Escrever-te uma carta curiosamente para mim, é bastante complicado. Conheces-me, sou um homem que gosta mais de falar do que escrever, gosto mais de agir do que escrever. Mas por ti, tentarei.
Quando te vi pela primeira vez, estavas tu mais a minha mãe a costurar. Quem me haveria de dizer a mim, que naquele dia, ao chegar a casa iria encontrar as duas mulheres mais importantes da minha vida??? Uma que me deu a vida, a minha minha mãe, a outra, com quem eu partilho a minha vida, tu, Branca de Neve.
Quando te vi, pareceu-me ver um anjo, sinceramente, foi assim que eu te vi. Tu tens uma luz á tua volta, que te ilumina, e ilumina a alma de quem te rodeia. Expressa-se pelo teu sorriso…pelo brilho dos teus olhos, pela tua boca, pelo teu toque…pelo teu amor.
Quando os nossos olhares se cruzaram, e eu vi essa luz, soube que acabaria por ser teu companheiro nesta viajem que iniciamos juntos, que é viver a vida a amar.
Acompanhar-te a tua casa…sabes porque eu raramente abria a boca??? Simplesmente, para ouvir a tua voz, para admirar teu corpo, para ver teu sorriso. E quando na segunda vez que te acompanhei, me deste aquele pequeno beijo nos lábios, eu não acreditei… fiquei estupefato… com a minha sorte, a rapariga que me aparecia nos meus sonhos, beijou-me…
A minha sorte foi tu, ires a correr depois para a casa dos teus pais, porque se visses os pulos de alegria que dei, a correria para minha casa, sabes, quando lá cheguei, agarrei na minha pobre mãe, e pus-me a dançar com ela, e ela coitada, a dizer que eu estava maluco…e tinha razão, e aminha loucura tem um nome… tu Xica.
Sabes eu procurei um espelho, para ver os meus lábios… passei ao de leve a língua por eles, para sentir o teu sabor… e hoje em dia os teus beijos na minha boca sabem ao mesmo…sabem a ti.
Quando te escrevi aquele bilhete, que eu sei que tu guardas, não sei onde nem quero que me digas, mas conheço-te, Xica e sei que o tens algures guardado nalgum lugar, eu já tremia que nem varas verdes. Quando entrei na tua casa, e comecei a falar com o teu pai, eu tremia, mas tentava mostrar confiança, e teu pai percebeu-me, claro, ele não era parvo. A minha sorte, foi aquele golo do Benfica, e quando dei por mim, estava abraçado a ele, a comemorar o golo do Benfica, e quando ele deu autorização, se pensas que senti alivio…não Xica, não senti, senti então o verdadeiro medo.
sabes quando tu desejas tanto que algo de bom aconteça na tua vida, e ele acontece mesmo?? O meu medo não era de ti, Xica, mas sim de mim próprio. Tive medo de estragar tudo, que aminha felicidade algum dia acabasse por culpa minha… já viste eu desejar-te tanto, e depois eu estragar tudo??? Preferia a morte.
Quando depois te podia acompanhar a tua casa, de mão dada, que tortura meu Deus… eu queria era beijar-te na boca…beijar tuas mamas…ver-te nua. Sim ver-te nua… bem eu já te via nua nos meus sonhos, que queres… tu dás-me um tesão doido. Quantas noites eu sonhei contigo, e depois masturbava-me a pensar no teu corpo… desculpa, mas foi assim. Claro que eu te quero não só pelo teu corpo, tu para mim és tanto mais do que isso…és tudo. TUDO.
Quando naquele dia, a minha mãe foi tirar as medidas á senhora, e ficámos a sós… que mágico e maravilhoso foi. Eu nunca estive tão nervoso e ansioso na minha vida, despir as tuas roupas, ver-te nua…tocar-te na tua pele…beijar teu corpo todo… e sentir teu toque na minha pele, os teus beijos.. sentir teu toque no meu pénis… sabes tive tanto medo que ele não…bem que ele não entesa-se, do nervoso que eu estava… e assim decepcionar-te, que eu pensava….vá…fica duro… LOL, agora até a mim dá vontade de rir, mas na altura era só pânico. Quando coloquei a minha língua na tua vagina e de lá vinha aquele calor… aqueles fluidos tão saborosos… e e depois eu te penetrei…sabes apetecia-me enterrar-me dentro de ti de uma vez só, e ao mesmo tempo queria faze-lo lentamente…disfrutar de cada centímetro que entrava dentro de ti…para ouvir teus gemidos…teus pequenos gritinhos, tuas mãos a arranhar-me as costas…ver a tua cara…como fechas-te os olhos…e vi na tua cara dor e prazer… sim foi contigo que deixei de ser virgem também. Nós, dois jovens louco de desejo, a explorar os nossos corpos, cheios de tesão e de medo…
Repetimos mais umas vezes, e um dia, naquele gabinete do Costa, do dr Costa, ele disse-me o que suspeitavas…estavas grávida. Sabes tínhamos 18 anos, hoje em dia ainda erámos pouco mais do que crianças, mas naquela altura já estava farto de trabalhar na fábrica, eu demorei a assimilar a notícia… a alegria foi tão grande, que eu não quis acreditar.
Nesse dia pedi-te em casamento, tu perguntas-te se eu estava a fazer isso por estares grávida, e foi a única vez na minha vida que fiquei triste contigo. E disse-te. Sabes mais tarde entendi as tuas dúvidas, e entendi elas, e compreendi elas, eu se calhar no teu lugar também as teria.
Quando meses mais tarde nos casamos….e quero pedir-te perdão. Sim eu sei Xica, que querias casar numa igreja, vestida de branco, cheia com nossos familiares e amigos, e como estavas grávida não foi possível, pois nenhum padre aceitaria isso. Desculpa, sei que estraguei um sonho teu. Nunca me disses-te isso, nunca reclamas-te… desculpa.
Mas depois de estar casado contigo, e naquela pequena casinha que eu arranjei…que pequena era, mas era a maior das casas, pois estavas lá tu. E quando me esperavas nua…na cama, esperando-me, quando eu saia da fábrica e ia a casa mudar de roupa, e acabava por fazer amor contigo, e depois dar um banho ás pressas e vestir-me e correr por Coimbra fora, para ir trabalhar umas horas com teu pai. Eu tinha de correr tanto, que acho que se fosse aos jogos olímpicos ganhava a medalha de ouro, em qualquer distância do atletismo. Mas valeu a pena, Xica, sabes eu na fábrica olhava ansioso ao relógio, para ouvir a buzina a indicar que o dia de trabalho havia acabado, eu corria, queria chegar a casa e ver-te nua. E depois fazer sexo contigo…e depois a noite, fazer novamente sexo contigo, acordar de manhã, bem cedo, e fazer sexo contigo… ainda bem que dormias e dormes nua, poupas-me o trabalho de te despir, LOL.
Quando o José nasceu, eu o Berto, era pai, e mais uma vez lá veio o medo…será que seria bom pai??? Será que seria capaz de sustentar uma família???
Bem em pouco mais de 3 anos, tínhamos o José, o Bento e o Felipe. Bem, não brincamos em serviço, pois não meu amor???
E estavas grávida da pequena Inácia, quando me apareceu a oportunidade que eu desejava, mas era em Angola, e tu, só me perguntas-te, – Quando embarcamos???
Lá, estávamos num paraíso, bem eu desde que te conheço que vivi no paraíso. Mas lá, os nossos meninos andavam a vontade, eram crianças e acho que os deixamos ser crianças. Infelizmente perdemos a pequena Inácia, a nossa estrelinha do céu, o nosso pequeno anjo da guarda. Mas nasceram la mais duas princesas, a Margarida e a Beatriz, e pelo meio o nosso Estevão.
Ver-te caminhar com eles, fazias-me lembrar a Branca de Neve, com os anões atrás, e comecei a chamar-te, Branca de Neve. Mas pareces mesmo.
Tua corria bem, até vir a guerra, e depois aquela noite.
Desculpa-me não ter sido mais forte, e não te ter metido naquele avião com nossos filhos, nem que fosse á força. Sabes ver-te ali, impotente, nua, a olhar para mim, um fraco ali de joelhos, a ver aqueles… bichos, a violarem-te, e tu a esperneares, a chorares, e eles uma seguir ao outro, a esporarem-se dentro de ti…na tua vagina…no teu cu. Sabes nunca quis matar outro ser humano…até aquele dia, e desculpa-me meu amor, mas se os visse mesmo hoje em dia, e agarrava numa pistola e dava-lhes um tiro nos miolos. Sabes quando me violaram…para mim foi até um alívio???
Covardemente confesso-te, Xica, que foi um alívio, porque de certa maneira, eu não poderia dizer que só foste tu a sofrer…e de alguma maneira não em poderias julgar… que estúpido sou eu sei. Mas eu tive tanto, mas tanto medo que me julgasses, que em dissesses, que eu não fiz nada… no fundo era eu a dizer a mim próprio que merda de homem sou eu, que deixa o seu amor, sofrer daquela maneira á sua frente. Desculpa-me, mas eu jamais me perdoarei a mim próprio, apenas meu amor, aprendi a viver com a minha culpa e vergonha.
Bem dessa noite ficaste grávida, e juro-te que quando já em Lisboa, me disses-te que querias abortar, eu queria impedir-te, pois sei que te arrependerias depois. Eu não queria que abortasses também, mas meu amor, o corpo é teu, tu é que terias de decidir. Desistes-te, eu sabia que desistias, eu tinha essa esperança. E o nosso Juvenal nasceu, o nosso filho Juvenal.
Como me custou anos mais tarde, quando ele fez os 16 anos, contar-lhe que tu foste violada, e dessa violação nasceu ele. Que verdade tão medonha…deveria ser mentira. Sabes ao ver a cara dele, a cara dele de culpa sem ter culpa nenhuma, a voz dele tremula a pedir -te perdão. Perdoa-me Xica, mas doeu-me mais do que ver a tua violação. Mas antes do José nascer, o nosso primeiro filho, assumimos um compromisso, de falar a verdade aos nossos filhos, por mais crua que fosse.
E que orgulho eu tive, alias eu sempre me orgulhei muito dos nossos filhos, mas quando eles se abraçaram ao Juvenal, e diziam para ele deixar de ser louco, que ela era tão irmão deles, como eles eram uns dos outros, quase que rebento de orgulho neles. Senti-me tão, mas tão pequenino perante aquela demonstração de amor.
Sabes eu nunca entenderei a maneira como pensa uma mulher, aprendo muita coisa nesta vida, mas como pensa uma mulher, nunca o saberei, e muito menos como pensas tu, minha Xica. Conheço-te, mas jamais entenderei como pensas. Surpreendes-me a toda a hora, contigo nunca vivi um dia igual ao outro. Bem talvez com a excepção, de quando parias os nossos filhos, pois eu bem te ouvia a chamares-me os piores nomes, amaldiçoando-me… e quando eles nasciam, aos berros, depois me chamavas e eu entrava no quarto, e via-te de sorriso na cara, os teus olhos a brilhar, e me pedias um beijo na boca e dizias:

– Aqui tens o teu filho/a, meu amor.

Sabes que mais eu adorava ver, quando vinha do trabalho?
Tu a dares de mamar a algum bebé, e os nossos outros filhos sentados no chão a tua volta, a fazerem-te perguntas sobre o bebé. Sabes eu fiquei horas a observar-vos, a conversar, parecias uma galinha com os pintainhos a tua volta. Que mãe extraordinária tu és, que MULHER és…que sortudo eu sou por ter o teu amor, por sentir o teu amor em cada instante. No meio de todos os homens deste mundo escolheste-me a mim. bom dos homens e das mulheres…pois aqueles anos em que a Arlete foi nossa amante… ver as duas a fazer sexo… porra… que privilégio. As duas bonitas…com mamas enormes… bem, tu muitas vezes me dizes que os homens só pensam em duas coisas, em sexo e em muito sexo, e eu respondo que desde que seja contigo. A Arlete apimentou e bem a nossa relação, tu podes-te satisfazer teus desejos, e eu os meus, e ela os dela. Desde que aja diálogo, e um casal fazer sexo com outra pessoa, desde que seja da concordância de ambos, que problema existe??? Eu estava seguro que quem tu amas sou eu e sei que estas segura que quem eu amo és tu.
Que fim triste teve depois ela.
Mas fazer amor contigo… é uma experiencia religiosa. Os teus beijos…carícias, a tua entrega, o teu corpo…sim sua louca, aos 76 anos continuas boa como o milho, e ao teu lado estou constantemente com tesão, por vezes rezando para estar a sós contigo, para sentir teu corpo nu, e perder-me nos teus beijos…nos teus enormes seios ( que ficaram bem maiores depois das gravidezes, que queres, sabes que ou um apreciador de mamas grandes), perder-me na tua pele…estar dentro de ti, na tua vagina e no teu cu, e na tua boca… bem isto já está ficar muito pornográfico…mas sabes que sou muito melhor a fazer do que a escrever… vá, minha Branca de Neve, vamos para a cama??? Mas também temos a praia… o mar… passearmos nus na praia… que dizes??’ Aceitas???

Apenas te digo…amo-te, és a minha vida, e que vida é viver ao teu lado…Branca de Neve.

Berto

Ah só mais uma coisinha. Tenho lido a Lex75, comentar os meus contos. Querida, eu leio os teus, já a alguns anos, e querida, quem está apaixonada por ti sou eu… e o meu Berto. E como tens umas mamas descomunais… e és danada para a brincadeira… até poderias mais a tua família um dia vir ao Alentejo. Li que frequentas aqui no Alentejo um praia de nudismo… era engraçado vermo-nos por lá. Beijo para ti, e para os teus, e que tenhas umas boas férias.

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2 Comentários

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  • Responder Ana Moreira ID:1deit2e77v1m

    Mais uma belo texto e que mostra o quanto é grande o vosso amor um pelo outro!

  • Responder Lex75 ID:bt1he20b

    Sim até seria engraçado uma ida a praia… Eu nua e vocês os dois… Nós as duas aos beijos… Você a mamar nas minhas mamas gigantescas mais o seu Berto… Volto a meio de Setembro… Depois combinamos. Vai ser bem interessante…