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Entre o troco e o prêmio maior da loteria

1763 palavras | 0 |4.54
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“eu sou tua alma gêmea, sou tua fêmea, teu par…” disse pai, num lapso, quem sabe ? “dinheiro na mão é vendaval, é vendaval…”

CARALHO, as coisas estavam tomando um rumo inesperado e aconteciam com tanta intensidade, que pensei estar em algum filme ou novela, pois tudo era inesperado. O Cícero terminou de gozar, limpei bem o pau dele com a boca e saí, enquanto ele ficou deitado na cama, pelado com o pau amolecendo e me mandou um beijo antes de eu abrir a porta e sair. Bati na porta do Toquinho e entrei e ele estava sentado na cama e perguntou: Onde você estava ? E eu meio sem graça: Conversando com o seu irmão. Ele: E o que você tem prá conversar com ele ? Eu já mais dono da situação: Não devo satisfação pra você, cara. Era um recado do meu irmão. E desde quando seu irmão te usa de pombo correio ?, ele perguntou. Desde que ele soube que já comi teu cu várias vezes. Vai tomar no rabo, quer que eu explique a lição ou já posso ir ? Ele pediu desculpas e falou que estranhou, pois nunca tinha visto seu irmão sequer me cumprimentar, que dirá con-ver-sar, falou separando as sílabas, o puto. Eu disse que meu irmão tinha pedido que, se eu encontrasse ele (já que estava vindo prá cá), que desse o recado e só. Tá legal, ele falou, vamos estudar, então. Fui explicando a lição e aquele puto ficava me olhando de um jeito estranho e eu fingi que não notava e continuei. Quando terminamos, eu disse que iria embora e ele falou: Vou descer com você. Quando chegamos na porta, ele abriu e – pasmem – PASSOU A MÃO NA MINHA BUNDA. Me deu uma puta de uma raiva e quase que eu dou um safanão nele, mas a mãe, saindo da cozinha, agradeceu por eu ter vindo ajudar e me deu até logo e nisso ele aproveitou, passou a mão de novo e disse: Esta bunda ainda vai ser minha, tchau. Sai ainda pensando o que teria acontecido peara aquele tampinha se achar com esse direito. Tudo bem, a gente era bem íntimo, comi ele várias vezes, mas isto fazia tanto tempo. Tá certo que às vezes ele perguntava se eu não ia dar prá ele, e eu sempre arrumava uma desculpa, dizendo que tinha que ir embora, que minha mãe tinha pedido alguma coisa para eu comprar, etc. e sempre deixava ele na saudade. Mas esse jogo era de todo moleque que comia e eu só repetia as lições aprendidas. Tive dó, umas duas vezes, mas dizia prá mim mesmo que dar prá ele seria dar ouro prá bandido, pois vai que ele saísse por aí dizendo que tinha me comido, como eu iria justificar estar dando o rabo prum pivete, baixinho, todo mundo achando que ele bem mais novo que eu e tal. Não, ainda ele era somente prá comer. Mas de qualquer maneira a atitude dele de há poucos minutos atrás me deixou cabreiro. Cheguei em casa, fui tomar banho e no jantar papai avisou que o irmão dele viria prá capital e iria ficar uns dias em casa, pois vinha prá resolver uns problemas de meu avô. RESUMO: Meu pai ficara órfão de mãe aos 6 anos e meu avô, desgostoso, resolveu mudar-se para o interior. Minha bisavó, então, que era mulher muito enérgica e real matriarca da família, decidiu que meu pai ficaria com ela e que meu pai o visitasse quando quisesse, mas que o menino não iria embora, etc. E meu avô aceitou. Alguns anos depois ele casou-se novamente e tiveram um filho, 15 anos mais novo que meu pai, portanto deveria estar com seus 21/22 anos agora. CONTINUANDO: Meu pai, então falou que ele ficaria no quarto conosco (eu e meu irmão) e que um dos dois cederia a cama prá ele e dormiria no colchonete no chão. Meu irmãos mais que depressa falou: Então, o Beto dá a cama dele e assim ficou decidido. E quando ele vem ?, perguntei. Daqui há alguns dias, respondeu o pai. Mais essa agora: quer dizer, já tô todo encrencado e ainda vou ter que dormir no chão, pqp de rodinha. Mas, vamos aguardar. Quando entrei no quarto, meu irmão estava debruçado na janela, olhando para fora e eu perguntei se ele estava esperando o namorado. Ele se virou, tão de repente, e me deu um tapa na cara, que eu perdi o equilíbrio, mas pude ver que ele estava com os olhos cheios de lágrimas. Ao invés de ficar puto e partir prá ignorância, como era meu feitio, cheguei perto dele e perguntei se estava tudo bem com ele. Ele me mandou tomar no cu e que deixasse ele em paz. Não sei porque, me deu um dó danado dele e eu falei: Sei que a gente tem se estranhado tanto nos últimos tempos, mas você é meu irmão e sabe que eu te quero muito e… te amo muito. Ele então se virou, entre surpreso e irônico e disse: Ah, a bichinha agora vai dizer que ama o irmão e que quer o pau dele no seu rabo e na sua boca todo dia, vai se catar, viado. Não me dei por vencido: É verdade, se você quiser acreditar, acredite, se não, vai tomar no seu cu, seu bosta. Ele agarrou minha cabeça com as duas mãos e, acho, que ia cuspir na minha cara, mas então, do nada ele me beijou cada uma das bochechas e depois me deu um selinho e disse: Eu também te amo e foi pro banheiro. Não sei quanto tempo ele ficou lá, porque eu dormi. No dia seguinte tudo normal, café, pegou o lanche ?, boa aula, venha direto prá casa e saímos para a escola e ele apertou o passo e me deixou mais prá trás. Nisso, Carlinhos vem descendo com o carrinho de frutas e pergunta por que não o procurei neste dois últimos dias. Disse que estava com um monte de problemas e que depois contaria para ele. Me ajuda a descer o carrinho até a esquina ? Não posso – disse, estou atrasado. E ele: Por favor, deixa pelo menos eu te dar uma passada de mãe ou uma deda nesse cuzinho, pois daí vou ficar cheirando ele até você sair da escola e vou ficar pensando em como vou te comer até você pedir água. Ajudei e, na esquina, ele pediu prá eu pegar ‘alguma coisa” embaixo do carrinho e enfiou o dedo com força no meu cu e, quando eu sai ele sorriu e disse: Vai na fé que eu e o meninão vamos esperar o prêmio de hoje à tarde. Logo que almoçar, vá direto para o depósito, que eu vou estar esperando. Continuei indo para a escola, mas de repente, voltei e disse pro Carlinhos: E se a gente fosse agora ? Ele falou: Mas e a escola ? Eu falei: depois dou um jeito, vamos ?, assim a gente pode ficar mais tempo juntos, e eu posso mostrar prá você que também estou com saudades. Ele falou: Moleque, você é do capeta, mesmo, olha o estado que meu pau ficou só de te ouvir falar isto. Vamos, mas eu não vou levar o carrinho, tira a lona lá debaixo, que eu vou só cobrir e amarrar. Enquanto isso, vai até a farmácia e pede pro seu Sérgio uma lata de vaselina, da menor. Eu, na inocência e AINDA sem saber o que era e prá que servia, cheguei na farmácia e disse: Seu Sérgio, o Carlinhos pediu pro senhor mandar uma lata de vaselina da pequena, que depois ele passa aqui prá pagar. O homem me olhos espantado e perguntou: Mas prá que que ele quer isto ? E eu lá sei ?, disse prá ele. Ô, moleque, você sabe que eu sou amigo de seu pai e se eu souber de alguma coisa que está acontecendo entre você e o Carlinhos, eu conto prá ele, ouviu ? Seu Sérgio, eu nem sei o que é isto que ele pediu e se o senhor não quiser dar, tudo bem, eu peço prá ele vir aqui. Não, tudo bem, espere. Entrou atrás do balcão, me deu uma latinha de alumínio, pequena e estava escrito: VASELINA BRANCA EXTRA, em letras de alto relevo. Fiquei achando que era algum remédio e sai. Sem querer, olhei prá trás e vi que seu Sérgio estava na porta da farmácia me observando e viu quando eu entreguei a latinha pro Carlinhos. Que atitude estranha!!!, pensei, mas em seguida o Carlinho falou: Vai subindo, e me espera que subo logo em seguida. Cheguei ao portão do depósito e, besta que sou, tirei o cadeado e já estava puxando a corrente, quando ouço: Aí, bichinha, não foi prá escola hoje ? Vai deixar o cu ser esfolado logo cedo ? Ê, vontade de pica é duro, hein ? Olhei e, puta que pariu de novo, agora era o Jayme. Falei prá ele: E seu quiser dar o cu é meu e faço com quem quiser, vai tomar no seu cu. E ele: Cala a boca, moleque, se não eu te desço porrada. Eu falei: Então d´, se for homem, e aí eu vou contar pro meu irmão o que você falou dele e do Cícero pro outro cara da rua de cima. Ele, meio duvidando, disse: O que eu falei, quando, cê tá louco ? Ah, agora não lembra ?, e falei do que tinha ouvido. Ele meio que desconversou e falou: Tá legal, depois que você der o cu pro seu macho, fico te esperando lá na esquina da escola, vê se não vai perder a hora dando o rabo, se não seu irmão vai desconfiar. Foi saindo e nisso, o Carlinhos veio chegando e perguntou o que ele queria e eu disse que veio perguntar por que eu não tinha ida prá escola, porque ele viu meu irmão sozinho. Entramos, e a mão do meu macho já foi me apertando a bunda e puxando prá si e ele falou: Vamos esquecer de tudo, que eu preciso muito gozar nesta bundinha. E eu, sentindo o caralho dele duraço se apertando em mim, pensei: Caralho, ganhei na loteria.

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