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Comentário desnecessário?

1570 palavras | 1 |5.00

Desde pequeno eu percebi que era um pouco diferente, porém foi difícil já que na minha família sexo não era muito discutido.

Meus pais, eu e minha irmã que era um ano mais velha do que eu, morávamos numa propriedade rural, no interior do Paraná e com cerca de uns dez ou onze anos comecei a descobrir a minha sexualidade.

Até hoje eu me pergunto se a minha tendência tem relação à forma como meu pai tratava os filhos. Minha irmã era a princesinha, fazia tudo para ela enquanto que para mim era tudo mais difícil e rígido, sempre salientando que eu era homem e homem tem que se virar.

O fato é que eu tinha inveja da minha irmã e queria ser como ela. Lembro que com cerca de dez ou onze anos, eu a esperava tomar banho porque ela deixava suas roupas no banheiro. Depois que ela terminava, eu entrava, colocava a calcinha, o vestido e ficava me admirando no espelho. Pensava como deveria ser gostoso ser mulher.

E num destes dias, demorei tempo demais e meu pai abriu a porta do banheiro. Foi um choque. Para ele e para mim. Ele me puxou para fora do banheiro e chamou minha mãe e minha irmã. Que vergonha. Desnecessário dizer que tomei uns tapas na bunda, do meu pai, mesmo vestido de menina além de gritar comigo que era para ser homem.

Minha mãe e minha irmã tentaram intervir a meu favor, inclusive depois da surra, minha mãe brigou feio com ele, que saiu de casa para beber e só voltou no outro dia. Minha mãe conversou comigo, dizendo que eu era um menino e não uma menina. Profundamente envergonhado, eu disse a ela que foi só uma brincadeira, embora eu realmente, naquele momento, quisesse ser uma menina. Meu pai ficou quase um mês sem conversar comigo.

Eu estava com treze anos quando tive a minha primeira experiência sexual com um primo que tinha quatorze. Estávamos brincando no meio do mato e ele foi urinar. Me aproximei e fiquei observando, era um pouquinho maior que o meu. Ele percebeu e falou:

– E aí? Gostou? Vem aqui, segura ele um pouquinho…. Sei que você está com vontade de dar para mim…

– Dar? – Perguntei ingenuamente – Dar o quê?

– Dar a bunda para mim. – Respondeu – Fazer mais ou menos o que uma mulher faz para o homem.

A curiosidade e a vontade de ser mulher foram atiçadas novamente por aquelas palavras que ele disse, porém eu estava com receio dele contar para alguém e talvez se ele não tivesse insistido eu teria desistido.

– Vem… Segura meu pinto um pouquinho. Vem experimentar e se quiser eu seguro o seu também.

Lentamente eu estiquei a mão e peguei pintinho dele. Achei engraçado aquilo ficar duro e pulsando enquanto eu segurava. Baixando o meu calção ele segurou o meu fazendo o movimento de uma punheta e mandou que eu fizesse igual nele, só que o meu não ficava tão duro quanto o dele.

– Você disse que a mulher dá a bunda para o homem, como assim? – Perguntei infantilmente já que sabia muito pouco sobre sexo.

– É… -Respondeu ele – A mulher abre as pernas e deixa o homem enfiar o pinto, seja na bunda seja na buceta. Você sabe que a mulher não tem pinto né? Elas têm um rasguinho. Imagina dois gomos de mimosa colados é o rasguinho da mulher.

Essa descrição dele, para quem não sabe mimosa é o mesmo que mexerica ou bergamota, acendeu uma imagem em mim que me deixou fascinado. Eu não queria mais ter pinto, queria ter o chamado rasguinho.

Nem havia me recuperado dos meus pensamentos e ele insistia:

– Vai…. Sei que você quer dar para mim…. Eu não vou contar para ninguém…. Será um segredo nosso…. Se quiser a gente faz um troca-troca, uma hora você faz o papel da mulher e depois a gente inverte. – Disse ele.

Diante da minha hesitação, ele me abraçou por trás, encostando o pintinho duro dele na minha bunda. Eu não me importei e ele ficou brincando e me perguntou:

– Está gostando?

Fiz um aceno de sim com a cabeça e ele mandou eu deitar de bruços no chão e abrir as pernas como seu fosse uma mulher. Obedeci e ele deitou-se sobre mim. Era gostoso sentir, não só o pintinho dele me encoxando, mas também o peso dele, me abraçando e praticamente me imobilizando.

Várias vezes ele me perguntava se estava gostoso e eu respondia que estava bom até que o pintinho dele encontrou meu buraquinho. Dei um gritinho e disse:

– Aiiii…. Tira…. Tira…. Não…. Está doendo…. Não…. Tira…. Tira….

– Que tira o que… Mulher gosta de pica…. Dói, mas gosta…. Já vai passar e fica quieto. – Respondeu.

Eu estava desesperado e continuava pedindo para ele sair de cima de mim, mas ele nem aí e continuou com os movimentos de vai-e-vem. Quem já deu sabe que não é fácil, principalmente a primeira vez que você não tem experiência. Embora o pinto dele fosse pequeno e fino, a sensação é desconfortável.

Porém, aos poucos, a dor foi diminuindo e eu me acostumando, até que ele acelerou os movimentos, me chamando de menina gostosa e senti algo líquido e quente dentro de mim. Fiquei assustado porque pensei que ele tinha feito xixi dentro de mim, mas ele explicou que tinha gozado e para que servia o esperma.

Para mim tudo era novidade e mais uma vez fiquei apreensivo porque achei que iria ganhar um nenê, mas para o meu alívio, ele disse que homem não ficava grávido. O engraçado é que, naquele momento, eu não era homem. Eu era mulher.

Quando ele saiu de cima de mim e eu me levantei, reparei que o meu pinto estava durinho e embora minha bunda doesse um pouco, eu estava feliz.

Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele colocou a roupa e disse para irmos embora e quando eu quisesse, era só falar para ele. Pensei em falar naquela história do troca-troca, mas na realidade eu nem queria e por isso fiquei calado.

O tempo foi passando e a cada dois, três meses ele vinha me visitar e arrumávamos uma desculpa para ir brincar no mato. Ali, ele foi me ensinando ser uma verdadeira putinha. Tão putinha que cheguei a gozar com ele me comendo.

Eu já tinha dezesseis anos quando ele fez uma visita e a sua mãe, junto com a minha e minha irmã, resolveram sair para ir até a cidade. Ficamos sós, já que meu pai estava trabalhando no sítio e eu quis dar para ele, mas para a minha surpresa, ele não quis, dizendo que estava namorando uma menina.

Fiquei puto e fui para o quarto da minha irmã. Ali, coloquei uma calcinha e um vestidinho curto voltando para a sala e dizendo:

– Você quer uma menina? Eu sou uma menina e só me comer.

Ele riu e fui em sua direção. Sentei no sofá ao seu lado e me dobrei, indo cair de boca no pau dele. Fui abrindo a calça e puxei para fora da cueca. Estava mole e comecei um boquete bem gostoso. Se existe algo que eu adoro é chupar um pau que está meia-bomba e ele ir crescendo na boca.

O clima aumentou e o puxei para o meu quarto. Ali ele tirou a calcinha que eu estava, me deitou de bruços e levantou o vestido até as minhas costas. Deitou-se sobre mim e começou a me comer.

Se houve um dia que eu estava com vontade de dar foi esse. Eu estava com muito tesão e gozei antes mesmo do que ele. Ele continuava a me foder com violência até que também gozou. Ficamos ali, deitados, ele engatado em mim, curtindo o gozo até que quando viro o rosto vejo meu pai, em pé, na porta do quarto.

Não sei quem estava mais chocado, eu ele ou meu primo. O silêncio foi quebrado pelo meu pai:

– Que caralho é esse? Você novamente vestido de mulher e dando o cú para o seu primo. Seu viado….

Mais uma vez apanhado em flagrante pelo meu pai. Que vergonha. Eu pensei em falar alguma coisa, mas ia falar o que. Ainda bem que ele saiu de casa batendo a porta e não disse mais nada. À noite, quando meu primo e tia foram embora, meu pai contou para a minha mãe e minha irmã o que aconteceu.

Dali em diante, comecei a ler e a tentar me entender como ser humano, descobrindo que também gostava de meninas, ou seja, sou bissexual. Isso foi bom para mim, pois passei a ter namoradas, o que acalmou a minha família.

Por falar em namorada, encontrei meu primo há dois meses atrás e comentei que estava pensando em me casar. Ele olhou para mim, riu e disse:

– Que ótima notícia…. Depois, conversa com a tua mulher…. A gente pode marcar uma boa foda, nós três, já que vou ter duas mulheres para mim….

Fiquei totalmente sem graça e até achei desnecessário este comentário dele.

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1 comentário

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  • Responder André ID:g3ipkbkqm

    Muito bom o seu conto. Me manda uma de suas história achei fascinante. [email protected].