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Naquele Novembro

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Em novembro de 2015 o ano letivo da Escola Angelina de Pádua se encerrava, e com isso, os alunos que haviam sido aprovados para cursar o terceiro ano do ensino médio no ano seguinte já começavam a preparar viagens e festas para comemorar.
Um desses estudantes era Gustavo, um atlético garoto de 16 anos apaixonado por Engenharia e Física que, embora tendo interesses diferentes dos que tinham os baderneiros da escola, era figura carimbada nos rolês dos rapazes mais populares da instituição.
Os caras mais badalados da Angélica de Pádua, mesmo tendo a sua maioria em recuperação, decidiram fazer uma festança no condomínio de um deles e Gustavo decidiu convidar Célio, um de seus amigos mais reservados.
Célio era um dos mais notáveis alunos de Artes e Línguas, muito conhecido pelo senso de humor ácido e nonsense. Mesmo sendo muito extrovertido, Célio nunca mostrava o que sentia de verdade, preferindo ocultar o que sentia – isso o levou à depressão e lhe fez desenvolver gastrite, coisas que ele escondeu de todos também.

– E aí, cara? Não vai beber? – Gustavo perguntou à Célio, virando um copo de vodca enquanto oferecia uma latinha de cerveja para Célio.

– Véi, eu não bebo não. Eu não gosto de perder o domínio sobre mim. – Respondeu Célio tomando a latinha da mão do amigo e a colocando sobre um batente da área pública do condomínio.

– Você é muito careta… – Gustavo terminou de beber e continuou – a Estela já voltou de SP?

Naquele momento a cabeça de Célio começou a girar. Estela tinha sido e era até então a sua única paixão e amor da vida. Esse sentimento se tornou conhecido por muitos dos colegas de Célio porque ele não sabia em quem confiar. O garoto voltou a si e respondeu:

– Eu nem tava lembrando dela… Hehe… Mas hoje já é meados de novembro, acho que ela já voltou.

– Sabe… – Gustavo agora já tinha em mãos uma garrafa de cerveja e já a estava abrindo de garganta seca – …eu não sei até hoje como ela não quis ficar com você.

– S-sério, Guto? – Célio se chocou, fez menção de pegar a garrafa da mão do amigo, retrocedeu mas voltou atrás, pegando e bebendo dois goles.

– Sério, mano. Você é inteligente, divertido, lida bem com os outros e é muito centrado… Hahaha – Gustavo começou a rir quando percebeu que seu amigo agora já tinha virado a garrafa inteira e parecia enjoado – Calma, Célio!

– Eu tô calmo! Hahaha… Hum… Você tem razão. Eu sou tão legal que eu me namoraria. Hahaha – Célio parou de rir e começou a chorar, se sentindo rejeitado. Gustavo esbugalhou os olhos e abraçou o amigo.

– Vai ficar tudo bem. Todo mundo gosta de você! Quem perdeu foi ela!

– Não. Eu sou um inútil. Eu nem beijei ninguém ainda! – Célio gritou isso, mas a música alta da festa e a distância das outras pessoas abafaram o som.

– Não seja por isso. – Gustavo puxou o queixo de Célio para cima e o beijou, um selinho, que logo foi retribuído pelo artista.

Os lábios negros de Célio eram agora acolhidos pelos lábios grossos e rosados de Gustavo. O álcool tinha sido suficiente para fazer a ocasião para ambos os ladrões.

– A gente tá muito bêbado! – Célio tentou se justificar.

– EU tô muito bêbado, eu! Hahaha, você só virou uma garrafinha aí! Mas quem beijou primeiro fui eu. E quer saber?

– O quê?

– Eu gostei. – Disse Gustavo dando outro selinho no amigo – Quer passar pelo rito de passagem de menino para homem?

Célio riu, sentindo o rosto queimar, parte pelo álcool, parte pela situação inusitada. Gustavo falou com seu amigo, o anfitrião da festa e pediu para o usar o banheiro de seu apartamento porque o da área de festas estava muito sujo – nenhuma mentira, eram jovens bêbados numa festa afinal. Em pouco tempo Gustavo, alto e definido, ia na frente sendo seguido de longe pela figura baixa com uma bunda de Célio.

– E agora? – perguntou o garoto.

– Agora pega no pau e chora – Gustavo respondeu. Os dois riram.

– Já que insiste… – Célio voltou a beijar seu amigo, passeando as mãos pelos braços duros e pelo abdômen rasgado e magro dele. O beijo cessou, Célio desenhou os lábios umedecidos de Gustavo e disse aos risos – Boca de truta, agora eu vou dar uma olhada no seu troço.

– "Troço"? Célio, isso é tão broxante.

– Prefere "trolha"? Eu acho "piroca" muito vulgar".

– Hahahahaha, esquece. A gente não pode demorar.

Célio nunca tinha feito sexo, mas fez o que pôde. Ele puxava a pele pra baixo e pra cima, masturbando Gustavo de uma forma muito íntima, como se aquele fosse seu próprio pênis.
O jovem explorava todas as dimensões daquele órgão, tentando conhecer todos os pontos de prazer de seu parceiro. Foi quando ele começou a passar a língua na glande, depois por baixo da pele e então no corpo todo.
Gustavo jogou a cabeça pra trás, passando os dedos pelos cabelos, o óculos embaçado com o calor dos dois. Então Célio passou a mordiscar todo o pênis e Gustavo começou a gemer baixo.

– Oh, porra, eu vou gozar assim! – Gustavo puxou Célio pra cima e o jogou no sofá. – Minha vez.

Gustavo parecia muito mais habilidoso com isso, puxando e sugando o pênis de Célio com certa facilidade. Célio delirava vendo aqueles olhos castanhos o encarando com os fios castanhos dos cabelos caindo por cima dos óculos. Rapidamente os dois estavam chupando um ao outro com vontade. Gustavo gozou primeiro. Célio demorou a gozar, só dando o que Gustavo queria depois que enfiou um dedo em seu cú, lhe causando surpresa, dor e prazer.
No fim, ambos com as bocas cheias de gozo, trocaram um beijo muito mais íntimo que o primeiro que havia acontecido na festa.

– Vamos precisar terminar isso com mais tempo. Sem ninguém pra desconfiar de demora. – Gustavo afirmou.

– Se a gente lembrar! – Respondeu Célio.

– De uma boca como a sua não se esquece não.

Célio ficou envergonhado.

Célio foi um dos primeiros a sair da festa, deixando Gustavo com seus amigos. Caminhando pela rua na madrugada, pensando no que tinha acabado de acontecer, Célio se esbarrou com alguém tão inesperado quanto sua desvirginação.

– Mas que mer… ESTELA?! – se supreendeu.

– Supreso em me ver? – a garota questionou com seus cabelos negros voando com o vento frio daquela noite.

(Continua se vocês quiserem)

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