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O Vizinho Militar 20 – “Tem tanta porra na minha cueca”

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Deixei três caras gozarem em mim numa sala escura e acordei todo melado. Tive que deixar meu militar saber disso.

Uma luz clara demais atravessa a janela e se esparrama na minha cara me obrigando a acordar e me mexer na cama, mas eu sinto que já está tarde demais pra continuar deitado. Pego o celular que deixei do lado antes de dormir, tem dois áudios de Jonas. Coloco no ouvido pra escutar e só agora olhando o quarto é que lembro que não estou em casa, não estou no meu quarto, não deito a caminha cama e o cheiro de porra grudado no meu corpo também não é conhecido.

No áudio Jonas implora para saber o que aconteceu naquela noite. Ele está sussurrando outro lado. Pelo horário ainda era muito cedo quando ele mandou e pelo visto precisava sussurrar para não chamar atenção no meio dos outros colegas de trabalho. Está fora por alguns dias para um treinamento que o exército resolveu fazer. É no norte do país e nessa altura você consegue imaginar como a pele dourada do meu militar deve estar queimada do sol forte daquele lado do país e avermelhada do esforço nos exercícios que faz pela manhã. Porém só eu sei como ele deveria estar duro enquanto sussurrava no áudio que eu era um cretino por deixá-lo tanto tempo sem as notícias daquela aventura. Ele queria os detalhes e dava para sentir no tom de voz pervertido e arrastado que morria de tesão por isso. Eu poderia ser o cretino que ele me pintava e demorar em contar tudo, mas acontece que eu também estava louco para lembrar o que tinha sido aquilo enquanto narrava ao meu vizinho tarado o que o seu namoradinho tinha feito na sua ausência.

Kaique é um amigo de longa data que some por tempos até aparecer fazendo dinheiro das formas mais absurdas e quase erradas possíveis. Dessa vez apareceu na cidade me falando que não aguentava mais ganhar tanta grana, que o banco um dia o chamou para aplicar aquela quantia que tinha guardado lá e o gerente perguntou como que um cara tão novo conseguia gerir tão bem um negócio. A resposta? “Com muito prazer.”

Kaique não mentiu.

Falou que há algum tempo tinha entrado como sócio nessa “casa de fetiche” como ele mesmo disse e que essa era a coisa que mais dava dinheiro naquele momento. Perguntei se um dia ele me mostraria como funcionava e como resposta tive um convite.

“Moleza. Não precisa dar pra ninguém, não precisa chupar ninguém. Tem uma salas que é só pra exibição, mano. Não tem nada demais além de uns velhos tarados cheios da grana doido por macho pelado. Só!” Ele quase cuspia me convencendo.

“O que mais tem é rico burro, né?”

Kaique riu de tombar a cabeça pra trás e depois chegou perto para falar.

“Você não sabe é de nada…”

A gente tinha marcado o encontro só para um café e me vejo na noite de ontem chegando na porta super escondida da casa de fetiche dele para uma das noites de prazer e dinheiro fácil. Ele me disse que avisou aos associados que um ursinho estava pronto para eles e que esse era um dos fofos, que gosta de um bom trato. Ele estava falando de mim mesmo? O lugar era escuro, escondido, cheio de mistério, mas muito chic. Na entrada é um bar simples, muita decoração em madeira velha, bancos altos perto do balcão revestidos em veludo, sofás confortáveis. O acesso às salas se dá por corredores igualmente escuros e ali só entra quem tem. Tô falando de dinheiro e poder.

Eu entrei pelos fundos. Perguntei ao Kaique pelas roupas, ele disse que tinha acervo. Escolhi uma calça preta simples, reta, uma regata também preta. Por baixo usava uma cueca que na parte de trás lembra um fio dental mais grosso, mas ainda sendo uma cueca, e no peitoral um cinto também de couro cheio de fivelas como o que eu tinha comprado em João Pessoa para usar com Jonas. Ele riu quando eu disse isso narrando tudo. Perguntei pelo local e Kaique foi silencioso.

“Entra. Não fala nada. Se posiciona no centro. Faz o que pedirem.”

“Mas você disse que não rola nada, porra.”

“Não precisa rolar. Eles não são assim. Eles vão pedir coisas simples. Geme, tira a roupa, rebola. Só isso.”

Acreditei.

A sala era avermelhada, luzes fortes. Era circular e tinha cadeiras encostadas nas paredes. No centro um palco pequeno elevado e mais nada. Entrei e tinha um cara lá sentado. Me olhou, sorriu de canto, bebericou no copo que segurava e se ajeitou na cadeira para me olhar. Subi no palco, olhei ao redor e tinha outro num canto mais escuro. Fez-se muito silêncio até que aquele do canto falou.

“Acho que você deveria mostrar alguma coisa pra gente.”

Eu suspirei. Aquilo estava me enchendo de tesão. Confesso que era esquisito inicialmente ficar parado sob olhos que te analisam mesmo que sob pouquíssima luz, mas tinha nisso um peso absurdo de puro tesão. Primeiro eu procurei a voz de quem falou e de frente para o segundo homem eu alisei meu peitoral como se dissesse que ali eu escondo mamilos durinhos.

“Muito bem.” Ele sussurrou só pra mim. “Gosto que comece pelos mamilos. Vocês ursinhos tem um peito gostosinho. Mostra!”

Foi o que eu fiz. Fui tirando a regata bem lento, joguei aos meus pés depois de tirar completamente e mostrei o acessório que usava. O cinto apertava meu peito e fazia meu mamilo estar em evidência. Duas tiras de couro circulava a pele ao redor deles e isso já era suficiente para deixar aquele cara em estado de prazer. Notei isso porque a mão que não segurava a bebida foi direto para o meio das coxas onde se acomoda um volume considerável. Então eu umedeci os lábios, suspirei bem suave e alisei meus mamilos para ele. Fazia isso quase que em câmera lenta, apertando a pontinha escura deles, alisando as tiras de couro, arrastando a minha pele com as pontinhas dos dedos.

“Não acha que ele também merece um pouquinho do seu show?” Ele perguntou de lá.

Virei para o outro sob a luz mais forte e fiz o mesmo. Dava pra ver que esse me devolvia o olhar nos meus olhos fazendo questão de me segurar ali e não demorou muito a pedir.

“A calça. Tira ela devagarinho. Só vira de costas pra mim antes de descer totalmente. Quando for descer, me olha sobre os ombros. Faz cara de inocente, mas também faz cara que me quer te olhando. Eu sei que você gosta disso.”

Caralho, quantos detalhes. Anotei tudo. Fui desabotoando a calça ainda de lado pra ele, demorei em fazer isso e em começar a mostrar o tecido também preto da peça de baixo. Um pouco mais de lado, como ele queria, desci a calça até o cós dela prender na minha bunda e aí fui virando de costas obedecendo ao cara que me queria olhando por cima do ombro. Fui descendo mais até prender nas coxas e nessa altura estava me curvando para fazer chegar aos meus pés. Ele viu que a cueca entrava na bunda e sorriu quando fiquei de pé outra vez e ajeitei a cueca de costas olhando daquela forma que ele queria. Ajeitei o tecido na parte baixa da bunda e depois ajeitei aquele que se encaixava entre as nádegas.

“Você é uma delícia assim” ele me elogiou em tom sincero.

Eu quis dizer que sabia daquilo e até sorri pensando na reação deles ao ouvir isso, mas não falei nada, só fui virando bem devagar e uma vez de frente pra ele ousei em alisar o volume que inevitavelmente o meu pai estava formando na cueca apertada. Ele também olhou para isso. Olhou sério. Depois olhou o meu rosto e terminou a sua bebida em um gole só.

“Eu quero tocar você.” O do escuro falou.

Mas na mesma hora em que ouvi dele que eu iria ser tocado, vi que um terceiro entrou no ambiente. Mais arrumado que os outros, bebida na mão, ocupou uma cadeira e cruzou as pernas. Tirou um cigarro de dentro do blazer, acendeu, tragou, soltou a fumaça e já foi falando

“Você é lindo. Quero te ver sendo tocado.”

Eu iria mesmo ser tocado? Fazia parte do show?

Aquele outro do escuro então levantou, ajeitou a calça na altura de onde o volume crescia, acomodou a rola direitinho lá dentro e caminhou na minha direção. Na luz deu pra ver que era um homem comum, não tinha nada de especial. Não era como um Deus Grego desses que a gente imagina encontrar numa fantasia dessas. Vestia camisa polo, jeans escuro e eu sabia que por estar ali tinha muito, muito dinheiro. Já perto de mim ele me olhou inteiro, me fez girar no palco, me parou de costas e percorreu a linha que tecido da cueca faz na parte de baixo da bunda. Eu estava quente e ele sentiu isso. Mas ele também estava quente. Mais que isso: ele estava pegando fogo. Deu pra sentir quando a mão pesada e grosseira foi apalpando o meu quadril, o interior da minha coxa, a parte de trás do meu joelho, a parte da frente das coxas. Eu tive que fechar os olhos e me concentrar, mas foi em vão, porque eu ia suspirando mesmo sem querer para cada passada de mão que ele ia me dando. Numa dessas os dedos passaram bem no meio da minha bunda e aí ele também suspirou. Também sussurrou.

“Você é uma delícia. Kaique não mentiu.”

O que eu ia dizer?

“O que eu poderia fazer pra te dar prazer?” Ele perguntou.

O que deveria responder? Aliás, deveria mesmo falar? Eu ainda estava de costas, ainda estava de olhos fechados e falei sem receios.

“Eu gosto quando me beijam lento e me pedem pra chupar a minha língua fora da boca.”

Para a minha surpresa o homem me virou, me fez curvar até o meu rosto ficar na altura do dele, sorriu me encarando, segurou o meu queixo com uma mão só e chegou bem perto. Estava cheiroso como nenhum outro homem no mundo poderia estar. Amo o cheiro do meu militar, mas aquele cheiro ali é fora do comum.

“Pela primeira vez ouvi que dinheiro não é a fonte do prazer de alguém” ele sussurrou só pra mim.

Também não disse mais nada, somente virou as costas e voltou para a cadeira no canto mais escuro daquele lugar. Lá, sentado outra vez, vi que abriu o zíper da própria calça, enfiou a mão lá dentro e ficou se tocando dessa forma.

“Acho que é agora que você faz ele gozar” ouvi daquele terceiro cara que chegou quando eu já estava ali e o cara que tinha acabado de me tocar permaneceu em silêncio. Cada um deles sabia exatamente o que o outro queria.

E foi parando para escutar o que ele tinha a dizer que lembrei que eu mesmo estava ali por puro prazer, divertimento e curiosidade. Tudo bem que eles tinham depositado grandes quantias na exibição de um ursinho, mas eu estava ali para me divertir. Sou movido a isso. Kaique sabia o que estava fazendo, ele sabe que não sigo regras. Também já tinha mostrado aos caras que o dinheiro deles não me apetece. Foi assim, lembrando do meu próprio tesão, que fui quebrando a ordem naquele palco dando uma amostra do meu corpo inteiro aos pagantes. Fui me alisando inventando uma música na minha cabeça e corroendo o silêncio do lugar com o meu suspiro mais doce e sensível. Para alisar melhor os mamilos durinhos eu babei nas pontas dos dedos e a sensação foi tão gostosa que eu gemi ao fazer isso. Nessa altura aquele lá já estava quase arrancando o pau de dentro da cueca. A calça, como eu disse, já estava desabotoada. Faltava pouco para ele me mostrar que forma tinha o seu pau.

Lá embaixo eu alisei o meu próprio. Foda-se se eles não me querem fazendo isso. Mas queriam, porque me olharam com atenção quando contornei o pau embaixo do tecido apertado na pele e uma babinha se formou onde estava parada a cabeça. Provei dessa bobinha e sorri para os três. Eu estava uma delícia. Fiz o seguinte: primeiro fiquei de joelhos no palco, rebolei para aquele que seguia escondido no escuro, depois sentei sobre as minhas panturrilhas e fiquei brincando com a cueca atolada na minha bunda. Ele adorou. Deu pra ouvir o suspiro. Para o cara na minha frente servi o mais pervertido dos sorrisos. Esse, por outro lado, era bonito. Traços perfeitos. Tinha cara de que em casa uma família bonita o esperava para o jantar. Isso me encheu de tesão.

Fui surpreendido por ele quando levantou e caminhou na minha direção. Naquele momento poderia fazer qualquer coisa comigo e eu não nego que um frio percorreu minha espinha, mas eu estava tão quente que logo lembrei que aquele homem era tão refém quanto eu mesmo seria, então me empinei da forma como estava sentado, apoiei minhas duas mãos no palco, lancei sobre ele o meu olhar mais pidão e deixei o cara do escuro ter uma visão completa da minha bunda. O outro em pé, que era quem eu vi primeiro quando entrei, chegando perto abaixou o corpo inteiro para chegar com o rosto na altura do meu e respirou praticamente dentro da minha orelha. Beijou o meu pescoço e voltou para ela me fazendo ouvir seus suspiro. Primeiro disse que eu estava sendo ousado em não seguir as principais regras.

“Que regras?” Eu perguntei. Ainda mantinha aquele olhar.

“Me fazer querer comer você. Essa é a primeira regra” ele respondeu. “Eu tô aqui pra te humilhar. Eu deveria sentir pena, não tesão.”

Eu tive que sorrir e fiz algo que me rendeu uma bronca de Jonas: de quatro no palco eu fiquei da altura exaltada do volume que ele também exibia, então encostei meus cabelos nele, apertei o embrulho da calça com a minha cabeça e arrastei enfim meus cabelos no tecido. Não tocava meu rosto nele, não tocava minha pele. Fazia o que faria um filhote. Dava pra sentir perfeitamente como ele crescia a medida que eu ia brincando, suspirando e sorrindo. Ele chegou a agarrar os meus cabelos e forçar ainda mais a minha cabeça contra o próprio corpo. Nessa altura dava pra ouvir o quão rápida estava sendo a masturbação daquele outro lá atrás. Dava pra ouvir o som das bolas já do lado de fora batendo contra a pele das coxas, o barulho da pele cobrindo e descobrindo a cabeça molhada da pica, o ruído dos dedos se arrastando ao redor da rola. Dava pra ouvir tudo. Rebolei inspirado nessa música.

Só que eu fiz mais.

Puxei aquele cara que fazia o volume dele arrastar a minha cabeça e ele subiu no palco com certo desconforto, mas sabia o que tinha que fazer. E o que tinha que fazer era exatamente o que ele queria fazer. Sentou no espaço a minha frente, curvou só um pouco os joelhos, mostrou que as coxas grossas cobertas pela calça de tecido caro poderiam me receber bem e deu duas batidinhas nelas como quem faz um convite cheio de malícia. Sou esperto, não demoro em montar o safado que já tinha deixado para lá a regra primordial daquele lugar. Encaixei minhas coxas nuas na cintura coberta dele, me aninhei no peito grosso, segurei pelas costas e deixei que ele mesmo encaixasse o volume na minha bunda quase pelada. Ele gemeu quando eu dei uma rebolada pra gente ficar grudado. Mais grudado do que já estávamos. Apoiei minha cabeça no ombro dele virando meu rosto para o pescoço cheiroso e rebolei com força. Fiz ele sentir como se estivéssemos fudendo e era por isso que ele me segurava pela bunda. Me abria e fazia o volume me tocar lá no meio e isso era um deleite para os outros dois que nessa altura socavam suas próprias punhetas.

Mas só rebolar era pouco para mim. Para os outros, ficar longe já não era uma regra. O cheiro deles chegou primeiro: uma mistura perfeita de tesão, perversão, infidelidade e pele quente.

Eu mesmo guiei a mão do homem que me segurava sentado em seu colo e os dedos curiosos dele foram parar bem no meio onde as duas nádegas se dividem em um cu molhado e muito guloso e para acessar tudo isso ele foi colocando a tira da cueca de lado. Entre o tecido e a minha pele a mão dele foi ficando bem apertadinha em mim e o dedo que uma vez estava só acariciando foi entrando. Perguntei se ele não queria molhar aquele dedo na minha boca e eu fui calado quando dois se enfiaram por cima da língua buscando saliva e silêncio. Entendi. Ele tinha que ser superior em algo, mesmo que já estivesse todo fodido. E outra vez lá embaixo ele se enfiou em mim. O dedo foi fundo, me fez gemer, suspirar e rebolar mais um pouco. Era grosso, os outros ficavam encaixados na bunda e ele ia mexendo lá dentro enquanto usava o outro braço para me segurar, me apertar e assegurar que eu não caísse das suas coxas. Misturando-se ao próprio barulho da respiração desse que me invadia, o som da punheta dos outros parecia próximo demais dos meus ouvidos. Eles estavam ali do nosso lado, cada um ocupando uma lateral do palco, mas suficientemente perto para que essa situação criasse maior intimidade entre eles três. O barulho era de pau babado, escorregadio. Olhei para ter certeza de que veria como era a rola daqueles dois e vê-los de olhos quase fechados lutando contra os gemidos me inspirou a continuar.

Rebolar no colo daquele cara estava fazendo o meu pau roçar a barriga dele com cueca e tudo. O movimento que eu fazia era tão intenso que a nossa roçada parecia uma punheta em mim. Era perigoso porque ele aumentava o ritmo da comida que me dava com o dedo e consequentemente estava me masturbando com a barriga. Parei pra respirar e não gemer quando cessou a dedada e desceu seguidos tapas na minha nádegas, mas socou outra vez e de novo me fez rebolar iniciando a punheta não combinada na minha pica. Tentei avisar com um gemido mais fino e menos delicado que aquela brincadeira me faria gozar, afinal já estávamos ali há muito tempo, mas ele queria fazer a minha bunda lembrar de cada centímetro da sua mão curiosa e foi numa massagem muito bem feita que a a minha porra melou a minha cueca o suficiente para melar também a camisa de cor clara dele. Uma mancha se formou um pouco abaixo do umbigo. Uma mancha enorme.

Mas eu não gozei sozinho. Inspirados pelo cu aberto na marra por dedos grossos, os dois caras chegaram ainda mais perto do que já estavam e eu senti quando a porra voou das picas que estalavam de duras para o alvo certo: meu corpo. Um respingo saltou em meu rosto, teve uma jatada que carimbou minha costas, outra que escorreu meu ombro, um que parece ter sido mirado no comecinho da minha bunda. Tomei um banho de leite com direito a gemidos grosseiros de homens que experimentavam uma mistura deliciosamente perigosa de tesão, subversão e raiva. Eles gozaram com raiva e isso me arrancou um riso maléfico na hora. Eu aposto que Jonas que ficou sério quando ouviu, mas inegavelmente adorou.

E ainda sentado sobre as coxas fortes do homem, me afastei só o suficiente para conseguir tocar o rosto dele e falar baixinho num sussurro enquanto os caras sumiam da minha vista momentaneamente.

“Desculpa. O estímulo da perversão é maior que eu. Prometo que o próximo será menos safado, um pouco mais submisso e amante do seu dinheiro. Eu não nasci pra isso” terminei rindo fazendo o homem tirar a banca de mandão e me entregar um riso sincero. Quase uma gargalhada.

“Não diga a ninguém” ele sussurrou de volta. Achei curioso, mas daí ele enfiou a mão entre as nossas barrigas, afundou na calça e trouxe os dedos brilhando pra me mostrar o que eu imaginava que tivesse feito. “Tem tanta porra na minha cueca. Tem porra pra caralho” terminou rindo e me fazendo rir.

O que eu tinha pra fazer? Fugir. Catei o que restava das roupas e no caminho para a saída da salinha o cara do terminava de se ajeitar em pé no centro do pequeno palco perguntou, agora mais sério e de volta àquele personagem que curtíamos, quando que eles me encontrariam outra vez ali.

“Só na lembrança” deixei como resposta antes de sair.

Depois disso eu soube onde encontrar Kaique e conversamos bem breve. Ele perguntou como tinha sido, eu falei que chato pra caramba e nesse meio tempo tentava esconder dele que o meu corpo pingava porra.

“Não pode falar, não pode isso… Não pode aquilo. O cara só fala, fala… Que chatice.”

“Mas eu te disse, ué” Kaique respondeu. “Raras são às vezes que eles fazem umas ousadias, porque no geral eles só querem assistir.”

“Realmente” eu disse lembrando que minutos atrás rebolei até gozar no colo de um deles e que embaixo da minha camiseta as minhas costas estavam colando.

Me despedia fingindo tédio quando ele me falou dessa casa de shows em específico onde ele ia sempre no meio da noite. Topei. Bebemos tudo o que tinha direito, dançamos até os pés doerem, cantamos todas as músicas como em velhos tempos e eu terminei a noite sentindo o mundo girar na cama do quarto de hóspedes do seu apartamento requintado. Já o meu amigo terminou a noite melhor que eu: dois garotões que saíram suados da boate urravam no quarto principal ao som de pancadas da cama na parede, da pele batendo e sendo queimada no sexo à três, dos tapas servidos não sei em quem e das gozadas que devem ter pintado de branco as paredes. Bati uma ouvindo a transa do meu amigo pensando que ali, naquela cama, um show a parte seria o do meu militar montando em mim, gemendo grosso e me dizendo que sorte era a dele de poder meter comigo.

E esse mesmo militar começou com um suspiro o áudio com a resposta aos que eu mandei narrando tudo isso. Primeiro suspirou e depois fez o que eu já esperava.

“Sério, se eu chegar em casa e você não me tratar do jeito que tratou esse filho da puta que te botou no colo… Prometo que vou judiar de você até me pedir arrego.”

“Você sabe que falando assim só me atenta a ser pior do que já sou” confessei em outro áudio.

“Te provocando ou não você já me desmonta, safado.”

Eu sorri antes de responder. Abri a câmera, apertei pra gravar e mirei na minha própria bunda enquanto falava.

“O meu dedo tá brincando sozinho, prefiro o seu. Vem logo, tô cansado de morrer na punheta. Quero morrer na sua mão, vizinho.”

E ele veio, é óbvio.

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2 Comentários

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  • Responder Fênix negra ID:1daifftfia

    Ameiii❤❤

  • Responder Baby Boy ID:vpdkriql

    Muito bom como sempre